Labirintopatias: Tratamento cirúrgico

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Prof. Lucio A. Castagno Otorrinolaringologia
Advertisements

Efeitos à saúde causados pelo ruído
Uma viagem rumo ao conhecimento.
PROTEÇÃO AUDITIVA Segurança em Primeiro Lugar
HEMODIÁLISE Conceitos Básicos
Mini-curso: OUVIDO E AUDIÇÃO
7.1 Funções da Orelha Audição Equilíbrio
MEIOS REFRANGENTES Anatomia do Olho.
A Respiração.
Traumatismo Raquimedular. Descrever as bases anatômicas e fisiológicas da medula espinhal Descrever as bases anatômicas e fisiológicas da medula espinhal.
Doenças sexualmente transmissíveis
10 dicas para uma alimentação saudável
Aluna: Lucieny Martins
E seus Tratamentos Alternativos e Complementares.
Surdos E Mudos Realizado por: Catarina Soares nº6 Cláudia Silva nº7
A PELE E O SENTIDO DO TATO
SÍNDROMES VESTIBULARES
Cancro :.
Órgãos dos sentidos Prof. Marcos Areal.
ENDARTERECTOMIA.
Avaliação de Usabilidade: Software para Internacionalização Michel Grando Mauricio Gerhardt Paulo Henrique Mariane Soares Jader.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA O QUE É? Jean Buss Bruno Glória Marcelo Azevedo
DEFICIÊNCIA AUDITIVA/ SURDEZ
Apostila 3 – MóduloXI – Página 40
FLUXOGRAMAS.
INTRODUÇÃO À ANÁLISE DE SOBREVIVÊNCIA E CONFIABILIDADE
Métodos anticoncepcionais
Aluna: Monique A. de Souza C. Barreto Mestre em Ciências da Saúde Professor: Dr. Carlos Augusto Costa Pires; Dr. Fayez Bahmad Jr.; Dra. Isabela Monteiro.
Recepção de estímulo auditivo Órgão de equilíbrio – região vestibular
SISTEMA SENSORIAL II AUDIÇÃO E EQUILÍBRIO
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA Fisioterapia – FMRPUSP
Asymmetric vestibular evoked myogenic potentials in unilateral Menière patients Eur Arch Otorhinolaryngol (2011) 268:57–61 DOI /s
Mercedes F. S. Araújo; Carlos A. Oliveira; Fayez M. Bahmad.
Eficácia e segurança de CPAP por borbulhamento na assistência neonatal em países de baixa e média renda: uma revisão sistemática Efficacy and safety of.
Walter De Biase da SILVA – NETO, Adalberto CAVARZAN e Paulo HERMAN
Disciplina Sistemas Sensoriais Pós-graduação Ciências da Saúde- Unb Aluno: Tiago Freitas Professores: FAYEZ BAHMAD JUNIOR CARLOS AUGUSTO COSTA PIRES OLIVEIRA.
Ouvido (Orelha), Nariz e seios paranasais
OTONEUROLOGIA Esther Araujo.
Cirurgia cardio-torácica
Recepção de estímulo auditivo Órgão de equilíbrio – região vestibular
CEFALÉIA PÓS PUNÇÃO LEANDRO LIMA
Apendicite.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA OU SURDEZ
ANTIMICROBIANOS e ANTI-INFECCIOSOS
Curso do 3° ano.
Os sentidos.
Fernanda Ferreira Caldas
ESPLENECTOMIA INDICAçÕES E TÉCNICA CIRURGICA.
Morena Morais Rezende Hungria!!
Doença das Membranas Hialinas
Patologias da Orelha Interna
Anemia Ferropriva Luciana R. Malheiros.
Epistaxe Dr. Rogério Brandão.
Distúrbios do Equilíbrio
Profª Mônica I. Wingert Turma 301
Diagnóstico de Diferencial das Cefaléias e Algias Cranianas
AVALIAÇÃO DO SISTEMA NEUROLÓGICO
Patrícia de Lima Martins
Otorrhea in Infants With Tympanostomy Tubes Before and After Surgical Repair of a Cleft Palate Ginny Curtin, RN, MS, PNP; Anna H. Messner, MD; Kay W. Chang,
CUIDADOS COM DRENOS Dreno pode ser definido como um objeto de forma variada, produzido em materiais diversos, cuja finalidade é manter a saída de líquido.
Informações sobre diálise e hemodiálise.
É capaz de produzir resultados expressivos em um prazo relativamente curto; Eliminação do desperdício de tempo, talento, energia e materiais; Melhora.
Alexandre Diniz Lacerda
Anatomia do pescoço boca, nariz laringe, faringe, orelha
Fabiano Silva Martins Enfermeiro - Hemodinâmica Curso
Avaliação do Equilíbrio hidroeletrolítico. Avaliação Importante para o controle de qualquer paciente gravemente doente Importante para o controle de qualquer.
Perda Auditiva Induzida Por Ruído Ocupacional (PAIR-O)
Transcrição da apresentação:

Labirintopatias: Tratamento cirúrgico

Introdução Alguns tipos específicos de labirintopatia, podem ser controlados ou curados espontaneamente. O tratamento cirúrgico está reservado à minoria dos casos, onde não se consegue razoável controle das vertigens, tornando-se incapacitantes. A indicação cirúrgica é determinada paras vertigens, não para melhoria dos outros sintomas. As principais indicações de cirurgia são nos casos de: doença de Ménière, fístulas perilinfáticas, pós trauma craniano ou cirúrgico, vertigens posicionais severas, colesteatomas com fístulas e alças arteriais, algumas labirintites infecciosas e serosa.

Labirintectomia Química Quimiocirurgia, que geralmente é a primeira opção de tratamento, por se tratar de uma técnica relativamente simples, efetiva e sem os efeitos adversos das técnicas agressivas, principalmente em relação à perda auditiva. Consta a aplicação de 3 a 6 de injeções de gentamicina (antibiótico) intratimpanica em dias seguidos. O sucesso na cura é de 70% a 90% dos casos e a audição é preservada em 75% dos casos. A verificação dos resultados é feita por audiometrias diárias e o estudo da função vestibular é feito antes, logo após as aplicações e depois de 6 meses.

Cirurgias relacionadas ao Saco Endolinfático Outra técnica comum são as relacionadas ao saco endolinfático, indicadas quando a labirintectomia química não deu bom resultado, em pacientes com Síndrome de Ménière e quando não há controle com medicamentos específicos. Endolinfa normal Hipertensão endolinfática Hipertensão da endolinfa, líquido que irriga as estruturas sensoriais auditivas e vestibulares do labirinto. A hipertensão endolinfática pode ser ocasionada pela deficiência de reabsorção da endolinfa no saco endolinfático, pelo excesso de sua produção ou por ambos os mecanismos.

Cirurgia de descompressão do saco endolinfático É uma cirurgia que permite o equilíbrio de pressão entre a endolinfa, perilinfa e líquido cefalorraquidiano. Amplia a superfície de absorção de endolinfa, possibilita melhor suprimento sangüíneo e facilita as trocas gasosas. É uma técnica conservadora que preserva a audição. A porcentagem de complicações é pequena (1% a 3% dos casos).

Cirurgia de Ablação Parcial do Saco Endolinfático É um tipo de cirurgia que, ao danificar o saco, compromete-se a produção de endolinfa e, com isso, pode-se conseguir diminuir a pressão e o acúmulo de líquido no sistema labiríntico.

Saculotomia e Cocleasaculotomia Cirurgias que consistem simplesmente na perfuração do saco endolinfático segundo diferentes vias de acesso. Podem reduzir a vertigem, mas representam um grande risco à audição, consequentemente, não são muito utilizados.

Cirurgia de Shunt do Saco Endolinfático Nesta cirurgia, um tubo é colocado entre o saco endolinfático e o crânio (shunt endolinfático-subaracnóide) ou entre o saco e a cavidade mastóide (shunt endolinfático- mastóide). O segundo é o mais realizado pois apresenta menos riscos para o paciente. O shunt endolifático-mastóide está indicado nos casos em que a audição está normal ou flutuante.

Estas técnicas defrontam a dificuldade de localização do saco endolinfático. Incisão Mastóidea Incisão mastóidea

Cirurgia de Neurectomia Vestibular Essa cirurgia consiste em controlar a vertigem pela desconexão entre o labirinto e os núcleos vestibulares, permitindo que estes possam executar o mecanismo de compensação, elimina os ataques labirínticos, mas não elimina o desequilíbrio a longo prazo. É talvez a intervenção mais fina, por permitir a secção seletiva dos nervos vestibulares, com conservação do nervo coclear. Essa cirurgia preserva a audição. O controle da vertigem ocorre em 94% dos casos. A sua indicação é a existência de audição útil do lado a operar, só é realizada de um lado - dificilmente arrisca-se seccionar os dois nervos vestibulares, por piores que sejam os sintomas. O seu principal inconveniente: os riscos das vias de acesso.

Cirurgia de Labiritectomia A labirintectomia é indicada quando as cirurgia citadas anteriormente não deram resultado ou estão contraindicadas. É uma cirurgia que afeta a audição, produz surdez permanente no ouvido operado - portanto, é indicada somente quando a audição já se encontra completamente comprometida no ouvido afetado. A cirurgia via transmeatal consiste na destruição de todo o labirinto membranoso. Controla a vertigem em até 97% dos casos, mas lesa a audição.

Cirurgia de Timpanostomia Esta cirurgia consiste em inserir um tubo através do tímpano e o pequeno orifício formado é mantido aberto. Este procedimento simples proporciona alívio em muitos pacientes, mas é extremamente controverso devido à falta de evidências científicas comprovando sua eficácia.