Irme S. Bonamigo Metodologias ativas para atuar nas vivências interdisciplinares e multiprofissionais – VIM 29/03/2011.

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Transcrição da apresentação:

Irme S. Bonamigo Metodologias ativas para atuar nas vivências interdisciplinares e multiprofissionais – VIM 29/03/2011

CENÁRIO VIM Necessidade de utilização de instrumentos e técnicas de investigação: Observação Conversas informais Entrevistas individuais e em grupo Pesquisa documental Demandam: Habilidade e domínio de estratégias; Planejamento: elaboração de roteiros (abertos e semi- estruturados) Registro e produção das informações => Diário de Campo

Diário de Campo Também chamado de “diário de bordo”, “notas de campo”, “notas de terreno”. É um “caderno” onde se anotam informações sobre a pesquisa: eventos ocorridos e reflexões surgidas no decorrer da investigação ou no momento observado. Considerado também, pelas suas características: um instrumento de interpretação-interrogação; uma ferramenta de produção e de análise das informações.

Conteúdo Diário de Campo “O diário ordena através do fio narrativo, a dispersão dos acontecimentos do dia-a-dia. Mas não ordena apenas o dado descritivo – ordenam-se uma série de cognições e sentimentos que constantemente se produzem no contato permanente com a vida social do local.” (FERNANDES, 2002, p. 26). Escrever o diário de campo é um processo de construção de sentido.

Conteúdo do Diário de Campo Notas descritivas: busca captar “uma imagem por palavras do local, pessoas, ações e conversas observadas” (ROESE; GERHARDT; SOUZA; LOPES, 2006, p. 3). Notas analíticas: ponto de vista do observador, as suas idéias, preocupações, percepções, sensações e também reflexões teóricas.

Exemplo notas descritivas (CARARO, 2010) “Cheguei ao centro de saúde as 13:00 h. Já havia na unidade outros integrantes do grupo. Fomos recepcionados na sala de estudos da unidade de saúde pela enfermeira E, que era responsável por nos orientar nessa vivencia, ela foi muito atenciosa conosco, nos desejando boas vindas e falando que estaria à disposição para o que precisássemos. A estrutura da unidade é muito boa, com salas separadas para diferentes profissionais, com um lugar agradável para as pessoas aguardarem pelo atendimento. Na entrada da unidade existe uma rampa para deficientes físicos. Nesta unidade, é possível observar uma grande quantidade de murais informativos, escritos em linguagem acessível à maioria da população, sendo que este ambiente encontrava-se bem higienizado.”

Exemplo notas descritivas (CARARO, 2010) “Retornei para a unidade de saúde as 13:00h e como não havia muito usuários naquele momento aproveitei para conversar um pouco com a enfermeira E. Perguntei como ela vê a ausência do profissional psicólogo na unidade, e ela falou que faz uma falta imensa, muitas vezes ela faz o papel de psicólogo, pois os pacientes buscam é uma pessoa para conversar, e um psicólogo com certeza resolveria muito bem essa dificuldade. Destacou que existem muitos pacientes depressivos crônicos que necessitam de atendimento psicológico, mas como não há psicólogo no posto e o atendimento no CAPS geralmente demora meses, muitas vezes a solução é receitar remédios antidepressivos para esses pacientes.”

Exemplo de notas analíticas (CARARO, 2010) “Neste meu primeiro dia de vivencia me surpreendi com a realidade a qual me deparei nesta Unidade de Saúde. Eu acreditava que iria encontrar um lugar tumultuado, com filas para esperar atendimento e um espaço físico não tão bem organizado. Penso que imaginei isso a partir das minhas experiências e sobre o que ouvi falar sobre algumas Unidades Básica de Saúde. Pude notar também que os murais explicativos são uma opção muito interessantes de dar informações, pois abrangem temas como alimentação, prevenção de doenças e sexualidade. Com as visitas domiciliares, adquiri uma visão mais ampla deste local, e com esse reconhecimento da realidade, posso entender os discursos que perpassam as praticas nesse contexto.”

Exemplo de notas analíticas (CARARO, 2010) “Neste dia coletei muitas informações importantes e de grande valia para meu curso, principalmente através da fala da enfermeira. Percebi que há uma interação entre os profissionais, o que é de muita importância para um melhor atendimento dos pacientes. Acredito que como já existe uma demanda muito grande de pacientes para atendimento psicológico, seria de extrema importância e necessário que o posto criasse condições para atender essas pessoas. Não posso dizer porque isso ainda não foi feito, pois não tenho conhecimento sobre o assunto, mas penso que pelas condições as quais a enfermeira me relatou, muitos pacientes acabam fazendo o uso de altas dosagens de medicações antidepressivos que poderiam ser substituídas por terapia psicológica”.

Diário de campo “[...] parte-se do pressuposto de que o diário de campo é uma fotografia instantânea que descreve um momento de observação e as percepções do pesquisador, que se sabe não ser neutro e que, mesmo sem intenção, leva a campo seus pré-conceitos, idéias e posições e, a partir delas, elabora sua leitura da realidade.” (ROESE; GERHARDT; SOUZA; LOPES, 2006, p. 3).

Exemplo de notas descritivas (ROSSATO, 2009) “A quarta casa foi de uma senhora que tem anemia. Enquanto o médico a consultava a técnica em enfermagem percebeu que ela tinha um monte de remédios em cima da geladeira. Ela olhou para a senhora e disse: - Dona. F, você não tem tomado suas vitaminas direito! Tem que tomar duas por dia uma no café outra na janta, olha aqui tem de meses acumulado! A senhora respondeu: - Mais eu não sabia! A técnica em enfermagem disse: - Se a senhora não tomar, não vai melhorar da anemia! O médico viu uma senhora que não era da família com uma bíblia na mão e perguntou para a senhora que ele estava examinando: - Vocês oram juntas? A senhora respondeu: - Sim, e estudamos a bíblia. O médico disse: - Isso é muito bom! Terminados os exames, o médico solicitou outros exames para ela ir ao posto encaminhar, a tecnica em enfermagem deu as dicas sobre os remédios, e seguimos viagem.”

Aspectos descritivos considerados importantes Retratos dos sujeitos Reconstruções do diálogo Descrição do espaço físico Descrição de atividades

Exemplo notas descritivas (LEONARDO, 2010) “Uma das gestantes está de cabelos amarrados, já a outra esta de cabelos soltos até os ombros, e estão ouvindo atentamente as instruções que recebem. No momento, estão sendo orientadas como amamentar o bebê, e da importância de lhe dar leite materno. M, professora da UDESC, fala sobre as vantagens do aleitamento materno para o bebê, que proporciona uma nutrição adequada e completa para o bebê, até os seis meses, não necessitando de complementos; também afirma que previne a desidratação, doenças respiratórias, diarréia, obesidade, alem de fornecer defesa para o organismo do bebê. Também disse que criança que mama no peito terá uma boa dentição, e ainda que favorece o vínculo afetivo com a mãe e o bebê.”

Aspectos descritivos considerados importantes Relatos de acontecimentos particulares (inclusão de pessoas envolvidas, de que forma e qual a natureza de sua ação); Comportamento do observador (aspectos do seu comportamento que possam interferir na coleta e na análise dos dados). Importante relatar a sequência temporal dos acontecimentos. As indicações práticas são: quem é, onde, como, quando e o que aconteceu .

Notas analíticas (FERRONATO, 2010) “Uma observação que eu considero importante fazer é que na realização das entrevistas os usuários não quiseram se identificar e vale lembrar também que para esta prática nós possuíamos uma espécie de roteiro a seguir, mas conforme o usuário nós mudávamos as perguntas para o melhor entendimento deste, assim possibilitando uma resposta mais coerente. Algumas respostas me surpreenderam de certa forma, pois como ocorreu em um caso específico, a usuária considera a gravidez como uma doença, este é um exemplo da falta de informação que eu me referia anteriormente”.

Notas analíticas Agrega um relato pessoal do observador no material descritivo. É a fase do registro que enfatiza “especulações, sentimentos, problemas, idéias, palpites, impressões e preconceitos” . É o momento de o pesquisador se colocar no estudo, mas, ao mesmo tempo, é o momento de analisar o recuo necessário nas descrições.

Exemplo de notas analíticas (ROSSATO, 2009) “Ao adentrar o posto para conhecê-lo, li muitos cartazes de avisos, os que mais me chamaram atenção foram os que diziam: ‘Seja educado, aguarde na fila’ e ‘O bom funcionamento do postinho depende também de você’ Então fiquei imaginando como aquele local funcionava e se existiam dificuldades para o seu ‘bom funcionamento’”.

Exemplo de notas analíticas (ROSSATO, 2009) “A terceira casa foi a que mais me deixou comovida, pois, uma pessoa sofrer um acidente assim drástico, perder os movimentos das pernas e, ainda perder o pai em outro acidente sendo que este ocorreu quando ele ia buscá-la no hospital por estar hospitalizada em função do acidente que ela havia sofrido. O sofrimento desta menina é imenso, pois ela se sente impossibilitada de fazer tudo que ela fazia antes, e também sente culpa pela morte do pai.”

Aspectos analíticos considerados importantes Sobre a análise (especulação sobre o que está acontecendo, conexão entre pedaços de informações, pensamentos que ocorrem, reflexões); Sobre o método (discussão metodológica sobre o que foi realizado); Sobre conflitos e dilemas éticos (registro das preocupações relacionais que surgem entre os seus valores e responsabilidades e da forma como foram resolvidos); Sobre o ponto de vista do observador (anotações acerca dos sujeitos e do meio que está estudando); Pontos de clarificação (explicação de situações confusas).

Aspectos analíticos considerados importantes: registro de dúvidas e dificuldades São elemento importantes no cotidiano de aprendizagem: => conduzem à reflexão e análise; => potencializa a interlocução teórica; => potencializa a busca de novos caminhos para a resolução de um problema. ***Estimular os/as tutorandos/as a escrever sobre as suas dificuldades durante a vivência.

Importante diferenciar a parte descritiva da analítica Alguns diferenciam as notas descritivas das analíticas reflexiva utilizando “CO” (comentários do observador) para as notas analíticas. Triviños (1987) sugere utilizar a escrita em cores diferentes. Sugestão: iniciar com as notas descritivas e terminar com as analíticas, caracterizando-as com um título.

Sugestões para a escrita A primeira página de cada conjunto de anotações, fazer um cabeçalho com título, data, horário (início e fim), local da observação, nome do observador e o número do referido conjunto. Utilizar o tempo presente nas anotações.

O diário de campo Requer agilidade no registro. Requer habilidade do observador em diferenciar suas interpretações e a descrição dos fatos; Quando as notas forem registradas posteriormente, será necessário agilidade no registro dos tópicos e frases-chave dos acontecimentos.

Sugestões Na transcrição de uma observação ou entrevista, perguntar se cada detalhe mencionado: - É compreensível para alguém que esteve presente na observação? - É indispensável para a compreensão da situação? Buscar evitar as insuficiências de explicações e os detalhes inúteis.

Análise das informações FINALIDADES (GOMES, 2002): Compreender as informações coletadas/produzidas; Responder às questões formuladas; Ampliar o conhecimento sobre o assunto pesquisado, articulado ao seu contexto cultural.

Duas formas principais de análise (ANGROSINO, 2009) Descritiva: que padrões ou regularidades ou temas emergem das informações produzidas? Teórica: que significados possuem esses padrões? ** Padrões: O que é partilhado pelos membros de um grupo (real e ideal).

É importante considerar (ANGROSINO, 2009): Buscamos capturar a vida como ela está sendo vivida. O que pode parecer significativo para nós (pessoas de fora) podem não ser significativas para a comunidade estudada (e vice-versa). Duas perspectivas de análise Buscar padrões, temas como eles são percebidos pelas pessoas que vivem na comunidade. Estudar como o que acontece num lugar pode ser comparado com o que acontece em outros lugares. Importante: ir e vir entre estas perspectivas.

É importante no processo de análise Procurar consistência e inconsistência entre o que os informantes nos dizem; investigar temas que dividem opiniões e as razões das controvérsias. Comparar o que as pessoas dizem com comportamentos ou eventos com outras evidências. Ficar aberto para os contraexemplos e buscar a razão para a sua discrepâncias. Não se prender a uma única perspectiva de análise até estar com todos os dados em mãos.

Análise Sugestões (GOMES, 2002): Fazer uma leitura atenta de todo o material. Fazer uma segunda leitura sublinhando as idéias que se vinculam à fundamentação teórica e à questão de aprendizagem. Fazer uma listagem das idéias por temas, abrangendo as informações dos documentos, das observações e as respostas das entrevistas (grupo tutoria).

4) Buscar detectar divergências, vazios e pontos coincidentes. 5) Articular as informações dos documentos, dados das observações e das entrevistas com a fundamentação teórica.

Referências ANGROSINO, Michael. Etnografia e observação participante. Porto alegre: Artemed, 2009. FERNANDES, Luis. Um diário de campo nos territórios psicotrópicos: as facetas da escrita etnográfica. In: CARIA, Telmo H. (org.). Experiência etnográfica em Ciências Sociais. Porto: Edições Afrontamento, 2002. FLICK, Uwe. Uma introdução à pesquisa qualitativa. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004. 312 p. GOMES, Romeu. A análise de dados em pesquisa qualitativa. In: DESLANDES, Suely Ferreira; CRUZ NETO, Otávio; GOMES, Romeu; MINAYO, Maria Cecilia de Souza (Org.) Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 21. Ed. Petrópolis: Vozes, 2002. LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artmed, 1999. 340 p.

LIMA, Telma; MIOTO, Regina; DAL PRÁ, Keli LIMA, Telma; MIOTO, Regina; DAL PRÁ, Keli. A documentação no cotidiano da intervenção dos assistentes sociais: algumas considerações acerca do diário de campo. Revista Textos & Contextos, Porto Alegre, v. 6, n. 1, p. 03-104, jan./jun. 2007. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005-2006. 315 p. ROESE, Adriana; GERHARDT, Tatiana Engel; SOUZA, Aline Corrêa; LOPES, Martha Julia Lopes. Field diary: construction and utilization in scientific researches. Bibliographic analysis. Online Brazilian Journal of Nursing, v. 5, n. 3. 2006. SELLTIZ, Claire. Métodos de pesquisa nas relaçoes sociais. Sao Paulo: EPU, 1987. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.