Paralisia Cerebral Priscila Correia da Silva
O QUE SIGNIFICA Paralisia Cerebral?
CONCEITO “Paralisia Cerebral é uma desordem do movimento e da postura, persistente, porém variável, surgida nos primeiros anos de vida pela interferência no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central, causada por uma desordem cerebral não progressiva”. LITTLE (1959) 3
CONCEITO “ Paralisia Cerebral é a sequela de uma agressão encefálica, que se caracteriza primordialmente por um transtorno persistente, porém não invariável do tônus, da postura e do movimento; surge na 1ª infância e que não é somente secundária a esta lesão não evolutiva do encéfalo, mas se deve também à influência que a referida lesão exerce sobre a maturação neurológica”. BORDAS e col. (1966) 4
CONCEITO “ A Paralisia Cerebral é uma encefalopatia estática, ou distúrbio não progressivo da postura e do movimento, muitas vezes associada à anormalidades na visão, fala e intelecto, podendo ser acompanhada de crises convusivas e é resultante de um defeito ou lesão de um cérebro em desenvolvimento”. NACPC – Núcleo de atendimento à criança com Paralisia cerebral
NOMENCLATURA Encefalopatia crônica da infância Encefalopatia crônica não-progressiva Incapacidade Motora Cerebral 6
DESENVOLVIMENTO DO SNC 3ª semana de gestação – Início do desenvolvimento 2 – 4 meses – aumento do tamanho 250.000 novos neurônios por minuto 10ª semana Tubo neural e medula espinhal Cerebelo 100.000.000 neurônios Hábitos saudáveis da mãe Revista A mente do bebê, 2ª edição 7
FASES DO DESENVOLVIMENTO Embrionário: até 8 semanas Fetal: até 41 semanas RN: 0 a 28 dias Lactente: 0 a 2 anos Sensório Motor: feto Psicomotor: RN – por toda a vida
CARACTERÍSTICAS Crônica e não progressiva; Não é doença; Déficit cognitivo; ESTADO DE SAÚDE CONDIÇÃO DE SER 30.000 a 40.000 casos por ano no Brasil 8.000 casos por ano nos EUA 2 / 1.000 nascidos vivos → Países desenvolvidos 7 / 1.000 nascidos vivos → Países em desenvolvimento OMS 9
Paralisia Cerebral Lesão estática ocorrida no período pré, peri ou pós-natal; SNC em fase de maturação estrutural e funcional; Disfunção sensório-motora; Tônus; Distúrbios: Postura; Movimento voluntário. OMS - 1999
Pode interferir na função Paralisia Cerebral Ocorre no período de ritmo acelerado de desenvolvimento Compromete o processo de aquisição de habilidades Pode interferir na função Dificulta o desempenho de atividades de vida diária
CARACTERÍSTICAS Lesão = alteração sensório motora Desenvolvimento Inabilidade de iniciar global atrasado e controlar o mov. Déficit psicomotor MANUTENÇÃO DA POSTURA TRANSFERÊNCIA LOCOMOÇÃO UTILIZAÇÃO DO OBJETO 12
Paralisia Cerebral Diagnóstico Antes dos 6 meses GRAVE 1 ano MODERADO No momento em que começa a andar LEVE
Classificação Gravidade Gravidade Motora grosseira Motora delicada QI Fala Geral Leve Anda independente Função não limitada > 70 > 2 palavras Função independente Moderada Engatinha ou anda com apoio Função limitada 50-70 Palavras simples Precisa de atenção Grave Sem locomoção Sem função < 50 Gravemente deficiente Atendimento total
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA GROSSEIRA: Nível I - Deambula sem restrições, apresenta limitações em atividades motoras mais avançadas. Nível II – Deambula sem auxílio, mas com limitações na marcha comunitária Diferenças entre o nível I e o II: As crianças do nível II têm mais dificuldades nas trocas posturais e na marcha comunitária. A qualidade do movimento é pior.
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA GROSSEIRA: Nível III – Deambula com apoio, com limitações na marcha fora de casa e na comunidade. Diferenças entre o nível II e o III: Crianças do nível III necessitam de apoio para a marcha, enquanto as do nível II não mais precisam após os 4 anos.
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DA FUNÇÃO MOTORA GROSSEIRA: Nível IV – A mobilidade é limitada, necessita de cadeira de rodas para locomoção fora de casa e na comunidade. Diferenças entre o nível III e o IV: Crianças do nível III sentam de forma independente e locomovem-se no chão, arrastando-se ou engatinhando. As de nível IV sentam apenas com suporte e só se locomovem se transportadas. Nível V – Mobilidade gravemente prejudicada, mesmo com tecnologia assistiva. Diferenças entre o nível IV e o V: As crianças do nível V são totalmente dependentes, inclusive no controle postural antigravitacional.
Etiologia Pré-natais Perinatais 85% dos casos Pós-natais 15% dos casos Perslstein, 1952. 12% dos casos Niswander & Gordon, 1972.
ETIOLOGIA Genéticas Ataxia congênita Paralisia espástica familiar PRÉ-NATAIS Genéticas Ataxia congênita Paralisia espástica familiar Vírus Herpes, Rub. e CMV Infecções toxoplasmose Fármacos e drogas 19
ETIOLOGIA Prematuridade Baixo peso ao nascimento Icterícia grave PERI-NATAIS Prematuridade Baixo peso ao nascimento Icterícia grave Hemorragia intraventricular Desnutrição Asfixia Trabalho de parto demorado Apresentação de nádegas Prolapso do cordão umbilical Trauma no parto Incompatibilidade Rh entre mãe e feto 20
ETIOLOGIA PÓS-NATAIS Infecção (meningite, encefalite) 60% dos casos Traumatismo craniano Espancamento infantil Síndrome do bebê sacudido Asfixia Parada cardíaca AVC Tumor cerebral Anemia falciforme 21
Paralisia Cerebral Anormalidades do Tônus Muscular Desenvolvimento Motor Anormal Prejuízos na Capacidade Funcional