Avaliação Nutricional

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Resposta Metabólica ao Trauma
Advertisements

Serviço de Gastroenterologia da Santa Casa Ribeirão Preto
Nutrição – aspectos gerais
Métodos diagnósticos nefrologia (cont) Estudo histológico Filtração Glomérulo -- arteríola aferente -- arteríola eferente Tufo capilar.
SISTEMA EXCRETOR (URINÁRIO)
FISIOLOGIA DOS NUTRIENTES
INTERPRETAÇÕES E AÇÕES DE ENFERMAGEM NOS EXAMES LABORATORIAIS
Professora Maísa M Silva
APARELHO URINÁRIO.
Albumina Monitoria de Bioquímica e Laboratório clínico
ESTRUTURA CELULAR Hepatócitos organizados em placas com a espessura de apenas uma célula e separadas entre si por espaços vasculares chamados sinusóides.
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico ALBUMINA
URÉIA Acadêmica Carolina Maldonado
Monitores: Monitoria de Laboratório Clínico
DIABETES HIPERTENSÃO.
CREATINA Paula Maki Otani R1.
APLICAÇÕES CLÍNICAS DA GLUTAMINA
Diabete Melito (Diabetes Mellitus)
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico TGO/AST
TESTES DA FUNÇÃO RENAL.
Resposta do organismo ao jejum e ao trauma
PSICOFARMACOLOGIA DE CRIANÇA E ADOLESCENTE
Dr. Ismar Barbosa Médico Patologista Clínico:.
Fígado e Álcool: Quanto podemos beber sem risco. Dra
Medicação em pediatria
INTERPRETAÇÃO DE EXAMES BIOQUÍMICOS
AULA 6 DIABETES E DESNUTRIÇÃO 3º MEDICINA 2003.
Diante da ingestão de uma dieta hipoglicídica, o seguinte processo é ativado: Glicólise Lipogênese Gliconeogênese Glicogênese Glicogenólise muscular.
Acompanhamento da Nutrição Parenteral e suas complicações
INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS EM NUTRIÇÃO
EXAMES LABORATORIAIS GLICEMIA
Exercícios de Farmacocinética
SÍNDROME METABÓLICA Esta síndrome é um grupo de alterações clínicas, que podem decorrer de uma dieta inadequada, atividade física insuficiente e uma evidente.
Avaliação da Função Renal
Avaliação Nutricional
INTERPRETAÇÃO DE EXAMES BIOQUÍMICOS FERRO
PLANEJAMENTO ENERGÉTICO-PROTÉICO BÁSICO PARA A CRIANÇA ENFERMA
Universidade Federal Fluminense
ESTUDO DE CASOS Paciente jovem foi internada devido ao estado de inconsciência em que foi encontrada em seu apartamento. Informaram que a mesma era usuária.
Estados Especiais do Metabolismo
Professora Ms. Maísa M. Silva
Perfil Funcional Renal
MARCADORES CARDÍACOS.
TRIGLICERÍDEOS MONITORES:
Cardiopatias Congênitas
Principal via de administração de drogas: oral
Avaliação Nutricional
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Químico
DOENÇAS HEPÁTICAS Professor Manoel Ricardo Aguirre de Almeida
Avaliação Nutricional
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico Monitores: Raíssa e Vitória Professor: Nilo César do Vale Baracho.
ESTEATOSE.
Gene expression regulation
Farmacologia É a ciência que estuda as interações entre os compostos químicos com o organismo vivo ou sistema biológico, resultando em um efeito maléfico.
ANÁLISE BIOQUÍMICA DE ENZIMAS
MONITORIA DE BIOQUÍMICA E LABORATÓRIO CLÍNICO PROTEÍNAS TOTAIS
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico Monitores: Ac
Diabetes Mellitus X Insuficiência Renal Crônica
ENZIMAS NO DIAGNÓSTICO
Bioquímica e Laboratório Clínico
Nutrição - Doenças Hepáticas
Fisiologia do Fígado.
CONTROLE HORMONAL E EXERCÍCIO FÍSICO
Metabolismo de Proteínas
PROTEINOGRAMA.
Mecanismo da fome e saciedade
PROVAS DE FUNÇÃO RENAL RODRIGO CÉSAR BERBEL.
Avaliação do Equilíbrio hidroeletrolítico. Avaliação Importante para o controle de qualquer paciente gravemente doente Importante para o controle de qualquer.
DIAGNÓSTICO, MONITORIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Transcrição da apresentação:

Avaliação Nutricional AVALIAÇÃO DO ESTADO PROTÉICO Profa. Raquel Simões

Avaliação do estado protéico Avaliação Antropométrica Estimativas pela composição corporal Área/circunferência muscular do braço Avaliação Laboratorial Albumina sérica Outras proteínas séricas (transferrina, pré-albumina, RBP (Retinol-binding protein) Excreção de creatinina urinária

Testes Bioquímicos do Estado Protéico Avaliação Nutricional Testes Bioquímicos do Estado Protéico Proteínas somáticas – trabalho físico Proteínas viscerais/séricas (proteínas circulantes & proteínas do fígado, rins, pâncreas e coração) Sintetizar enzimas e hormônios Resposta imune Cicatrização de feridas O estado protéico é um indicador da resposta imune. Profa. Raquel Simões

Avaliação Bioquímica do Estado Protéico Dois compartimentos protéicos: Proteínas somáticas (proteína muscular esquelética) ~75% da PTN corporal Proteína Visceral (órgãos, céls. do sangue, etc.) ~ 25% da PTN corporal “Nenhum teste bioquímico isolado pode ser recomendado como indicador conclusivo do estado protéico” “…a combinação de várias medidas representa a forma mais apropriada para avaliação do estado protéico” (Young, 1990) BIOQUÍMICOS, ANTROPOMÉTRICOS, DIETÉTICOS, EXAME CLÍNICOS

Avaliação Nutricional Proteínas plasmáticas sintetizadas nos hepatócitos:  na [ ] sérica dessas proteínas pode indicar desnutrição Falta de substrato energético e protéico para síntese Principais indicadores de proteína visceral Proteína transportadora de retinol Transferrina Albumina Pré-albumina

Testes bioquímicos do Estado Protéico Avaliação Nutricional Testes bioquímicos do Estado Protéico Sintetizadas no fígado Pode refletir a função hepática Redução nas [ ] na doença hepática Lembrar que: na baixa oferta calórica, a proteína é usada para produzir glicose! A inflamação e infecção (comum em pcts. hospitalizados) pode levar a reduções nos níveis de proteínas viscerais. Normalmente sugere-se a determinação concomitante de reagentes de fase aguda como proteína C reativa Quando a PCR está alta = a presença de um processo inflamatório Profa. Raquel Simões

Avaliação Nutricional Importância da avaliação das proteínas viscerais no rastreamento e avaliação nutricional Baixos valores em pacientes críticos são considerados como indicação de gravidade da doença. Considerado como importante preditor de morbi/mortalidade em pacientes hospitalizados. Pode ser utilizado para identificar pacientes eletivos para cirurgias. Medidas sequenciais pode refletir mudanças/melhoras do estado nutricional

Avaliação do Estado Protéico Visceral Albumina Transferrina Transtiretina (TTR) Proteína ligante de Retinol (TTR-RBP)

Avaliação Nutricional ALBUMINA Principal proteína plasmática produzida pelo fígado (50-60%) Responsável por transporte de substâncias e pressão osmótica sangüínea Transporte vários nutrientes, hormônios, drogas, etc. Indicador mais comum da avaliação do estado protéico. Meia-vida de 14 a 20 dias (grande pool corporal) Profa. Raquel Simões

Avaliação Nutricional ALBUMINA Problemas com a determinação de albumina: Não é muito sensível, meia-vida longa  níveis refletem depleção prolongada Mudanças agudas do estado nutricional podem não ser detectadas Níveis podem ser afetados pela taxa de síntese (doença hepática pode diminuir as [ ] ) Pode refletir nível de stress fisiológico Diminuído durante fase catabólica aguda Lembrar que a [ ] pode ser afetada pelo volume plasmático, assim:  na hiperhidratação e  na hipohidratação Profa. Raquel Simões

Concentração de Alb vs. TTR, frente restrição protéica-energética

Valores de referência para concentração de albumina (g/dl) Abaixo do aceitável Aceitável (baixo risco) Deficiente (alto risco) Baixo (médio risco) Crianças (0-11m) - < 2,5 > 2,5 1 a 5 anos < 2,8 < 3,0 > 3,0 6-17 anos < 3,5 > 3,5 Adultos 2,8 – 3,4 Gestantes, 10 trimestre 3,0 – 3,9 > 4,0 Gestantes, 20 e 30 trimestres 3,0 – 3,4

ALBUMINA Interpretação dos resultados Elevado Diminuído Desidratação Reação inflamatória de qualquer causa Queimaduras Jejum 3-5 dias (hemoconcentração) Síndrome nefrótica Ascite Doença hepática Gestação (hemodiluição) Hiperhidratação (hemodiluição) Albumina sérica pode ser considerada como indicador não-específico de enfermidades

TRANSFERRINA Responsável pelo transporte do Fe para células Produzida pelo fígado Responsável pelo transporte do Fe para células Controle da síntese de acordo com as [ ] de Fe corporal Níveis de transferrina aumentam na deficiência de Fe. Se existe deficiência de Fe, não será um bom indicador do estado protéico Reagente de fase aguda negativa (diminui no processo inflamatório) Meia-vida de 8-10 dias (responde mais rápido que albumina as alterações do estado protéico)

Valores: TRANSFERRINA Normal: >200 mg/dl Def. Leve 150-200 mg/dl Def. Moderada 100-149 mg/dl Def. Grave <100 mg/dl Grant et al., 1981

TRANSFERRINA Interpretação dos resultados Elevado Diminuído Deficiência de Fe Déficit protéico/ má absorção Hepatite aguda Resposta inflamatória Síndrome nefrótica Pílulas contraceptivas (maior estrógeno) Hepatopatia crônica ( síntese) Gestação

TRANSTIRETINA (TTR) – pré-albumina Produzida pelo fígado e catabolizada pelos rins Responsável por transporte da tiroxina (T4) e RBP 50-70% encontra-se na forma complexada - TTR-RBP Reagente de fase aguda negativa (diminui no processo inflamatório)  $$ do que a dosagem de albumina Meia-vida de 2 dias (mais sensível às variações PTN)

Valores: TRANSTIRETINA (TTR) Normal: 15,7 - 20,6 mg/dl Def. Leve: 10 -15 mg/dl Def. Moderada: 5 -10 mg/dl Def. Grave: < 5 mg/dl Grant et al., 1981

TRANSTIRETINA Interpretação dos resultados Elevado Diminuído Diálise Déficit energético/ má absorção Resposta inflamatória Desidratação Jejum ( 3-5 dias) Alcoolismo (raro) Cirrose (diminuição na síntese) Gestação Hiperhidratação TTR pode ser utilizada para monitoramento da eficiência do suporte nutricional Deficiência da ingestão de zinco afeta síntese e secreção de TTR

PROTEÍNA TRANSPORTADORA DO RETINOL (RBP) Produzida pelo fígado e catabolizada pelos rins  Responsável por transporte do retinol (vit. A)  Controle de acordo com as [ ] de retinol no fígado  Vit. A RBP plasmático RBP hepatócitos

PROTEÍNA TRANSPORTADORA DO RETINOL (RBP) Interpretação dos resultados (variação normal: 2,6 - 7,6 mg/dl) Elevado Diminuído Redução taxa de filtração glomerular Déficit energético/ má absorção Deficiência de vit.A Alcoolismo Jejum ( 3-5 dias) Hipertiroidismo (maior catabolismo) Cirrose (diminuição na síntese) Deficiência de zinco RBP é mais utilizada em pesquisas

Proteínas Viscerais Albumina Longo tempo para indicar alteração do EN Grande pool corporal (3-5 g/kg peso corporal) Insensível às alterações agudas do EN Baixa especificidade Baixo na cirrose e na síndrome nefrótica Transferrina Moderado tempo para indicar alteração do EN Alta na deficiência de Fe; Grande variabilidade na população; Baixo pool corporal (<1OO mg/kg peso) Mais sensível do que albumina TTR - RBP Rápido indicador da alteração do EN RBP é reduzida pela def. de Zn e vit A Alta na sind. nefrótica e baixa na cirrose Menor proteina circulante, baixo pool corporal (2mg/kg) Sensível às mudanças no consumo protéico.

Proteína visceral: PCR Avaliação Nutricional Proteína visceral: PCR Aumenta dentro de 4 – 6 h da injúria ou inflamação Elevação moderada de PCR pode ser usado como marcador de risco aumentado para doença cardiovascular