Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo FUNDAMENTOS DA GESTÃO DO ESPORTE E DO LAZER
Organização Administrativa do Esporte no Brasil Rezende (2000) apresenta, sob a ó tica da organiza ç ão como unidade social, dois grandes grupos: Organiza ç ões que existem em fun ç ão da atividade f í sica, esportiva e de lazer (centros de treinamento e escolinhas; academias; clubes e associa ç ões exclusivamente esportivas; consultorias e assessorias; ligas, federa ç ões e confedera ç ões; funda ç ões, institui ç ões e comitês, entre outros); Organiza ç ões que possuem setores voltados para a atividade f í sica, desportiva e de lazer (prefeituras, governos estaduais, governo federal, clubes sociais, entidades representativas (SESC, SESI, sindicatos), hot é is, academias, shoppings, entre outros).
Nessa perspectiva, as possibilidades de atuação do profissional de Educação Física e Esporte como administrador esportivo, de acordo com Bastos (2004) aponta para seis segmentos: Negócios de Esporte, Lazer e Recreação - Organizações com finalidade econômica, de gestão privada; Administração e Prática do Esporte -Organizações e prática da atividade esportiva, com finalidade não lucrativa Terceiro Setor - Organizações sem fim lucrativos, com finalidade social, podendo ter a atividade esportiva tanto como suporte, quanto como atividade principal, conforme seus estatutos e missões. Educação -Finalidade tanto econômica como social/ gestão pública ou privada/ como atividade de suporte ou principal. Administração Pública -Finalidade administrativa e social, de gestão pública/ sem finalidade lucrativa/ atividade esportiva como característica principal ou de suporte Saúde e Estética - Finalidade econômica e/ou social/ gestão pública ou privada/normalmente orientadas para atividades de suporte.
O termo profissional foi muito utilizado ao longo do século XX pelos mais variados agentes sociais como estratégia de composição de uma imagem pública favorável (Johnson, 1997). Na Educação Física brasileira, freqüentemente procurou-se nomear os que nela atuam como profissionais, substituindo momentaneamente os termos instrutor e professor.
O termo Profissional de Educação Física só foi plenamente adotado como substituto de Professor de Educação Física durante a década de 80. A nova nomenclatura profissional surgiu no final da década de 80 justamente como uma forma de dar ao professor de Educação Física um nome que “melhor exprima a sua formação científica e a sua atividade profissional”. (Marinho, 1984, p. 233). É uma nomenclatura mais nobre e valorativa, que possibilita controlar o mercado emergente das atividades físicas mediante regulamentação profissional.
Elaboração de projetos O que é um Projeto? É a sistematiza ç ão de uma id é ia. É feito para vender uma id é ia.
Anatomia de um Projeto ◦ Folha de Rosto ◦ Apresenta ç ão: Hist ó rico, justificativa, ◦ Objetivo: dar ênfase aos resultados esperados ◦ Local: Porque da escolha ◦ P ú blico Alvo: Caracter í sticas e n ú mero previsto ◦ Desenvolvimento: Como vai acontecer ◦ Recursos: Humanos, Materiais, F í sicos e Financeiros ◦ Cronograma ◦ Anexos
Apresentação Definir quem, o que, para quem, porque; Hist ó ria de vida e de resultados do atleta ( em caso de patrocinadores); Sobre a modalidade e o evento. Justificativa (m í dia espontânea, caracter í sticas do esporte, benef í cios).
Objetivos O motivo principal para apresenta ç ão daquele projeto. Exemplo ◦ Desenvolver o ensino da hidrogin á stica à s crian ç as, jovens e adultos a fim de promover melhoras f í sicas e de qualidade de vida aos moradores dos pr é dios de Vit ó ria, conseq ü entemente gerar um h á bito saud á vel e de seguran ç a em meio l í quido a partir de aulas orientadas e sistematizadas.
Local Identificar o espaço que será desenvolvido o projeto. Justificar e dar detalhes do espaço, apontando elementos que valorizam a escolha.
Público Alvo Para quem? Segmenta ç ão, estimativa de p ú blico e de participantes; Quantas pessoas serão atingidas; Se for projeto esportivo de aulas, listar o p ú blico e como serão divididas as modalidades e hor á rios.
Desenvolvimento Desenvolvimento: ou procedimentos, informa detalhes operacionais (inscri ç ões, premia ç ões e m é todos, estrat é gias, a ç ões e atividades); Como as aulas acontecerão; Qual a rotina de treinos e competi ç ões do atleta;
Recursos Humanos, Materiais, F í sicos e Financeiros; N ú mero de profissionais envolvidos; Materiais utilizados; Listar necessidades financeiras; Os: Evidenciar para os investidores qual o retorno, ou seja, quais as possibilidades de lucro com o investimento.
Outros Cronograma Anexos: torna o projeto vivo, cuidado para não colocar material desnecess á rio. Avalia ç ão: da equipe, atendimento à s expectativas dos patrocinadores e participantes, problemas e atrasos;
Sugestões Seja criativo, escolha um tema atual com identidade regional; Datas festivas, c í vicas e Municipais; Crie boa logomarca; Ado ç ão de mascote; Englobar mais de uma modalidade, se poss í vel, na proposta apresentada; Agregue id é ias, valorizando a id é ia inicial; Fa ç a o seu projeto um atrativo para o p ú blico e a m í dia;
Garantir retorno para patrocinadores e parcerias em geral; Negocie antecipadamente com a m í dia; Capriche no material impresso; Parcerias que agreguem prest í gio ao projeto; Trabalhe com equipes qualificadas; Dê relevância social ao projeto.
Apresentação/ Negociação Pessoalmente; Uso de tecnologia; Destacar informa ç ões relevantes; Argumenta ç ão precisa- dom í nio; Claro e objetivo; Não pe ç a por favor, proponha uma parceria; Saber perfil de quem decide; Adequar a proposta a verba da empresa; Acompanhe o trâmite do projeto;
Bibliografia Dicionário crítico de educação física/ Org. Fernando Jaime González, Paulo Evaldo Fensterseifer. – Ijuí: Ed. Unijuí, 2005 – 424 p. – (Coleção educação física).