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ECUMENISMO E DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO

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Apresentação em tema: "ECUMENISMO E DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO"— Transcrição da apresentação:

1 ECUMENISMO E DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
CARLOS CUNHA JULHO | 2014

2 Perguntas fundamentais: O que é ecumenismo? (essência)
PARTE I ECUMENISMO Perguntas fundamentais: O que é ecumenismo? (essência) Por que falar sobre ecumenismo? (causa) Para que “serve” o ecumenismo? (finalidade) Outras perguntas...

3 PARTE I ECUMENISMO conceitos e propostas
Etimologia: οἰκουμένη – “oikoumene” – “todo o mundo habitado” Do grego clássico Relacionado à morada A raiz original é “oikos” – casa, lugar habitável etc. Relação com “oikodomeo” (v) – ação de construção da “oikia” (espaço comunitário)

4 PARTE I ECUMENISMO conceitos e propostas
MUNDO GREGO Povo civilizado de cultura aberta

5 PARTE I ECUMENISMO conceitos e propostas
MUNDO ROMANO Conotação política, conquista.

6 PARTE I ECUMENISMO conceitos e propostas
MUNDO CRISTÃO Tarefa missionária, mundo habitado por Deus. Século XVIII William Carey propôs a cooperação entre os cristãos para fazer frente à evangelização de um mundo cada vez maior a ser cristianizado.

7 PARTE I ECUMENISMO conceitos e propostas
MUNDO CRISTÃO Contexto de intolerância e intransigência entre os cristãos (escândalo). Século XVIII Joerg W. Leibniz - A forma cruel de defender o Evangelho acabava por negá-lo. “Ecumênico” indica o caráter de universalidade do cristianismo.

8 SIMBOLOGIA

9 PARTE I ECUMENISMO conceitos e propostas
Princípio ecumênico é maior do que o ecumenismo Conceito RELACIONAL e DINÂMICO, que envolve uma RESPONSABILIDADE COMUM, para além da comunhão entre os cristãos, e que abraça TODA a comunidade humana. Princípio bíblico-teológico da UNIDADE da criação de Deus (Gn 2,18) que envolve ACEITAÇÃO, RESPEITO, DIÁLOGO, RESPONSABILIDADE entre o humano e a criação (Dt 10,19). Superação das divisões em nome da fidelidade à UNIDADE amorosa entre o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO (Jo 17,21).

10 PARTE I ECUMENISMO conceitos e propostas
A definição nunca é uma linguagem vazia ou conceito puro. É uma construção interpretativa. Quem define “ecumenismo”? Por que define? A partir de qual lugar socioepistêmico?

11 PARTE I ECUMENISMO conceitos e propostas
Ecumenismo envolve: Reconhecimento do “outro” Assumir uma postura dialógica Conhecer outras tradições, sem preconceito e sem ingenuidade Engajar-se em prol do Reino de Deus Orar pela unidade Buscar a verdade, a justiça e a paz juntos

12 PARTE I ECUMENISMO conceitos e propostas
Ecumenismo não envolve: Criar uma só Igreja Perder a pertença religiosa para viver em paz com todos Pensar que todas as Igrejas são iguais Fazer prosélitos Relacionar-se sem senso crítico

13 PARTE I ECUMENISMO conceitos e propostas
“Ecumenismo é muito mais que unidade dos cristãos ou diálogo com judeus e muçulmanos! O ecumenismo é a pergunta por um outro mundo possível. O ecumenismo é atitude, postura política diante do mundo todo habitado. Por isso, o ecumenismo é rechaçado e indesejado nas igrejas cristãs que não aceitam abrir mão de seu lugar de poder na formulação civilizatória hegemônica”. Nancy Cardoso Pereira

14 PARTE I ECUMENISMO vias de encontro
Ética e moral – seguimento de Jesus Oração – espiritualidade Evangelização – missão Teologia – Bíblia, tradição e sistematização

15 PARTE I ECUMENISMO história do movimento ecumênico
Ecumenismo está ligado historicamente à experiência protestante. Missionários (liberalismo teológico) experimentaram o cotidiano de uma nova realidade sociopolítica, econômica e cultural. Consciência diante do “escândalo da divisão dos cristãos”. Esforço por proclamar a necessidade da paz e unidade entre as confissões cristãs.

16 PARTE I ECUMENISMO história do movimento ecumênico
Movimentos do século XIX Surgimento das Sociedades Bíblicas (Londres) – ação missionária e distribuição de Bíblias. Criação da Aliança Evangélica Mundial na Europa – cooperação missionária. Articulações de juventude para ações comuns – Associação Cristã de Moços etc. Movimentos em prol da unidade em torno da educação cristã – União das Escolas Dominicais etc.

17 PARTE I ECUMENISMO história do movimento ecumênico
Conferência Missionária Mundial de Edimburgo (1910) Conferência paradigmática – marco da consolidação do movimento. Com 1400 delegados da Europa e América do Norte. Sem a presença da América Latina (cristianizado) – Congresso Missionário do Panamá (1916). Temas: “Promoção da paz” e “Responsabilidade social” Estímulos: missão cristã, desafios contemporâneos e unidade visível dos cristãos. Passo importante para o diálogo inter-religioso.

18 PARTE I ECUMENISMO história do movimento ecumênico
Evangelho Social Surge nos EUA. Resposta à crise urbana após a Guerra de Secessão. Filho do liberalismo teológico. Oposição ao modelo tradicional – separação entre igreja e mundo, tendências dualistas, pregação “espiritualizada” e proselitismo. Despertar entre os cristãos uma releitura dos desafios dos Evangelhos. Teólogo e pastor batista Walter Rauschenbusch – reflexão teológica que respondesse à situação dos pobres e explorados no grandes centros urbanos estadunidenses

19 PARTE I ECUMENISMO história do movimento ecumênico
Evangelho Social Desafios: A implantação do Reino de Deus na Terra Sociedade redimida Transformação da sociedade por meio da ação cristã Releitura dos Evangelhos e do ministério de Jesus Cristo

20 PARTE I ECUMENISMO história do movimento ecumênico
CMI CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS Início – comitê, em 1937 com 7 membros Fundação interrompida pela 2ª Guerra ( ) Fundação em 1948, em Amsterdã, com 351 representantes de 147 igrejas de 44 países É o maior e mais representativo órgão do movimento ecumênico moderno Sede em Genebra – 345 igrejas, representam 560 milhões de fiéis de mais de 110 países

21 PARTE I ECUMENISMO história do movimento ecumênico
Identidade do CMI “O conselho Mundial de Igrejas é uma comunidade de igrejas que confessam a Jesus Cristo como Deus e Salvador, segundo o testemunho das Escrituras, e procuram responder juntas à sua vocação comum, para a glória do Deus único, Pai, Filho e Espírito Santo”.

22 PARTE I ECUMENISMO história do movimento ecumênico
Objetivos do CMI Criar facilidades para a ação comum das Igrejas; Promover o estudo comum; Desenvolver a consciência ecumênica dos fiéis; Estabelecer relações com movimentos ecumênicos; Convocar, quando necessário, conferências mundiais para expressar as suas próprias conclusões; Sustentar as igrejas em seus esforços de evangelização.

23 PARTE I ECUMENISMO história do movimento ecumênico
ASSEMBLEIAS DO CMI Ano Local Tema Igrejas 1948 Holanda A desordem do Homem e o desígnio de Deus 147 1954 EUA Cristo, a esperança do mundo 161 1961 Índia Jesus Cristo, a luz do mundo 197 1968 Suécia Eis que faço novas todas as coisas 235 1975 Kenia Jesus Cristo liberta e une 285 1983 Canadá Jesus Cristo, a vida no mundo 301 1991 Austrália Venha, Espírito Santo, renove toda a criação 317 1998 Zimbabue Volte-se para Deus, alegrai-vos na esperança 339 2006 Brasil Deus em sua graça, transforma o mundo 348 10ª 2013 Coreia do Sul Deus da vida, guia-nos à justiça e à paz 349

24 PARTE I ECUMENISMO história do movimento ecumênico
E a Igreja Católica Romana? A Igreja Católica se manteve distante por anos. Código de Direito Canônico, de 1917, continha um cânon (n. 1325) que proibia “os católicos de manter disputas ou encontros, especialmente públicos, com não-católicos, a não ser com permissão da sé apostólica ou, em casos urgentes, do ordinário do ‘lugar’”. A Encíclica Mortalium Animos (1927), do Papa Pio XI, confirma a consistência teológica da lei canônica.

25 PARTE I ECUMENISMO história do movimento ecumênico
E a Igreja Católica Romana? Em 1948, o Vaticano proíbe a participação de católicos no CMI. Mesmo com a resistência, teólogos católicos foram ecumênicos – p.ex. o dominicano francês Yves Congar. A situação muda a partir com o Concílio Vaticano II ( ). Secretariado para a Promoção da Unidade dos Cristãos (1960). Publicação do Decreto sobre Ecumenismo Unitatis Reintegratio (1965). A ICAR não é membro do CMI, mas observadora.

26 PARTE I ECUMENISMO movimento ecumênico no Brasil
Tensões provocadas pelo divisionismo/denominacionalismo e anticatolicismo. A teologia liberal foi obstruída no Brasil por grupos anti-intelectualistas e contrários a qualquer leitura crítica da Bíblia. 1950 a teologia liberal ganha espaço nos seminários teológicos – Seminário Presbiteriano de Campinas. Movimento Igreja e Sociedade na América Latina (ISAL) – bases bíblico-teológicas da responsabilidade sociopolítica dos cristãos.

27 PARTE I ECUMENISMO movimento ecumênico no Brasil
A gênese da Teologia da Libertação. Teólogos de destaque: Richard Shaull, José Miguez Bonino, Julio de Santa Ana, Emilio Castro, Rubem Alves, Frederico Pagura etc. Associação dos Seminários Teológicos Evangélicos (ASTE), fundada em 1961, com o objetivo de estabelecer o diálogo, a parceria e a cooperação entre as instituições protestantes de educação teológica.

28 PARTE I ECUMENISMO movimento ecumênico no Brasil
Fundada em 1982, Porto Alegre (RS) Sede em Brasília “Associação de igrejas cristãs reunidas em busca do serviço a Deus, à confissão de fé comum e ao compromisso missionário, visando aumentar a comunhão cristã e o testemunho do Evangelho no Brasil”.

29 PARTE I ECUMENISMO movimento ecumênico no Brasil
Objetivos do CONIC Trabalhar pelo ecumenismo Aprofundamento teológico para a construção da unidade e missão da igreja Posicionar-se em relação à realidade brasileira Promover a dignidade e os direitos da pessoa humana Promover ação comum entre igrejas Fortalecer o relacionamento com outras entidades semelhantes

30 PARTE I ECUMENISMO movimento ecumênico no Brasil
Igrejas do CONIC Igreja Católica Romana Igreja Católica Ortodoxa Siriana Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil Igreja Presbiteriana Unida Igreja Episcopal Anglicana (Igreja Metodista): retirou-se por pressão pentecostal (Igreja Cristã Reformada): saiu também

31 PARTE I ECUMENISMO movimento ecumênico no Brasil
Outros organismos ecumênicos: Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI) Associação Evangélica Brasileira (AEvB) Visão Nacional de Evangelização (VINDE) Aliança Bíblica Universitária (ABU) Fraternidade Teológica Latino-Americana (FTL) Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE) Jornadas Ecumênicas: KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço, Rede Ecumênica da Juventude (REJU) E outros.

32 Qual é o grande desafio para o movimento ecumênico?

33 FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO
Antiecumenismo evangélico Exclusivismo católico Antipentecostalismo evangélico e católico

34 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
Perguntas fundamentais: O que é diálogo inter-religioso? (essência) Por que falar sobre diálogo inter-religioso? (causa) Para que “serve” o diálogo inter-religioso? (finalidade) Outras perguntas...

35 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
Etimologia Diálogo = “dia” + “logos” “dia” expressa uma dupla ideia – alude ao que separa e divide, mas igualmente à ultrapassagem de um limite “logos” indica um dinamismo racional do ser humano, a capacidade humana de pensamento e raciocínio

36 “O conceito do diálogo apresentou-se como apropriado para definir o encontro e a convivência de diversas comunhões religiosas na sociedade moderna... Todo teólogo cristão formado deveria poder dizer com que outra religião ele se ocupou de modo intensivo. No entanto, é preciso estar ciente de que a ciência da religião não capacita para o diálogo, porque ela apresenta as religiões de maneira cientificamente objetiva, ela própria não é religiosa e não levanta a pergunta por Deus, não capacitando, portanto, para as controvérsias na disputa das religiões. Da capacidade para o diálogo faz parte também a dignidade para o diálogo. Digno de participar do diálogo é somente quem conquistou uma posição firme na sua própria religião e vai para o diálogo com a autoconsciência correspondente. Somente a domiciliação na sua própria religião capacita para o encontro com uma outra. Quem cai no relativismo da sociedade multicultural pode até estar capacitado para o diálogo, mas não possui a dignidade para o diálogo. Os representantes das outras religiões não querem conversar com modernos relativizadores da religião, mas com cristãos, judeus, islamitas etc. convictos. O “pluralismo” como tal não é uma religião e nem se constitui numa teoria particularmente útil para o diálogo inter-religioso. Quem parte dessa divisa logo nada mais terá a dizer e ademais ninguém mais lhe dará ouvidos... O diálogo só se torna sério quando se torna necessário. Ele torna-se necessário quando surge um conflito que ameaça a vida, e cuja solução pacífica deve ser buscada conjuntamente mediante o diálogo... O diálogo deve girar em torno da pergunta pela verdade, mesmo que não seja possível chegar a um consenso em relação a ela. Pois o consenso não é o objetivo do diálogo. Se um dos parceiros for convencido pelo outro, acaba o diálogo. Quando dois dizem a mesma coisa, um deles está sobrando... O objetivo do diálogo inter-religioso não é uma religião unitária nem a metamorfose e o acolhimento das religiões na oferta pluralista de prestação de serviços de uma sociedade de consumo religioso, mas a ‘diversidade reconciliada’, a diferença suportada e produtivamente conformada”. (MOLTMANN, Jürgen. Experiências de reflexão teológica: caminhos e formas da teologia cristã. São Leopoldo: Unisinos, p.28-29).

37 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
Etimologia “Inter – religioso” Exprime posição intermediária. Exprime relação recíproca (há um lugar comum). Diferenças entre o “pluri”, “inter” e “trans”.

38 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
Também conhecido como... “Ecumenismo planetário” (M-D. Chenu) “Macroecumenismo” (Pedro Casaldáliga) “Ecumenismo mais ecumênico” (R. Panikkar)

39 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
CONCEITO “Conjunto das relações inter-religiosas, positivas e construtivas, com pessoas e comunidades de outras confissões religiosas, para um mútuo conhecimento e um recíproco enriquecimento”

40 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
Envolve... Não é estar de acordo com o que ou quem se compreende; Exercício de deixar valer o outro; Intercâmbio de dons; Prontidão em se deixar transformar pelo encontro.

41 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
OBJETIVOS Primeiro “Instaurar uma comunicação e um relacionamento entre fiéis de tradições religiosas diferentes, envolvendo partilha de vida, experiência e conhecimento”

42 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
OBJETIVOS Segundo “Propiciar um clima de abertura, empatia, simpatia e acolhimento, removendo preconceitos e suscitando compreensão, enriquecimento e comprometimento mútuos e partilha da experiência religiosa”

43 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
Diálogo inter-religioso é um lugar de tensão “O pluralismo religioso provoca dissonâncias cognitivas, causa ‘problemas’ na medida em que desestabiliza ‘as autoevidências das ordens de sentido e de valor que orientam as ações e sustentam a identidade”

44 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
PONTOS DE ENCONTRO DO DIÁLOGO Convicção da unidade, igualdade e da dignidade de todos e todas; Inviolabilidade do indivíduo e de sua consciência; O amor, a compaixão, o desprendimento e a veracidade são maiores e mais nobres do que o ódio, a inimizade, o rancor e o interesse próprio; Responsabilidade para com os pobres e oprimidos; Esperança do vencimento do bem.

45 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
Vias do diálogo

46 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
HISTÓRIA Fenômeno relativamente novo; Não há sinais explícitos sobre a questão antes de 1925; Traços de uma sensibilidade ao pluralismo religioso desde o 3º século d.C. Tema que faz repensar tratados teológicos (Barth, Tillich, Moltmann, Rahner, Geffré, Küng etc.); Pauta de conferências.

47 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
HISTÓRIA Marco referencial: PARLAMENTO MUNDIAL DAS RELIGIÕES Chicago (EUA), 1893 18 dias de reunião entre várias tradições para mútuo conhecimento e sinalização do lugar da religião no desenvolvimento humano Presença de mais de 4 mil pessoas CMI, 1979, “Diretrizes para o diálogo com outras religiões e ideologias de nosso tempo” ICAR – declaração conciliar Nostra Aetate – divisor de águas

48 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
A questão do PARADIGMA Exclusivista (eclesiocêntrico) – Jesus Cristo e a Igreja como caminhos necessários para a salvação: “Fora da Igreja não há salvação”. Inclusivista (cristocêntrico) – Apesar de admitir o valor das outras religiões, elas se mostram como mediações de salvação para os seus membros (“cristãos anônimos”). Jesus Cristo é o único caminho. Há uma superioridade includente.

49 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
A questão do PARADIGMA Pluralista (teocêntrico) – As outras religiões são legítimas e autônomas no processo de salvação. Jesus é o caminho para os cristãos, enquanto para os outros o caminho é a sua própria tradição – “Realidade Última”. Pluralismo inclunsivo (cristocentrismo teocêntrico) – Articula o pluralismo e o inclusivismo no “pluralismo de princípio”, isto é, a diversidade de religiões é sinal da automanifestação do divino.

50 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
A questão do PARADIGMA Paul Knitter propõe outra classificação: Substituição – “somente uma religião verdadeira”; Complementação – “o Uno dá completude ao vário”; Mutualidade – “várias religiões verdadeiras convocadas ao diálogo”; Aceitação – “várias religiões verdadeiras”.

51 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
A questão do PARADIGMA A crítica de Aloysius Pieris Qual é o lugar da construção do paradigma do diálogo inter-religioso? Nos espações do conceito (hegemonia acadêmica) ou nos espaços da vida (transformação social)?

52 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
A questão do PARADIGMA Quadro problematizado Diante do “outro”, Cristo e o cristianismo permanecem na encruzilhada; Diante dos processos de secularização; Diante da crise doutrinal e arrumação sistemática; Diante da ausência das vivências cotidianas e populares nas construções teológicas.

53 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
A questão do PARADIGMA Há dois caminhos Discurso acadêmico hegemônico sobre o diálogo inter-religioso, ao ter como ponto de partida as questões doutrinárias/conceituais; Nas vivências cotidianas, nas religiosidades populares, do dia a dia concreto das pessoas.

54 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
Teologia de fronteira Paul Tillich ( ) – teólogo da fronteira; A fronteira é cheia de possibilidades; “A fronteira é o melhor lugar para a aquisição de conhecimento” – On the Boundary, p.13; Método da correlação – “teologia-que-dá-respostas” – answering theology.

55 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
FINALIDADE O Diálogo Inter-Religioso pressupõe: A consciência da humildade Abertura ao valor da alteridade Fidelidade à própria tradição Busca comum da verdade Ecumene da compaixão

56 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
Encontros e Desencontros

57 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
A QUESTÃO CRISTOLÓGICA

58 Pergunta fundamental:
“Podemos manter tudo o que confessa de Jesus Cristo a fé cristã sem com isso incorrer numa atitude de superioridade e impossibilitar o diálogo inter-religioso?” Numa sociedade pluralista nenhuma instituição religiosa consegue ter o controle social de seus símbolos – ex. pluralidade de leituras sobre Jesus Cristo. Jesus Cristo como constitutivo e não normativo da salvação. Como pode um evento particular, porque histórico, ter uma pretensão universal, portanto trans-histórica?

59 Jesus Cristo como a “autocomunicação de Deus”
Jesus Cristo como a “autocomunicação de Deus”. Sua pessoa faz surgir visivelmente no interior da história o ser mesmo de Deus, que é amor – existência concreta. Separação da encarnação do mistério pascal - Jesus sem Cristo é vazio e Cristo sem Jesus é mito. Jesus Cristo, embora seja Deus, não revela a totalidade divina, exatamente devido à sua condição humana limitada e contextualizada. Afirmar ser Jesus Cristo a verdade última de Deus não significa que tenhamos já a compreensão e a expressão definitiva dessa mesma verdade.

60 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
A QUESTÃO SOTERIOLÓGICA

61 Pergunta fundamental:
“Como relacionar a confissão cristã da salvação única e universal de Jesus Cristo à pretensão salvífica das outras tradições religiosas sem violentar os testemunhos neotestamentários ou reduzir soteriologias milenares a meras fantasias?” Deus mesmo constitui a salvação do ser humano. O Concílio Vaticano II reconhece a possibilidade de salvação para aqueles que não são membros, seja da Igreja, seja do cristianismo (LG 16). Qual é o papel das religiões no desígnio salvífico de Deus?

62 O desígnio salvífico de Deus é levado adiante pela ação do mesmo Espírito Santo, universalmente ativo, que oferece a todos poderem dele participar, embora de um modo só conhecido por Deus (GS 22). A ação do mesmo Espírito, enquanto acolhida pelo ser humano, é experimentada e expressa diversamente, conforme o contexto cultural e religioso onde acontece. Cada religião capta apenas uma “perspectiva” da realidade, que a impede de captar outras perspectivas, de tal modo que cada salvação é verdadeira dentro de sua perspectiva sem que as outras a contradigam.

63 PARTE II DIÁLOGO INTER-RELIGIOSO
A QUESTÃO PNEUMATOLÓGICA

64 Pergunta fundamental:
“Se a atividade básica do Espírito consiste numa mistagogia crística, como encontrá-la nas outras tradições religiosas?” A universalidade do Espírito, como a do vento que sopra onde quer (Jo 3,8), foi recebida e cada vez mais valorizada na consciência de fé da Igreja. Podemos reconhecer que toda oração autêntica é suscitada pelo Espírito Santo, o qual está misteriosamente presente no coração de cada ser humano.

65 A importância de estar atentos aos “sinais dos tempos” para poder ouvir o que nos diz o Espírito, daí o imperativo para a Igreja de dialogar com a sociedade. Não poderiam as experiências novas do Espírito enriquecer ainda mais a percepção de sua atuação salvífica e consequentemente a compreensão de sua Pessoa? As religiões são grandezas porosas apontando na sua múltipla diversidade para a fonte única de toda vida que é o Espírito da Verdade.

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