Oligoidramnia UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Faculdade de Medicina

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Transcrição da apresentação:

Oligoidramnia UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS Faculdade de Medicina Disciplina de Ginecologia e Obstetrícia Ac: Rômulo Orlando Borges da Silva

O Líquido Amniótico Produção: No Primeiro trimestre = é isosmolar com o plasma fetal, sua principal via de formação é a pele; Com 10-11 sem = os rins começam a excretar urina, passando a ser a principal fonte de LA (1.200ml/dia no termo). Com 7 sem = a traquéia está plenamente pérvia e dá passagem ao líquido produzido nos pulmões em direção a garganta, pode ser deglutido ou deixar a boca.

O Líquido Amniótico Reabsorção: Através da deglutição pelo feto. Através da superfície fetal da placenta (200ml/dia). Através do coriâmnio (10ml/dia). O volume normal de LA cresce durante toda a gravidez, de forma mais intensa na primeira metade. Após o termo cai progressivamente.

O que é? É uma alteração clássica associada ao sofrimento fetal crônico por insuficiência placentária ou amniorrexe prematura, ou mesmo por anomalias renais do feto.

Fisiopatologia A hipoxia crônica Redistribuição do débito cardíaco fetal Diminuição do fluxo sanguíneo renal Diminuição do volume urinário

Fisiopatologia Diminuição do LA predispõe à compressão do cordão umbilical, prejudicando o fluxo sanguíneo fetal. O risco de hipoplasia pulmonar, infecção e anormalidades esqueléticas e faciais aumentam.

Principais Causas Insuficiência placentária Anomalias cromossomiais Pós-maturidade Amniorrexe prematura Amnio nodoso Medicações (indometacina, IECA) Idiopática

Principais Causas Malformações geniturinárias fetais: Síndrome de Potter (agenesia renal bilateral) Displasia multicística Rim policístico infantil Doença renal obstrutiva baixa Outras malformações fetais: Cardíacas Hérnia diafragmática SNC (Holoprosencefália, encefalcele, meningocele, microcefalia).

Diagnóstico Suspeita clínica = útero pequeno para a IG. Confirmação = USG – maior bolsão de LA < 2 cm no seu diâmetro vertical ou índice de LA (ILA) < 5 cm. ILA é calculada através da USG pela soma das medidas dos bolsões verticais em cada quadrante uterino. N (8 e 18 cm).<8 / >23

Conduta Hiperhidratação Amnioinfusão, se grave. (infusão contínua de solução fisiológica, de Ringer-lactato ou de glicose a 5 % na câmara amniótica).

Prognóstico Não importa a causa, as complicações que podem ocorrer são: Morte do feto Hipoplasia pulmonar (antes de 24 sem) Diversas anomalias esqueléticas e faciais No 2º trimestre = Sinal de péssimo prognóstico

Caso Clínico Identificação Nome: JNA Idade: 27 anos Profissão: do lar

HDA Consulta do dia 06 /05/09: Paciente de 37 sem (DUM), de 35 sem (USG realizada com 20s) assintomática, sem sangramentos, sem queixas urinárias. Relatando boa MF. Paciente refere que no último mês da gestação apresentou hipertensão arterial (sic). Paciente G II P I (Óbito neonatal com 3 dias por malformação). Nega DM e HAS, ou qualquer outra doença. Paciente vem trazendo resultado da USG e ecocardiografiafetal com ILA de 6 cm e alteração de retorno AV – aritmia sinusal.

Exame Físico BEG, corada, hidratada, acianótica, afebril. ACV: BNF, 2T s/ sopro, RCR. FC: 80bpm. PA: 90/60 mmHg. AR: MVF s/RA. ABD: Gravídico, AFU = 31cm, BCF = 140 bpm, MF +, DU = 0

Evolução A paciente foi internada como conduta inicial e foi feita um CTG e um dopplerfluxometria com função vascular placentária nomal. Logo recebeu alta.

Evolução Foi internada novamente dia 21/05/09: Paciente agora com 39 sem 3d (DUM), relatando dor em BV. Nega Contrações. Relata boa MF. Nega perdas vaginais. AFU = 34 cm, BCF = 140 bpm, DU = 0. A conduta: CTG (feto ativo e reativo), um USG (agora com ILA = 5 cm e placenta grau 3). Cesariana – feto normal, peso 3kg, est 49,5cm PC=31, PT=32, arritmia sinusal

OBRIGADO!!!