FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO

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Transcrição da apresentação:

FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO ENRIQUE D. DUSSEL SENTIDO DA QUESTÃO O método da filosofia é teórico analético; não é intrinsecamente prático nem poiético, embora esteja condicionado por Ambos.

Na periferia, além das filosofias ontológicas ( como a fenomenologia, e o existencialismo ), há filosofias que, ao absolutizar um dos acessos possíveis à realidade, permanecem em posição ideológica.

Em primeiro lugar, a filosofia analítica (b Cientificismo) Em segundo lugar, o marxismo (c Esquerda fictícia) Em terceiro lugar numerosas análises histórico-filosóficas da periferia ( a filosofia ambígua), com imenso material positivo, tem necessidade de um marco teórico.

A filosofia da libertação (d) pretende assumir tais posições a partir de uma atitude superadora, mas não eclética. Por isso a política, em seu sentido ético-metafísico, é seu próprio coração; claro que política popular das classes exploradas (C povo).

PROBLEMA E HIPÓTESE DA FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO. De todos os fatos da experiência mundana cotidiana, a filosofia da libertação interpretou um como aquele que pode originar um novo discurso.

MARCO TEÓRICO FILOSÓFICO Que este livro é um intento de descrever rasumidamente algumas teses possíveis daquilo que deveria ser um marco teórico filosófico da filosofia da libertação

Em primeiro lugar começamos seu desdobramento pela história. Em segundo lugar, pela metafísica. Em terceiro lugar, o discurso explica o nível que poderíamos denominar de prática. Em quarto lugar a poiética ou a filosofia da produção.

UM MODELO PARA REFLEXÃO FILOSÓFICA Na primeira linha desse trabalho indicamos que este marco teórico filosófico se dirige àquele que se inicia em filosofia. Sua finalidade é poder servir àquele que quer aprender a pensar seguindo os passos do discurso da filosofia da libertação. É necessário saber perder tempo, e descartar os temas secundários que nada tem a ver com a libertação dos oprimidos.

Isto é, deveríamos descrever os critérios para a escolha dos temas a serem pensados. A filosofia da libertação, embora seja um método de um pensamento teórico, tem analogia com o conhecer prático. O tema a ser pensado: (A) burocracia política com a interpelação da exterioridade (B) classes dominantes.

Esquema 5.9.4.3 A conclusão, se volta para a realidade como esclarecimento da práxis ou poiesis de libertação. Que a filosofia da libertação fecunda e modifica a realidade, e retroalimenta AB: uma transformação que vai constituindo a ahistória do mundo.

DESCRIÇÃO E VALIDADE DA FILOSOFIA DA LIBERTAÇÃO. Pretender descrever o que é filosofia da libertação é difícil, mas dar algumas razões de sua validade, pode parecer uma tarefa impossível. Na práxis ela estabelece proximidade mestre-discípulo, pensador-povo, condicionada pela práxis política.

Esquema 5.9.5 a)Práxis orgânica do filósofo com o povo; b)Militância em organismos de libertação; c)Formação teórica da realidade. Se o método dialético permite aceder ao fundamento do próprio pensamento científico, o fato de aceder a exterioridade do sistema como totalidade permite alcançar a máxima crítica possível.

A validade de uma filosofia se mostra por sua capacidade negativa, crítico destrutiva. Em seu aspecto positivo, uma filosofia deve possuir uma eficaz capacidade teórico construtiva. Parece que os temas de que trata são reais, já que esclarecem a práxis dos militantes no processo de libertação da periferia.

Parece que o discurso não se contradiz, tem uma sistematicidade própria, uma coimplicação lógica, que é o significante da coerência do significado. Do ponto de vista histórico, se esta filosofia é crítica, se critica o sistema, este deve criticá-la, e persegui-la. Seja como for, nunca uma filosofia teve que justificar-se em seu presente.