Fármacos Analgésicos, Antipiréticos e Antiinflamatórios

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
ATIVAÇÃO LEUCOCITÁRIA
Advertisements

Ácido Acetilsalicílico e Sinalização Celular por Lípidos
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE
SISTEMA IMUNE: RESPOSTA IMUNE INATA RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA
OS TECIDOS CORPORAIS E SUAS LESÕES
Resposta Imune Inata e Inflamação
Qual a natureza dos antígenos?
Analgésicos-antiinflamatórios não-esteróides
IMUNIDADE INATA.
Tratamento da dor aguda pós-operatória Florentino Mendes - SASC.
Métodos de entrada e defesa do Organismo
FÁRMACOS QUE ATUAM NA COAGULAÇÃO SANGÜÍNEA OBJETIVOS:
AINES ANTIINFLAMATÓRIOS
TERAPEUTICA DE DOENÇAS INFLAMATÓRIAS
FÁRMACOS USADOS NA GOTA
Fármacos antiinflamatórios.
Rafael Nobre – 8º Período
Boswellin Boswelia Serrata Sistema Osteo-articular
AGENTES TÉRMICOS Rafael Orcy.
INFLAMAÇÃO AGUDA Histórico
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO RODRIGO CÉSAR BERBEL.
GLOMERULOPATIAS E PROGRESSÃO DA LESÃO RENAL
Autacóides e antagonistas (derivados de lipídios)
Comunicações celulares por meio de sinais químicos
Analgésicos,Antitérmicos e antiinflamatórios não-esteroides
Fatores que influem na Toxicidade
Prof: Ueliton S. Santos.
FARMACOLOGIA DO SANGUE
Glicocorticóides Fundação Universidade Federal do Rio Grande
BIOQUÍMICA II ERIKA SOUZA VIEIRA
Grupo: Maria de Fátima, Marilda, Michele, Priscilla, Rafaela
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE
INFLAMAÇÃO Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária
Processo inflamatório e Reparo tecidual
Analgésicos Opióides e Antiinflamatórios Não Esteroidais (AINES)
Nature Reviews/Immunology
Resposta Inflamatória
PROFESSORA: Roberta Faria
ANTIINFLAMATÓRIOS PROF Msc CLAUDIO M LIMA.
Óxido Nítrico Sintetase
INFLAMAÇÃO e ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO -ESTEROIDAIS
Universidade Federal Fluminense
Resposta Imune Natural II
Reações Medicamentosas Adversas
Resposta Inflamatória
Reparo Tecidual: Regeneração, Cicatrização e Fibrose
Ativação das aferências trigeminovasculares (NO)
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE MEDICINA DISCIPLINA: PATOLOGIA GERAL INFLAMAÇÃO PROFESSOR: Pedro Fernando.
Morte Celular Programada
A prescrição de medicamentos na geriatria
Profa. Adriane Martins Dias
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS
PATOLOGIA E PROCESSOS GERAIS
FARMACODINÂMICA Estudo de ações e efeitos de fármacos e seus mecanismos de ação no organismo.
INFLAMAÇÃO – reação complexa do organismo contra agentes nocivos e células danificadas, geralmente necróticas. Essa reação consiste em respostas vasculares,
INFLAMAÇÃO.
Hipersensibilidades: Mecanismos imunológicos, bioquímicos e fisiológicos das reações de hipersensibilidade QUESTÕES DE PROVAS; CONTEÚDO DAS AULAS; HORÁRIO.
Michele Gassen Kellermann
Hipersensibilidade Tipo I
Fisiologia da cicatrização
Fatores que atrapalham a cicatrização
AINHs Antiinflamatórios Não Hormonais
INFLAMAÇÃO AGUDA.
Prof. Marislei Marcheti
ANTI - INFLAMATÓRIOS AINES.
PATOLOGIA CLINICA HUMANA
IMUNIDADE INATA DEFESA NÃO ESPECÍFICA.
Transcrição da apresentação:

Fármacos Analgésicos, Antipiréticos e Antiinflamatórios (AINE)

Introdução Antiinflamatórios não-esteroidais Grupo heterogêneo de compostos Compartilham algumas ações terapêuticas - antiinflamatórios inflamação - analgésicos dor - antipiréticos febre

Inflamação “ Capacidade do organismo de desencadear uma resposta inflamatória ,é fundamental à sobrevivência, em vista dos patógenos e lesões ambientais, embora em algumas situações e doenças a resposta inflamatória possa ser exagerada e persistente, sem qualquer benefício aparente” (GOODMAN, 1996)

Processo Inflamatório Desencadeado por vários estímulos (agentes infecciosos, *isquemia, interações Ag-Ac, lesão térmica, agentes físicos) Nível macroscópico: 4 sinais Eritema, Edema, Hiperalgia, Dor (Rubor, Tumor, Calor e Dor) “Independente da causa, a inflamação caracteriza-se pelo extravasamento e infiltração de leucócitos no tecido inflamado”. (KATZUNG, 2006) *é a falta de suprimento sanguíneo para um tecido orgânico

Fases da Resposta Inflamatória Fase Transitória Aguda: caracterizada por vasodilatação localizada e  da permeabilidade vascular Fase Subaguda ou Tardia: marcada por infiltração de leucócitos e células fagocitárias Fase Proliferativa Crônica: degeneração tecidual e fibrose

Mecanismo de Ação dos AINE Inflamação produz sensibilização do receptores da dor A febre se deve à estimulação do centro termorregulador no hipotálamo, responsável pela regulação do nível em que a temperatura corpórea é mantida Mecanismo de Ação dos AINE Inibição das ciclooxigenases, sem atingir a lipoxigenase nem outros mediadores da inflamação.

Fosfolipídeos de membrana Fosfolipase A 2 Ácido araquidônico Ciclooxigenase Lipoxigenase Prostaglandinas Leucotrienos PGI2 PGE1 PGE2 TXA2 PGF2α

Prostaglandina: participa de fases mais tardias da inflamação; é um composto de cadeias longas formadas por ácidos graxos, tendo sido observado primeiramente no líquido seminal (daí ter o nome de prostaglandina - "prosta"=próstata; "glandina"= provavelmente "glândula"); provocam contração das células endoteliais e vasodilatação e potencializam as respostas vasculares oriundas da ação da bradicinina. As prostaglandinas das séries E e F produzem algumas manifestações locais e sistêmicas da inflamação, como vasodilatação, hiperemia, aumento da permeabilidade vascular, edema, dor e migração aumentada de leucócitos. Além disso, intensificam os efeitos dos mediadores da inflamação com histamina, bradicinina e 5-hidroxitriptamina. Bradicinina: ativado no interstício, esse peptídio tem ação vasodilatadora de pequenas artérias e arteríolas, também aumentando a permeabilidade vascular. Por atuar em terminações nervosas, pode provocar o surgimento de dor

Agregação plaquetária Ácido Araquidônico COX-1 fisiológico (constitutiva) COX-2 estímulos inflamatórios (induzida) Prostaglandinas Prostaglandinas Citoproteção GI Agregação plaquetária Função renal Inflamação Dor Febre

Atividades Terapêuticas e Efeitos Colaterais dos AINE

1. Usos Terapêuticos 1. Analgésicos 1.2. Antiinflamatórios Todos são antipiréticos, analgésicos e antiinflamatórios, mas com graus diferentes nessas atividades. 1. Analgésicos Dor leve a moderada Não produz efeitos indesejáveis dos opióides no SNC Aliviam a dor relacionada à inflamação 1.2. Antiinflamatórios distúrbios músculo-esqueléticos inflamatórios (artrite-reumatóide, osteoartrite, etc)

1.4. Dismenorréia Primária 1.3. Antipiréticos Febre: ocorre quando o ponto de ajuste do centro termorregulador está alterado Causa:  de prostaglandinas Antipiréticos: reduzem a temperatura corpórea apenas nos estados febris 1.4. Dismenorréia Primária A liberação de PG pelo endométrio durante a menstruação pode causar cólicas fortes.

2. Efeitos Colaterais Ulceração e intolerância gastrointestinais - sangramento e anemia Bloqueio da agregação plaquetária - pela inibição da síntese de Tx Inibição da motilidade uterina - pela inibição da síntese de PG - prolongamento da gestação Reações de Hipersensibilidade

Interações Medicamentosas Muitos AINEs ligam-se firmemente às proteínas plasmáticas Essas interações ocorrem principalmente com: Salicilatos e Fenilbutazona X Varfarina Agentes hipoglicemiantes (sulfoniluréias) Metotrexato

Inibidores Não-Seletivos da COX

AAS Inibição irreversível e não seletiva das ciclooxigenases Efeitos farmacológicos - antiinflamatórios - analgésicos - antipiréticos - antiplaquetários Intoxicação - Salicilismo - Síndrome de Reye em crianças Contra-Indicação - Pacientes hemofílicos

PARACETAMOL Inibição reversível das ciclooxigenases Efeitos farmacológicos - analgésicos - antipiréticos Intoxicação - aguda: lesão hepática fatal dose-dependente - antídoto: N-acetilcisteína Vantagens Não produz efeitos sobre SCV e respiratório Não há distúrbio ácido-básico Não produz irritação, erosão ou sangramento gástrico Não produz efeitos nas plaquetas

DICLOFENACO Inibição reversível das ciclooxigenases e redução das concentrações intracelulares do ácido araquidônico livre nos leucócitos Efeitos farmacológicos - antiinflamatórios - analgésicos - antipiréticos Apresentações - comprimidos - gel tópico - solução oftálmica - supositório - injetável

Outros AINE COX Não-Seletivos Ibuprofeno Indometacina Cetoprofeno Cetorolaco Meclofenamato e Ácido Mefenâmico Nabumetona Naproxeno Oxaprozina Fenilbutazona Piroxicam Tenoxicam

Inibidores Seletivos da COX-2

Desenvolvidos na tentativa de agir apenas nos locais de inflamação Exercem efeitos analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios Menos efeitos colaterais gastrointestinais Sem impacto sobre agregação plaquetária (que é mediada por COX1) COX 2 é constitutiva nos rins: por isso não são recomendados para pacientes com insuficiência renal Fármacos:

Princípio ativo Nome comercial Fabricante Celecoxibe CELEBRA® Pfizer Etoricoxibe ARCOXIA® Merck Sharp & Dohme Lumiracoxibe PREXIGE® Novartis Parecoxibe BEXTRA IM/IV® Rofecoxibe* VIOXX® Valdecoxibe BEXTRA® *Registro cancelado.