Acromegalia e gigantismo hipofisário

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Resposta Metabólica ao Trauma
Advertisements

Serviço de Gastroenterologia da Santa Casa Ribeirão Preto
Fisiologia endócrina Resposta ao estresse.
GRUPO DE DISTÚRBIOS OCULARES CARACTERIZADOS PELA LESÃO DO NERVO ÓPTICO
DIABETES MELLITUS Farmacologia Nutrição
Fisiologia do Exercício
Acromegalia Acadêmica de Medicina: Carolina Lemos Souto Departamento de Endocrinologia e Metabologia HUSJ.
SISTEMA ENDOCRINO.
SISTEMA ENDOCRINO.
DIABETES MELLITUS DEFINIÇÃO GRUPO DE DOENÇAS METABÓLICAS , COM
Metabolismo: O papel da glicose
Fármacos antiinflamatórios ESTERÓIDES.
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES
DIABETES.
Comunicações celulares por meio de sinais químicos
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Resposta do organismo ao jejum e ao trauma
HORMÔNIOS NÃO-ESTERÓIDES
O Envelhecimento do Sistema
A DIABETES.
Colégio Maria Imaculada
Biologia volume único 3.ª edição Armênio Uzunian Ernesto Birner.
Capítulo 23 – Sistema Endócrino
EIXO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE - GLANDULA ALVO
Disfunção Sexual (DS) Causas
Glucagon Principais funções:
Fisiologia do Exercício
The New England Journal of Medicine
EXAMES LABORATORIAIS GLICEMIA
SÍNDROME METABÓLICA Esta síndrome é um grupo de alterações clínicas, que podem decorrer de uma dieta inadequada, atividade física insuficiente e uma evidente.
Enfermagem 2012/1 – Profª Amanda Vicentino
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
SEMIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
Universidade Federal Fluminense
Estados Especiais do Metabolismo
TRIGLICERÍDEOS MONITORES:
Alterações Hormonais no Exercício de Força
Doenças do hipotálamo e da hipófise Prof. Liza Negreiros
CARBOIDRATOS DE INTERESSE NO LABORATÓRIO
EIXO HIPOTÁLAMO - HIPÓFISE - GLANDULA ALVO
ESTEATOSE.
Gene expression regulation
Síndrome de Cushing Rafael Augusto S. Moratto.
Integração do Metabolismo, Diabetes e Obesidade
Endocrinologia: Cushing
João Rodrigo Oliveira Nº35
Daniel Almeida de Oliveira, nº19. Hipertireoidismo resulta da função excessiva da glandula tireóide; Tireotoxicose ocorre quando os tecidos estão expostos.
Profa Ms Camila Bosquiero Papini ASSER
Hormônio do Crescimento Juliana G Franco Rio de janeiro, 10 de março de 2011.
Universidade Federal do Pampa Campus Dom Pedrito Zootecnia
Colégio São José Biologia -Professora Vanesca 2º ano- 2015
Disciplina de Fisiologia
Sistema Endócrino e Exercício
FISIOLOGIA HUMANA.
SISTEMA ENDÓCRINO.
CONTROLE HORMONAL E EXERCÍCIO FÍSICO
Acompanhamento Farmacoterapêutico de Pacientes Diabéticos
Mecanismo da fome e saciedade
DIABETES MELLITUS E EXERCÍCIO FÍSICO
Módulo VI Situações Especiais – Mulheres e Idosos.
SISTEMA ENDÓCRINO Glândulas e Hormônios Controle químico 1 Prof. Lívia Pola.
Sistema Endócrino Glândulas exócrinas e endócrinas.
INTRODUÇÃO O objetivo desta pesquisa foi a coleta de dados epidemiológicos para a avaliação dos pacientes diagnosticadas com doenças cardiovasculares,
Programas de Controle do Peso Corporal
HIPERGLICEMIA E HIPOGLICEMIA
SISTEMA ENDÓCRINO Coordena diversas funções do organismo – vida de relação; metabolismo, crescimento, reprodução, respostas a situações de perigo, etc.
Regulação hormonal do metabolismo do cálcio e fosfato.
Transcrição da apresentação:

Acromegalia e gigantismo hipofisário Alana Almeida Rôxo Março/2012

Conceito Doença multissistêmica decorrente da hipersecreção de hormônio do crescimento (GH) e da consequente elevação dos níveis séricos de fator de crescimento semelhante à insulina tipo I (IGF-I). A causa mais comum é o adenoma hipofisário secretor de GH. A incidência anual é de 3-4 casos/milhão, com prevalência de 40-90 casos/milhão. A idade média do diagnóstico é 40 a 45 anos. O risco relativo de mortalidade, em relação à população normal, é 2 a 3, sendo as principais causas de mortalidade complicações cardiovasculares e respiratórias. Acromegalia x Gigantismo

Fisiologia do GH Produção na hipósfise anterior; Somatotrofo: tipo celular específico (30 a 40% da hipófise); Controle da secreção pelo hipotálamo - GHRH: liberação - Somatostatina: inibição Funções do GH: - Efeitos diretamente sobre quase todos os tecidos do organismo - Aumento do tamanho das células e do número de mitoses - Efeitos metabólicos específicos: síntese de proteína pelas células mobilização dos ácidos graxos do tecido adiposo utilização periférica de glicose gliconeogênese hepática ‘’Efeito diabetogênico’’ Estimula o crescimento das cartilagens e dos ossos

O GH estimula a produção hepática de IGF-I e ambos exercem feedback negativo sobre o hipotálamo e a hipófise. O IGF-I inibe a secreção do GH pela supressão da síntese do RNA-m e do estímulo para secreção da somatostatina. A maior parte dos efeitos do GH são mediados pelo IGF-I (circulante no plasma como IGFBP-3). Os IGFs (somatomedinas) - IGF-1 e IGF-2 - Produção no fígado, músculo esquelético, cartilagem, osso e em outros tecidos. - Ações endócrina e parácrina - IGF-R1 e IGF-R2 - Atividade sobre o metabolismo intermediário, a proliferação, o crescimento e a diferenciação celular.

Diagnóstico Clínico: As modificações fisionômicas se caracterizam por alargamento do nariz, aumento dos lábios, crescimento da mandíbula com prognatismo, proeminêncioa frontal, separação dos dentes, má oclusão dentária, macroglossia e aumento dos arcos zigomáticos. Apesar de bastante características, por terem caráter insidioso, essas modificações são motivo de procura médica em apenas 10% dos pacientes.

A hipersecreção de GH e/ou IGF-I pode levar a: - Aumento das partes moles: aumento das extremidades e espessura da pele, alterações craniofaciais, skin tags. - ACV: Hipertrofia biventricular, disfunção diastólica em repouso e sistólica aos esforços, insuficiência cardíaca diastólica, arritmias, HAS, doença arterial coronariana. - Alterações metabólicas: intolerância à glicose, diabetes mellitus, resistência à insulina, aumento dos triglicerídeos. - AR: apnéia do sono - Ossos e articulações: espessamento da cartilagem articular, artropatia/ osteoartrite. - Outros: bócio multinodular, tireotoxicose, hipercalciúria. - Miscelânea: hiperidrose, síndrome do túnel do carpo, visceromegalia, fadiga. Os efeitos da compressão tumoral podem manifestar-se com: - Cefaléia, Oftalmoplegia, dor facial, diminuição do campo visual (quadrantopsia, hemianopsia, amaurose), hipopituitarismo (hipotireoidismo, hipogonadismo,hipocortisolismo), hiperprolactinemia, hipertensão intracraniana.

- Dosagem de GH após sobrecarga (75g) de glicose; Laboratorial: - Dosagem de IGF-1; - Dosagem de GH após sobrecarga (75g) de glicose; - A supressão dos níveis de GH (inferior a 1 ng/ml por radioimunoensaio convencional ou inferior a 0,3 ng/ml nos ensaios ultra-sensíveis) descarta o diagnóstico; caso contrário, o confirma. Origem do aumento da secreção do GH: -TC ou RNM da hipófise; - Radiografia de tórax ou abdome. Ressonância de paciente com Acromegalia – from Wikipedia under .

Tratamento Cirúrgico: - Adenomectomia transfenoidal (TSA): cura até 91% dos microadenomas intra-selares. Contudo, 60-70% são macroadenomas que têm até 53% de chance de cura. - Os macroadenomas podem ser invasivos, reduzindo a cura mais ainda, além disso têm mais chances de recidivar. A indicação absoluta de TSA é a compressão do nervo óptico com defeitos dos campos visuais Radioterapia: - Reservada para casos nos quais o tumor não pode ser removido cirurgicamente ou quando a cirurgia e o tratamento clínico não apresentarem os resultados desejados. - Efeitos adversos: Hipopituitarismo, deficiência do ACTH, TSH e gonadotrofinas, dano no nervo óptico, disfunção cognitiva e malignização.

Farmacológico: - Pacientes refratários ou contra-indicados ao tratamento cirúrgico; - Pacientes muito sintomáticos (cefaléia ou apnéia do sono, por exemplo) enquanto aguardam a cirurgia; - Adenomas invasivos - Risco cirúrgico elevado por co-morbidades clínicas - Pacientes que se recusem a cirurgia Fármacos utilizados: - Análogos da somatostatina (Octreotida). - Agonistas dopaminérgicos (Bromocriptina e Cabergolina). - Antagonistas do receptor de GH Tempo de Tratamento: - Até os níveis de GH se manterem abaixo de 1 ng/ml após teste de tolerância à glicose. - Ocorre cura em cerca de 80% dos pacientes com microadenomas e em menos de 50% dos com macroadenomas submetidos à cirurgia.

Monitorização: - Teste de supressão do GH e dosagem IGF-1 devem ser realizados mensalmente. Não havendo resposta ao tratamento após 3 meses de dose máxima, quando utilizadas preparações de depósito, ou em 1 mês, quando adotada terapia subcutânea diária, este deve ser suspensos. Havendo resposta, deve ser realizado acompanhamento a cada 4 meses com avaliação clínica e laboratorial.

Obrigado!