DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Declaração e Programa de Ação de Viena (1993)
Advertisements

Fontes de DIP - Tratados Internacionais
Profª.. Rosângela Fátima Penteado Brandão Fev/2011.
Direito da União Europeia
ATOS JURÍDICOS INTERNACIONAIS
DIREITO INTERNACIONAL IJUÍ 22/09/2008
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Profª. Teodolina B. S. C. Vitório 2011
DIREITO INTERNACIONAL
Declaração da OIT sobre Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho
Escola Superior de Guerra
DIREITO INTERNACIONAL
DIREITO INTERNACIONAL
DIREITO INTERNACIONAL
DIREITO INTERNACIONAL
Tratados Internacionais
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
DIREITO HUMANOS Unidade I Introdução
CONSTITUCIONALISMO E CONSTITUIÇÃO
Introdução ao Estudo do Direito Internacional Público Estados Soberanos Organizações Internacionais Tratados Internacionais Direito Internacional Público.
 A ordem internacional que se inicia após a II Guerra Mundial  O sistema que se procurou edificar em 1945, na Conferência de S. Francisco, apresentava.
RELAÇÃO JURÍDICA (Maria Helena Diniz)
Princípios da autonomia
Tratados Internacionais
TRABALHO ORIGENS HISTÓRICAS.
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Decisões da Organizações Internacionais – Atos Unilaterais – Soft Law
Direito Internacional Público Ludmila Correia
Curso: Direito Disciplina: Direito Internacional Privado Professora: Adriana F S Oliveira
RELAÇÃO COM OUTROS RAMOS DO DIREITO e FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Fontes do Dir. Internacional
O DIREITO INTERNACIONAL
DIREITO EMPRESARIAL Professora: Esp. Clarissa P. Carello – Advogada
Direitos e Deveres dos Estados Profª. Rosângela Fátima Penteado Brandão mai/2011.
DIREITO INTERNACIONAL PROFESSORA: ANA LUIZA GAMA
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho
Aspectos principais do texto de Litrento: Fontes formais e materiais do Direito Internacional Público com vistas a uma teoria dos tratados.
Direitos Humanos Ligado aos aspectos ideológicos, poder; Textos:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL DIREITO INTERNACIONAL
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO - DIP
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO
Considerações Inicias DIRETO INTERNACIONAL. Principais marcos históricos Jus gentium Romano; Tratado de Westfalia,1648; Revolução Francesa; Congresso.
Fontes do Direito Internacional Privado
Direito internacional público
Profª Rosângela Fátima Penteado Brandão Abr/2011
Profª. Rosângela Fátima Penteado Brandão Mar/2011.
FONTES DIREITO INTERNACIONAL. O Estatuto da Corte Intencional de Justiça prescreve em seu art. 38 I. A Corte, cuja função e decidir de acordo com o Direito.
Direito Internacional Público Ludmila Correia
Direito Internacional Público
Direito Constitucional Professor Leonardo Vizeu Figueiredo 1 - I - Direito Internacional Privado: Conceitos, origens e teorias. por Leonardo Vizeu Figueiredo.
Instituições de Direito Público e Privado
LIBERDADE RELIGIOSA E DIREITOS HUMANOS
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Contratos Internacionais
Direito Internacional Público
R EFUGIADOS NO M UNDO Amanda Suellen Panassolo Cíntia Kerbes Taís Wengenovicz Tuana Paula Lavall Valéria Melo Cazarotto.
DIREITO TRIBUTÁRIO.
Breve introdução ao direito internacional dos direitos humanos.
Direito Internacional dos Direitos Humanos Alichelly Carina Macedo Ventura Especialista em Direitos Humanos – Washington College of Law Mestranda em Direito.
DIREITO CONSTITUCIONAL INTRODUÇÃO. MATÉRIA JURÍDICA CONSTITUCIONAL organização dos poderes estatuto das liberdades diminuição das desigualdades sociais.
Direito Internacional Público Ludmila Cerqueira Correia
DIREITOS HUMANOS, CIDADANIA E MOBILIZAÇÃO SOCIAL.
OIT – 90 ANOS A visão da indústria brasileira Câmara dos Deputados Comissão 28 - abril
SUJEITO DE DIREITO INTERNACIONAL AULA 3 18/08/2014 Prof. Associado Wagner Menezes Salas 21 a 24 DIP I.
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO I FACULDADE DE DIREITO UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Prof. Associado Wagner Menezes Salas 21 a 24 DIP I.
DIREITO INTERNACIONAL Módulo 03. FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Estatuto da Corte Internacional de Justiça – art. 38: “1 – A Corte, cuja função.
DIREITO URBANÍSTICO CONSTITUCIONAL. PRINCÍPIOS JURÍDICOS Cretella Júnior define os princípios jurídicos como "as proposições básicas, fundamentais, típicas.
Perspectivas teóricas das Relações Internacionais Professor: Caio Gracco Pinheiro Dias Estagiária de Docência: Deíse Camargo Maito Liberalismo – Grupo.
DIREITO INTERNACIONAL Módulo 02. Direito Internacional Público – NOÇÕES PRELIMINARES CONCEITO: “É o conjunto de normas jurídicas que regulam as relações.
Transcrição da apresentação:

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO PROF. JURACY MARTINS SANTANA Juracy_adv@hotmail.com DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO EM QUE CONSISTE? Um sistema de princípios e normas que regulam as relações de coexistência e de cooperação, frequentemente institucionalizadas, além de certas relações comunitárias entre estados dotados de diferentes graus de desenvolvimento socioeconômico e de poder (Diez de Valesco)

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO EM QUE CONSISTE? O direito internacional público ou das gentes, “jus gentium publicum ou jus gentium intergentes”, é o complexo dos princípios, normas, máximas, atos ou usos reconhecidos como reguladores das relações de nação a nação, ou de Estado a Estado, como tais, reguladores que devem ser atendidos tanto por justiça como por segurança e bem-ser comum dos povos (BUENO, 1863)

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO EM QUE CONSISTE? O direito internacional ou direito das gentes ou das nações, enfim o direito público exterior é o complexo dos direitos individuais e recíprocos entre as mesmas nações (DRUMMOND, 1867)

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO EM QUE CONSISTE? Conjunto de regras que governam as relações dos homens pertencentes aos vários grupos nacionais (Nicolas Politis) Conjunto de regras que regem as relações entre os Estados (René-Jean Duphy)

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO EM QUE CONSISTE? Conjunto de normas jurídicas que regulam as relações mútuas dos Estados e, subsidiariamente, as das demais pessoas internacionais, como determinadas organizações, e dos indivíduos (SILVA & ACCIOLY)

LINEAMENTOS GERAIS LINEAMENTOS GERAIS AS DIVERSAS DENOMINAÇÕES: DIREITO DAS GENTES X IUS GENTIUM ROMANO (DIREITO DO CIDADÃO ROMANO E DO ESTRANGEIRO) DIREITO DOS POVOS DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO DIREITO INTERESTATAL X DIREITO INTERNACIONAL (JEREMIAS BENTHAM, 1780)

LINEAMENTOS GERAIS DIREITO INTERESTATAL X DIREITO INTERNACIONAL (JEREMIAS BENTHAM, 1780) NATIONAL LAW MUNICIPAL LAW INTERNATIONAL LAW DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO X CONFLICT OF LAWS

EVOLUÇÃO HISTÓRICA AS RELAÇÕES COMERCIAIS PRETÉRITAS; AS ALIANÇAS DE GUERRA OS CASAMENTOS DE INTERESSE DO ESTADO OS TRATADOS DE VESTFALIA COM PONTO DE PARTIDA DO DIP (Münster e Osnabrück ) IMPORTANCIA DA OBRA DE HUGO GROTIUS CONVENÇÃO DE VIENA (positivação do direito internacional consuetudinário)

PERÍODOS HISTÓRICOS I- DA ANTIGUIDADE ATÉ VESTFALIA (1648) II- DE 1648 ATÉ A REVOLUÇÃO FRANCESA E O CONGRESSO DE VIENA (1815); III- DO CONGRESSO DE VIENA ATÉ A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL; IV- DA PRIMEIRA GRANDE GUERRA AOS DIAS ATUAIS; O DIP ATÉ INÍCO DO SÉCULO XX (VISÃO BIDIMENSIONAL: TERRA E MAR)

FUNDAMENTOS DO DIREITO INTERNACIONAL A CONVENÇÃO DE VIENA (1969) SOBRE O DIREITO DOS TRATADOS ART. 26. Todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por elas de boa-fé (pacta sunt servanda) Art. 53. É nulo o tratado que, no momento de sua conclusão, conflita com uma norma imperativa de direito internacional geral. Para os fins da presente Convenção, uma norma imperativa de direito internacional geral é uma norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados no seu conjunto, como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por nova norma de direito internacional geral da mesma natureza.

CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE DIREITO DOS TRATADOS (1969)   Os Estados partes na presente Convenção, Considerando o papel fundamental dos tratados na história das relações internacionais; Reconhecendo a importância cada vez maior dos tratados como fonte do direito internacional e como meio de desenvolver a cooperação pacífica entre as nações, quaisquer que sejam seus regimes constitucionais e sociais; Observando que os princípios do livre consentimento e da boa-fé e a regra pacta sunt servanda são universalmente reconhecidos; Afirmando que as controvérsias relativas aos tratados, tais como as outras controvérsias internacionais, devem ser solucionadas por meios pacíficos e de conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional; Recordando a determinação dos povos das Nações Unidas de criarem condições necessárias à manutenção da Justiça e do respeito das obrigações resultantes dos Tratados; Conscientes dos princípios de direito internacional incorporados na Carta das Nações Unidas, tais como os princípios da igualdade de direitos e autodeterminação dos povos, da igualdade soberana e independência de todos os Estados, na não-ingerência nos assuntos internos dos Estados, da proibição da ameaça ou do emprego da força e do respeito universal e efetivo dos direitos do homem e das liberdades fundamentais para todos; Convencidos de que a codificação e o desenvolvimento progressivo do direito dos tratados, alcançados na presente Convenção, servirão aos propósitos das Nações Unidas enunciados na Carta, que consistem em manter a paz e a segurança internacionais, desenvolver relações amistosas e realizar a cooperação entre as nações; Afirmando que as regras do direito internacional costumeiro continuarão a reger as questões que não forem reguladas nas disposições da presente Convenção; Convencionaram o seguinte:

FONTES DO DIP COMO PODE SER APREENDIDAS DOCUMENTOS OU PRONUNCIAMENTOS, COMPREENDENDO REGRAS JURÍDICAS, DOS QUAIS PROMANAM DIREITOS E OBRIGAÇÕES DAS PESSOAS INTERNACIONAIS, CONSTITUINDO-SE NOS MODOS FORMAIS DE CONHECIMENTO OU EXTERIORIZAÇÃO DO DIREITO INTERNACIONAL.

FONTES DO DIP O ART. 38 DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA – CIJ (ESTATUTO DE HAIA-1920) TRATADOS; COSTUMES; PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO; MEIOS AUXILIARES: JURISPRUDENCIA, DOUTRINA E EQUIDADE.

OUTRAS ACEPÇÕES PARA HILDEBRANDO ACCIOLY: FONTE REAL OU FUNDAMENTAL: OS PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO FONTES FORMAIS OU POSITIVAS: O COSTUME E OS TRATADOS

FONTES DO DIP TRATADOS (CONVENÇÃO DE VIENA ART. 2º): DENOMINAÇÃO GENÉRICA PARA OS DIVERSOS TIPOS DE ACORDO 1. Para os fins da presente Convenção: a) “tratado” significa um acordo internacional celebrado por escrito entre Estados e regido pelo direito internacional, quer conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação particular; (grifei)

TRATADOS: TIPOLOGIA CONVENÇÃO PROTOCOLO CONVENIO DECLARAÇÃO MODUS VIVENDI AJUSTE COMPROMISSO ESTATUTO

CLASSIFICÇÃO DOS TRATADOS BILATERAL (EVOLVE DUAS PARTES) MULTILATERAL (VÁRIAS PARTES) TRATADOS-CONTRATOS EXECUTADOS OU TRANSITÓRIOS EX. TROCA DE TERRITÓRIO EXECUTÓRIOS OU PERMANENTE EX. TRATADOS DE COMÉRCIO OU EXTRADIÇÃO TRATADOS-LEIS OU NORMATIVOS CRIAÇÃO DAS UNIÕES INTERNACIONAIS, CONVENÇÃO DE VIENA, ETC.

OUTRAS CONSIDERAÇÕES O TRATADO DE VIENA 1969 E 1986 COMO PRINCIPAL FONTE DE DIP CODIFICOU AS REGRAS COSTUMEIRAS RECONHECEU OUTRAS PESSOAS DE DIREITO INTERNACIONAL (ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS)

EFEITO DOS TRATADOS SÓ PRODUZ EFEITOS SOBRE AS PARTES CONTRATANTES; “Um tratado só faz lei entre os Estados que nele são partes” (ANTIGA CPJI, 1926). SÃO DE CUMPRIMENTO OBRIGATÓRIO APÓS ENTRAR EM VIGOR; NÃO GERA OBRIGAÇÕES NEM DIREITOS PARA TERCEIROS. EXCEÇÃO: QUANDO RESULTA EM CONSEQUENCIA FAVORÁVEL PARA O TERCEIRO.

TRATADOS E TERCEIROS ESTADOS Artigo 34 - Regra Geral Sobre Terceiros Estados Um tratado não cria nem obrigações nem direitos para um terceiro Estado sem seu consentimento. Artigo 35 - Tratados que Criam Obrigações Para Terceiros Estados Uma obrigação nasce para um terceiro Estado de uma disposição de um tratado se as partes nesse tratado tiverem a intenção de criar a obrigação por meio dessa disposição e o terceiro Estado aceitar expressamente por escrito essa obrigação.

VALIDADE DOS TRATADOS Convenção de Viena, art. 11 O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado pode manifestar-se: pela assinatura; troca dos instrumentos constitutivos do tratado; Ratificação; Aceitação; aprovação ou adesão; ou por quaisquer outros meios, se assim for acordado.