Acadêmico: Pierre Novais

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Isoimunização Rh Marcos Alexandre Diniz Carneiro.
Advertisements

Placenta Prévia PLACENTA PRÉVIA P P Prof. Elias Darzé.
ENFERMAGEM MATERNO INFANTIL
Assistência ao Pré-natal
Hemorragia da 1ª metade da gestação
Simpósio de Enfermagem
ABORTAMENTO Profa Sheyla Fernandes –
DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DISCIPLINA DE OBSTETRÍCIA
DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DISCIPLINA DE OBSTETRÍCIA
DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DISCIPLINA DE OBSTETRÍCIA
Gestação Múltipla: Como Conduzir?
ATENÇÃO Foram retiradas todas as imagens pela impossibilidade de colocar um arquivo tão grande no site da lobs. Isso não impede que o conteúdo exposto.
HU-UFMA ABORTAMENTO Prof. Dr. Tarcísio Coelho.
E.E. Camilo Bonfim Tema:Câncer de Colo de Útero
CANCRO DO COLO DO ÚTERO.
Questões obstetrícia 2 SES 2011.
MOLA HIDATIFORME.
Amniorrexe Prematura Prof. Rafael Celestino.
ASPECTOS LEGAIS O ato de prescrever ou testar uma gestante acarreta a obrigação de um dever. Se o dever for violado e provocar dano à gestante existe negligência.
Relato de caso XXIII JORNADA PARAIBANA DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
Gravidez Normal do Primeiro Trimestre
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Centro Universitário Jorge Amado
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
ABORTAMENTO Perda espontânea ou induzida dos produtos da concepção antes que o feto seja viável (20 a 24 semanas de gestação ou atingir o peso fetal de.
Abdome Agudo Hospital Central Coronel Pedro Germano
Prof º Rafael Celestino
ABORTAMENTO Departamento de Tocoginecologia
Hiperplasia Endometrial
ABORTAMENTO.
Nódulos tireoidianos Prof. Liza Negreiros
Saulo da Costa Pereira Fontoura
Caso Clinico: Distrofia muscular progressiva
AVALIAÇÃO DO SISTEMA GENITO-URINÁRIO FEMININO
ROTURA Uterina e Hemorragias do Puerpério
DOENÇA PERIODONTAL X NASCIMENTO DE BEBÊS PREMATUROS E DE BAIXO PESO
Apresentação:Rodolfo Squiabel Iamaguti, Túlio Bosi, Rafael Alvarez
Vera Regina Medeiros Andrade
Pré - Natal Como iniciar ( BHCG e TIG );
Monitoria de Laboratório Clínico Patologias da Próstata
Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL
SÍNDROMES HEMORRÁGICAS NA GESTAÇÃO
Gravidez X Doença Periodontal
_______ _____ PLACENTA PRÉVIA P P Prof. Elias Darzé.
Acadêmico: Rafael Dangoni
MOLA HIDATIFORME DUMAS A. S.
FISIOLOGIA E PATOLOGIA DO LÍQUIDO AMNIÓTICO
POLIDRAMNIA Thiago Martins Isac Medicina UFG – Turma 54
Assistência ao Pré-natal
MIOMAS UTERINOS INTRODUÇÃO
Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba Curso: Medicina Módulo de Atenção a Criança e ao Adolescente Caso Clínico 1 Acadêmicos: Alice Xavier Bezerra Aline.
ABORTAMENTO A.S.Dumas.
Diagnóstico Pré-Natal
Descolamento Prematuro da Placenta Normalmente Inserida
Biologia 12 Unidade 1 – Reprodução Humana e Fertilidade 1 Magda Charrua 2011/2012 Biologia 12º ano.
Oligoidramnia UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Faculdade de Medicina
Placenta Embriologia.
PLACENTA PRÉVIA CONCEITO
DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ
Leucemia.
PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS SALIVARES
O que é anemia ? A anemia é uma deficiência que afeta negativamente a produção de hemoglobina (substância presente nos glóbulos vermelhos do sangue).
PATOLOGIA NASOSINUSAL
SARCOMA DE ÍNTIMA CARDÍACO EM PACIENTE PEDIÁTRICO Oliveira JM 1,2, Cunha IW 2, Torres FAL 2,Araujo NCFD 1,2, Favaro MG 1,2,Netto-Montemor MR 1,2, Merlini.
CÂNCER DE MAMA Mamas são glândulas cuja principal função é a produção do leite, que se forma nos lóbulos e é conduzido até os mamilos por pequenos.
Transcrição da apresentação:

Acadêmico: Pierre Novais CASO CLÍNICO

Identificação Data de entrada: 29/01/2009 Prontuário 809530-9 Nome: JNO Sexo: Feminino Idade: 17 anos Estado Civil: outros Natural/Procedente: Goiânia Residência: Set. Vera Cruz

Queixa Principal USG anormal

HDA Paciente refere crescimento importante do volume abdominal, associado a aumento do peso (9kg em 2 meses). Há 2 dias com dor abdominal discreta, tipo cólica, com sangramento vaginal discreto. DUM: 24/11/2008 G1/P0/A0 IG: 9 semanas e 3 dias

Exames Físico: Toque vaginal evidencia colo grosso posterior. Fechado. Volume uterino maior que esperado para IG. USG 28/01/2009: Nódulo miometrial hipervascularizado sugestivo de doença trofoblástica gestacional. Beta-HCG: 23.134

Hipótese + Conduta HD: Neoplasia trofoblástica gestacional Conduta: Misoprostol 200mg VV 4/4h e posterior curetagem (retirada pequena quantidade de restos ovulares)

Neoplasia Trofoblática Gestacional MOLA HIDATIFORME

MOLA HIDATIFORME Neoplasias trofoblásticas gestacionais (NTG) são quaisquer blastomas originários do tecido de revestimento das vilosidades coriais (trofoblasto).Podem ser de quatro tipos: Mola Hidatiforme (parcial ou completa) Corioadenoma destruens (mola invasora) Coriocarcinoma Tumor trofoblástico do sítio placentário (São tumores funcionantes)

MOLA HIDATIFORME Incidência: 1:80 a 1:2000 Maior na pop. Pobre Maior em mal nutridos Maior nos extremos de idade Maior com antecedentes de gestação molar

MOLA HIDATIFORME Patologia: Macroscopia: Vesículas translúcidas cheias de líquido claro, semelhante a cachos de uva ou hidátides

MOLA HIDATIFORME Microscopia: Proliferação trofoblástica Degeneração hidrópica Vascularização ausente ou deficiente

MOLA HIDATIFORME Mola completa Mais encontrada Grandes vesículas (cachos de uva) Ausência de feto e âmnio Genoma: 46 XX (90%); 46 XY ou XX (10%) [dispermia] Ausência de embrião Edema generalizado das vilosidades Hiperplasia trofoblástica grosseira Níveis elevados de hCG-beta Maior probabilidade de transformação para coriocarcinoma (2,5%)

MOLA HIDATIFORME Mola incompleta Pequenas vesículas hidrópicas (até 5mm) entremeadas em tecido trofoblástico normal Existência de feto e/ou âmnio Raramente evolui para as formas malignas Cariótipo é habitualmente triplóide (69XXX/69 XXY): 2n de origem paterna e 1n de proveniência materna

MOLA HIDATIFORME Quadro clínico: O início da doença assemelha-se a gravidez normal ameaçada por perdas hemorrágicas Distúrbios gravídicos exagerados (náuseas, vômitos e sialorréia) Hemorragias por volta do 2º mês: indolor, sem causa aparente, de repetição, intensidade progressiva, aumento a cada novo surto Corrimento amarelo sanioso: fruto da coagulação do sangue intra útero, com consequente escoamento do plasma Emissão de vesículas

MOLA HIDATIFORME Quadro clínico: Anemia Sinais tóxicos: náuseas, vômitos e sialorréia evoluindo com hipertensão, edema e proteinúria Palpação evidencia AFU>IG. Cresce rápido, sangra e diminui de tamanho (útero em sanfona) Auscultação frequentemente negativa Toque da cérvice: moleza extrema

MOLA HIDATIFORME Exames complementares: USG TV – Áreas que correspondem às vesículas podem ser vistas. O diagnóstico diferencial é difícil no 1º treimestre (importância do anatomopatológico) Dosagem de hCG: níveis comumente maiores que 100.000 UI/24h

MOLA HIDATIFORME Tratamento: Avaliar complicações (anemia, embolização trofoblástica) Esvaziamento uterino Aconselhamento (AC por 1 ano) Acompanhar evolução do hCG

BIBLIOGRAFIA Obstetrícia: Jorge Rezende. 10ª edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2005. Harrison Medicina Interna / editores: Dennis L. Kasper...[et AL]. 16. Ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda., 2006.

E este paraíso chama-se MORRO DE SÃO PAULO/BA! OBRIGADO!