INTERVENÇÃO CLÍNICA COM CRIANÇAS

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Transcrição da apresentação:

INTERVENÇÃO CLÍNICA COM CRIANÇAS Disciplina: TTP - Comportamental Profa. Mariene Casseb

INDICAÇÕES:

Na unama ...

A DEFINIÇÃO COMPORTAMENTAL DE DISTÚRBIO PSICOLÓGICO INFANTIL Ocorre quando uma criança se comporta de forma diferente da norma social, com uma freqüência ou intensidade que os adultos significativos de seu meio julgam ser muito alta ou muito baixa (Ross, 1974). Se reconhece a influência de diversos fatores na determinação dos distúrbios infantis e devem ser avaliados. Se a família e/ou escola apoiarem o trabalho do psicólogo, a intervenção será mais eficaz, alcançando mudanças mais duradouras.

AS DIFERENTES FORMAS DE INTERVENÇÃO CLÍNICA E COMPORTAMENTAL COM CRIANÇAS 1. O modelo triádico 2. O paradigma respondente dentro da terapia comportamental infantil 3. A preocupação com premissas esquecidas da abordagem comportamental e o tratamento terapêutico da criança e de seus familiares 4. A abordagem cognitiva de Meichenbaum 5. O movimento unificador de junção de formas de intervenção diversas

1. O modelo triádico Às vezes chamado de manejo de contingências. Há pelo menos três pessoas envolvidas no processo terapêutico: terapeuta, cliente e mediador. Mediador dispôe os reforçadores e é orientado pelo clínico a manejar as contingências ambientais (Silvares, 1994; Tharp & Wetzel, 1969).

Em geral os mediadores são os pais da criança com dificuldades psicológicas. Mediadores reforçam comportamentos adequados e inadequados, por isso a interação familiar precisa ser alterada. O modelo triádico pode ser utilizado em outros contextos além do familiar.

Ex: Williams (1959), orientou os pais de um menino em idade pré-escolar com dificuldades de sono quevnão conseguia dormir sozinho. O comportamento de ficar acordado horas a fio, tendo os pais ao lado foi eliminado em curto prazo pelos próprios pais, usando o procedimento de extinção. Os pais foram orientados pelo terapeuta a após levar a criança para o quarto e contarem a ela uma estória, a deixarem sozinha, fecharem a porta do quarto e não voltarem mesmo que a criança chorasse muito.

2. O paradigma respondente dentro da terapia comportamental infantil No paradgma operante o foco é na alteração de contingências No paradigma respondente o foco recai em contingências de estímulo. O princípio do contracondicionamento é a base da prática clínica (procedimento de dessensibilização sistemática). Comum em tratamento de fobias.

Ex: Mary Cover-Jones (apud Wolpe, 1973) eliminou o medo de animais peludos de uma criança por meio do procedimento de dessensibilização ao vivo. A criança era trazida para o consultório na hora de seu lanche, pois o procedimento de intervenção consistiu em alimentá-la enquanto paralelamente, a terapeuta ia, sucessiva e gradativamente, aproximando-a da visão do animal temido (um rato) até que o animal fosse tocado enquanto a criança comia. A interpretação teórica dada ao caso foi a de que a resposta de comer inibiu reciprocamente (contracondicionou) a resposta de medo a animais peludos.

3. A PREOCUPAÇÃO COM PREMISSAS ESQUECIDAS DA ABORDAGEM COMPORTAMENTAL E O TRATAMENTO TERAPÊUTICO DA CRIANÇA E DE SEUS FAMILIARES Muitas vezes ignora-se que o distúrbio infantil em si pode ser, e na maioria das vezes o é, extremamente reforçador para todos os elementos da família. Apenas o treino de pais pode não ser suficiente para ajudar a criança a superar suas dificuldades (Harris, 1984).

Tem sido reconhecido que nem todas as famílias são bem-sucedidas com esse treino (Silvares, 1993). A criança com problemas psicológicos está tentando resolver um problema no meio onde está inserida, e não criar, ali, um problema Pode ser necessário trabalhar simultaneamente com a criança e com as dificuldades de seus pais.

4. A abordagem cognitiva de Meichenbaum O comportamento problema da criança pode ser caracterizado como um excesso ou como déficit no repertório social e/ou intelectual dela. Treino auto-instrucional de Meichenbaum (1979): As alterações de contingências se dão por intermédio da própria criança. A criança é treinada pelo terapeuta a agir mais refLexivamente por meio de verbalizações que faz ao longo do treino, inicialmente audíveis e posterior- mente interiorizadas.

As 5 etapas do “pensar antes de agir”, segundo Meichenbaum (1979): a) o terapeuta executa uma tarefa enquanto descreve em voz alta sua ação (modelação cognitiva); b) o cliente executa a mesma tarefa seguindo orientação do terapeuta (orientação externa, descoberta); c) o cliente executa a tarefa dando a si mesmo a orientação (auto-orientação descoberta);

d) o cliente sussurra as instruções para si mesmo enquanto age (esvanecimento da auto- orientação descoberta); e) o cliente desempenha a tarefa orientando- se via fala privada (auto-instrução encoberta).

5. O MOVIMENTO UNIFICADOR DE JUNÇÃO DE FORMAS DE INTERVENÇÃO DIVERSAS Estratégias apresentadas não são exclusivas entre si. Por isso há um movimento de terapeutas comportamentais no sentido de combinar tais estratégias para um melhor acompanhamento de crianças.

REFERÊNCIAS: RANGÉ, Bernard (Org). Psicoterapia comportamental e cognitiva: pesquisa, prática, aplicações e problemas. Editora Livro Pleno , 2001.