A imprensa no Século XIX

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Transcrição da apresentação:

A imprensa no Século XIX O século XIX foi o da consolidação do conceito de jornal e revista. O hábito de consumir informação com periodicidade, em um espaço diferente da literatura ficcional, foi se disseminando cada vez mais pelas diferentes classes sociais.

A imprensa no Século XIX Por que isso? Os países começaram a mudar. Alfabetização, revolução industrial, revolução francesa, valorização da opinião etc. As diferenças entre classes sociais se refletiram na forma de narrar os fatos e, mais adiante, de diagramar os jornais.

A imprensa no Século XIX Censura: a liberdade foi conquistada a duras penas. Jornais precisaram lutar muito para se libertar do controle governamental. O tempo permitiu que adquirissem estabilidade e segurança financeira. Os jornais refletiam o discurso das elites intelectuais.

A imprensa no Século XIX Com o tempo, a opinião pública foi ganhando importância e a imprensa era sua porta-voz. No século XIX, os jornais americanos se tornaram referência para a imprensa mundial. Foram esses jornais que determinaram os princípios que regeram o jornalismo no Ocidente e o papel da imprensa nas sociedades.

A imprensa no Século XIX Os jornais americanos assumiram parte da responsabilidade pela construção do novo país. Donos de jornais entendiam que lhes cabia a missão de guiar a opinião pública. Portanto, era uma imprensa partidarizada. Os jornais proliferavam em quase todas as cidades americanas, independente do número de habitantes.

A imprensa no Século XIX Geralmente, o noticiário se voltava para os assuntos de suas próprias comunidades, em detrimento das notícias nacionais e internacionais. Em 1833, os jornais começaram a mudar. Era o início de uma imprensa popular.

A imprensa no Século XIX Primeira medida, pegar jornal de seis colunas, com letras pequenas, e mudar para três colunas grandes e fáceis de ler. Segunda medida, em vez de só política e economia, esportes, adenotas e notícias sobre gente famosa. Em três anos, a tiragem alcançou 30 mil cópias diárias. E o preço caiu para cinco centavos.

A imprensa no Século XIX Os jornais populares foram os que mais prosperam. Foco estava na população recém-alfabetizada. Um público que ansiava por parágrafos curtos, manchetes grandes e diversão junto com a informação.

A imprensa no Século XIX Mas esse também foi o século de outras inovações. Alguns jornais investiram na linha investigativa, com correspondentes e colunistas internacionais. Gente como Karl Marx. Voltando aos jornais populares - Dois americanos, Joseph Pulitzer (israelita húngaro, advogado) e William Randolph Hearst.

A imprensa no Século XIX Pulitzer empreendeu uma cruzada pessoal contra os monopólios, a corrupção e os subornos de funcionários públicos e políticos. Matérias sobre crimes ficaram mais realistas, ilustradas com fotos e desenhos (sangue como matéria de primeira página).

A imprensa no Século XIX Além de noticiar a realidade, passou a produzir novos fatos. Em dez anos, tiragem saltou de 20 mil para 400 mil. Hearst foi outro inovador do jornalismo. Aos 24 anos, tornou-se editor do San Francisco Examiner (era filho de um milionário californiano, ultra patriota).

A imprensa no Século XIX Jornal recheado de fofocas, escândalos, crimes e tudo mais que pudesse aumentar a tiragem. Além disso, comprou um jornal de Nova Iorque e desafiou Pulitzer. Contratou quase toda a equipe do concorrente, inclusive o autor do cartoon The Yollow Kid, popular na época.

A imprensa no Século XIX A história da disputa foi apelidada de Yellow Journalism, que atingiu a vendagem de um milhão de cópias por dia, cada um. Outro que se destacou no jornalismo popular foi Edward W. Scripps, de Illinois. A estratégia dele foi investir em jornais de cidades menores, porém em crescimento.

A imprensa no Século XIX Fórmula própria: artigos muito bem escritos, causas locais, coberturas destemidas que interessavam a população e linha editorial independente. Scripps se descrevia como um rebelde contra a sociedade. Foi o primeiro dono de jornais a criar uma agência exclusiva de notícias, a United Press.

A imprensa no Século XIX Mas Hearst também criou sua agência. Posteriormente, juntou-se a Scripps, formando a United Press Internacional. A figura do correspondente estrangeiro não era desconhecida.

A imprensa no Século XIX Com o tempo, várias agências surgiram. Algumas estão entre nós até hoje – casos da Agence France Press, Reuters, National Associated Press etc. O motivo do surgimento dessas agências foi o próprio custo de manter os correspondentes.

A imprensa no Século XIX Ainda no final do século XIX, surgiu o sistema de venda através de garotos nas esquinas. Ao final do século XIX, tínhamos traços muito próximos da realidade atual.

A imprensa no Século XIX Imprensa estava consolidada. Motivos? – Generalização da instrução, - democratização da vida política, - urbanização crescente, - desenvolvimento dos transportes e dos meios de comunicação e, como conseqüência direta, ampliação do campo de informação dos jornais e da curiosidade de seus leitores, - redução do preço de venda, - elevação do nível de vida médio das massas.

A imprensa no Século XIX Aperfeiçoamentos contínuos aumentaram o rendimento das máquinas tipográficas e baixaram o preço das matérias primas e os custos de produção. Em 1914, as rotativas asseguravam a impressão de 50 mil exemplares de jornais de 24 páginas por hora.

A imprensa no Século XIX Composição sofreu mudanças; Ilustração ganhou espaço, inclusive com fotografias; Transmissão dos clichês fotográficos por fios; Telefones etc.