Maria Regina de Carvalho Teixeira de Oliveira Metodologia do ensino superior: docência universitária e os desafios da realidade nacional Maria Regina de Carvalho Teixeira de Oliveira

Docência universitária Caixa de segredos Políticas públicas omitiram determinações quanto ao processo de ensinar, ficando ao afeto da instituição educacional que o propõe: integrante da concepção de liberdade acadêmica do docente. Década de 90: orientação pela qualidade/excelência torna a avaliação da educação foco de interesse, averiguada por sistema nacional de medidas.

Docência universitária Quem é o docente universitário? Exige-se cada vez mais capacitação permanente na área de conhecimento. Mas o docente está preparado didaticamente para o exercício acadêmico? Professores têm formação didática obtida em cursos de licenciatura Outros trazem sua experiência profissional para a sala de aula Outros ainda não têm experiência profissional nem didática e fizeram especialização ou mestrado

Docência universitária Fator definidor de seleção de professores antes: competência científica Depois da globalização: Plano de capacitação: parâmetros são claros Plano didático: parâmetros não claros, mas padrão de desempenho de excelência docente.

Características que deve ter o professor Cidadão competente e competitivo Inserido na sociedade e no mercado de trabalho Com maior nível de escolarização e de melhor qualidade Utilizando tecnologias de informação na sua docência Produzindo seu trabalho não mais de forma isolada Mas em redes acadêmicas nacionais e internacionais Dominando o conhecimento contemporâneo e manejando-o para resolução de problemas, etc Que domine o trato da matéria de ensino Integrando-a ao contexto curricular e histórico-social Que utilize formas de ensinar variadas Domine a linguagem corporal, gestual, E busque a participação do aluno (Cunha, 1990)

Contexto Década de 90: expansão da matrícula no 3º grau refletindo no número de professores Relação Estado/universidade/professor: definição de limites da legislação superior (LDB); distribuição docente no sistema de educação superior brasileiro; apontados desafios da docência em realidade até então inquestionável

Docência: realidade nacional Normatizações: especial – LDB (lei 9394) Sistema de avaliação: indicadores de avaliação do desempenho global do sistema de educação superior (área de conhecimento, tipo e natureza da IES); avaliação do desempenho individual das IES; avaliação do ensino de graduação; avaliação da pós-graduação strictu-sensu. Implica em rendimento dos alunos; mérito do professor e qualidade da instituição como um todo. Desempenho docente associa-se a remuneração e o destaque é a sala de aula

Docência: realidade nacional Forte condicionante: estabelecimento onde o professor exerce sua atividade IES universidades Públicas centros universitários Privadas faculdades integradas institutos ou escolas superiores Professor sofre diferentes pressões

Docência: realidade nacional Fator condicionante: distribuição das IES segundo regiões da federação (Sudeste, 59%; sul, 14%; Nordeste e Centro Oeste, 11%; Norte, 4%) Formação acadêmica: especialistas 10% menos que strictu-sensu, e desde 90, com exigência de MÊS. Docente universitário: apresenta diferenciação entre regiões

Docência: realidade nacional Pedagogia universitária é exercida por professores que não têm uma identidade única Características étnicas, sociais e econômicas diferentes trazem características complexas e variadas ao sistema educacional superior brasileiro Política de formação de professores superiores é realizada de forma indireta: governo: parâmetros de qualidade institucional, mas não estabelece normas de capacitação didática; IES:seleciona e desenvolve política de capacitação em pós-graduação e cria índices avaliativos estipulando seus prazos

Docência: realidade nacional Recentemente: políticas de a instituição buscar a qualificação didática de seus professores Provada a relação entre desempenho didático do professor e desempenho do aluno Sociedade da informação: desloca o eixo do sucesso da posse do bem para a posse do conhecimento implicando capacitação continuada dos recursos humanos