TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
ESCOLA PREPARATÓRIA DE CADETES DO EXÉRCITO REALIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO
Advertisements

OS CONHECIMENTOS PRÉVIOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE DISCIPLINA
A Relação Terapêutica: Aplicação à Terapia Cognitiva
Matemática para todos Educação Básica
Professor Marco Antonio Vieira Modulo II
2. Evitar perguntas sobre assuntos controvertidos
EMOÇÃO NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL
Identidade dos Indivíduos nas Organizações
O Processo de construção de conhecimento matemático e o fazer didático
Emergências e Desastres
A maioria dos fenômenos psicológicos – como o pensamento, a motivação, as emoções, a aprendizagem, a memória, o conhecimento, o raciocínio, a percepção,
ENSINANDO COM O CORAÇÃO
Aprendizagem Significativa
A formulação de Caso cognitivo - comportamental
PCOG PSICOTERAPIA COGNITIVA
Flávio da Silva Borges. Expectativa de que o uso de técnicas e estratégias definam a Análise Comportamental Aplicada (ACA). O que define a AAC é o uso.
APRENDER POR PROJETOS. FORMAR EDUCADORES Pedro Ferreira de Andrade
PCOG PSICOTERAPIA COGNITIVA
PCOG PSICOTERAPIA COGNITIVA
PCOG PSICOTERAPIA COGNITIVA
INTRODUÇÃO À FILOSOFIA
trabalhando com PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
Terapia cognitivo comportamental
AVALIAÇÃO NA OFICINA DE JOGOS
O quê. Por quê. Para quê. Para quem. Com o quê. Com quem. Onde. Como
CRENÇAS INTERMEDIÁRIAS
Teorias e Práticas Psicoterápicas Frederico M R Pinheiro.
Questões envolvendo autoconceito, auto-estima e gênero
Teorias e Práticas Psicoterápicas Frederico M R Pinheiro
Apresentação inicial A Educopédia é uma plataforma de aulas digitais colaborativas que possui: • Um ambiente de fácil navegação; • Conteúdo de qualidade;
Cognitivo-Comportamental
PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE
EAD 645 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR Aula 2 – Afeto e Cognição
Terapia Racional-Emotiva Comportamental (TREC)
Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)
ESTRUTURA DAS SESSÕES Terapia Cognitiva
Teorias e Práticas Psicoterápicas Frederico M R Pinheiro
História da Terapia Cognitiva
Motivação e Afeto A compreensão do fenômeno da motivação, envolve a relação frequentemente associada ao comportamento humano e necessária à construção.
Como ajudar as pessoas a mudar de comportamento
Conceitualização (Conceituação) Cognitiva
Teorias e Práticas Psicoterápicas Frederico M R Pinheiro
Terapia Cognitivo Comportamental
MITOS E CONCEPÇÕES EQUIVOCADAS SOBRE A TERAPIA COGNITIVA
Teoria Cognitiva Social da Aprendizagem
A Relação Terapêutica Empirismo colaborativo
SITUAÇÕES.
Estratégias Cognitivas
PCOG PSICOTERAPIA COGNITIVA
CONSTRUTIVISMO Profª Lina Sue Matsumoto
EDUCAÇÃO INFANTIL EXEMPLOS DE SITUAÇÕES Setembro-2011
PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
FACULDADE DA FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ARAÇATUBA
A Relação Terapêutica Empirismo colaborativo
Tendências atuais do ECLE
Conceitualização Cognitiva
Os 12 erros de pensamento na Terapia Cognitivo-Comportamental
Formulação de casos Prof. Márcio Ruiz.
PERSONALIDADE: por que estudar?
Identificando e modificando crenças intermediárias
Identificando e modificando crenças intermediárias
De Onde Vem A. O que é ser criativo? O que é a criatividade, afinal? O dicionário a explica de tal forma: “Faculdade ou atributo de quem ou do que é criativo;
Aprendizagem da matemática
Conceituação Cognitiva
Depressão.
Psicologia Social É o estudo científico de manifestações comportamentais de caráter situacional, suscitadas pela interação de uma pessoa com outras pessoas.
UNIP Profª Lina Sue UNIP Profª Lina Sue PSICOTERAPIA COGNITIVA BECK, J. S. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed,1997. Profª Lina Sue.
Transcrição da apresentação:

TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL AXIOMAS MODELO COGNITIVO PRINCÍPIOS Profª Lina Sue Matsumoto Psicóloga e Psicoterapeuta. Professora de TCC, Psicoterapia Cognitiva Narrativa e Psicologia Positiva no CETCC (2011-2012). Aprimorada em Transtornos Alimentares (IPq-HC-FMUSP) e Psicóloga colaboradora AMBULIM (2008-2010). Professora de Psicologia Cognitiva e Construtivismo, PPB, Teste de Rorschach - Universidade Paulista - UNIP (2009-2010). E-mail: lina.sue@hotmail.com Celular (11) 8660.1234

BECK, J. S. Terapia Cognitiva: teoria e prática BECK, J. S. Terapia Cognitiva: teoria e prática. Porto Alegre: Artmed,1997.

Aaron T. Beck, Universidade Pensilvânia, EUA (década 60) TCC: Psicoterapia breve, estruturada, orientada ao presente, para depressão, direcionada a resolver problemas atuais e a modificar os pensamentos/comportamentos disfuncionais. Modelo Cognitivo  propõe que o pensamento distorcido ou disfuncional (que influencia o humor e o comportamento) seja comum a todos os distúrbios psicológicos. Avaliação “realista” + modificação no pensamento  melhora no humor e no comportamento. A melhora duradoura  modificação de crenças disfuncionais.

Epíteto (130-50 a.C.) Beck (1964) "Não são as coisas em si mesmas que perturbam os homens, mas os juízos que eles fazem sobre as coisas." “Não é uma situação por si só que determina o que as pessoas sentem, mas, antes, o modo como elas interpretam uma situação” “Não busque a felicidade fora, mas sim dentro de você, caso contrário nunca a encontrará.”

Processamento Esquemático da Informação Processamento esquemático História de Aprendizagem (componentes experienciais) Organização Cognitiva (componentes estruturais) SITUAÇÃO ATUAL CRENÇAS CENTRAIS Processamento esquemático (de significado) ESQUEMAS Comportamento Ativação de sistemas (Cognitivos, Motivacionais, Afetivos,...) Interpretação

Apresentação da TEORIA COGNITIVA A teoria cognitiva considera a cognição a chave para os transtornos psicológicos. “Cognição”  é a função que envolve deduções sobre nossas experiências e sobre a ocorrência e o controle de eventos futuros. Karl Popper (1959) = poucos ramos da ciência tem um sist. teórico elaborado e bem construído = legitimidade = “sistema axiomatizado”. Axioma = postulado = pressuposto = hipóteses É uma sentença/proposição/enunciado/regra que não é provada ou demonstrada. É considerada como óbvia ou como um consenso inicial necessário para a construção de uma teoria. É aceito como verdade e serve como ponto inicial para dedução ou inferências de outras verdades. Fonte: https://www.facebook.com/pages/Axioma/109604129058944

TEORIA COGNITIVA - Um sistema axiomatizado Axiomatizar um sistema é mostrar que suas inferências podem ser derivadas a partir de um pequeno e bem-definido conjunto de sentenças. Os axiomas devem estar livres de contradição; Devem ser independentes; Devem ser suficientes para permitir a dedução de todas as afirmações pertencentes à teoria; Devem ser necessários para a derivação das afirmações pertencentes à teoria. Vamos então conhecer os 10 AXIOMAS...

TEORIA COGNITIVA – OS 10 AXIOMAS Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Distorção cognitiva Vulnerabilidade cognitiva Tríade cognitiva Significado público e privado Há 3 níveis de cognição: pré-Cs, Cs, metacognitivo Estruturas teleonômicas

TEORIA COGNITIVA – OS 10 AXIOMAS Esquemas O principal caminho do funcionamento ou da adaptação psicológica consiste de estruturas de cognição com significado, denominadas esquemas. Significado = interpretação da pessoa sobre um determinado contexto e da relação daquele contexto com o self. Os esquemas precedem, selecionam e acionam estratégias comportamentais relevantes e moldam profundamente o funcionamento emocional e comportamental dos indivíduos. Esquema é um subconjunto da estrutura cognitiva. A estrutura cognitiva é formada por vários esquemas (significados e crenças)  Teorias Pessoais  maneira peculiar de interpretação do mundo.

TEORIA COGNITIVA – OS 10 AXIOMAS Esquemas Função dos esquemas A função da atribuição de significado (tanto a nível automático ou deliberativo) é controlar os vários sistemas psicológicos. Sistemas psicológicos (p.ex. comportamental, emocional, motivacional, atenção, memória...). O significado ativa estratégias para adaptação.

TEORIA COGNITIVA – OS 10 AXIOMAS Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas As influências entre sistemas cognitivos e outros sistemas são interativas. Outros sistemas psicológicos = percepção, emocional, motivacional, memória, comportamental, ...

TEORIA COGNITIVA – OS 10 AXIOMAS Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Cada categoria de significado tem implicações que são traduzidas em padrões específicos de emoção, atenção, memória e comportamento; Isto é denominado especificidade do conteúdo cognitivo (determinados padrões de interpretação). Relação entre determinados padrões cognitivos X emoção (o que penso X o que sinto)

TEORIA COGNITIVA – OS 10 AXIOMAS Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Distorção cognitiva Embora os significados sejam construídos pela pessoa (em vez de serem componentes preexistentes da realidade) eles são corretos ou incorretos em relação a um determinado contexto ou objetivo; Quando ocorre distorção cognitiva (preconcepção), os significados são disfuncionais ou maladaptativos  patologia; As distorções cognitivas incluem erros no conteúdo cognitivo (significado), no processamento cognitivo (elaboração do significado) ou ambos.

TEORIA COGNITIVA – OS 10 AXIOMAS Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Distorção cognitiva Vulnerabilidade cognitiva Os indivíduos são predispostos a fazer construções cognitivas falhas específicas (distorções cognitivas); A predisposição a distorções específicas são denominadas vulnerabilidade cognitivas; As vulnerabilidades cognitivas específicas predispõem as pessoas a síndromes específicas; Especificidade cognitiva e vulnerabilidade cognitiva estão interrelacionadas.

TEORIA COGNITIVA – OS 10 AXIOMAS Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Distorção cognitiva Vulnerabilidade cognitiva Tríade cognitiva A psicopatologia resulta de significados maladaptativos construídos em relação ao self, ao contexto ambiental (experiência) e ao futuro (objetivos), que juntos são denominados de a tríade cognitiva. Cada síndrome clínica tem significados maladaptativos característicos associados com os componentes da tríade cognitiva. Tríade cognitiva = self (eu), ambiente (outros), meus objetivos (futuro).

TEORIA COGNITIVA – OS 10 AXIOMAS Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Distorção cognitiva Vulnerabilidade cognitiva Tríade cognitiva Significado público e privado Há dois níveis de significado: a) o significado público ou objetivo, que pode ter poucas implicações significativas para o indivíduo; e b) o significado privado ou pessoal. O significado pessoal, ao contrário do significado público, inclui implicações, significação ou generalizações extraídas da ocorrência do evento = corresponde ao conceito de “domínio pessoal” = rege todos sistemas psicológicos.

TEORIA COGNITIVA – OS 10 AXIOMAS Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Distorção cognitiva Vulnerabilidade cognitiva Tríade cognitiva Significado público e privado Há 3 níveis de cognição: pré-Cs, Cs, metacognitivo Há três níveis de cognição: a) o pré-consciente = não- intencional = automático (“pensamentos automáticos”); b) o nível consciente; e c) o nível metacognitivo, que inclui respostas “realísticas” ou “racionais” (adaptativas). Os níveis conscientes são de interesse primordial para a melhora clínica em psicoterapia.

TEORIA COGNITIVA – OS 10 AXIOMAS Esquemas Função dos esquemas Interação entre sistemas Especificidade do conteúdo cognitivo Distorção cognitiva Vulnerabilidade cognitiva Tríade cognitiva Significado público e privado Há 3 níveis de cognição: pré-Cs, Cs, metacognitivo Estruturas teleonômicas Os esquemas evoluem para facilitar a adaptação da pessoa ao ambiente, e são neste sentido teleonômicas. Portanto, um determinado estado psicológico (constituído pela ativação de sistemas) não é nem adaptativo ou maladaptativo em si, apenas em relação a ou no contexto do ambiente social e físico mais amplo no qual a pessoa está.

TC – OS 10 AXIOMAS - Resumo Esquemas: estruturas cognição com significado  subcj. estrutura cognitiva. Função dos esquemas: A função da atribuição de significado é controlar os vários sistemas psicológicos. O significado ativa estratégias para adaptação. Interação entre sistemas: Sistemas cognitivos e outros sistemas. Especificidade do conteúdo cognitivo: Cada categoria de significado são traduzidas em padrões específicos de emoção, atenção, memória e comportamento (padrões de interpretação) Distorção cognitiva: Os significados (construídos pela pessoa) são corretos ou incorretos em relação a um contexto/objetivo. Incluem erros no conteúdo cognitivo (significado), no proc. cognitivo (elaboração do significado) ou ambos. Vulnerabilidade cognitiva: Os indivíduos são predispostos a fazer construções cognitivas falhas específicas (distorções cognitivas); Tríade cognitiva: self (eu), ambiente (outros), meus objetivos (futuro). Significado público e privado: Significado pessoal inclui implicações, significação ou generalizações = “domínio pessoal” = rege todos sistemas psicológicos. Há 3 níveis de cognição: Pré-consciente (PA), Consciente e Metacognitivo. Estruturas teleonômicas: Os esquemas evoluem para facilitar a adaptação da pessoa ao ambiente.

TCC – Conceitualização Cognitiva TCC  a cognição é a chave para os transtornos psicológicos. Conceitualização cognitiva  fornece a estrutura para o entendimento de um paciente pelo terapeuta cognitivo. Terapeuta Cognitivo  hipóteses sobre como o paciente desenvolveu essa desordem psicológica em particular = começa a construir uma conceitualização cognitiva durante seu 1º contato (continua a refinar até a última sessão). A TCC levanta hipóteses de que os comportamentos e as emoções das pessoas são influenciados por sua percepção dos eventos (modificação no pensamento  melhora no humor e no comportamento). Vamos então entender o MODELO COGNITIVO...

TCC – MODELO COGNITIVO Crença Central Crenças Intermediárias Corporal Situação Agora Pensamentos Automáticos Reações Comportamental Emocional

TCC – Pensamentos Automáticos (PA) Durante a aula  Você pode perceber alguns níveis no seu pensamento. Você pode estar tendo alguns pensamentos avaliativos rápidos... Não decorrentes de deliberação ou raciocínio... Esses pensamentos são chamados de PA, pois eles parecem surgir automaticamente, de repente, e são, com frequência, bastante rápidos e breves. Você pode aprender a identificar seus PA prestando atenção às suas mudanças de afeto. Tendo identificado seu PA, você pode avaliar a validade dos seus pensamentos. Em termos cognitivos, quando pensamentos disfuncionais são sujeitos à reflexão racional, nossas emoções, em geral, mudam. Vamos entender de onde vem os PA’s...

Ei, isso faz sentido... Finalmente uma aula interessante! Ah! Isso é ridículo... Nunca vai funcionar... Essa aula tá muito chata! Que desperdício de dinheiro... Isso é difícil demais... Eu nunca vou aprender essa TCC... Arrrgh... essa aula *$%@#*... Eu preciso mesmo aprender tudo isso? E se eu não conseguir?

TCC – Crenças Centrais (CC) Desde a infância, as pessoas desenvolvem determinadas crenças sobre si mesmas, outras pessoas e seus mundos. CC são entendimentos que são tão fundamentais e profundos, que as pessoas frequentemente não os articulam, sequer para si mesmas. São idéias consideradas (pela pessoa) como verdades absolutas, é o nível mais fundamental de crença; elas são globais, rígidas e supergeneralizadas. Isso é difícil demais... Eu nunca vou aprender essa TCC... CC = “Eu sou incompetente” CC = é ativada na aula = autocrítica = interpretação da situação negativada. Viés confirmatório = desconsidera / desconta as evidências contrárias à CC. Manutenção da CC = mesmo que seja imprecisa, não verdadeira, disfuncional.

Eu estou fora de controle. Eu sou fraco. Eu sou vulnerável.   Eu não sou capaz de ser amado. Eu sou indesejável. Eu não sou atraente. Eu não tenho valor. Eu não sou capaz de ser querido. Eu não sou bom o suficiente. Eu sou imperfeito. Eu sou diferente. Ninguém me quer. Ninguém liga para mim. Eu sou mau. Eu sou desamparado. Eu sou impotente. Eu estou fora de controle. Eu sou fraco. Eu sou vulnerável. Eu sou carente. Crenças Centrais de DESAMOR

Eu estou fora de controle. Eu sou desamparado. Eu sou impotente. Eu estou fora de controle. Eu sou fraco. Eu sou vulnerável. Eu sou carente. Eu estou sem saída. Eu sou inadequado. Eu sou ineficiente. Eu sou incompetente. Eu sou um fracasso. Eu sou desrespeitado. Eu sou desamparado. Eu sou impotente. Eu estou fora de controle. Eu sou fraco. Eu sou vulnerável. Eu sou carente. Crenças Centrais de DESAMPARO

Eu não sou bom o suficiente. Crenças Centrais de DESVALIA   Eu sou um fracasso. Eu sou incompetente. Eu não tenho valor. Eu não sou bom o suficiente. Eu sou inadequado. Eu sou ineficiente. Eu sou desrespeitado. Eu sou desamparado. Eu sou impotente. Eu estou fora de controle. Eu sou fraco. Eu sou vulnerável. Eu sou carente.

TCC – Crenças Intermediárias (CI) As CC influenciam o desenvolvimento de uma classe intermediária de crenças: atitudes, regras e suposições. As crenças intermediárias (CI) influenciam como a pessoa pensa, sente e se comporta. “é horrível ser incompetente” Isso é difícil demais... Eu nunca vou aprender essa TCC... ATITUDE REGRA SUPOSIÇÃO “Se eu estudar o mais que puder, posso ser capaz de ser tão bom como os meus colegas” “Eu devo estudar muito, o tempo todo”

TCC – MODELO COGNITIVO Crença Estratégias Central Situação Antes Crença Central Estratégias Repetiu 7ª série Não termina o que começa. “Eu sou incompetente” DESVALIA Crenças Intermediárias “É horrível ser sempre o pior” “Se eu não entendo algo, então eu sou burro” Corporal Sudorese Situação Agora Pensamentos Automáticos Reações Comportamental Sai da sala Aula TCC “Isso é difícil demais... Eu jamais vou aprender...” Emocional Tristeza

TCC – MODELO COGNITIVO Crença Estratégias Central Situação Antes Crença Central Estratégias Bullying na escola Não interage com colegas. “Eu sou incapaz de ser amado” DESAMOR Crenças Intermediárias “Se eu interagir com as pessoas elas não vão me aceitar como sou” “Devo me isolar” Corporal Taquicardia Situação Agora Pensamentos Automáticos Reações Comportamental Fica isolado Festa de um colega “Não vou ter assunto para conversar na festa Emocional Medo,Tristeza

TCC – Terapia Cognitivo Comportamental TCC atualmente  sendo aplicada no mundo inteiro, como o único tratamento ou como um tratamento adjuntivo para outros transtornos. O terapeuta busca, de uma variedade de formas, produzir a mudança cognitiva – mudanças no pensamento e no sistema de crenças do paciente – visando promover mudança emocional e comportamental duradoura. Intervenção TCC  um problema importante para o paciente é especificado, uma idéia disfuncional é identificada e avaliada, um plano razoável é delineado e a efetividade da intervenção é avaliada. Vamos então conhecer os 10 PRINCÍPIOS da TCC...

TCC – Os 10 Princípios Princípio nº 1: Formulação do problema em termos cognitivos A TC se baseia em uma formulação em contínuo desenvolvimento do paciente e de seus problemas em termos cognitivos. 1º) Desde o início, identifica o pensamento atual da paciente e seus comportamentos problemáticos. 2º) Identifica fatores precipitantes que influenciaram as percepções da paciente no início da depressão. 3º) Levanta hipóteses sobre eventos desenvolvimentais chaves e padrões duradouros de interpretação desses eventos. [entender a Q.P. e “traduzir” em termos cognitivos  sentimento, emoção, comportamento = PA’s e Crenças = distorções cognitivas]

TCC – Os 10 Princípios Princípio nº 2: Aliança terapêutica segura A TC requer uma aliança terapêutica segura: cordialidade, empatia, atenção, respeito genuíno e competência. Boa aliança de trabalho = colaborativa. [ter atitude “rogeriana”: acolhimento genuíno, empatia]

TCC – Os 10 Princípios Princípio nº 3: Colaboração e Participação Ativa A TC enfatiza a colaboração e participação ativa. Na TC há um trabalho em equipe: terapeuta + paciente. A princípio, o terapeuta é mais ativo em sugerir uma direção para as sessões de terapia. A medida que a paciente torna-se menos deprimida e mais socializada na terapia = crescentemente mais ativa. [ser inicialmente + ativo  motivar o paciente a trazer + contribuições na sessão]

TCC – Os 10 Princípios Princípio nº 4: Orientada em meta e focalizada em problemas A TC é orientada em meta e focalizada em problemas = 1ª sessão = enumerar problemas e estabelecer metas específicas. O terapeuta presta atenção particular aos obstáculos que impedem a paciente de resolver problemas e atingir metas por si mesmo. O terapeuta precisa conceituar as dificuldades da paciente e avaliar o nível apropriado de intervenção. [auxiliar o paciente a ser + objetivo, para ele poder identificar e focar na meta]

TCC – Os 10 Princípios Princípio nº 5: Enfatiza o presente A TC inicialmente enfatiza o presente (os problemas do aqui- e-agora). O tratamento da maioria dos pacientes envolve um forte foco sobre problemas atuais e sobre situações específicas que são aflitivas para o paciente. Passado = 3 situações = 1) predileção da paciente; 2) não há mudanças focando o presente; 3) entender origens das ideias disfuncionais e como afetam a paciente hoje. [ser acolhedor e objetivo ao ouvir “tudo”, mas repetir e anotar frases do paciente sobre o momento presente]

TCC – Os 10 Princípios Princípio nº 6: É educativa A TC é educativa, visa ensinar a paciente a ser seu próprio terapeuta e enfatiza a prevenção de recaída. O terapeuta educa sobre a natureza e trajetória do seu transtorno, sobre o processo da TC e sobre o modelo cognitivo (como os pensamentos influenciam as emoções e comportamentos). Ensina a estabelecer metas, identificar e avaliar pensamentos/crenças, e assim, mudar comportamentos. [dar ao paciente um “caderninho” para ele se habituar a registrar as situações + suas reações + seus pensamentos...  aprende que a sua forma de pensar é que rege seus sistemas psicológicos  psicoeducação é mais eficaz do que só medicamento]

TCC – Os 10 Princípios Princípio nº 7: Tempo limitado A TC visa ter um tempo limitado. O terapeuta busca prover alívio dos sintomas da paciente, facilitar uma remissão do transtorno, ajudá-la a resolver seus problemas mais prementes e ensinar-lhe o uso de ferramentas para que ela seja mais propensa a evitar a recaída. A modificação de crenças disfuncionais muito rígidas/padrões de comportamento = leva mais tempo. [perguntar qual a prioridade da terapia  o que é factível em “x” sessões: manter expectativas realistas apenas]

TCC – Os 10 Princípios Princípio nº 8: Sessões estruturadas A TC tem as suas sessões estruturadas (há uma estrutura estabelecida em cada sessão). O terapeuta: 1) verifica o humor; 2) solicita breve revisão da semana; 3) agenda da sessão; 4) feedback da sessão anterior; 4) tarefa de casa; 5) resumo da sessão. Foco no que é mais importante para o paciente, maximiza o uso do tempo da terapia. Promove = autoterapia. [estruturar a sessão para manter o foco: um modelo estruturado >eficácia >garantia > segurança]

TCC – Os 10 Princípios Princípio nº 9: Identificar, Avaliar e Responder A TC ensina os pacientes a identificar, avaliar e responder a seus pensamentos e crenças disfuncionais. focalizar um problema específico; identificar o pensamento disfuncional; avaliar a validade do pensamento; projetar um plano de ação. TC = descoberta orientada. [orientar o paciente a ser seu próprio terapeuta >autopercepção: se ele aprende a identificar e avaliar PA’s, ele é capaz de responder a esses PA’s de forma mais adaptativas]

TCC – Os 10 Princípios Princípio nº 10: Várias técnicas A TC utiliza uma variedade de técnicas para mudar pensamento, humor e comportamento. Estratégias cognitivas: questionamento socrático, descoberta orientada, teste de realidade... Outras técnicas: comportamental, gestalt... O terapeuta seleciona técnicas com base na formulação de caso e seus objetivos, em sessões específicas. [ensinar os pacientes a utilizarem algumas técnicas  se ele aprender a fazer um RPD na sessão, ele fará um RPD mental nas várias situações “gatilho” e será capaz de pensar e agir melhor]

TCC – Os 10 Princípios Formulação do problema em termos cognitivos Aliança terapêutica segura Colaboração e Participação Ativa Orientada em meta e focalizada em problemas Enfatiza o presente É educativa Tempo limitado Sessões estruturadas Identificar, avaliar e responder Utiliza várias técnicas

Como ser um terapeuta cognitivo? O modelo cognitivo, de que os nosso pensamentos influenciam as nossas emoções e comportamento, é bastante direto, porém, enganosamente simples. Comece aplicando as ferramentas que aprendeu na aula a si mesmo. Releia a apostila  Aprenda a identificar seus próprios pensamentos automáticos e crenças. Faça a pergunta: “O que estava passando pela minha cabeça ainda agora?” Ensinar a si mesmo as habilidades básicas da TCC, usando você mesmo como sujeito, aumentará a sua habilidade de ensinar essas mesmas habilidades aos seus pacientes. Saber TCC é saber ensinar o paciente a encontrar um PA alternativo para o PA disfuncional...

“é horrível ser incompetente” “Eu devo estudar muito, o tempo todo” Isso é difícil demais... “é horrível ser incompetente” ATITUDE REGRA SUPOSIÇÃO “Se eu estudar o mais que puder, posso ser capaz de ser tão bom como os meus colegas” “Eu devo estudar muito, o tempo todo” PA: “Eu não entendo isso... Eu jamais entenderei isso...” PA’s ALTERNATIVOS (mais realistas, mais funcional): “Ei, eu só estou tendo alguma dificuldade agora...” “Se eu reler com calma em casa, entenderei...” “É só mais uma matéria nova ...” “Se cheguei até aqui, com certeza irei até o final...” “No começo é assim mesmo... Depois fica mais fácil...”

Profª Lina Sue – lina.sue@hotmail.com – celular (11) 8660-1234 Namastê!