PIODERMITES ACADÊMICA: PAULA NUNES PINTO JUBÉ

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Semiologia da pele e anexos
Advertisements

II Curso de Antimicrobianos do Hospital Regional da Asa Sul
Tumores cutâneos.
Streptococcus.
A pele A pele é o maior órgão do corpo humano. Tem cerca de 1,80 metros quadrados no corpo de um adulto médio, sem qualquer ruptura nas várias aberturas.
Profa.Cláudia de Mendonça Souza Universidade Federal Fluminense
Pele A pele humana, constituída pela epiderme e pela derme, é um órgão complexo, responsável por diversas funções fundamentais à vida.
Anexos da pele: pelos, unhas e glândulas.
Mestranda: Elisa Bourguignon Dias
Uso Racional de Antimicrobianos
SISTEMA TEGUMENTAR PELE E ANEXOS.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
Métodos de entrada e defesa do Organismo
INFECÇÃO DE PELE E PARTES MOLES
Mastocitoses Patrícia Moreira Marçal
À Flor da Pele.
Lesão Fundamental Diellen Oliveira Raissa Batista.
MICROBIOLOGIA – AULA4 Estafilococos e cocos G+ relacionados Estreptococos, Enterococos e bactérias semelhantes a Estreptococo.
ACNE Disciplina de Dermatologia – FAMERP
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE CURVELO - FACIC
Profa. Leticia Lazarini de Abreu
FARINGITE/AMIGDALITE
MENINGITES NA INFÂNCIA
Adenomegalias em pediatria: o que fazer?
Doenças de pele.
VARICELA Vitória Albuquerque Residente pediatria HRAS/SES/SES/DF
Lúpus Eritematoso Giselly De Crignis.
Acne Stephano Nunes Lucio, n. 62.
Osteomielite e Artrite séptica
INFECÇÕES EM PARTES MOLES
Piodermites (Impetigo)
Infecções de Partes Moles
Dermatites mais comuns tipos e tratamento
Universidade Federal do Triângulo Mineiro Diretoria de Enfermagem
Osteomielite Diagnóstico e Encaminhamento.
Doenças Infectoparasitárias da Pele
INFECÇÕES DE PELE E PARTES MOLES
Curso do 3° ano.
Prof. Maria Claudia Almeida Issa
Tratamento do Impetigo
Doenças infecto-bacterianas de pele na infância
PIODERMITES DEFINIÇÃO
Difteria Definição: Doença infecciosa aguda
CIRURGIA AMBULATORIAL
Staphylococcus.
PRINCIPAIS COCOS GRAM POSITIVOS CAUSADORES DE DOENÇAS HUMANAS
Pediatria e Oftalmologia Hospital Regional da Asa Sul
CASO CLÍNICO.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
ESTAFILOCOCCIAS Primeira Parte
Equipe: Traumato e Reumato Elenir Santos; Marcia Barboza; Maria Marta.
Isolamento e identificação dos Estreptococos
EDUARDO NAZARÉ DA COSTA GAIA CRM
Infecções Piogênicas cutâneas
IVAS Bárbara Castro Neves Internato de Pediatria
Infecções Bacterianas da Pele
Disciplina de Saúde Criança e Adolescente
Profª. Maria do Carmo Lobato
RINOSSINUSITES Dra. Adriana De Carli
Granuloma de Majocchi CONCLUSÃO
PIODERMITES U.F.J.F. - FAC. MEDICINA - DERMATOLOGIA - PIODERMITES - PROF. DR. ALOISIO GAMONAL
PIODERMITES ACADÊMICA: PAULA NUNES PINTO JUBÉ
Transcrição da apresentação:

PIODERMITES ACADÊMICA: PAULA NUNES PINTO JUBÉ ORIENTADORA: DRA. CARMEN LIVIA Internato em Pediatria (6ª Série)-Universidade Católica de Brasília www.paulomargotto.com.br Brasília, 27 de outubro de 2015

PIODERMITES INTRODUÇÃO Flora bacteriana residente na pele Microrganismos capazes de se reproduzir e sobreviver Varia de acordo com a idade e localização Áreas expostas Face, pescoço e mãos Maior densidade bacteriana S. aureus Flora bacteriana transitória Depósito a partir de mucosas e do ambiente Sobrevivem algumas horas na pele sã ou não se reproduzem Mecanismos de defesa da pele Espessura, esfoliação, secreção sebácea, defesa imunológica, competição microbiana da flora Infecção bacteriana  perda do equilíbrio

PIODERMITES PIODERMITES Infecções cutâneas primárias originadas principalmente por bactérias piogênicas dos gêneros Staphylococcus e Streptococcus Acomete crianças e adultos Nem sempre ocorre presença de pus

PIODERMITES PIODERMITES CLASSIFICAÇÃO PELA ETIOLOGIA ESTAFILODERMIAS Impetigo estafilocócico Dermatite esfoliativa de Ritter von Ritterschein Granuloma piogênico Osteofoliculite / Foliculites em geral Furunculose Antraz Periporite Abscessos múltiplos dos lactentes Hidradenite Paroníquia Panarício subepidérmico

PIODERMITES PIODERMITES CLASSIFICAÇÃO PELA ETIOLOGIA ESTREPTODERMIAS Impetigo estreptocócico Perleche Ectima Erisipela Intertrigo

PIODERMITES PIODERMITES CLASSIFICAÇÃO PELA PROFUNDIDADE NA PELE Localização na pele Infecção superficial da pele: impetigo Infecção da epiderme e derme: ectima Infecção mais profunda: celulite e erisipela Profunda com tendência à supuração: fleimão Anexos Abertura do folículo pilo-sebáceo: osteofoliculite Profundidade do folículo piloso: foliculite; Folículo piloso juntamente com sua glândula sebácea: furúnculo e antraz Glândula sudorípara écrina: periporite e abscessos múltiplos dos lactentes Glândula sudorípara apócrina: hidradenite Unha e suas dobras: paroníquia e panarício subepidérmico

PIODERMITES IMPETIGO Infecção contagiosa da epiderme Lesão de pele mais comum na infância 2 a 5 anos de idade Transmissão por contato direto e fômites Meses de verão Áreas de pouca higiene e ambientes fechados

PIODERMITES IMPETIGO Clinica Acomete áreas expostas Face e extremidades Lesões em geral assintomáticas Prurido e queimação Streptococcus β-hemolítico Coloniza pele previamente lesada Staphylococcus aureus – 90% Presente em fossas nasais Infecção autolimitada Desaparece em 15 dias

Vesículas superficiais PIODERMITES IMPETIGO BOLHOSO Causado por toxinas produzidas pelo Staphylococcus aureus Comum em neonatos Área de fraldas, axilas e pescoço Vesículas superficiais Bolhas friáveis (> 2cm) Crosta amarelada

PIODERMITES IMPETIGO NÃO BOLHOSO Staphylococcus aureus isolado ou associado ao Streptococcus do grupo A Áreas proximas a traumas, extremidades e face Espalha-se por auto-inoculação bacteriana Resolução espontânea, sem cicatriz Mácula eritematosa ou pápula Vesícula Erosão com crosta amarelada e prurido

PIODERMITES IMPETIGO TRATAMENTO Antibiótico oral Tratamento tópico Amoxicilina com clavulanato e Cefalosporinas Tratamento tópico Mupirocina Ácido fusídico Descolonização de focos infecciosos Fossas nasais, axilas, região umbilical e genital.

PIODERMITES OSTEOFOLICULITE Impetigo folicular de Bockhart Infecção do óstio folicular  Staphylococcus aureus Acomete couro cabeludo, pescoço, membros e nádegas Pequenas pústulas múltiplas que aparecem na abertura do pelo Calor Atrito Roupas apertadas

Nódulo eritematoso, doloroso, necrose central PIODERMITES FURÚNCULO Foliculite profunda que atinge glândula sebácea e tecido celular subcutâneo, podendo-se formar grande abscesso Fatores predisponentes: Estímulos mecânicos, térmicos, químicos, pele oleosa e baixas condições higiênicas Lesões únicas ou múltiplas Nódulo eritematoso, doloroso, necrose central Furúnculo Abscesso Supuração

PIODERMITES FURÚNCULO TRATAMENTO LESÕES PEQUENAS LESÕES MAIORES Compressas quentes Auxiliar na drenagem LESÕES MAIORES Incisão e drenagem ANTIBIOTICOTERAPIA Múltiplas lesões Celulite secundária Bacteremia

PIODERMITES CELULITE BACTERIANA Processo inflamatório piogênico que acomete derme, tecido celular subcutâneo e epiderme (relativamente preservada) Streptococcus β-hemolítico Staphylococcus aureus Haemophylus influenzae Celulite facial Crianças menores de 2 anos Membros inferiores (39,9%) Dor, calor, eritema e edema Pouca demarcação com a pele sã Relacionada a fragilidade das defesas da pele e quebra da barreira cutânea Traumas, feridas operatórias, picadas de inseto, impetigo

PIODERMITES CELULITE BACTERIANA Área hiperemiada de rápida propagação e tênue contorno Edema e aumento da temperatura local Margens laterais indistintas Adenopatia regional Sintomas sistêmicos Febre, taquicardia, calafrios e hipotensão Complicações Abcesso subcutaneo Bacteremia Osteomielite Endocardite Fasciite necrosante

PIODERMITES CELULITE BACTERIANA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Hemocultura Baixa positividade Aumentada em celulite associada a linfedema Aspirados da lesão Biópsia de pele TRATAMENTO Antibioticoterapia Amoxicilina com Clavulanato Cefalosporinas de primeira geração Eritromicina Formas graves Penicilina G cristalina

PIODERMITES ERISIPELA Infecção causada principalmente pelo Streptococcus β-hemolítico do grupo A, acomete epiderme e derme superficial Face e membros inferiores Pode acometer vasos linfáticos Ocorre nos extremos de idade RN: lesão periumbilical Pacientes imunocomprometidos Inicia com a quebra da barreira da pele Abrasão, herpes vírus, picada de inseto, úlceras, mordeduras, vacinação

PIODERMITES ERISIPELA Faixa eritematosa Área de edema, enduração e pele brilhosa Bordos elevados e bem demarcados com a pele circundante Bolhas, úlceras e necrose

PIODERMITES ERISIPELA DIAGNÓSTICO Clínico

ERISIPELA TRATAMENTO Repouso no leito Antibioticoterapia Membro elevado Antibioticoterapia Penicilina procaína Cefalexina Casos graves Penicilina cristalina (IV) associada a oxacilina ou vancomicina Após fase aguda Penicilina benzatina por período prolongado

PIODERMITES SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILICÓCICA Dermatite esfoliativa de Ritter von Ritterschein Toxinas produzidas pelo Staphylococcus do grupo 2, tipo 71 e 55 Ação epidermolítica Separação da epiderme logo abaixo da camada granulosa Sítio inicial de colonização Vias aéreas superiores, umbigo, trato urinário, conjuntiva, sangue e pele – impetigo conjuntivite purulenta, otite média ou infecção de nasofaringe Crianças menores de 5 anos Lactentes com menos de 2 anos

PIODERMITES SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILICÓCICA QUADRO CLÍNICO Febre súbita Eritema Áreas periorificiais e periflexurais Bolhas flácidas na pele Poupa mucosas Desnudamento da superfície cutânea Sinal de Nikolsky + Sensibilidade cutânea Cefaléia Vômitos Diarréia Quadro autolimitado Melhora em 5 a 7 dias.

PIODERMITES SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILICÓCICA DIAGNÓSTICO Cultura Exame histopatológico Clivagem intraepidérmica subgranulosa

PIODERMITES SÍNDROME DA PELE ESCALDADA ESTAFILICÓCICA TRATAMENTO ANTIBIÓTICOS ORAIS OU SISTÊMICOS Streptococcus Penicilina Staphylococcus Dicloxacilina Cefalexinas de 1 ª geração Amoxicilina + clavulanato Oxacilina ou vancomicina Antisépticos ou antibióticos locais Descolonização de focos infecciosos Cuidados com a pele Suporte nutricional e hidroeletrolítico

PIODERMITES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EMPINOTTI, Júlio César et al. Pyodermitis. An. Bras. Dermatol. [online]. 2012, vol.87, n.2, pp. 277-284. ISSN 0365-0596 FIRMINO, Isabel Cristina Leal. Infeccoes de pele e partes moles: Proposta de protocolo de atendimento em Unidade Pediatrica. 2010. Disponivel em: <http://www.paulomargotto.com.br/documentos/Infec_pele_partes_moles.pdf> SILVA, Marcia Ramos e; AQUINO, Adriana Moura de; CAMILO, Carlos. PIODERMITES NA INFANCIA. Pediatria Atual, Rio de Janeiro, v. 5, n. 11, p.27-34.1998. Sousa CS. Infecção de tecidos moles: erisipela, cellulite, síndromes infecciosas mediadas por toxinas.Medicina. 2003, 36:351-6. SOUZA CS. Infecções de tecidos moles - Erisipela. Celulite. Síndromes infecciosas mediadas por toxinas. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 351- 356,abr./dez.2003.