O Gênero e a Argumentação nasTradições Discursivas DLCV – Área de Filologia e Língua Portuguesa Letícia Fernandes de Britto Costa Orientadora: Profª Drª.

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1 O Gênero e a Argumentação nasTradições Discursivas DLCV – Área de Filologia e Língua Portuguesa Letícia Fernandes de Britto Costa Orientadora: Profª Drª Zilda Gaspar Oliveira de Aquino Bolsa FAPESP

2 Objetivos As Tradições Discursivas (TDs) como abordagem do estudo da argumentação e dos gêneros discursivos. A partir dos dados linguísticos obtidos, analisar os fatores sócio-históricos que os determinam.

3 Discussão Teórica O conceito das TDs: o Definição de Kabatek (2004). Entendamos por Tradição Discursiva (TD) a repetição de um texto ou de uma forma textual ou de uma maneira particular de escrever ou de falar que adquire valor de signo próprio (portanto é significável). Pode-se formar em relação a qualquer finalidade de expressão ou qualquer elemento de conteúdo, cuja repetição estabelece uma relação de união entre atualização e tradição; qualquer relação que se pode estabelecer semioticamente entre dois elementos de tradição (atos de enunciação ou elementos referenciais) que evocam uma determinada forma textual ou determinados elementos linguísticos empregados(p.7).

4 Esq. 1.: Tradições Discursivas (KABATEK, 2004:3)

5 Os Gêneros do Discurso o Bahktin (1992): cada um dos gêneros do discurso, em cada uma das áreas da comunicação verbal, tem sua concepção padrão do destinatário que o determina como gênero (p. 321).

6 3elementos dos enunciados: o Conteúdo temático. o Construção composicional. o Estilo. Fatores extra-verbais: o Horizonte social mais amplo. o Situação de comunicação imediata

7 A Teoria da Argumentação o Proposta de Perelman e Olbrechts-Tyteca (1996 [1958]): “O objetivo de toda argumentação [...] é provocar ou aumentar a adesão dos espíritos às teses que se apresentam a seu assentimento: uma argumentação eficaz é a que consegue aumentar essa intensidade de adesão, de forma que se desencadeie nos ouvintes a ação pretendida (ação positiva ou abstenção) ou, pelo menos, crie neles uma disposição para a ação que se manifestará no momento oportuno.” (p. 50)

8 Método e Material Método e Material Análise qualitativa dos dados, visando à compreensão dos fenômenos lingüísticos e de características sócio- históricas evidenciadas pelos mesmos. Proposta de Castilho(1998): o Constituição de um corpus diacrônico de São Paulo; o história social do português brasileiro, mais especificamente do português paulista; o mudanças linguísticas do português de São Paulo.

9 A revista Bem-te-vi

10 Resultados Resultados o Instrução aos pais acerca da educação que devem dar a seus filhos. o comparação: Uma criança é mais importante que uma verdura, no entanto muitos páis tratam seus filhos com menos consideração do que tratam seus rabanetes o Linguagem infantilizada: plantinha, bebézinho, dedinhos, criancinha, mamãe

11 o Texto direcionado às mães: São muitas as mães que se preocupam demais com seus filhos. A mãe póde ficar sôssegada [...]. E a voz da mamãe eleva-se áspera e irritada, fazendo o bebézinho assustado choramingar. A mãe agitada torna seu filho manhoso. o Relação familiar patriarcal na década de 30. o Caráter moralista e religioso da Revista Bem-Te-Vi. o Revista voltada ao público infantil. o Os pais como leitores da revista.

12 Conclusão Conclusão Caráter interdisciplinar das TDs o Inter-relação das TDs com os Gêneros do Discurso e os estudos da Argumentação o Aspectos sócio-históricos no discurso

13 Referências Bibliográficas Referências Bibliográficas BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992 [1959]. KABATEK, J. Sobre a historicidade de textos. Trad José da Silva Simões. São Paulo: Revista Linha d’água nº 17, 2005. ÖSTERREICHER, W.; STOLL, E.; WESCH, A. (eds). Competencia escrita, tradiciones discursivas variedades lingüísticas: Aspectos del español europeo y americano em los siglos XVI y XVII. Tübinguen: Günter Narr Verlag Tübingen, 1998. PEREIRA, V. L. de C. Tradições Discursivas no Português do Brasil: As Origens do Editorial Jornalístico na Imprensa Paulistana. São Paulo: Revista Linha d'água nº 20, 2007. PERELMAN, CH.; OLBRECHTS-TYTECA, L. Tratado de Argumentação. A Nova Retórica. Trad Maria Ermantina Galvão G. Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1996 [1958].

14 Obrigada! leticia.fbcosta@gmail.com