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As dificuldades na abordagem de adolescentes autistas e consequências

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Apresentação em tema: "As dificuldades na abordagem de adolescentes autistas e consequências"— Transcrição da apresentação:

1 As dificuldades na abordagem de adolescentes autistas e consequências
concretas: caso clínico Prof. Dr. Douglas Manoel

2 Transtorno do Espectro Autista
O autismo é considerado um transtorno do desenvolvimento de causas neurobiológicas. As características básicas são anormalidades que afetam de forma mais evidente as áreas da interação social, comunicação e comportamento. Comunicação Comportamentos Repetitivos e Interesses restritos Habilidade Social Transtornos do espectro do autismo – TEA / coordenadores: José Salomão Schwartzmannn, Ceres Alves de Araujo. São Paulo: Memmon, 2011

3 Prevalência A prevalência de Autismo vem aumentando progressivamente. As estimativas de TEA são de 60 a 70 indivíduos para uma população de 5 mil pessoas, sendo um dos mais frequentes transtornos do neurodesenvolvimento infantil.

4 Classificação Diagnóstica do asperger
Autismo: visoespacial e motor mais desenvolvido e um atraso importante da linguagem. Asperger: desenvolvimento motor menos refinado e desenvolvimento verbal superior, mas não desenvolve estrutura racional em seu discurso. 4

5 Diagnóstico Os critérios permitiram a uniformização da terminologia e possibilitam identificar pacientes com quadros clínicos relativamente homogêneos. No entanto podem não levar em conta sutilezas que a observação clínica pode evidenciar. A avaliação do professor – observação de padrões de comportamentos em diversas situações, é importante na realização diagnóstica final e também para direcionar o plano de intervenção.

6 A Terapia Cognitiva com o autista e seus responsáveis legais

7 A Terapia Cognitiva com o autista segue um modelo diretivo, isto é, as sessões são previamente estruturadas, de modo que o terapeuta ou o professor segue um roteiro durante os trabalhos com o autista ou a família dele

8 A PRIMEIRA SESSÃO OU ENCONTRO:
Fazem parte da primeira sessão os seguintes elementos: rapport, atualização do estado do cliente, estabelecimento de uma agenda para a sessão, abordagem dos tópicos da agenda: verificação de humor, educação do cliente sobre o modelo cognitivo, enquadramento, indicação das tarefas de casa, resumo da sessão e feedback.

9 Rapport é técnica usada para criar uma ligação de sintonia e empatia com outra pessoa.
Esta palavra tem origem no termo em francês rapporter que significa "trazer de volta"

10 Rapport: Tem como objetivo quebrar o gelo no início da relação, pois visa a criação de um clima favorável para o desenvolvimento da entrevista, através de um tema amistoso que interesse ao entrevistado.

11 Verificação do humor: A avaliação do humor dos pais ou do autista deve ser feito em todos os encontros. Além do relato subjetivo (Como você está se sentindo hoje?), deve-se monitorar de forma objetiva o estado afetivo (PAI OU ALUNO), seja através de inventários padronizados e/ou de escalas.

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14 Resumo: O Condutor do encontro faz uma breve síntese de tudo o que ocorreu na sessão e reforça os pontos importantes. Deve incluir também as tarefas de casa que o pai concordou em realizar durante a semana. Por exemplo: Palavras de afirmação Dialogar com o autista Dialoga quando for indicar um novo comportamento ao filho Escrever sempre que surgir uma duvida sobre como lidar com seu filho

15 Feedback: É importante de ser realizado, pois transmite a ideia de que o professor ou o terapeuta se incomoda com o que o “pai” pensa, sendo esta uma oportunidade para que ele se expresse livremente. É uma chance de resolver quaisquer mal-entendidos. De modo geral, o feedback deve revelar a opinião dos pais em relação aos aspectos positivos e negativos do encontro e o seu grau de adesão ao processo (o quanto os pais se dedicam aos encontros

16 Educação dos pais sobre o Autismo:
Aprofundar o entendimento dos pais sobre o modelo cognitivo. Nesta e nas próximas sessões, o modelo será ampliado, com a inclusão da distinção entre os pensamentos da crença central (Meu filho não me ama) e dos pensamentos automáticos (Meu filho não cria vínculos comigo, eu não tenho ajuda), que sevem de base para a crença central. Ensinar os pais a preencher o Diário de Pensamentos Disfuncionais, que consiste em uma ficha que o responsável pela terapia entrega aos pais para que este preencha com detalhes a respeito do seu problema, informando a data e a hora em que ocorreu tal situação, o(s) pensamento(s) automático(s), a(s) emoção(ões) desencadeada(s) e a sua resposta(s) comportamental(is), conforme o modelo abaixo: Deve-se empoderar os pais sobre o problema do filho

17 Programa de Intervenção Individualizado
Cada fase do desenvolvimento apresenta necessidades muito peculiares: Crianças: terapia focada na linguagem, interação social/comunicação, educação especializada e suporte familiar; Adolescentes: os focos seriam nas habilidades sociais, inserção ocupacional e educação sexual; Adultos: as prioridades seriam relacionadas às questões de moradia e tutela. Colocar em um único slide isso: No entanto, é muito dificil falar do autista adulto sem pensar em como ele chegou até aqui, sua trajetória de vida e estimulação recebida. Bosa, C. A. Autismo: intervenções psicoeducacionais. Rev. Bras. Psiquiatr. vol.28  suppl.1 São Paulo Maio 2006.

18 Programa extenso com uma série de intervenções socioeducacionais.
O programa de intervenção para as crianças, adolescentes e adultos com autismo não é puramente médico, medicamentoso e psicológico. Programa extenso com uma série de intervenções socioeducacionais. Fabio Pinato Sato e Marcos Tomanik Mercadante (2011a). A Clínica Psiquiátrica: Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, ( ). Editores: Eurípedes Constantino Miguel, Valentim Gentil e Wagner Farid Gattaz

19 Programa de Intervenção
Funções Cognitivas Individualizado. Currículo adaptado ao autista de forma particular Comunicação. Ensino estruturado. Engajamento mínimo de 20 horas semanais. Práticas adequadas para o desenvolvimento. Envolvimento e psicoeducação familiar. Fabio Pinato Sato e Marcos Tomanik Mercadante (2011a). A Clínica Psiquiátrica: Transtornos Invasivos do Desenvolvimento, ( ). Editores: Eurípedes Constantino Miguel, Valentim Gentil e Wagner Farid Gattaz

20 Intervenção

21 Estabelecer prioridade de intervenção levando em consideração
DESAFIO Estabelecer prioridade de intervenção levando em consideração as principais necessidades em cada etapa do desenvolvimento do indivíduo.

22 Habilidades Motoras Exemplos: Copia, escreve. Corta, calça e amarra o sapato. Corre, anda. Manipula objetos (bolas, raquetes etc).  

23 Responde às propostas dos amigos. Inicia brincadeiras com colegas.
Habilidades Sociais Exemplos: Olha para as pessoas e coisas ao seu redor. Responde a saudações. Responde perguntas sociais (ex: “Como vai você?”, “Qual é o seu nome?”). Responde às propostas dos amigos. Inicia brincadeiras com colegas. Interage verbalmente com colegas (comenta, pergunta, oferece ajuda).

24 Habilidades de autocuidado
Exemplos: Se alimenta de maneira independente. Escolhe a roupa, se veste. Habilidades de toalete. Habilidades de higiene – pentear cabelos, escovar os dentes, lavar o rosto e as mãos, toma banho.

25 Habilidades Acadêmicas e Profissionais
Exemplos: Acadêmica Leitura. Escrita e organização. Habilidades de matemática e números. Habilidades de uso do computador. Habilidades acadêmicas – participa de um grupo, espera a vez. Profissional Interesse, via de acesso, habilidades. Ocupação. Contato com os colegas, rede social.

26 Funcionalidade O que se espera dele? Independência. Rotina.
Interesses e habilidades. Olhar para a trajetória deste adulto, como ele chegou até aqui.

27 Caso Clínico M.T., 27 anos, feminino, diagnóstico: Síndrome de Asperger, encaminhada pelo psiquiatra. Objetivo: TCC Treino de Habilidade Social e Inserção Profissional. Histórico/Queixas: atraso nas aquisições motoras, desajeitamento motor, reduzida articulação da fala, não possui amigos. Interesses específicos por animais. Fez o curso de Veterinária e se destacou nos últimos anos nos procedimentos cirúrgicos com os animais. Foi assistente do professor.

28 Caso Clínico “Não sabe por onde começar a procurar trabalho, não se veste adequadamente e a higiene não é das melhores”. Aos 25 anos de idade, época em que se formou na faculdade, recebeu o diagnóstico. “Currículo”: Habilidades sociais, de autocuidado e funcionalidade – desadaptadas. Plano de Intervenção: Médico, T.O e Psicólogo. Metas: Independência de vida diária (higiene pessoal e financeira), Treino de habilidade social e profissional.

29 Caso Clínico Médico acompanhou mensalmente; Psicóloga: orientação de pais – higiene pessoal e financeira. Professor de Finanças: auxiliou na independência financeira. T.o participou conjuntamente nos possíveis locais de atuação, cursos de especialização e atualização , Fonoaudióloga: expressão verbal. Passou por 2 trabalhos onde realizava muito bem os procedimentos cirúrgicos, no entanto, não buscava o contato social com os colegas. Atualmente ministra aulas na universidade “cirurgia de animais de médio porte”. Condicionamento de novas atitudes terapia continua SEM PRAZO PRA TERMINAR

30 Caso Clínico C.F., 26 anos, masculino, diagnóstico de Autismo, encaminhado pelo neurologista. Histórico prévio: Nos primeiros meses de vida não mantinha o contato ocular, não esticava os bracinhos, não emitia sorrisos, parecia não escutar, não se acalmava facilmente. Ingressou na escola, dificuldade de adaptação, não buscava a interação com os colegas, tapava os ouvidos com muito barulho. A linguagem sempre chamou a atenção: era difícil de entender e repetia os assuntos e palavras. Estas características mantiveram-se presentes em seu desenvolvimento e o que preocupava os pais era o comportamento agressivo e inflexível.

31 Caso Clínico Alfabetizou-se aos 12 anos e apresentava boa habilidade em Matemática, “com mania de ler assuntos da área e elaborar sumários”. Concluiu o Ensino Médio com muita dificuldade. Iniciou intervenção com fonoaudióloga, fisioterapeuta, psicopedagoga e psiquiatra aos 8 anos, com frequentes interrupções. Foi tratado como TDAH até os 20 anos. TOMANDO METILFENIDATO Trabalha no estoque de uma farmácia. Empacota produtos e encaminha para outras sedes. Objetivo é cumprir um número X de caixas. Cumpre este objetivo diariamente.

32 Caso Clínico “Currículo”: Comunicação, Habilidades sociais, de autocuidado e funcionalidade – desadaptadas. Profissionais: Médico, Neuropsicólogo, Fonoaudióloga, Professor e T.O Metas: aquisição de Comunicação (linguagem expressiva), curso técnico, independência de atividades diárias (locomoção, finanças).

33 Caso Clínico C. F., feminino, 51 anos,
Histórico: Até os 2 anos “não olhava para as pessoas e não respondia aos chamados”. Falou com 7 anos de idade e recebeu o diagnóstico de autismo aos 12 anos. Permaneceu interna dos 12 aos 22 anos de idade onde aprendeu a ler, escrever e operações simples de matemática e de autocuidado. Reside com a mãe e possui a mesma rotina há 29 anos. A preocupação é a dependência e comportamentos agressivos. Com o falecimento do pai neste ano, a família se mobilizou para que ela seja estimulada em atividades funcionais.

34 Caso Clínico “Currículo”: Comunicação, habilidade motora, autocuidado e funcionalidade – desadaptadas. Plano de Intervenção: Médico, TO, psicólogo, fonoaudiólogo. Metas: Higiene básica e cuidado pessoal (lavar as mãos, tomar banho, escovar os dentes e os cabelos. Escolher e variar as roupas adequando ao clima). Alimentação: sentar-se a mesa, utilizar os talheres, o guardanapo, mastigar de forma adequada. Realizar um pedido numa lanchonete ou restaurante.

35 Caso Clínico Riscos básicos: orientar como se aproximar da janela, fogão e escada, não colocar o dedo na tomada e utilização do telefone em caso de emergência. Tarefas: lavar louça, limpeza básica, arrumar armários, cuidar de jardins e cozinhar. Orientação: localizar-se na rua e realizar o percurso desejado (ex: de casa para a padaria, de casa para a farmácia). Atravessar ruas: dirigir-se à faixa de pedestre, aguardar o semáforo, olhar para os dois lados. Compras básicas: Padaria, farmácia e banca de revista. Realizar pedido, ter a lista de compras e o dinheiro aproximado. Contato Social: Cumprimento, estabelecer diálogos.

36 As dificuldades Esse autista adulto chega aos consultórios e/ou instituições já com um longo caminho percorrido. Muitas vezes, estigmatizado, pouco estimulado nas várias etapas de seu desenvolvimento carregando assim marcas difíceis de serem trabalhadas. Necessidade de informação. Autista adulto de hoje X Autista adulto de amanhã. Hoje temos muitos autistas sendo medicados como loucos, alguns são mendigos e outros são caso de policia em instituiçoes

37 (douglasneuro@gmail.com)
Douglas Manoel OBRIGADO! 37


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