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Transcrição da apresentação:

Este documento se organiza nos seguintes tópicos: Trânsito nas cidades de hoje. Alguns organismos e organizações têm reunido esforços para enfrentar problemas referentes ao trânsito atual. Críticos, nos perguntamos: Isso é tudo que podemos fazer? Problemas específicos do trânsito nas imediações das escolas. Responsabilização. O que o DETRAN sugere às escolas? O que mais as escolas podem e devem fazer? (3 momentos.)

1. Trânsito nas cidades de hoje

Caos: tráfego

DADOS DO DENATRAN E DO IBGE (2009): Cidades com maiores frotas de carro do país: Curitiba (PR) 1.851.215 1.154.438 – carros por habitante: 1,60 Ribeirão Preto (SP) 563.107 346.411 – carros por habitante: 1,62 Goiânia (GO) 1.281.975 769.165 – carros por habitante: 1,66 SJ do R Preto (SP) 419.632 251.433 – carros por habitante: 1,66 Campinas (SP) 1.064.669 623.001 – carros por habitante: 1,70 Florianópolis (SC) 408.161 232.087 – carros por habitante: 1,75 Santo André (SP) 673.396 376.152 – carros por habitante: 1,79 São Paulo (SP)11.037.593 5.951.686 – carros por habitante: 1,85 Santos (SP) 417.098 218.715 – carros por habitante: 1,90

Caos: acidentes O Brasil ocupa a quinta colocação no número absoluto de mortes no trânsito, segundo a OMS. Em milhares de mortes: 1º Índia 106 2º China 97 3º EUA 43 4º Rússia 36 5º Brasil 35

Os acidentes de trânsito e os afogamentos são os principais responsáveis pelos óbitos de crianças até 14 anos. 44% corresponderam aos atropelamentos, dentro os quais 28% aos acidentes com a criança na condição de passageira do veículo, 6% na condição de ciclista e os 22% restantes corresponderam a outros tipos de acidentes de trânsito. Dados referentes ao ano de 2007, pela ONG Criança Segura.

Problemas de saúde: poluição Segundo a OMS, os gazes emitidos pelos veículos automotores causas os seguintes problemas de saúde: Cérebro: a pressão intracraniana sobe e a cabeça dói. A concentração e a memória ficam prejudicadas pela ação dos hormônios do stress, que ainda levam a uma sensação de exaustão, gerando agressividade. Músculos: se contraem ao máximo e começam a liberar na corrente sangüínea uma série de substâncias inflamatórias. Pulmões: a respiração acelera e esses órgãos passam a funcionar a toda velocidade. Com o tempo, a sensação de cansaço é inevitável. Coração: começa a bater rapidamente e de maneira descompassada. Os vasos sanguíneos se contraem e a pressão arterial sobe. O risco de infarto e derrame cresce. Sistema digestivo: o estômago passa a fabricar suco gástrico além da conta, o que pode levar à gastrite e à úlcera.

Poluição sonora Qualquer som acima dos 55 decibéis (o equivalente à voz humana em conversa baixa) é interpretado pelo organismo como uma agressão. Para preparar sua defesa, o cérebro ordena que as supra-renais, glândulas localizadas acima dos rins, liberem boas doses de cortisol e adrenalina, os hormônios do stress. 

Problemas de saúde: Stress Conforme a IBM, em pesquisa sobre os 20 maiores centros urbanos do mundo: 30% dos habitantes entrevistados afirma apresentar maior nível de stress no trânsito. 29% tem seu trabalho e estudo prejudicados pelo stress no trânsito. 38% já desistiram de sair de casa alguma vez para evitar problemas com o trânsito.

« Quiconque se trouve légalement sur le territoire d’un État a le droit d’y circuler librement . » Déclaration Universelle des Droits de l‘Homme et du Citoyen

2. Alguns organismos e organizações têm reunido esforços para enfrentar problemas referentes ao trânsito atual. Na sequência, citamos alguns projetos bem famosos:

Texto extraído do site do movimento: Seja gentil no trânsito, que o trânsito retribui. E se você ouvisse uma música, em vez de buzinar? Ou apontasse o erro, em vez de xingar? Gentileza gera gentileza e se multiplica. Experimente. O melhor jeito de se acostumar com ela é se pondo no lugar do outro. Se alguém tomar aquela vaga de estacionamento que você estava esperando, releve; caso um motorista não deixe você ultrapassar, tolere; se outro vier disposto a brigar, não dê brechas para continuar a discussão. Quando você muda, a cidade muda, e isso começa dentro de cada um. As pessoas são como espelhos quando se trata de atitude, um gesto bom que você faça, volta com a mesma bondade. Ou seja, ganha você e quem está ao seu lado no farol. Entre para o movimento Trânsito + gentil, seu dia-a-dia agradece.

Muitas vezes, nas propagandas sobre violência e educação no trânsito, publicitários usam como tema a infância, como forma de comover os motoristas adultos:

E não é só no Brasil, claro!

Em muitos casos, porém, as crianças são propriamente os destinatários das peças publicitárias. E isso não se dá apenas porque serão elas nossos futuros motoristas, e desejamos melhores motoristas para o futuro. As crianças são convocadas, porque acreditamos no potencial educativo delas, em relação a seus pais e familiares:

Propaganda do DETRAN, de 2008, visando o público infantil: (Repare na linguagem, bem própria ao público infantil, ao qual a propaganda se dirige!)

O Câmera educação, projeto das Organizações A Tribuna, propôs para reflexão de adolescentes, no ano de 2010, o seguinte tema: "Como toda a sociedade pode melhorar o comportamento no trânsito?” Gabriel Zavatti Secatto, do Colégio Presidente Kennedy, foi o vencedor, com a redação "O pequeno grande cidadão".

E que tal sua escola se inscrever esse ano?

3. Críticos, nos perguntamos: em vista de um quadro tão sério, por que em grande parte das vezes continuamos conversando sobre trânsito com as crianças de uma maneira tão tola e simplificada?

A estética ultrapassada e hoje pouco atrativa dos panfletos educativos:

Premiados no concurso do DENATRAN, no ano passado: Isso é tudo que podemos fazer com e por nossas crianças?

A questão é política Os projetos para Educação no Trânsito em geral se restringem a abordar a segurança das crianças. Isso é fundamental, mas por que desconsiderar questões mais complexas. Por exemplo, esses projetos ignoram as infrações praticadas às portas das escolas? Há um certo receio em confrontar o interesse dos pais/pagantes?

Bom, para formular um projeto que seja efetivamente atual e coerente, precisamos antes analisar a nossa realidade, certo?

4. Problemas específicos do trânsito nas imediações das escolas

Selecionamos 11 problemas graves e comuns:

1. Pais estacionam em frente às garagens de edificações vizinhas aos colégios, impedindo a livre entrada e saída dos vizinhos, de suas casas. 2. Estacionam além dos limites das faixas amarelas, atrapalhando ou mesmo impedindo a livre entrada e saída dos vizinhos de suas casas. 3. Alguns saem do carro e o abandonam no local irregular, sem preocupação alguma em retornar rapidamente. 4. Alguns se mantém dentro do carro e, quando solicitados para que retirem seus carros, pedem que o solicitante aguarde por mais alguns momentos a chegada da criança. 5. Pais estacionam nas esquinas, impedindo uma boa visualização para os motoristas em trânsito, nos cruzamentos.

6. Pais param/estacionam em fila dupla, impedindo o fluxo de veículos pela rua. Muitas vezes esse fluxo de veículos fica interrompido uns bons metros adiante, atrapalhando a passagem de famílias, trabalhadores, veículos particulares e também públicos. 7. A grande maioria dos carros que trancam a rua transporta, além do motorista, uma ou duas crianças. Isso redunda em uma maior quantidade de veículos transitando. 8. Muitas vezes uma das crianças, mais novinha, desce do carro em frente ao portão de uma das unidades da escola, e a outra, mais velha, desce mais adiante, mais próximo a outra unidade. São duas paradas em fila dupla que, além de contrariarem o CTB, são claramente desnecessárias, e denotam descaso no que diz respeito às leis e aos interesses e necessidades de outros cidadãos. 9. Funcionários entregam crianças dentro dos carros; colocam mochilas no porta-malas, enquanto os demais veículos esperam. 10. Há demasiados toques de buzinas nos horários de entrada e saída das escolas. 11. Há tratamento grosseiro e anti-social entre as escolas e os vizinhos.

Sim, cabe às escolas buscar soluções!!!

5. Responsabilização

a) Empresas solidárias Hoje em dia há uma corrida das empresas, dos mais variados setores, no sentido de uma maior humanização. Fala-se em humanizar as relações entre patrões e empregados, com os clientes, e com a comunidade. Bom-mocismo hoje vende!!!

E que tal se o Universitas se tornasse referência regional na solução de problemas relativos ao trânsito escolar?

b) Mas escola é mais que empresa! Ok, as escolas, nos últimos tempos, têm investido sim em projetos sociais, para estimular os alunos a serem solidários. Contudo, levar os alunos a experimentar, em um dia específico do calendário escolar, problemas de comunidades distantes e, no dia-a-dia, ignorar e permitir que eles ignorem problemas relativos à comunidade próxima não é trabalhar solidariedade e cidadania; é HIPOCRISIA. Mostrar as diferenças e não ensinar a CONVIVER COM A DIFERENÇA não é ensinar valores, e sim cumprir premissa mercadológica para bem vender uma “imagem” bacana. É dissimular, enganar, deturpar e lucrar. De nossa parte pensamos que educar é MUITO mais do que estabelecer objetivos visando o lucro.

Ensinar valores: Segundo Jurandir Freire Costa, em A ética e o espelho da cultura: “O que vigora hoje, no Brasil, é uma razão cínica...No lugar da indignação, produziu-se um discurso desmoralizante que diz que toda lei é convencionalismo, formalismo, idealismo, conservadorismo... Torpedeada a lei, é todo um universo simbólico que desmorona.Tornamo-nos, todos homens, sem pudor. Não são apenas os marginais organizados em falanges para o que der e vier, nem os políticos...que se deixam dirigir por essa razão cínica...Existe um elo indissolúvel entre o político que lesa o erário público, o cidadão que ultrapassa o sinal vermelho e o assaltante que mata...Todos deixaram de levar em conta a lei...Realizamos uma cisão entre duas esferas de valor, uma indignada e furiosa, outra generosa e condescendente...Exercitamos, assim, nosso cinismo... Um motorista que estaciona na faixa de pedestres é, em certo sentido, tão violento quanto um assaltante que metralha sua vítima. Ambos se julgam acima da lei... A cultura da delinqüência é uma cultura suicida...Mas cidadãos que atuam embriagados pela cultura da delinqüência têm os olhos vendados pela ilusão de que podem escapar impunemente da dissolução social. Não podem, e aqui começa nossa tragédia brasileira.... O cidadão que estaciona em fila tripla para esperar o filho diante do colégio age, ainda que em proporções diferentes, com a mesma arrogância delinqüente do marginal que fuzila o caixa de um banco...Todos atuam munidos da ilusão de que, apesar de tudo, irão escapar... todos devemos fazer o mesmo, ou seremos ingênuos e fracos...É esse cinismo aplicado à vida cotidiana que se torna o mais perigoso ”.

c) Cegueira voluntária O problema do trânsito nas portas das escolas é real, é sabido, é generalizado, e as escolas têm se negado a tratá-lo como uma causa delas. As escolas fazem ouvidos moucos aos desconfortos e perturbações causados às vizinhanças. Trata as questões relativas ao trânsito que ela movimenta e muitas vezes alimenta como incômodo inevitável. A impressão que fica é que esse é um “malefício” com o qual a comunidade deve arcar, em nome do funcionamento do processo educativo. Mas é assim que se educa?

Sim, é assim que se educa para a arrogância, o cinismo, a hipocrisia, o egoísmo e a desesperança!

Vocês conhecem um vídeo sobre isso, que circula pela internet? Seria interessante trabalhá-lo com professores, funcionários e pais de alunos!

Lutando contra o conformismo É certo que não podemos mudar a direção dos ventos, mas podemos alterar a posição das velas. L. Navarro

d) Justificativas ou desculpas? Não importa que as ruas da região são estreitas e se as dependências do colégio têm uma dada estrutura... Os problemas de trânsito nas redondezas, embora incomodem mais aos vizinhos do que ao colégio, são DECORRENTES do colégio. Portanto: são de RESPONSABILIDADE do colégio!! O colégio cresce e investe em crescimento desconsiderando o ambiente à sua volta? Tal comportamento da escola é compatível com o DISCURSO da escola na mídia, e na própria escola?

Que tal deixarmos de nos justificar, de procrastinar, de empurrar a responsabilidade para o Estado, e fazermos nossa parte ?

6. O que o DETRAN propõe às escolas?

Sugestões às escolas: - Programar diferentes horários de início e de término das aulas. Se uma escola tem entrada prevista para as 7h30min, pode antecipar uma entrada para as 7h20min, manter outra no mesmo horário, e criar um terceiro horário às 7h40min. A saída, da mesma forma, seria dividida em três momentos. - Construir estacionamentos em áreas internas dos estabelecimentos para que os pais tenham uma opção para aguardar seus filhos. Alguns bons colégios estão fazendo isso. Por exemplo: o colégio Anchieta, em São Paulo; e o Colégio do Rosário, em Volta Redonda (foto acima). - Há também a possibilidade de criar pistas de acesso internas aos colégio, por onde os carros transitem. Essa alternativa foi posta em prática pelo colégio Jesuítas, em Juiz de Fora (foto abaixo).

7. O que mais as escolas PODEM e DEVEM fazer?

Primeiro passo: despertar a autocrítica

Alguns temas sugeridos para debate com os alunos: I Alguns temas sugeridos para debate com os alunos: I. Carros, identidade e afetividade: Discutir, com base nas charges abaixo, as relações que nós seres humanos nutrimos com nossos carros. Bens materiais, entes da família, condição de respeitabilidade? Por que o brasileiro gosta tanto de carro? Por que pouquíssimos europeus têm carro? Quais as possíveis razões materiais e simbólicas?

Valores trabalhados: Repensar referências, preferências e gostos; repensar o materialismo e o consumismo; aprender a ouvir, a se expressar, a respeitar a idéia dos outros.

II. Olhar e perspectiva: Conta-se que Sigmund Freud aprendeu a dirigir já constava muitos anos de idade. Quando saiu às ruas como motorista pelas primeiras vezes, teria afirmado: Quando era pedestre, julgava os motoristas imprudentes. Agora me aborreço com a imprudência dos pedestres. O que essa afirmação de Freud nos faz pensar a respeito de nosso comportamento no trânsito? Valores trabalhados: Comprometimento com o coletivo, diálogo com as diferenças; aprender a ouvir, a se expressar, a respeitar a idéia dos outros, a mudar de idéia.

III. Olhar e perspectiva (de novo): Assistir o seguinte vídeo que também tem circulado pela internet, e discutir com os alunos.

IV. Palestra Convidar um agente de trânsito para falar sobre educação, gentileza e educação no trânsito. Orientar o agente para que aborde números relativos à imprudência, à violência e a brigas no trânsito.

V. Focando o problema local: Aula 1: (apenas alguns minutinhos) O professor deve começar a aula com alguns questionamentos: Somos irônicos, apáticos, acomodados? Por que convivemos com problemas de convivência sem buscar alternativas? Como se o problema fosse um dado insuperável? Será que a rotina nos faz não perceber claramente os problemas que nos cercam? Mostrar às crianças as seguintes fotografias:

Pedir que os alunos descrevam as fotografias, e apontem aquelas que mais despertaram interesse. Registrar razões e reações. Pedir, como tarefa para a próxima aula, que observem como será a saída da escola neste dia, e a entrada no próximo. Solicitar que registram por escrito ou tirem fotos com seus celulares, Ipods. Aula 2: (apenas alguns minutinhos). Compartilhar os registros feitos pelos alunos. Propor, sobre eles, uma nova discussão. As seguintes questões devem ser trabalhadas: E se eu fosse um morador vizinho à escola? Como eu me sentiria? Tenho o direito de infringir uma norma comunitária para tirar uma vantagem individual momentânea? Se gentileza gera gentileza, grosseria gera grosseria? Como romper o círculo vicioso? Qual o significado disso no trânsito? E na sala de aula?

Segundo passo: ações

I. Incentivo à carona solidária Muitas escolas cadastram pais e organizam itinerários. Mas já há redes sociais que contribuem para uma melhor organização! http://www.unicaronas.com.br/ http://www.tipcar.com.br/ Os próprios alunos podem assumir tais funções: Habilidades trabalhadas na empreitada: a) Geografia: leitura e elaboração de mapas da cidade; b) Matemática: organização lógica, uso de tabelas e organogramas, administração de interesses; c) Informática: acesso, uso e divulgação das referidas redes sociais. Valores trabalhados: Aprender a dividir, conviver, ceder e cumprir regras que sejam do interesse do bom funcionamento da comunidade; crítica ao individualismo atual.

II. Incentivo ao uso da bicicleta. A propósito: A escola dispõe de um local onde os alunos, professores e funcionários possam guardar suas bicicletas?

Dez mandamentos do cicloativismo 1. LEVANTE-SE E PEDALE Nem que seja só você. 2. LUTE PELO ESPAÇO O ciclista deve ter respeitado o limite de 1,5 metro de distância para outros veículos. Causas: sinalização na pista (trânsito compartilhado), ciclofaixas (toda a cidade, qualquer horário) e ciclovias (nas avenidas). 3. FAÇA BARULHO Não se esconda: use cartazes, adesivos, internet. 4. INDEPENDÊNCIA OU NADA Bicicletadas não têm ligações com empresas, partidos ou igrejas. 5. NÃO SIGA LÍDERES Numa bicicletada, as decisões são consensuais. 6. SIGA A LEI Não ande em contramão ou calçadas e dê preferência ao pedestre. 7. NÃO PEÇA LICENÇA Uma bicicletada não precisa de “passe livre” de autoridade. 8. CRIE UM HÁBITO Toda última sexta-feira do mês. 9. SEJA INVENTIVO Crie formas diferentes de incentivar o ciclismo. 10. SEJA CORDIAL Sorria a motoristas e pedestres — se preciso, saia nu para dar visibilidade à causa. Livremente adaptado do www.bicicletada.org

Habilidades trabalhadas nos alunos: a) Geografia: leitura e elaboração de mapas das ciclovias; b) Educação física: desenvolvimento físico, motor e equilíbrio; c) Artes: análise e produção de material publicitário. (Hoje andar de bicicleta é ser vanguarda!) Valores trabalhados: Comprometimento com o coletivo, preocupação com a saúde, força, resistência, equilíbrio, iniciativa; crítica ao individualismo atual.

III. Incentivo ao uso do transporte público. Comparar os custos e benefícios do transporte privado e do público. Analisar as reais condições do transporte coletivo em Santos, as alternativas de transporte coletivo na cidade. Estudar as linhas que cobrem o caminho das casas dos alunos até a escola, e da escola até suas casas! Muitos alunos simplesmente desconsideram a possibilidade de andar de ônibus urbano: acham-no perigoso ou mesmo degradante. Muitos alunos chegam ao ensino Fundamental II sem nunca terem andado de ônibus na vida. Habilidades trabalhadas nos alunos: a) Geografia: leitura e elaboração de mapas dos itinerários dos ônibus e seletivos; b) Matemática: organização lógica, uso de tabelas e organogramas, cálculo de preço e tempo, administração de interesses; Valores trabalhados: Comprometimento com o coletivo; aprender a conviver com a diferença, assumir posturas que sejam do interesse do bom funcionamento da comunidade; crítica ao individualismo atual.

IV. Elaboração de panfletos e promoção de palestras Português: análise do padrão de escrita das leis de trânsito; redação de um roteiro de PPTs e/ou documentários; redação de panfletos. Informática: preparação de palestras em PPTs e/ou edição de vídeos, para serem apresentados aos colegas, e, num dia especial, também aos pais. Artes: elaboração de panfletos para serem distribuídos aos pais, nos horários de entrada e saída da escola. Habilidades trabalhadas nos alunos: a) Português: leitura e elaboração de mapas dos itinerários dos ônibus e seletivos; b) Informática: montagem de PPTS, edição de vídeos; c) Artes: habilidades motoras, exploração de diversos materiais, design. Valores trabalhados: Comprometimento com o coletivo; aprender a conviver com a diferença, assumir posturas que sejam do interesse do bom funcionamento da comunidade; crítica ao individualismo atual.

Sugestões de trechos do CTB a serem trabalhados nos panfletos e palestras: Art. 181. Estacionar o veículo: I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinhamento da via transversal: Infração - média; Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo; IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada destinada à entrada ou saída de veículos: X - impedindo a movimentação de outro veículo: XI - ao lado de outro veículo em fila dupla: Infração - grave;

Sugestões do DETRAN aos pais, de como proceder nos horários de entrada e saída da escola, no trânsito - Procure chegar com antecedência para encontrar um local adequado para estacionar; - Caso chegue no horário, e a criança se atrase, procure uma via secundária para aguardar; - Não havendo vagas em vias alternativas, dê uma volta na quadra; - Sincronize o seu horário de chegada com a saída da criança para evitar esperas desnecessárias. Para conseguir isso, o primeiro passo é educar seu filho. Mostre que um minuto de atraso pode prejudicar a vida de dezenas de motoristas; - Sempre que embarcar e desembarcar, seja rápido: sem despedidas ou recados em cima da hora; - O celular (sempre que possível e nunca ao volante) pode ser utilizado para orientar o filho a se aproximar do portão.

V. Elaboração de cartas/documentos Trabalhar com as turmas cartas ao prefeito ou à Câmara dos Vereadores sugerindo quaisquer medidas que, na visão dos alunos, contribuam para um melhor trânsito na cidade. Por exemplo: como incentivo ao uso de bicicletas, solicitar que garanta-se a instalação de postos, pela cidade, para guardá-las com segurança. Os alunos também podem organizar um abaixo-assinado, trabalhar no recolhimento de assinaturas, e enviar às autoridades competentes. Pode ser um abaixo-assinado virtual! Assim, os alunos podem explorar a divulgação da idéia através das redes sociais.

VI. Claro! Professores e funcionários devem ser instruídos, de maneira a dar exemplo: Instruir os funcionários a não contribuírem para a formação das filas duplas. Levar crianças até o carro e guardar as mochilas e demais pertences nos portas-malas não acelera o processo: incentiva os pais a pararem em fila dupla, quer dizer, autoriza-os a agir errado e arrogantemente. Instruir os funcionários da portaria a APENAS entregar as crianças a seus pais DESDE QUE que esses estejam com seus carros devidamente estacionados em local regular. Instruir professores e funcionários a não pararem em locais irregulares: em frente à garagens, além do limite das faixas amarelas e nas esquinas.

Terceiro passo: Explorar o tema no dia-a-dia das diversas disciplinas

Geografia: fazer um levantamento de dados sobre trânsito em nossa cidade, e, mais especificamente, no bairro da escola. Ciências: trabalhar os problemas de saúde e ecológicos causados pelos automóveis; pesquisar energias alternativas. Sugestão: trabalhar com o “Projeto Venus”, proposto pelo engenheiro e designer norte-americano Jacque Fresco. História: trabalhar a história da criação das leis, interesse e participação popular; trabalhar com História Urbana, ou história da urbanização de Santos, e problemas decorrentes do crescimento desordenado dos núcleos urbanos; trabalhar porquês da elaboração de leis em seus contextos. Nesse diapasão, também é possível trabalhar com as idéias de Jacque Fresco. Matemática: trabalhar com números indicados nas leis de trânsito pertinentes; trabalhar com números relacionados a acidentes e/ infrações de trânsito. Formular problemas matemáticos contextualizados em situações de trânsito; etc.

ENFIM:

Contamos com o envolvimento da escola nesse problema que é NOSSO Contamos com o envolvimento da escola nesse problema que é NOSSO! E nos disponibilizamos a NOS ajudar no que for preciso! AYLLU P.P. ayllu.pp@gmail.com Ana L.O.D. e Thalita Dantes telefones: (13) 32616328 -(13) 81181272