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Abordagem alternativa de estudo de usuários

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Apresentação em tema: "Abordagem alternativa de estudo de usuários"— Transcrição da apresentação:

1 Abordagem alternativa de estudo de usuários
Lívia Ferreira Coutinho Alonso Carlos Alberto Ávila Araújo

2 O ATO DE FAZER SENTIDO sentido ao mundo existente
a significação, o significado

3 Significado “Uma interpretação da significação de uma situação, ato, idéia ou objeto, com referência a como se deve responder. A interação social e a organização social são possíveis pela existência de significados culturalmente compartilhados. Entretanto, a significação subjetiva do comportamento de outras pessoas para um ator (pessoa) é determinada por sua experiência pessoal passada, bem como pelos seus significados interiorizados, culturalmente definidos. Daí, o significado de uma situação social variar, em certa extensão, de uma pessoa para outras, inclusive na mesma cultura. Cada participante pode ter significados subjetivos que são únicos, mas, ao mesmo tempo, têm significados compartilhados que tornam a interação e a comunicação possíveis”.

4 Cultura Brasileira Heranças de outros Povos
Cultura: Um Conceito Antropológico Leitura do Desenho Infantil (O desenho estranho) O enígma de Kaspar Hauser

5 CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃ0
Estudos na década de 30 e 40 Tema receptor. Abordagem tradicional da recepção Estudos nos anos 60 intenções do receptor ( a idéia de uma atividade de escolha e de engajamento deste)

6 CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃ0
Estudos na década de 70 “o receptor não se depara com o meio de comuniação trazendo a mente vazia, mas sim repleta de atitudes, idéias e valores (repertório cultural) que coloca em jogo com os repertórios propostos nas mensagens envolvidas na comunicação” (Orozco, 1991, p. 29). Brasil na década 80 Nesta corrente de pesquisa atual, os processos colocados em movimento pelos receptores na sua prática com os meios são cada vez mais considerados como processos perceptivos, cognitivos, afetivos, relacionados com base na intencionalidade visando a produzir significações e sentido para suas ações (Lopes, 1993)

7 CIÊNCIA DA INFORMAÇÃ0 Abordagem tradicional
informação é externa, objetiva, alguma coisa que existe fora do indivíduo. mensagem transmitida pelo emissor (serviço de informação, biblioteca, catálogo) para o receptor (usuário) através de um canal. Informação: existe em um mundo ordenado e é capaz de ser descoberta, definida e medida. Pontos importantes desconsiderados nesta abordagem são os seguintes: o conhecimento não é absoluto: as pessoas mudam e a mensagem enviada não é idêntica à recebida (Morris, 1994).

8 Abordagem tradicional
A abordagem tradicional não tem examinado os fatores que geram o encontro do usuário com os sistemas de informação ou as conseqüências de tal confronto. Limita-se à tarefa de localizar fontes de informação, não levando em consideração as tarefas de interpretação, formulação e aprendizagem envolvidas no processo de busca de informação.

9 Dois aspectos importantes nesta organização tradicional do conhecimento são questionados:
a irrelevância dada a possíveis incongruências entre o que está contido no problema do usuário e o que está contido na pergunta por ele formulada; a falta, nos sistemas de informação, de mecanismos para identificar como o usuário pretende usar a informação e quais são suas definições sobre relevância da informação (Macmullin e Taylor, 1984).

10 O usuário tem sido colocado na posição passiva de ter de se adaptar aos mecanismos dos serviços de recuperação da informação, ao invés de amoldar esses mecanismos às suas características particulares.

11 Obviamente, grandes contribuições são advindas desses estudos
Obviamente, grandes contribuições são advindas desses estudos. Numerosos sistemas de catalogação e indexação foram desenvolvidos para melhorar a recuperação da informação. Acesso a inúmeras bases de dados bibliográficos, não-bibliográficos e de textos na íntegra é um fato. Criteriosos métodos de divulgação e treinamento para o uso dos serviços implementados foram também desenvolvidos com objetivo de sanar dificuldades e divulgar melhor os serviços. O que ocorre é que em uma sociedade tão rica e com necessidades tão diversificadas de informação como a atual, estudos de usuários exclusivamente com os enfoques aqui delineados já não se mostram suficientes.

12 ESTUDOS CENTRADOS NOS USUÁRIOS: ABORDAGENS ALTERNATIVA
A partir da década de 80, estudos dessa natureza _ conhecidos como abordagens da percepção ou abordagens alternativas _ começam a considerar que a informação só tem sentido quando integrada a algum contexto. A informação é um dado incompleto, ao qual o indivíduo atribui um sentido a partir da intervenção de seus esquemas interiores. a informação não mais se configura como “tijolos” colocados uns sobre os outros, mas sim como a “argila”, à qual o próprio indivíduo dará o formato, a consistência e o sentido que lhe convier.

13 A informação... é conceitualizada como o sentido criado em um momento específico no tempo e no espaço por um ou mais indivíduos (Dervin, 1992, p. 65). não é vista como alguma coisa que existe à parte das atividades do comportamento humano, mas sim como um dado ao qual o indivíduo proporciona vida, correlaciona, analisa, cria e confere sentido, incorporando essas novas informações aos seus esquemas interiores, alterando-os e atualizando-os constantemente.

14 Os usuários... pessoas com necessidades cognitivas, afetivas e fisiológicas fundamentais próprias que operam dentro de esquemas que são partes de um ambiente com restrições socioculturais, políticas e econômicas. Essas necessidades próprias, os esquemas e o ambiente formam a base do contexto do comportamento de busca de informação.

15 Os mais importantes atos de comunicação - questionar, planejar, interpretar, criar, resolver, responder, tão esquecidos no modelo tradicional - são amplamente valorizados no modelo alternativo (Dervin, 1989).

16 as necessidades de informação mudaram no tempo e dependem do indivíduo que as buscam.
os sistemas de recuperação da informação devem ser flexíveis o suficiente para permitir ao usuário adaptar o processo de busca de informação à sua necessidade corrente.

17 Características dos estudos alternativos
1) observar o ser humano como sendo construtivo e ativo; 2) considerar o indivíduo como sendo orientado situacionalmente; 3) visualizar holisticamente as experiências do indivíduo; 4) focalizar os aspectos cognitivos envolvidos; 5) analisar sistematicamente a individualidade das pessoas; 6) empregar maior orientação qualitativa (Dervin e Nilan, 1986).

18 As bases dos estudos alternativos são:
o processo de se buscar compreensão do que seja “necessidade de informação” deve ser analisado sob a perspectiva da individualidade do sujeito a ser pesquisado; a informação necessária e o esforço empreendido no seu acesso devem ser contextualizados na situação real onde ela emergiu; o uso da informação deve ser dado e determinado pelo próprio indivíduo (Chen e Hernon, 1982).

19 Portanto, qualquer tentativa de descrever padrões de busca de informação deve admitir o indivíduo como o centro do fenômeno e considerar a visão, necessidades, opiniões e danos desse indivíduo como elementos significantes e influentes que merecem investigação. Necessidades de informação, ainda, devem ser definidas em nível individual, destacando-se atenção para o tempo e espaço específicos experimentados pelo elemento em particular. Embora as pessoas tenham suas próprias experiências, subjetivas e únicas enquanto estão se movendo no tempo e espaço, existe também grande similaridade entre situações encontradas pelos diferentes indivíduos. Portanto, necessidade de informação não é um conceito subjetivo e relativo existente somente na mente de um indivíduo. Ao contrário, representa um conceito intersubjetivo com significados, valores, objetivos, etc. passíveis de serem compartilhados, o que permite a identificação e generalização de padrões de comportamento de busca e uso de informação através do tempo e espaço sob a ótica do usuário (Dervin e Nilan, 1986).

20 CONSIDERAÇÕES FINAIS Estudos tradicionais
examinam os sistemas apenas com base em características grupais e demográficas de seus usuários, os alternativos estudam as características e perspectivas individuais dos usuários. Pesquisas anteriores provam que os atributos demográficos (sexo, idade, raça, religião, renda familiar) não são indicadores potenciais do comportamento de busca e uso da informação. O uso exclusivo deles contribui para que sejam ignoradas as mudanças temporais e espaciais que ocorrem no cotidiano dos indivíduos.

21 CONSIDERAÇÕES FINAIS Abordagem alternativa
ao posicionar informação como algo construído pelo ser humano está visualizando o indivíduo em constante processo de construção, livre para criar o que quiser junto aos sistemas ou situações. Essa abordagem se preocupa em entender como pessoas chegam à compreensão das coisas, pesquisando por dimensões passíveis de generalizações dessa tomada de consciência (ou de compreensão) e ainda se preocupa em identificar o processo de uso da informação em situações particulares. (Dervin e Nilan e Jacobson, 1981; Atwood e Dervin, 1982; Dervin e Nilan, 1986).

22 CONSIDERAÇÕES FINAIS Na área da ciência da informação, tal abordagem tem sido trabalhada em quatro diferentes vertentes: Abordagem de valor agregado, de Robert Taylor (User-Values ou Value-Added, 1984); Abordagem do estado de conhecimento anônimo, de Belkin e Oddy (Anomalous States-of-Knowledge, 1978); Abordagem do Processo Construtivista, de Carol Kuhlthau (Constructive Process Approach, 1992); Abordagem Sense-Making, de Brenda Dervin (1977, 1983, 1993, 1994).

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24 Belkin Estado anômalo do conhecimento – “as inadequações de um estado anômalo do conhecimento podem ser de vários tipos, como lapsos ou falhas, incertezas ou incoerências, que só tem em comum uma sensação de erro”

25 Belkin Sistemas de informação I - necessitam da clareza do usuários
Sistema da informação II – ajudar o usuários a representar o problema

26 Wilson Necessidades de informação
Ambiente de trabalho social - papeis dos individuos Necessidade pessoais Psicologica Emocional Cognitiva Os papeis profissionais e as necessidades pessoais são influenciadas pelo ambiente de trabalho e tem dimensões socioculturais, politico-economicas e fisicas

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28 Dervin A necessidade de informação é comparada com a percepção do vazio, com a busca de informação, com as estratégias para transpor o vazio e com o uso da informação na ajuda para transpor o vazio

29 Dervin A busca e o uso da informação são analisados em termos do triângulo situação-vazio-uso, exemplificado pelas perguntas: 1. O que, em sua situação, o está bloqueando? O que está faltando em sua situação? 2. Quais são suas dúvidas ou confusões? 3. Que tipo de ajuda você espera receber?

30 Modelo de criação de significado
Situação Parada de decisão Parada de barreira Parada rotatória Parada de inundação Parada problemática Entorno perceptivo Entorno situacional Entorno social

31 Dervin Perguntas que visam transpor o vazio
Localizar os acontecimentos no tempo e no espaço Entender suas causas Determinar quais resultados são esperados Definir as características da pessoa, dos outros, dos acontecimentos e dos objetos.

32 Modelo de criação de significado
Uso da informação (ajuda) Criar idéias Encontrar direções Adquirir capacidades Obter apoio ou confirmação Motivar-se Conectar-se aos outros Acalmar-se ou relaxar Sentir prazer ou felicidade Alcançar objetivos

33 Kuhlthau O vazio cognitivo, ou incerteza, que impulsiona o processo de busca, é acompanhado de diferentes estados emocional.

34 EMOCIONAL: Sentimentos
Estágios Tarefa apropriada EMOCIONAL: Sentimentos COGNITIVO: Pensamentos FÍSICO: Ações Iniciação Reconhecer as necessidades de informação Insegurança e apreensão Se concentram no problema e o relacionam com experiências passadas Discutir possíveis tópicos e abordagens com outras pessoas Seleção Identificar um campo ou tema geral a ser investigado Otimismo e prontidão para buscar Escolher um tema que tenha probabilidade de sucesso Procurar informações secundárias dentro do tema geral Exploração Expandir sua compreensão sobre o tema geral Confusão, dúvida, frustração Tornar-se bem informado e orientado Formular um foco ou ponto de vista pessoal Formulação Estabelecer o foco ou perspectiva sobre o problema Clareza Mais claros e mais direcionados Coleta Reunir as informações pertinentes ao foco Senso de direção, confiança, interesse no projeto Interesse aumentado Interagir com sistemas e serviços de informação Especificar e procurar determinada informação Apresentação Completar a busca de informação Alívio e satisfação OU desapontamento Compreensão das questões investigadas Usar a informação

35 Kuhlthau Principio de incerteza na busca da informação:
é a noção de que a incerteza aumenta e diminui à medida que o processo caminha. A busca da informação é um processo de construção de conhecimento e significado. A formulação de um foco ou de um ponto de vista é o ponto de mutação do processo de busca. A informação encontrada pode ser redundante ou original O número de possibilidades de uma pesquisa é influenciado pelo estado de espírito do usuário (investigativo / indicativo) e sua atitude em relação à tarefa de busca O processo de busca implica uma série de escolhas pessoais, baseadas nas expectativas do usuário sobre que fontes, informações e estratégias serão eficientes. O interesse e a motivação do usuário crescem à medida que a busca prossegue.

36 Taylor O comportamento na busca da informação pode ser definido como a soma das atividades por meio das quais a informação se torna útil. Ambientes do uso da informação: Afetam o fluxo e o uso das mensagens que entram, saem ou circulam dentro de qualquer entidade; Determinam os critérios pelos quais o valor das mensagens pode ser julgado.

37 Taylor Ambiente do uso da informação
Grupos de pessoas Problemas típicos Ambientes de trabalho Solução de problemas Profissionais Empresários Grupos de interesse Grupos sócio-econômicos especiais Os problemas são dinâmicos Diferentes tipos de problemas são criados por força da profissão, cargo, condição social, etc. As dimensões do problema determinam os critérios para julgar o valor da informação Estrutura e estilo da organização Campo de interesse Acesso á informação História, experiência Pressupostos sobre o que constitui a resolução de um problema Modos de uso da informação Atributos da informação esperados para solucionar um problema.

38 Taylor Dimensões do problema que definem a necessidade e serve de critério para a relevância Bem estruturado e mal estruturado Simples e complexo Objetivos específicos e objetivos amorfos Estado inicial compreendido e não compreendido Pressupostos acordados e não acordados Padrões familiares e novos padrões Risco de pequena ou de grande magnitude Suscetível ou não de análise empírica Imposição interna e imposição externa

39 Níveis de necessidade de informações
Visceral - vaga sensação de insatisfação, inexprimível Consciente - consegue descrever a área de indecisão; ambiguidade Formalizado - descrição racional da necessidade; expressa por uma pergunta ou tópico Adaptado - interação com o sistemas de informação

40 ELLIS a) Iniciar: consiste nas tarefas desenvolvidas no começo da busca, podendo estar presente tanto no início de uma nova atividade como num novo tópico a ser pesquisado. Para Choo (2003, p. 103), essa tarefa compreende em “[...] identificar as fontes de interesse que podem servir como pontos de partida [...].” Essas fontes englobam tanto aquelas bem conhecidas, como as menos conhecidas, tendo como condicionante a experiência, o conhecimento prévio ou a inexperiência que o pesquisador tem a cerca da temática a ser pesquisada; b) Encadear: nessa etapa os pesquisadores fazem relação com a informação encontrada, que por sua vez, poderá levar a outras citações relevantes. Essa relação poderá ocorrer de duas formas: para trás ou para frente. No primeiro caso, ocorre quando se buscam outras fontes, a partir das referências citadas em um texto específico, isto é, buscam-se as referências ou as fontes citadas no documento consultado; e, no segundo caso, acontece quando “[...] permite localizar material para leitura que cita o texto específico [...]” (CRESPO, 2005, p. 33);

41 ELLIS c) Vasculhar: trata-se de uma busca semidirigida em área de interesse do pesquisador. Na realidade, o pesquisador recorre a índices, listas de autores e de títulos, sumários, etc. Segundo Ellis (1989a), nessa categoria, o pesquisador passa pelo processo de familiarização com o que é produzido na área, proporcionando-lhe uma tomada de consciência sobre o que está aparecendo e se encontra disponível na área determinada; d) Diferenciar: é a fase na qual o pesquisador “[...] filtra e seleciona as fontes segundo a natureza e a qualidade da informação oferecida [...]” (CHOO, 2003, p. 104), ou seja, é a avaliação que o pesquisador faz em torno das diferentes fontes com objetivo de analisar o material verificado. Dentre os aspectos avaliados estão o teor e a significância da fonte, que têm como finalidade estabelecer uma equiparação entre eles;

42 ELLIS e) Monitorar: consiste em acompanhar a atualização na área de potencial interesse do pesquisador. O foco é determinado pelo próprio pesquisador com base em sua necessidade. Para González Teruel (2005), o escopo dessa categoria é manter-se atualizado; f) Extrair: trata-se de explorar, sistematicamente, uma ou várias fontes com o objetivo de recuperar materiais de interesse “[...] abrange atividades que identificam seletivamente o material relevante em uma fonte de informação [...]” (EUCLIDES, 2007, p. 94). É, na realidade, uma atividade direta e focalizada;

43 ELLIS g) Verificar: essa etapa corresponde às atividades em que o pesquisador avalia a validade da informação, a fim de verificar possíveis conformidades ou erros claros; h) Finalizar: está relacionada ao momento em que o pesquisador retorna aos seus escritos para estabelecer ligações entre as suas descobertas e as realizadas por outrem.

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