Estágios de desenvolvimento

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Prof.ª Drª Teresa Cristina Barbo Siqueira
Transcrição da apresentação:

Estágios de desenvolvimento Profa. Cibelle Celestino Silva IFSC – USP

Para Piaget, as mudanças cognitivas resultam de um processo de desenvolvimento. processo coerente de sucessivas mudanças qualitativas das estruturas cognitivas (esquemas) cada estrutura e sua respectiva mudança deriva da estrutura precedente

Ao usa a palavra “estágio” em sua teoria, Piaget não quis dizer que as crianças mudam de um nível discreto a outro, como em uma escada. mudanças graduais e nunca abruptas os esquemas são construídos e reconstruídos (ou modificados) gradualmente O que interessa é identificar as mudanças cognitivas mais gerais que acontecem em todas as pessoas

O estágio sensório-motor (0 a 2 anos) Durante este estágio, o comportamento é basicamente motor. A criança não representa eventos internamente e não “pensa” conceitualmente. Grandes mudanças ao longo deste estágio. Inicia-se com comportamentos puramente reflexos e chega o desenvolvimento da fala (representação simbólica) Ocorre o desenvolvimento do conceito de objeto; conceito de causalidade; afeto

O estágio pré-operacional (2 aos 7 anos) a criança evolui de um ser predominantemente sensório-motor a um ser cada vez mais conceitual e representacional desenvolvimento de habilidades representacionais e da socialização do comportamento

O estágio pré-operacional (2 aos 7 anos) perspectiva egocêntrica – vê a realidade da forma que a afeta uso da linguagem, desenhos, símbolos e imagens mentais o comportamento cognitivo é influenciado pelas atividades motoras

Alguns exemplos: Jogo simbólico O desenvolvimento da fala neste período é uma transição gradual da fala egocêntrica, caracterizada pelo “monólogo coletivo”, para a fala socializada.

Segundo Piaget, nesta fase, os obstáculos para o pensamento lógico são: Raciocínio transformacional: não focaliza o processo de transformação de um estado original a um final, mas limita sua atenção a cada intervalo entre os estados

Centração – fixa a atenção em poucos aspectos do estímulo, geralmente o visual. Exemplo: normalmente dizem que uma fila com 7 elementos mais afastados entre si, é maior que uma fila com 9 elementos mais próximos  conservação do número

Também não há noção de conservação de área e do volume vídeo

De acordo com Piaget, uma operação apresenta 4 características: pode ser internalizada ou realizada em pensamento tão bem quanto materialmente; é reversível; supõe sempre alguma conservação e invariância; está sempre relacionada a outros sistemas de operações

O estágio das operações concretas (7 a 11 anos) Durante este estágio, a criança desenvolve processos de pensamento lógico (operações) que podem ser aplicadas a problemas reais (concretos). não apresenta problemas com conservação e apresenta argumentos corretos para suas respostas decisões lógicas ao invés de decisões perceptuais

O estágio das operações concretas (7 a 11 anos) acompanha as transformações e alcança a reversibilidade das operações mentais menos egocêntrica e a fala é empregada com o fim básico da comunicação aperfeiçoamento dos conceitos de causalidade, tempo, espaço, velocidade

O estágio das operações concretas (7 a 11 anos) Operações lógicas são empregadas na solução de problemas envolvendo objetos e fatos concretos (reais, observáveis) ainda não aplicam a lógica a problemas hipotéticos e verbais

Inclusão de classes

Tempo e velocidade

O estágio das operações formais (11 ou 12 anos até a idade adulta) Do ponto de vista cognitivo: Capacidade de raciocinar logicamente com hipóteses verbais e não apenas com objetos concretos.

Ele passa a buscar hipóteses gerais que possam explicar fatos observáveis. É capaz de pensar sobre seus próprios pensamentos e sentimentos, como se fossem objetos. O raciocínio formal vai além das observações Não se deve assumir que todos os adolescentes e adultos desenvolvem plenamente as operações formais.

Do ponto de vista emocional: O adolescente ainda manifesta um último tipo de egocentrismo: atribui grande poder a si e ao próprio pensamento. Muitas vezes julga que somente ele está certo.

O raciocínio hipotético-dedutivo deduzir conclusões a partir de hipóteses -       “todas as galinhas são azuis, Joãozinho é uma galinha, portanto Joãozinho é azul” -       A<B e B<C, então A<C

O raciocínio científico-dedutivo -  crianças formulam hipóteses, experimentam, controlam variáveis, registram efeitos, extraem conclusões, etc. No operacional formal, vão de fatos específicos a conclusões gerais.

A formação da personalidade O desenvolvimento cognitivo e o afetivo caminham juntos ao longo de todo o processo evolutivo do indivíduo. Muitos fatores devem ser levados em conta para compreendermos a “crise da adolescência”. Entre eles, fatores intelectuais e afetivos. Na adolescência predominam os sentimentos idealistas e o egocentrismo.

Sentimentos idealistas se é lógico é bom e correto falta ainda uma apreciação completa do mundo ele ainda não distingue entre o mundo lógico e o mundo real

No entanto, há outros fatores que interferem nas manifestações e duração da adolescência, tais como fatores culturais e sociais, que não são contemplados pela teoria de Piaget.

Implicações educacionais da teoria de Piaget A teoria de Piaget não é uma teoria educacional, mas fornece subsídios para as práticas educacionais. A equilibração permite que a experiência externa seja incorporada na estrutura cognitiva pela construção de novos esquemas mentais.

Neste sentido os piagetianos dizem que o conhecimento é construído e daí vêm as expressões “construtivismo” e “construção do conhecimento”. Ensinar é provocar o desequilíbrio da mente do estudante para que ela procure o reequilíbrio e construa novos esquemas mentais (isto é, aprenda). O ensino deve, portanto, ativar este mecanismo.

Isto é, o professor deve buscar uma ligação entre o que o aluno já sabe (esquemas) e o que deseja ensinar. Cabe ao educador introduzir situações desequilibradoras Sempre que possível o aluno deve agir. Se o ambiente escolar não oferece desafios e dificuldades, a atividade mental é apenas de assimilação.

O papel do erro na aprendizagem Diante das dificuldades e erros (situações onde os esquemas mentais sofrem desequilíbrio) a mente se reestrutura através da acomodação e se desenvolve. Os esquemas que uma criança usa podem não estar em harmonia com o dos adultos (ou com o conhecimento científico). No entanto, segundo Piaget, eles são sempre adequados ao seu nível de desenvolvimento conceitual e devem ser respeitados.

O papel da manipulação na aprendizagem O ensino deve ser acompanhado de manipulações, ações, experimentos  ir do concreto para o abstrato. CUIDADO: não se deve pensar que a manipulação pura e simples tem em si o poder de produzir conhecimento. Ela deve estar integrada à argumentação do professor.

FIM!