Domingos José Gonçalves de Magalhães ( )

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO MESTRADO EM EDUCAÇÃO – 2008.
Transcrição da apresentação:

Domingos José Gonçalves de Magalhães (1811-1882) Fundador da filosofia brasileira

Vida e obras Domingos José Gonçalves de Magalhães Visconde de Araguaia Nasceu no Rio de Janeiro em 13 de agosto de 1811 Faleceu em Roma a 10 de julho de 1882. Escritor: introduziu o romantismo na literatura brasileira. Conselheiro do Imperador.

Vida e obras Formação acadêmica: Graduado em medicina (1828-1832) pela antiga Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Estudou na Academia de Belas Artes, onde foi aluno de Debret. Iniciou os estudos filosóficos, em 1832, aos vinte e um anos, no Seminário de São José. Em Paris estudou ciência e filosofia.

Vida e obras Poesias (1832). Suspiros poéticos e saudades (1836). Poemas. Niterói, Revista Brasiliense. Ciências, Letras e Artes (1836) Ensaio sobre a História da Literatura do Brasil (1836) Filosofia da Religião, in: Niterói, nº 2, 1836; Antônio José ou o poeta e a inquisição (1839). Tragédia. Olgiato (1841). Tragédia. Discurso sobre o Objeto e Importância da Filosofia (discurso de posse no Colégio Pedro II) 1842. A Origem da Palavra (1844). A confederação dos tamoios (1857). Poema épico. Fatos do espírito humano (1858). Urânia (1862). Poemas. Opúsculos históricos e literários (1865). A alma e o cérebro - estudos de psicologia e fisiologia (1876). Comentários e pensamentos (1888). Cartas a Monte Alverne (1964).

Modernização como problema filosófico Mesmo após as Reformas Pombalinas o pensamento filosófico português volta-se para questões de origem escolástica. No século XIX isso foi suficiente para ganhar o rótulo de tradicionalismo. Numa tentativa de desvincular o pensamento luso-brasileiro, os intelectuais brasileiros se voltam para a França para modernizar-se.

Modernização como problema filosófico O problema da modernização como problema filosófico consistia em reconhecer a necessidade das “leis da natureza” sem que para isso fosse preciso renunciar à “lei de Deus”. Essa idéia de que não há incompatibilidade entre a lei de Deus e a lei da natureza reflete, segundo Cerqueira, uma visão da história que está na base da cultura ocidental.

Modernização como problema filosófico Desse ponto de vista, não podemos dissociar, quanto à origem, a cultura da religiosidade. Assim, Gonçalves de Magalhães compreende que a liberdade intrínseca ao Cogito e o compromisso ontológico, a que se obriga o homem pela conversão, não se excluem.

Modernização como problema filosófico Antes se conciliam, na medida em que tem na consciência de si o seu fundamento. Na conversão a autoconsciência se caracteriza pela dependência de um fator externo, o Pregador. No Cogito a autoconsciência se caracteriza pela independência em relação a qualquer fator externo, isto é, pelo seu caráter a priore.

Gonçalves de Magalhães (1811-1882) A mudança do princípio teológico da conversão - princípio esse que vigorou ao longo de dois séculos no aristotelismo sob o Ratio Studiorum - para o princípio ontológico do cogito cartesiano apresenta a significação filosófica de Gonçalves de Magalhães, especialmente dos Fatos do espírito humano. É neste sentido que Cerqueira se refere ao seu papel de fundador da filosofia brasileira.

Gonçalves de Magalhães (1811-1882) Segundo Cerqueira, “a idéia de filosofia brasileira está intimamente ligada ao espiritualismo francês, cujas teses essenciais se radicam numa certa concepção da filosofia como psicologia”. p. 125-126. Descobrir o princípio real do ato de pensar a si mesmo no processo de autoconsciência. Busca do fato primitivo da consciência.

Gonçalves de Magalhães (1811-1882) Primeira característica do espiritualismo em Magalhães: O espírito que se revela universalmente à consciência de si não se reduz a sensações nem se identifica com a consciência individual: não é uma substância finita. A segunda corresponde: Ao caráter psicológico da consciência de si: o espírito, embora infinito, só se revela em função da consciência individual finita - o espírito humano - e como um fato psíquico, isto é um fato do espírito humano. Esta segunda característica Magalhães intuiu-a da doutrina cartesiana.