Condroprotetores e Cloroquina

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Transcrição da apresentação:

Condroprotetores e Cloroquina Bruna Valle França R3 Medicina Esportiva Orientadora: Dra. Fernanda Lima

Tratamento Individualizado!!! 1) Comportamental 2) Medicamentoso 3) Terapias 4) Cirurgia

Tratamento 1) Comportamental Peso, exercícios físicos 2) Medicamentoso 3) Terapias 4) Cirurgia

Tratamento 1) Comportamental 2) Medicamentoso Analgésicos, AINE, condroprotetores, infiltrações. 3) Terapias 4) Cirurgia

Tratamento 1) Comportamental 2) Medicamentoso 3) Terapias Fisioterapia, Acupuntura, hidroterapia. 4) Cirurgia

Tratamento 1) Comportamental 2) Medicamentoso 3) Terapias 4) Cirurgia Artroscopia, osteotomia, artroplastia

Medicamentos Condroprotetores: Ácido hialurônico, (*) Diacereína, (*) Glicosamina, (*) Condroitina. Cloroquina, Piascledine. (*) apresentam efeito antievolutivo. Agentes modificadores da doença.

Ácido Hialurônico O líquido sinovial na OA apresenta redução na sua viscoelasticidade. Para a lubrificação e proteção das células e tecidos articulares, alta viscoelasticidade é fundamental. Uma das causas da dor e diminuição da mobilidade articular pode ser a diminuição do efeito protetor desse meio viscoelástico nos receptores dolorosos do tecido sinovial. A viscossuplementação substitui o meio sinovial de baixa viscoelasticidade por uma solução de ácido hialurônico de alta viscoelasticidade. Vários medicamentos com diferentes pesos moleculares.

Ácido Hialurônico O ácido hialurônico pode ter efeito modificador de estrutura. Um estudo randomizado, em que os pacientes eram submetidos à artroscopia do joelho no início e no final do tratamento de um ano com quatro séries de três infiltrações semanais de ácido hialurônico, mostrou menos deterioração da cartilagem e mais organelas de síntese na cartilagem tratada com ácido hialurônico dos que na cartilagem injetada com solução salina.

Ácido Hialurônico Complicações possíveis são infecção (risco similar ao da injeção de corticoide) e reação inflamatória local que ocorre em até 3% dos casos, com sintomas durando até três semanas. Injeções intra-articulares de hialuronato têm ações tardias, mas com maiores durações quando comparadas a injeções de corticóide. Posologia: uma infiltração por semana por três a cinco semanas consecutivas em cada joelho afetado. Os efeitos podem durar até 6 meses, podendo-se repetir as aplicações.

Diacereína A diacereína é um lipídeo solúvel. Sua principal ação é inibir os efeitos da IL-1 e estimular a produção de TGF-ß. A IL-1 degrada a proteína inibidora do fator nuclear capa beta, que leva à transcrição de óxido nítrico e TGF.  O TGF-ß é o mais potente estimulador da proliferação do condrócito, aumentando as sínteses de colágeno e proteoglicanos. Ele também é um inibidor de diversos processos catabólicos induzidos pela IL-1 e modera os efeitos adversos que estes processos podem ter sobre a cartilagem. Além disso, o TGF-ß aumenta a expressão dos inibidores teciduais das metaloproteinases, inibindo, assim, a produção de metaloproteínas.

Diacereína Em prazo mais longo, a diacereína também estimula a síntese do AH, bem como o colágeno e os proteoglicanos, mesmo na presença da IL-1. Isto fornece os componentes primários essenciais para melhorar a síntese da matriz extracelular, regenerando a cartilagem. Além de eficaz no alívio sintomático da artrose, foi comprovada em estudo de longo prazo (três anos), multicêntrico e prospectivo, a ação modificadora da doença pela menor diminuição do espaço articular em relação ao placebo, isto é, nível de evidência IA de que é uma droga modificadora da doença osteoartrítica, retardando a evolução da OA. Posologia: 50mg 2x/dia (altera peristaltismo intestinal!!!).

Glucosamina A glucosamina participa da síntese das glicosaminoglicanas, proteoglicanas, substância fundamental da cartilagem articular e do ácido hialurônico do líquido sinovial. Além de funcionar como substrato, age diretamente no condrócito, estimulando a síntese de proteoglicanas e inibindo a de metaloproteases. Inibe os efeitos da IL-1 sobre o fator nuclear capa beta dentro do condrócito, também inibindo a produção de óxido nítrico, mais IL-1 e TGF. Tem ação sobre o osteoclasto e sobre a sinóvia.

Glucosamina Tem eficácia superior à do placebo, tendo, além da melhora sintomática, um efeito de diminuir o estreitamento articular. Há nível de evidência IA de que a glucosamina sintética retarda a evolução da OA (uso contínuo por três anos) e esse efeito se mantém mesmo após a suspensão do uso da droga por cinco anos. Sintética: Sulfato de Glucosamina. Posologia: 1.500mg/dia.

Condroitina O sulfato de condroitina é uma GAG encontrada em vários tecidos humanos, inclusive na cartilagem hialina. Estudos mostram, além de estimulação direta da cartilagem, ação de inibição da IL-1 e metaloproteases. A condroitina é uma molécula grande, que é quebrada ao ser absorvida pelo intestino. Na sua formação, há glucosamina. Meta-análises recentes mostraram que a droga tem eficácia superior à do placebo, com efeito predominante no alívio dos sintomas, sem diminuir o estreitamento articular da glucosamina. Posologia: 1.200mg/dia.

Glucosamina + Condroitina A associação das drogas, por agirem em vias diferentes tendo efeitos complementares, seria melhor do que o uso isolado. Posologia: 1.500mg de glucosamina e 1.200mg de condroitina em dose única diária ou dividida, dependendo da apresentação comercial. Apresenta boa tolerabilidade ao uso prolongado, com poucos efeitos colaterais.

Glucosamina + Condroitina O estudo GAIT (Glucosamine HCl/chondroitin Arthritis Intervention Trial), multicêntrico, duplo-cego, randomizado, controlado com grupo placebo e grupo celecoxibe (AINH inibidor seletivo da COX-2): Foram incluídos 1.583 pacientes e os resultados após 24 semanas mostraram que no grupo geral a associação das drogas, do ponto de vista de analgesia, não foi superior à do placebo, enquanto o celecoxibe o foi. Separando-se apenas os pacientes com dor moderada ou severa, houve diferença estatística em relação ao grupo placebo, sugerindo maior benefício nesse grupo de pacientes. Uso de condroitina e/ou glicosamina por 6 meses. Suspender se não houver melhora.

Cloroquina Inicialmente utilizada no tratamento da malária. Baixo custo, boa disponibilidade, boa tolerabilidade, ação rápida. Apresenta efeito de supressão da produção de NO induzida por IL-1. Sua eficácia clínica no tratamento da artrose não é estabelecida, porém, parece ser útil principalmente nas formas inflamatórias e erosivas da artrose. No Brasil, há consenso de indicação (OARSI) da cloroquina como forma de tratamento da AO. Posologia: 125 mg de difosfato de cloroquina ou de 200 mg de sulfato de hidroxicloroquina.

Piascledine Fármaco que resulta de óleos não saponificáveis do abacate (100 mg) e da soja (200 mg) (proporção de um terço para dois terços, respectivamente), obtidos através de procedimento original: a destilação molecular. Piascledine mostrou in vitro ter propriedades inibidoras de citocinas inflamatórias (il-1, il-6 e il-8) e de metaloproteases (colagenases), as quais têm importante papel na degradação da cartilagem. Ela tem, também in vitro, capacidade de estimular a síntese de colágeno e de proteoglicanos, assim como de fatores de crescimento como a TGF-b, evidenciados através de condrócitos articulares em cultura. Posologia: 300 mg/dia e deve ser empregada continuamente pelo menos por seis meses.

OARSI “My second message is that it is important to provide positive messages, and emphasize that the problem is not just because of age. It is disappointing for a person to be told by their doctor that their pain is age-related and is normal. We often encounter people with OA in their 40s, indicating that OA and joint pain are not simply due to age. I think it is very important to tell the patient that they have a disease and that, even though we may not have the right drugs available to treat it, there are things we can do right now to improve symptoms.” (Francis Berenbaum, MD, PhD Pierre and Marie Curie University Saint-Antoine Hospital, AP-HP France Former President of OARSI)

Conclusão

Referências