Medida da Saúde Coletiva 2 Prof. Claudia Curbani V. Manola.

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Transcrição da apresentação:

Medida da Saúde Coletiva 2 Prof. Claudia Curbani V. Manola

P ERDAS OU CENSURA Interrupção no seguimento de um indivíduo por: migração recusa em continuar participando do estudo morte por outra causa diferente da doença estudada

T AXA DE INCIDÊNCIA DE ACIDENTES DE TRABALHO Uma Indústria A apresentou 40 casos de acidentes por exposição industrial em 1000 trabalhadores Em outra Indústria B houve 60 acidentes em 1000 trabalhadores Em qual indústria o risco de acidentes é maior, em A ou em B?

C ASOS DE ACIDENTES DE TRABALHO EM DUAS FÁBRICAS DE ELETRODOMÉSTICOS DURANTE O ANO DE 2005 Fábrica A Fábrica B N o acidentes4060 N o total empregados1000 N o empregados segundo tempo de trabalho na fábrica 12 meses meses200 6 meses500 3 meses200

C ASOS DE ACIDENTES DE TRABALHO EM DUAS FÁBRICAS DE ELETRODOMÉSTICOS DURANTE O ANO DE 2005 Fábrica AFábrica B N o acidentes4060 N o total empregados1000 N o empregados segundo tempo de trabalho na fábrica 12 meses meses(200/12)x9= meses500/2=250 3 meses200/4=50 Total pessoas-ano exposição Taxa de incidência40/550=0,07260/1000=0,06 O risco de acidentes em A foi maior do que em B

I NCIDÊNCIA ACUMULADA OU PROPORÇÃO DE INCIDÊNCIA A incidência acumulada é uma medida do tipo proporção, calculada dividindo-se o número de casos novos pelo número de pessoas não doentes no início do período de observação. Ela é uma medida mais simples de se obter do que a taxa ou densidade de incidência, e representa o risco médio de adoecimento. Também é chamada de proporção de incidência, incidência cumulativa ou taxa de ataque, muito utilizada em estudos sobre surtos de doenças infecciosas.

I NCIDÊNCIA ACUMULADA OU PROPORÇÃO DE INCIDÊNCIA Exemplo: após uma festa na qual participaram 75 pessoas, foram atendidos, no setor de emergência do hospital mais próximo, 15 casos de intoxica ç ão por uso de extase. A incidência acumulada ou taxa de ataque de intoxica ç ão, entre os participantes dessa festa, foi igual a 15 / 75 = 0,2 ou 20%

P REVALÊNCIA Medida do tipo proporção Número de casos existentes em uma população em um dado momento Casos existentes são aqueles que adoeceram em algum momento do passado mais os casos novos que ainda estão vivos. Os doentes que faleceram antes do início do período de observação não são computados Para medir a prevalência, os indivíduos são observados uma única vez

P REVALÊNCIA Prevalência pontual ou instantânea Freqüência de casos existentes em um dado instante no tempo Prevalência de período Freqüência de casos existentes em um período de tempo – casos novos + a prevalência do período (ex.: um ano) Prevalência na vida Freqüência de pessoas que apresentaram a doença em algum momento desde o nascimento até a realização do estudo

PREVALÊNCIA número de casos existentes em determinado período x constante número de pessoas na população, no mesmo período Exemplo: entre as mesmas 400 crianças acompanhados no PSF, foram encontradas 40 com resultado positivo para Áscaris lumbricóides. Cálculo da prevalência de verminose por Áscaris : 40/400 = 0,1 = 100 casos por 1000 pessoas.

EX: M EDIDAS DE F REQÜÊNCIA - P REVALÊNCIA

F ATORES QUE INFLUENCIAM A PREVALÊNCIA AUMENTAM Casos novos (incidência) Melhoria no tratamento com prolongamento do tempo de sobrevivência (aumento da duração) DIMINUEM Redução no n o de casos novos (prevenção primária) Redução no tempo de duração (prevenção secundária)

R ELAÇÃO ENTRE PREVALÊNCIA, INCIDÊNCIA E DURAÇÃO MÉDIA DA DOENÇA Prevalência = Incidência x Duração Incidência = Prevalência Duração Duração = Prevalência Incidência

E X. C ÂNCER DE COLO DE ÚTERO : T AXA DE I NCIDÊNCIA ANUAL = 4% D URAÇÃO = 2 ANOS P = I x D = 4 x 2 = 8% I = P / D = 8 / 2= 4% D = P / I = 8 / 4 = 2 anos P = prevalência, I = incidência, D = duração

R ELAÇÃO ENTRE PREVALÊNCIA, INCIDÊNCIA E DURAÇÃO MÉDIA DA DOENÇA Prevalência = Incidência x Duração Ou seja quanto menor a Duração Prevalência ~ Incidência

U SO DAS MEDIDAS DE P REVALÊNCIA E I NCIDÊNCIA Prevalênciaplanejamento de ações e serviços de saúde, previsão de recursos humanos, diagnósticos e terapêuticos Incidência investigações etiológicas, relações de causa efeito, estudos de prognóstico (sobrevida)

D IFERENTES D IMENSÕES DA M ORBIDADE Morbidade referida: Morbidade referida: aquela percebida pelo indivíduo e relatada por ele durante uma entrevista. Morbidade observada ou diagnosticada: Morbidade observada ou diagnosticada: investigada e confirmada por profissionais de saúde de nível superior utilizando-se de técnicas para seu diagnóstico.

F ONTES DE DADOS DE MORBIDADE Prontuários e estatísticas de estabelecimentos de saúde Registros da Previdência social Arquivos médicos de empresas, sindicatos, escolas e creches Fichas de consultórios particulares Arquivos de alistamento militar Registros policiais Bancos de dados de pesquisas (PNAD, inquéritos especiais)