HUMANISMO E PSICOLOGIA Mauro Martins Amatuzzi Prof. João Laurentino dos Santos 03/03/2010

O Homem não é um “bicho que fala”. Buber e Heidegger: “Não é a linguagem que se encontra no homem, mas o homem que se encontra na linguagem”. Mudança radical de ponto de vista de como se constrói a realidade: contribuição do humanismo para a psicologia A relação Sujeito-objeto

A consideração do sentido de vida como fundamental; O homem é uma totalidade em movimento e nenhuma abordagem responde a esse dinamismo (horizonte da vida); O que vamos fazer com a nossa vida? Que sentido vamos dar a ela de maneira que não nos isole de um sentido mais global?

O homem resultante x o homem iniciante O homem aparece e se faz na busca do seu sentido (rumo e significado); As explicações se referem ao homem como resultado – repertório/ recebido – homem como passado; O homem atual: Que Se re-inicia Tendo que responder; Tendo que se posicionar; O homem presente face a um futuro (Temporalidade)

O homem como existente O homem se encontra na palavra Cuidado: cair no esquema explicativo A palavra que revela o homem atual Fala autêntica x falatório A fala sobre falas é ainda um discurso no passado (determinismo)

Reviravolta: sentido do humanismo na psicologia A decifração do sentido só será um discurso no presente se for vivencial, experiencial, uma vivência do próprio sentido criando novos sentidos. O homem atual encontra-se no assumir as questões de sentido e isso significa uma reviravolta completa de perspectivas (do homem resultado para o homem-atual). Reviravolta: sentido do humanismo na psicologia

A cultura como produto cultural A cultura como movimento O sentido do humanismo em psicologia é o de nos colocarmos na postura do atual, do presente, do atuante, do em curso.

Humanismo como movimento cultural Renascença: o homem no centro das preocupações O mundo não é um cenário provisório e sem importância O tempo (e não a eternidade) é onde se constrói as coisas e seus significados; Não é um posicionamento ateu ou anti-religioso

Humanismo como ética humanista Erich Fromm O conhecimento do homem é a base para o estabelecimento de normas e valores. Caminho por onde vamos, que é a questão do sentido ÉTICA PSICOLOGIA O homem buscando o sentido de sua natureza. Questão do sentido

NA ÉTICA HUMANISTA... O bem é a afirmação da vida, o desenvolvimento das capacidades do homem. A virtude consiste em assumir-se a responsabilidade por sua própria existência O mal constitui a mutilação das capacidades do homem; O vício reside na irresponsabilidade perante si mesmo.

CRENÇA NO HOMEM E NO QUE NELE SE MANIFESTA MASLOW ROGERS CRENÇA NO HOMEM E NO QUE NELE SE MANIFESTA Auto realização Tendência Atualizante O HUMANISMO É UM ATITUDE A FAVOR DO HOMEM Valores – Posicionamentos – Compromissos e não somente teses cognitivas

Situando o Humanismo no tempo e no espaço EUA: Guerra do Vietnã (década de 1960); Absurdo da guerra; Manifestações pessoas e coletivas com questionamento dos valores e da presença americana no mundo – uma crise ética; O behaviorismo e a psicanálise não respondia aos questionamentos

Podia-se dizer como treinar um soldado. Porque um soldado ficava perturbado quando voltava da guerra. O PROBLEMA Qual o sentido da Guerra? Qual o sentido da vida e da morte? Os jovens estavam morrendo. O holocausto no horizonte.

Maslow e questão da saúde e da realização O ato científico nunca é neutro: ele se insere num contexto de sentido e serve a alguma direção do caminhar humano. A RELATIVIDADE DO CONHECIMENTO: Aquilo que eu vejo depende do ponto de vista do qual eu me coloco para olhar

Husserl e a Realidade intencional A intencionalidade da consciência Questiona a aplicação do método científico à realidade humana. O humano fica fora do alcance do método das ciências naturas que não captam a questão do sentido. Nossos olhos se abrem para determinados aspectos do ser humano; Me disponho a a pesquisar determinados problemas e de um determinado modo.

A atitude científica tradicional define um tipo de relação: sujeito-objeto; Buber: o centro da pessoa só se revela do ato da relação; As afirmações científicas podem ser verdadeiras mas não caracterizam aquilo que é especificamente humano; O homem é gesto, é presença, é existência; O homem é um atribuidor de sentido; Constitui o mundo e se constitui a si mesmo na relação com o mundo.

Atitude fenomenológica Atitude ingênua X Atitude crítica Mundo Independente Constituído em si mesmo Cognoscível O que percebemos do mundo depende dos nossos referenciais. É só na interação que teremos o verdadeiro conhecimento. O conhecimento compõe a interação humana com o mundo, é um aspecto dela.