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Rastreios de VIH e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis no âmbito do Projecto Encontro com a Mulher em contexto de Prostituição de Rua Unidade.

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1 Rastreios de VIH e de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis no âmbito do Projecto Encontro com a Mulher em contexto de Prostituição de Rua Unidade de Microbiologia Médica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (UMM-IHMT) e Obra Social das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor (OSIO) RESUMO: O presente poster descreve a cooperação entre a Unidade de Microbiologia Médica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (UMM/IHMT) e Obra Social das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor (OSIO). Esta consistiu na realização de rastreios regulares ao VIH e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) nas instalações da OSIO, dirigidas a mulheres trabalhadoras sexuais em contexto da rua, entre Abril de 2009 e Setembro de As mulheres abrangidas por esta iniciativa, foram abordadas em dois contextos diferentes, tendo em comum a experiência do trabalho sexual. Foram assim abordadas pelas equipas de rua da OSIO, e em contexto das actividades formativas oferecidas pela OSIO. Esta iniciativa surgiu como uma forma de cooperação voluntária, para dar resposta às necessidades das mulheres ao nível da saúde sexual e reprodutiva, em especial para a comunidade imigrante, cujo acesso a meios de diagnóstico e tratamento era, por variados motivos, inviabilizado, impossibilitando deste modo uma intervenção preventiva nos 3 níveis possíveis, de forma adequada e eficaz, e com implicações ao nível da saúde das mulheres e também da saúde pública. No total realizaram-se 16 rastreios, abrangendo uma amostra de 102 mulheres, 23% nacionais e 79% imigrantes. Os 43 casos com diagnóstico positivo relativamente às IST rastreadas tiveram resposta terapêutica e/ou foram inseridos nos serviços de saúde competentes. INTRODUÇÃO: O projecto teve inicio em Abril de 2009, com o primeiro rastreio de infecção pelo VIH e de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST's). Estes rastreios são mantidos até hoje como rotina mensal a ser realizada no espaço físico da OSIO, o Centro de Acolhimento e Orientação à Mulher Irmãs Oblatas (CAOMIO), que se expandiu para o Espaço Serra, onde actualmente se realizam os mesmos. Neste local são efectuadas consultas e colheitas destinadas ao diagnóstico das seguintes IST's: VIH (VIH 1 e 2), Vaginose Bacteriana, Clamidiose, gonorreia, sífilis e Hepatites víricas (B e C). Foram realizados 16 rastreios, cujo objectivo era o de providenciar acesso à detecção precoce do VIH e outras IST's de uma forma gratuita e confidencial, garantindo de forma eficaz o acesso ao tratamento, quando necessário, a mulheres com a prática de prostituição de rua, como grupo vulnerável, e potencialmente com dificuldades acrescidas no acesso aos serviços de saúde. O objectivo principal desta colaboração entre a UMM/IHMT foi o de facilitar o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento, quando necessário, a este grupo de mulheres, contrariando assim esta tendência de exclusão. As relações de confiança e proximidade construídas entre as mulheres a os(as) colaboradores(as) das equipas de rua exponenciou a adesão à iniciativa, permitindo que as mulheres que aderiram ao rastreio tenham ganho conhecimento do seu estado de saúde e tendo garantido, através do acompanhamento realizado por estes mesmos técnicos, o acesso das mesmas a serviços de saúde adequados. Para além disto, a iniciativa permitiu ainda a realização dos rastreios num local privilegiado, um local familiar para as mulheres, isento da burocracia e ansiedade inerentes ao recurso a uma entidade de saúde desconhecida. Este foi um factor facilitador na adesão aos rastreios, especialmente no que concerne ao grupo de mulheres imigrantes, que estariam mais renitentes em recorrer ao Sistema Nacional de Saúde para realizar análises. Esta parceria tornou-se a resposta primordial da OSIO ao nível da prevenção secundária da saúde, sendo inserida no projecto de educação para a saúde, e complementando a intervenção já existente, ao nível da prevenção terciária, que incluia o acompanhamento das utentes às entidades de saúde, com especial enfoque na área da saúde sexual e reprodutiva. Para este processo foi fulcral o apoio do Gabinete de Saúde do Centro Nacional de Atendimento ao Imigrante de Lisboa (CNAI) e das Unidades Móveis de Saúde da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), bem como dos Centros de Saúde das áreas de residências das mulheres acompanhadas. Neste projecto, manteve-se uma aposta na prevenção primária, distribuindo material informativo de várias entidades, em especial da Coordenação Nacional para a Infeção VIH/SIDA, e da Associação para o Planeamento da Família (APF). Com este mesmo objetivo, foram realizadas de 2009 até ao presente 13 acções de sensibilização na área da SSR, com o apoio da Maternidade Alfredo da Costa – Especialidade de Ginecologia e Obstetrícia, e da Santa Casa da Misericórdia de Lisbos, através do Roteiro da Saúde Imigrante. Tornou-se ainda parte integrante da rotina das equipas de rua, bem como dos atendimentos realizados no Espaço Serra, o fornecimento de material contraceptivo, tendo sido distribuídos desde 2009 até à actualidade preservativos. RESULTADOS: Apresentamos abaixo a distribuição das 102 mulheres atendidas, ao longo dos 16 rastreios realizados, quanto à sua nacionalidade (Gráfico 1) e idade (Gráfico 2): A grande maioria das mulheres (79%) são imigrantes, sendo que as mulheres africanas representam um total de 39% da amostra total, constituíndo o maior grupo, seguidas das mulheres portuguesas, que totalizam 23% do total da amostra. Relativamente à idade, recorreram aos rastreios mulheres entre os 18 e os 60 anos, tendo a maioria (56%) idades compreendidas entre os 21 e os 30 anos. Durante o período de Abril de 2009 a Julho de 2011 efectuaram-se 152 rastreios, que correspondem a 102 utentes, das quais 34, 11 e 5 efectuaram respectivamente segunda, terceira e quarta colheita. Os resultados obtidos ao nível dos diagnósticos encontram-se sumariados no gráfico 3. O diagnóstico mais frequente foi o de vaginose bacteriana, tendo-se rastreado 19 casos (18,6%). Foram ainda diagnosticadas seis infecções pelo vírus VIH (uma das quais uma infecção dupla VIH1 e VIH 2), duas de sífilis latente. Em duas outras utentes foi positiva a pesquisa de anticorpos para o vírus da hepatite C, e em quatro a pesquisa do antigénio do vírus da hepatite B. A pesquisa de C. trachomatis foi positiva em três casos, a de N. gonorrhoea em dois, a de Candida em três e a de Trichomas vaginalis em dois. Vinte utentes apresentaram ainda situações de vaginose intermédia. Foram diagnosticados três casos de infecções mistas, das quais uma apresentava clamidiose e candidiose, uma outra tricomonose e vaginose bacteriana, e uma outra vaginose bacteriana e candidose. No gráfico 4 estão relacionados os diagnósticos efectuados com as nacionalidades das utentes do centro que foram diagnosticadas. Nestes rastreios, a taxa de incidência de infecção pelo VIH foi de 5.8%, replicando-se assim numa pequena amostra a taxa apresentada nos relatórios de 2010 tanto pela ONUSIDA como pela OMS, em que Portugal apresenta a maior taxa de incidência da Europa Ocidental, situada nos 6%. É de referir que todos os 43 casos onde existiram diagnósticos positivos para IST's tiveram resposta ao nível do tratamento, estando a ser devidamente seguidos pelas entidades competentes, e havendo apenas oito situações em processo inicial de integração nos serviços de saúde. Para este processo de integração e acompanhamento nos/aos serviços de saúde a OSIO contou com o apoio do Gabinete de Saúde do CNAI de Lisboa, com as Unidades Móveis de Saúde da ARSLVT/Ministério da Saúde e com os Centros de Saúde da área de residência das mulheres. Os objectivos desta iniciativa foram: Facilitar o acesso ao diagnóstico, de preferência precoce, do VIH e outras IST's; Facilitar e garantir o acesso aos serviços de saúde competentes em casos de diagnósticos positivos; Promover, facilitar e garantir o diagnóstico precoce e o acompanhamento, em caso de diagnósticos positivos, a mulheres imigrantes. CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO-ALVO: Foram abrangidas pela iniciativa um total de 779 mulheres, em 2009 e 2010. Em 2009 foram abordadas pelas equipas de rua 418 mulheres, das quais 53% eram cidadãs nacionais e 47% imigrantes, sendo ainda 34% do total utilizadoras de drogas. Destas, 43% recorreram às actividades da OSIO, entre elas os rastreios. Em 2010 foram abordadas 361 mulheres, das quais 54% eram cidadãs nacionais, e 46% imigrantes, sendo 27% utilizadoras de drogas. Verificou-se um aumento de 26% na adesão às actividades da OSIO, tendo 69% das mulheres abordadas recorrido às actividades nesse ano. METODOLOGIA: I – A iniciativa foi divulgada de forma oral ou escrita (através de cartões) pelas equipas de rua, sendo sempre relembradas às mulheres abrangidas as datas de realização dos rastreios. Estes foram realizados nas instalações da OSIO:CAOMIO e no Espaço Serra, de forma gratuita e confidencial. Durante o processo de espera para atendimento foi servido às mulheres um lanche, sendo-lhes também fornecido material contraceptivo, se assim o solicitassem. II – A todas as mulheres que aderiram ao rastreio, e após consentimento informado, foi aplicado um inquérito que englobava caracterização sócio-demográfica e história clínica, e foram efectuadas as seguintes colheitas: Exsudado vaginal – pesquisa de T. vaginalis, Candida sp e diagnóstico de vaginose bacteriana. Urina (1º jacto) – pesquisa de Neisseria gonorrhoea e Chlamydia trachomatis. Sangue – diagnóstico serológico de sífilis, HIV, HCV e pesquisa de AgHBS Os exsudados vaginais foram observados a fresco, sendo efectuada lâmina para coloração de Gram e cultura para exame micológico. A pesquisa de N. gonorrhoea e C. trachomatis foi efectuada na urina e no exsudado vaginal por técnica de aplicaficação de ADN (PCR). O diagnóstico de sífilis foi efectuado pelos testes RPR e TPHA, o de HIV por três testes rápidos, com confirmação por técnica de Westernblot. Para a pesquisa de anticorpos Anti HCV e de AhHBS utilizou-se teste imunoenzimático – ELISA. As participantes foram referenciadas para clínicas de especialidade ou encaminhadas para o médico de família, de acordo com as patologias encontradas, quando estas não se enquadravam no âmbito dos rastreios efectuados.. PERSPECTIVAS FUTURAS/CONCLUSÕES: Dado o aumento na adesão e receptividade aos rastreios por parte das mulheres abrangidas, foi possível não só aumentar a consciência do estado de saúde das mulheres que aderiram ao processo, como o acesso das mesmas a meios de tratamento contínuos e adequados, atempadamente, o que não acontecia anteriormente. Deste modo, uma experiência que se iniciou com um caracter informal passou a necessitar de uma estrutura mais sustentada e articulada com outras entidades. Neste sentido, foi apresentada uma candidatura ao programa ADIS, da Coordenação Nacional para a Infeção VIH/SIDA, por forma a tentar garantir a sustentabilidade financeira deste projecto, tendo também em vista o aumento da regularidade dos rastreios e o alargamento dos mesmos à população em geral. Esta candidatura visa também criar uma estrutura de parceiros ao nível do tratamento que assegure encaminhamentos rápidos para uma rede de parceiros que disponha das respostas necessárias às infeções detectadas. Aguardamos neste momento resposta a esta candidatura. AGRADECIMENTOS Gabinete da Saúde no CNAI de Lisboa e Unidades Móveis de Saúde da ARSLVT/Ministério da Saúde, assim como aos seus técnico/as, sempre disponíveis para arranjar respostas aos nossos pedidos de apoio.


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