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FORMAÇÃO E TRABALHO Retomando a sessão anterior: TRABALHO RACIONALIDADE ECONÓMICA versus RACIONALIDADE ECONÓMICA COMÉRCIO Afirmação das atividades de transação,

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1 FORMAÇÃO E TRABALHO Retomando a sessão anterior: TRABALHO RACIONALIDADE ECONÓMICA versus RACIONALIDADE ECONÓMICA COMÉRCIO Afirmação das atividades de transação, do COMÉRCIO ATIVIDADES COMERCIAIS São igualmente as ATIVIDADES COMERCIAIS (ou a preparação para o exercício das mesmas) que prefiguram os modernos sistemas de formação - Os embriões dos modernos sistemas especializados de formação não se desenvolvem nos contextos sociais tecnologicamente mais desenvolvidos, mas naqueles onde é particularmente densa a rede de saberes suscetíveis de serem descontextualizados RACIONALIDADE PEDAGÓGICA versus RACIONALIDADE PEDAGÓGICA

2 APRENDIZAGEM NA IDADE MÉDIA Atividade artesanal (em contexto de trabalho) Atividade comercial (em contexto escolar) Conceito de qualificação intimamente ligado ao domínio de um ofício. Combinação de conhecimentos de materiais e processos com a destreza manual dada pela prática, necessária para levar a cabo um processo específico de trabalho Conceito de qualificação ligado ao domínio de saberes descontextuáveis. Manipulação de um conjunto de linguagens simbólicas que, sendo independentes do tipo de comércio, podem ser reproduzidas em contextos e tempos diferentes dos da sua produção e utilização Saberes que estão na génese da organização científica do trabalho

3 APRENDIZAGEM NA IDADE MÉDIA Escolas de Caridade (desde o séc. VI) (iniciativa da Igreja) Colégios (desde o séc. XIII) (iniciativa filantrópica) Escola como ‘espaço natural’, auto-organizado e multifuncional que recria de certo modo o espaço doméstico onde coabitam várias pessoas com tarefas diferentes e simultâneas Função inicial de abrigo material e moral de alunos que vivem distanciados das sua famílias para estudos superiores, convertem-se posteriormente em locais de ensino em regime de internato. Racionalização dos métodos e organização do ensino: divisão dos alunos por turmas e graduação dos programas, transformação da escola num espaço disciplinar, hetero- organizado e unifuncional, que recria o espaço conventual, dirigido pelo professor (instituição complexa e hierarquizada que ensina, mas igualmente vigia) Instituições Generalização das formas de organização produzidas nos colégios: subdivisão dos alunos em classes, gradação dos conteúdos, institucionalização dos mecanismos de avaliação e progressão, regime disciplinar distinto daquele que vigora no espaço familiar e assente no esforço e na assiduidade Institucionalização de duas vias de alfabetização: - as escolas dos pobres que não davam acesso aos colégios - as escolas pagas onde se ensina o e em latim Escolas de Paróquia (desde o séc. XVI) (iniciativa da Igreja)

4 APRENDIZAGEM NA IDADE MÉDIA O desenvolvimento das escolas de paróquia, o aumento do nº de alunos, a inexistência de métodos permitindo regular simultaneamente toda a classe e a desordem e a confusão que a acompanham, tornou necessária a reorganização do controlo. Para o ajudar, o docente escolhe entre os melhores alunos toda uma série de ‘adjuntos’, monitores, observadores, recitadores de orações e preces. Definem-se assim dois tipos de papéis: uns correspondentes a tarefas materiais (distribuir a tinta e o papel, dar um suplemento aos pobres,…); os outros caem no domínio da vigilância: os ‘observadores’ devem anotar quem abandonou a sua carteira, quem tagarelou, quem não fez a reza, quem chegou tarde,… Quanto aos adjuntos, eles devem vigiar todos os outros ‘ajudantes’. Só os explicadores desempenham um papel pedagógico; têm de ajudar os grupos de dois alunos a lerem em voz baixa (…) (…) uma relação de vigilância, definida e regulamentada, inscreve-se assim no próprio centro da prática docente, já não como uma peça acrescentada ou adjacente, mas como um mecanismo intrínseco que multiplica a sua eficácia Um novo sistema de controlo social do trabalho afigura-se diferente daquele que no regime das manufaturas era assegurado do exterior através de inspetores encarregados de fazer aplicar os regulamentos; agora trata-se de um controlo intenso, contínuo; ele incide sobre todo o processo de trabalho, não apenas sobre a produção, mas tem em conta a atividade dos homens, o seu saber fazer, o seu empenhamento, a sua perspicácia, o seu zelo, a sua conduta. Diferencia-se do controlo familiar do mestre artesão porque é realizado por encarregados, vigilantes, contramestres. À medida que o aparelho de produção se torna mais importante e complexo, à medida que aumenta o nº de operários e a divisão do trabalho, as tarefas de controlo são cada vez mais necessárias e difíceis. (…) A vigilância torna-se um operador económico decisivo, na medida em que ela é simultaneamente uma peça interna ao aparelho de produção e um instrumento específico do poder disciplinar Isomorfismo estrutural entre os mecanismos de organização e de controlo do trabalho produtivo que se desenrola nas manufaturas e nas maquinofaturas e aqueles que resultam do trabalho de formação

5 A PRODUÇÃO DOS SISTEMAS EDUCATIVOS MODERNOS Eixos centrais de uma nova racionalidade pedagógica -Crescente importância atribuída aos procedimentos de controlo e de disciplinação -Divisão extremamente especializada de tarefas (consequente reforço do poder do professor enquanto garante da unidade, espartilhada por esta divisão) -Organização do ensino em torno de sequências temporais mais ou menos rígidas Moderna organização do trabalho pedagógico -Introdução de uma nova noção do tempo: um tempo abstrato e mensurável, que se distingue do tempo social e biológico -Mecanismos de avaliação que associam intensidade de trabalho com rentabilidade, punição social com “não trabalho” -Introdução de uma nova organização espacial, que favorece o controlo das atividades, “naturaliza” o respeito por uma ordem hierárquica construída na submissão aos novos mecanismos de disciplinação, colocando-se na vanguarda da luta contra a ociosidade Visam a eficácia e o esforço como critérios de êxito Aprendizagem de modos de organização do trabalho que prefiguram a organização taylorista do trabalho CORREIA, José Alberto (1996) Sociologia da Educação Tecnológica. Lisboa, Universidade Aberta

6 EFEITOS INDUZIDOS PELO TAYLORISMO NA EDUCAÇÃO Se o desenvolvimento da escola precede o desenvolvimento dos modernos contextos de produção, onde impera o trabalho assalariado, porque se assistiu a uma inversão gradual desta relação? Uma mão-de-obra inicialmente recrutada para as fábricas proveniente de uma população indigente cuja formação mínima era assegurada nos próprios contextos de produção A possibilidade dos contextos produtivos assegurarem, eles próprios, um papel de inculcação moral de uma população sem qualquer tipo de formação Uma regulamen- tação mais rigorosa do trabalho infantil, na génese do estabeleci- mento da escolaridade obrigatória Uma utilização intensa de mão- de-obra feminina, afastando as crianças de mecanismos de socialização da fábrica, mas também de mecanismos de socialização familiar A necessidade de evitar que esta nova população fosse socializada na ociosidade, ocupando a escolaridade obrigatória um espaço de socialização para o trabalho onde se hierarquizam um conjunto de conhecimentos (formação do homem civilizado): -A educação moral e religiosa -O estudo elementar da forma social, dos deveres que ela impõe e dos direitos que ela confere -Finalmente, os conteúdos explicitamente académicos Concurso simultâneo de uma «desqualificação» do trabalho operário e de um eventual acréscimo na qualificação dos trabalhadores CORREIA, José Alberto (1996) Sociologia da Educação Tecnológica. Lisboa, Universidade Aberta

7 A EDUCAÇÃO EM PORTUGAL ContextoMomentoConteúdos Principais Alargamento da escolaridade básica Reforma de 1911 -Um ensino profissional que reflete as ambiguidades do processo de industrialização pois, embora se aceite a sua contribuição para o desenvolvimento económico também se reconhece que tal seria feito à custa das relações de trabalho, que contribuiriam mais para a alienação dos indivíduos do que para o seu desenvolvimento pessoal e social A difusão do taylorismo em Portugal Reforma Camoesas Reforma Camoesas (proposta) Transferência para o campo educativo do princípio da organização taylorista do trabalho, o qual estabelece uma natureza diferente às funções de conceção e execução, pelo que a formação dos indivíduos se deverá organizar segundo lógicas qualitativamente diferentes A ideologização do ensino Reforma do Ensino Técnico de 1948 A problemática da educação para o desenvolvimento económico é substituída por preocupações com a contribuição da escola para a legitimação do modelo social que se procura implementar A internacionalização da economia Reforma de Veiga Simão Reforma de Veiga Simão (início década 70) A necessidade de se promover a democratização do acesso ao ensino numa sociedade não democrática; insere-se num movimento mais geral de implementação de um modelo de desenvolvimento fordista

8 A EDUCAÇÃO E O TRABALHO PeríodoRegime de Articulação EstruturaçãoLógica ou paradigma da estruturação Anos 50 e 60 (Estabilidade) Autonomia Incomunicabi- lidade Sistema de dicotomias -Desenvolvimento/maturidade -Escola/vida ativa -Socialização profissional/ exercício da profissão -Trabalhador/cidadão Lógica da “exterioridade” -Da polis e da cidadania relativamente ao trabalho -Dos tempos e dos espaços de formação relativamente aos tempos e aos espaços do exercício do trabalho -Dos destinatários da formação relativamente aos contextos onde se exercem os efeitos da formação Anos 70 e 1ª metade dos anos 80 (Mudança) Subordinação Sistema articulado de subordinações -Maturidade -Vida ativa -Exercício da profissão -Trabalhador Lógica da “exterioridade espacial” articulada com uma lógica da subordinação -Subordinação da polis e da cidadania relativamente ao trabalho -Subordinação dos tempos e da lógica da formação relativamente aos tempos e à lógica do trabalho -Subordinação dos destinatários relativamente aos constrangimentos instrumentais dos contextos

9 A EDUCAÇÃO E O TRABALHO PeríodoRegime de Articulação EstruturaçãoLógica ou paradigma da estruturação 2ª metade dos anos 80 e anos 90 (Instabilidade e incerteza) Interpelação Intermediação ??? Sistema de mediações coexistindo com um sistema de subordinações Lógicas contraditórias, perturbadoras e interpelantes -Perturbação das relações entre as qualidades dos indivíduos e a qualidade dos seus contextos sociais -Perturbação das relações entre formação/trabalho e emprego -Perturbação das relações entre global e local na gestão dos sistemas de formação/trabalho Início do séc. XXI (Procura de novas racionalidades) Negociação centrada no sujeito O indivíduo é o responsável social pelo seu futuro Lógicas identitárias assentes no sucesso individual -Rigidez do estatuto social induzida pela flexibilidade dos sistemas de trabalho -Rigidez das qualificações imposta pela lógica das competências -Temporalidades da formação e trabalho sobrepostas, assentes no esforço individual e na ausência de destino partilhado José Alberto Correia e Henrique Vaz CORREIA, José Alberto (1996) Sociologia da Educação Tecnológica. Lisboa, Universidade Aberta


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