A PSICOLOGIA DAS LESÕES DESPORTIVAS: IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA GRUPO 6.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Técnicas de Relaxamento
Advertisements

O STRESS PRODUTIVO.
Treinamento de velocidade, flexibilidade e coordenação
II Congresso Brasileiro de Perícia Médica Previdenciária
Terapia de Prevenção de Recaída
Definição do tratamento e de seus objetivos
BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA

ESTRESSE, TRABALHO E VIDA PESSOAL
ESTRESSE NO TRABALHO É um conjunto de reações físicas, químicas e mentais de uma pessoa a estímulos ou estressores no ambiente; é uma condição dinâmica,
PERSONALIDADES E EMOÇÕES
TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO
AULA: Estresse e Enfrentamento (Coping).
PSICOLOGIA DA SAÚDE José A. Carvalho Teixeira
Profa. Dra. Flavinês Rebolo Lapo
ESTRESSE.
CP - Capital psicológico
Movimento é Equilíbrio
ESTRESSE Esta pesquisa tem como objetivo instruir de forma informal sobre como o estresse afeta o organismo e como evitar os seus efeitos deletérios.    A.
Área dos Conhecimentos
Qualidade de vida no trabalho
Iuri severo Enzo Humberto Cristiano Maglioli
Exercícios Físicos.
Alimentação Saudável ALIMENTAÇÃO SAÚDAVEL Programação 1. ALIMENTAÇÃO E ESTILO DE VIDA 1.1. Atividade Física: Sedentarismo X Obesidade 1.2. Risco a Saúde:
Professor João Pedro Salvador
ESTRESSE É a reação do corpo diante da sensação de ameaça ou euforia, desencadeando uma descarga muito alta de adrenalina.
ESTRESSE E SÍNDROME DE BURNOUT
CARDIOPATIAS PROBLEMAS CARDIOVASCULARES OU ACTIVIDADE MOTORA ADAPTADA
Neste seminário, você vai conhecer benefícios do exercício físico, segundo Ellen White.
ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS
Atividade Física na Terceira Idade
ESTRESSE Conjunto de reações do organismo às
10 de Outubro. Dia Mundial da Saúde Mental
Higiene do exercício Atividade Física Pirâmide Alimentar Hidratação
Atividade Física x Stresse : o matador silencioso
Escola Secundária Ferreira Dias Agualva
FALANDO SOBRE O ESTRESSE Palestrante Ana Maria Prandini Tan
Aula 07 – Ensino Fundamental II
Estilos de Vida Saudável
Saúde e Desporto Curso Profissional Técnico de Multimédia | 10ºM
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E DESPORTOS FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS DO HANDEBOL Professor: Ms. Emerson Miguel da Cruz.
Cognitivo-Comportamental
MODALIDADES TERAPÊUTICAS: INTERVENÇÕES EM CRISES
Apoio: Lagoa, 30 de Maio 2014 ASSOCIAÇÃO DE ANDEBOL DO ALGARVE LAGOA
Como ajudar as pessoas a mudar de comportamento
Ginástica Laboral Buscando Qualidade de Vida.
VARIÁVEIS DA PRESCRIÇÃO TREINAMENTO DE FORÇA
FORMAÇÃO ESPORTIVA A LONGO PRAZO - ADOLESCENTES
Nutrição e Atividade Física na Adolescência
Burnout.
AIDS: aspectos psicossociais e psicossomáticos
Conceitos de Treinamento por Categoria.
HIDROCINESIOTERAPIA: CONDIÇÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS E NEUROMUSCULARES
NEGOCIAÇÃO E GESTÃO DE CONFLITOS.
Stress no Trabalho Stress no Trabalho.
A dinâmica das relações familiares e problemas da excepcionalidade
Depressão.
PSICOLOGIA DA SAÚDE E PSICOLOGIA POSITIVA Semana 8
Adulto Maduro Aspectos físicos, psicológicos e sociais do envelhecimento: Envelhecer pressupõe alterações físicas, psicológicas e sociais no indivíduo;
Aptidão Física Educação Física II.
PROJETO SONHO MEU SAÚDE
Mínimo de Mudança para Resultados Efetivos na Sua Corrida Sua forma de caminhar e correr é uma expressão dinamica da combinação dos seguintes elementos:
Formulação de casos Prof. Márcio Ruiz.
Teorias Educacionais.
Caracterização do Paciente Neurológico
 A pessoa que perde um órgão sofre modificações bruscas em sua vida, afetando diretamente seu comportamento e a maneira de agir.  Amputação desafio.
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DAS DOENÇAS NEUROMUSCULARES ELIZENE DOS REIS OLIVEIRA – PSICÓLOGA HELENICE MEIRELLES ANDRADE – PSICÓLOGA.
Ativação, ansiedade e estresse
STRESSE OCUPACIONAL. 2 INTRODUÇÃO Nem todas as exigências de trabalho são indesejáveis. Se fossem, o estado preferido do indivíduo seria a inatividade,
Estresse Alunos do Curso de Psicologia Centro Universitário UNA
Transcrição da apresentação:

A PSICOLOGIA DAS LESÕES DESPORTIVAS: IMPORTÂNCIA DA INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA GRUPO 6

INTRODUÇÃO Aumento das atividades  aumento de lesões (Smith, 2006); Reações psicológicas afeta mais que a própria lesão (Cornelius,2002); Lesão é um desafio (Heil, 1993); Tornar-se campeão  atitude perante à lesão; Resistência a treinar com dores; Coping; 90% técnicos acham importante a intervenção psicológica;

DETERMINANTES PSICOLÓGICOS DE LESÕES DESPORTIVAS Causas primárias de lesões desportivas: Origem fisiológica Fadiga física; Sobretreino; Problemas musculares; Problemas articulares; Má alimentação; No entanto fatores psicológicos também podem contribuir para a ocorrência de lesões.

Um dos fatores psicológicos mais relacionados com as lesões é o STRESS. Atletas com maiores níveis de stress apresentam maior probabilidade de se lesionar que atletas com baixos nÍveis de stress nas suas vidas. Um estudo revelou que indivíduos com: Baixa autoestima; Pessimistas; Níveis elevados de ansiedade; sofriam mais lesões desportivas ou demoravam mais tempo na recuperação destas.

Mas os fatores psicológicos têm outro papel importante no contexto desportivo, pois estes podem contribuir para uma melhor recuperação após uma lesão. IMPORTANTE: Na maioria das vezes, as lesões desportivas não causam apenas danos físicos, afetam também o bem-estar psicológico do atleta, sendo este colocado em segundo plano.

Podem ser POSITIVAS (perceber a situação como um desafio), ou NA PRÁTICA DESPORTIVA É NORMAL UM ATLETA PASSAR POR DIFERENTES SITUAÇÕES QUE SE REFLETEM EM DIFERENTES RESPOSTAS COGNITIVAS! Podem ser POSITIVAS (perceber a situação como um desafio), ou Podem ser a NEGATIVAS (perceber a situação como ameaçadora). Uma situação potencialmente estressante, (no caso de uma competição importante) pode contribuir para a ocorrência de uma lesão, dependendo da avaliação cognitiva que o atleta faz. Se perceber a situação como ameaçadora: esta avaliação cognitiva pode aumentar o estado de ansiedade que causa alterações ao nível de TENSÃO MUSCULAR e do CAMPO ATENCIONAL.

O AUMENTO DA TENSÃO MUSCULAR: pode levar a uma redução da flexibilidade, da coordenação, eficiência muscular e acumulação de fadiga, deixando o atleta exposto a ocorrência de lesão. AS ALTERAÇÕES DO CAMPO ATENCIONAL: levam a um estreitamento do campo visual, que não permite que o atleta perceba elementos ou situações que podem levar à ocorrência de lesões. Também provocam um aumento da distração retirando a focalização da tarefa que esta sendo realizada, levando uma má execução dos movimentos.

O STRESS NÃO É O ÚNICO FATOR PSICOLÓGICO QUE PODE LEVAR AO SURGIMENTO DE LESÕES DESPORTIVAS: - A PERSONALIDADE; - O HISTÓRICO DE STRESS; e - O COPING; INFLUENCIAM A AVALIAÇÃO COGNITIVA DE UMA SITUAÇÃO ESTRESSANTE, PODENDO FACILITAR OU NÃO O SURGIMENTO DA LESÃO.

Personalidade: otimismo, a auto-estima, vigor e ansiedade desempanham papel moderador.

Histórico de stress: representado por eventos do dia-a-dia, como divórcio, problemas no trabalho, dificuldade financeira, trânsito, família, etc.

Coping: refere-se a estratégia adotada por cada indivíduo e utilizada para lidar com situações estressantes, reduzindo a ocorrência de lesões (concentração, música, pensamentos positivos, mental trainning, etc).

REAÇÕES PSICOLÓGICAS À LESÃO O modelo de reação do atleta à lesão desenvolvido por Kluber-Ross (1969) defende que após o surgimento de uma lesão, o atleta passa por cinco fases emocionais: NEGAÇÃO; RAIVA; NEGOCIAÇÃO; DEPRESSÃO; ACEITAÇÃO e REORGANIZAÇÃO;

REAÇÃO PSICOLÓGICAS À LESÃO NEGAÇÃO

REAÇÃO PSICOLÓGICAS À LESÃO RAIVA

REAÇÃO PSICOLÓGICAS À LESÃO NEGOCIAÇÃO

REAÇÃO PSICOLÓGICAS À LESÃO DEPRESSÃO

REAÇÃO PSICOLÓGICAS À LESÃO ACEITAÇÃO E ORGANIZAÇÃO

A MAIORIA DOS ATLETAS QUE SOFREM DE LESÕES DEPORTIVAS, PASSA POR ESSAS CINCO FASES, NO ENTANTO A FACILIDADE E RAPIDEZ DE TRANSICÃO DE UMA FASE PARA OUTRA VARIA DE ATLETA PARA ATLETA. CONFORME PETITPAS E DANISH (1995) EXISTEM 10 SINAIS DE AJUSTE POTENCIALMENTE PROBLEMÁTICOS A UMA LESÃO DESPORTIVA: SENTIMENTO DE CONFUSÃO E RAIVA; OBSESSÃO DE QUANDO PODERÁ VOLTAR AO DESPORTO; NEGAÇÃO; REGRESSO PRECOCE E REPETIVIVO QUE LEVA A UMA LESÃO REINCIDENTE; RECLAMAÇÕES EXAGERADAS SOBRE AS TAREFAS A REALIZAR; QUEIXAS REPETIDAS SOBRE PEQUENOS PROBLEMAS FÍSICOS; SENTIMENTO DE CULPA POR NÃO TER QUE COLABORAR COM A EQUIPE; AFASTAMENTO DE PESSOAS SIGNIFICANTES; SÚBITAS ALTERAÇÕES DE HUMOR; AFIRMAR QUE INDEPENDENTEMENTE QUE SEJA FEITO NUNCA VAI SE RECUPERAR;

DE ACORDO COM ESTUDOS SOBRE REAÇÕES PSCICOLÓGICAS, (Johnston & Carroll, 1988 e citado por Samulsky, 2002), COMPROVOU-SE QUE A FRUSTRAÇÃO E DEPRESSÃO SÃO AS REAÇÕES MAIS COMUNS EM ATLETAS LESIONADOS. STUDIO DE LARTS Local do curso: AV. Nossa senhar de Copacabana 1120 605 TEL:

A REABILITAÇÃO PSICOLÓGICA 1ª FASE – LESÃO OU DOENÇA -Incertezas; -Expectativas pela melhora rápida; -Conscientização do atleta;

2ª FASE – REABILITAÇÃO - RECUPERAÇÃO Atleta deve acreditar na recuperação; Fazer ele acreditar na recuperação; - Deve cumprir rigorosamente os passos da reabilitação;

3ª FASE – RETORNO À ATIVIDADE -Difícil retorno; -”sede ao pote”; -Intervenção psicológica;

Avaliação psicológica pós-lesão Alcance da lesão; Impacto emocional da lesão; Adesão, rendimento e progresso na reabilitação;

Alcance da lesão Conhecer para prevenir e controlar a ansiedade que uma lesão gera. Perguntas: Irá recuperar totalmente? Tempo para volta aos treinos? Dor ao dormir? Como será o tratamento?

Impacto emocional da lesão Manifestações psicológicas interferem no processo de recuperação; - Questionário “Profile of mood states”; - Escala de autoavaliação (intensidade de determinada emoção); - Entrevista;

Impacto emocional da lesão Bom perfil emocional Impacto negativo controlado Boa condições para tratamento Preparado para retornar

Adesão, rendimento e progresso na reabilitação Objetivos X Motivação Cumprimento de tarefas Presença a sessões Realização do esforço pedido

Adesão, rendimento e progresso na reabilitação Realização de tarefas (criterios objetivos) Progresso Acessível ao atleta

Intervenção Psicológica nas Lesões Desportivas Avaliação detalhada. Empatia atleta - psicólogo Processo de tratamento e suas implicações.

ESTABELECIMENTO DA RELAÇÃO COM O ATLETA LESIONADO Frustração, depressão, vulnerabilidade. Reduzir sensação de isolamento social. Cuidado: expectativas irrealistas

EDUCAÇÃO SOBRE O PROCESSO DE LESÃO E REABILITAÇÃO 1ª lesão: termos práticos; Tentação de retomar antes da época correta; Saber do tempo sem treinar e competir; Possíveis dores;

FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS; AUTO-DIÁLOGO OU AUTO-INSTRUÇÕES; RELAXAMENTO; INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NAS LESÕES DESPORTIVAS TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS; AUTO-DIÁLOGO OU AUTO-INSTRUÇÕES; RELAXAMENTO; VISUALIZAÇÃO MENTAL; CONTROLE DA DOR;

1. FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS; INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NAS LESÕES DESPORTIVAS TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA 1. FORMULAÇÃO DE OBJETIVOS; a) Facilitar o desempenho; b) Redução de tempo de recuperação dos atletas; c) Exemplos: data para retorno aos treinos, número de sessões semanais e número de exercícios por sessão; d) Expectativa de sucesso, motivação, controle e adesão a tarefas; e) Objetivos por sessão aumentam concentração e empenho;

2. AUTO-DIÁLOGO OU AUTO-INSTRUÇÕES; INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NAS LESÕES DESPORTIVAS TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA 2. AUTO-DIÁLOGO OU AUTO-INSTRUÇÕES; a) Recordar aspectos de acordo com a crença para controlar comportamento; b) Devem ser escolhidas após entrevista; c) Superar baixa motivação, promover autoconfiança e preparar para situações de stress durante reabilitação; d) Reabilitação mais rápida;

a) Alívio do stress e da dor, facilitar o sono e reduzir tensão; INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NAS LESÕES DESPORTIVAS TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA 3. RELAXAMENTO; a) Alívio do stress e da dor, facilitar o sono e reduzir tensão; b) Útil antes, durante e após sessão de reabilitação; c) Reflexos nos efeitos fisiológicos (frequência cardíaca, pressão arterial, tensão muscular...);

INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NAS LESÕES DESPORTIVAS TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA 4. VISUALIZAÇÃO MENTAL; a) Imagem de recuperação ou afirmação - Imaginar objetivo de reabilitação a ser alcançado; b) Imagem de cicatrização - Imaginar o organismo regenerando a lesão; c) Imagem de tratamento - Imaginar o exercício que o reabilitará; d) Imagem de desempenho - Imaginar performance ( manter autoconfiança);

Estratégias mentais para o controle da dor: INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NAS LESÕES DESPORTIVAS TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA 5. CONTROLE DA DOR; - Distinguir dor tolerável (aliviada por estratégias mentais) e dor que indica que atividade deve ser interrompida (agravamento de lesão); Estratégias mentais para o controle da dor:

RECOMENDAÇÕES PARA LIDAR COM AS LESÕES E FACILITAR A RECUPERAÇÃO INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA NAS LESÕES DESPORTIVAS TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA RECOMENDAÇÕES PARA LIDAR COM AS LESÕES E FACILITAR A RECUPERAÇÃO

CONCLUSÃO

Campo de atuação interdisciplinar