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Conjuntura Econômica e Perspectivas Março/2013 Alessandra Ribeiro

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Apresentação em tema: "Conjuntura Econômica e Perspectivas Março/2013 Alessandra Ribeiro"— Transcrição da apresentação:

1 Conjuntura Econômica e Perspectivas Março/2013 Alessandra Ribeiro alessandra@tendencias.com.br

2 Cenário Mundial

3 Europa Fonte: Bloomberg Percepção de ruptura do euro foi fortemente reduzida ao longo do segundo semestre, diante de ações mais firmes das autoridades. Prevaleceu o projeto político da moeda única, deixando clara a ideia de que “o euro é irreversível”. Custos de financiamento da região recuaram substancialmente nos últimos meses, acompanhando a recuperação do euro e a redução dos prêmios de risco no bloco. Índices de confiança também passaram a evoluir positivamente. Eleições na Itália voltaram a trazer volatilidade ao cenário europeu, ainda que em menor medida que o observado no começo de 2012. Cenário mais provável é de formação de um governo, ainda que com baixas chances de aprovação de novas medidas de austeridade fiscal.

4 EUA Fonte: BLS e Bloomberg Economia segue em ritmo moderado de crescimento. Em 2012, expansão ficou em 2,2%. Para 2013, projetamos alta de 2,3% no PIB, mas sob revisão diante de possibilidade de cortes automáticos (para cerca de 2%). Contração de 0,1% no 4º trimestre foi pontual, causada por ajustes de estoques e cortes de gastos em defesa. Mercado de trabalho segue em recuperação. Em 2012 foram criados 2,17 milhões de empregos líquidos (média mensal de 180 mil). Em janeiro, setor privado abriu 166 mil vagas líquidas. Desemprego, atualmente em 7,9%, deve recuar lentamente. Setor imobiliário também traz claros sinais de melhora. Confiança do consumidor reverteu parte da alta recentemente, diante do receio com os problemas políticos no país, mas cenário para consumo é moderadamente positivo.

5 EUA Fonte: Bloomberg Impasse político sobre o tema fiscal é o grande desafio do país nos próximos meses. Discussão mais iminente decorre da provável entrada em vigor dos cortes automáticos de gastos em 01 de março, os chamados “sequestros”. A polarização entre as demandas dos partidos deve persistir. Republicanos exigem corte de gastos dos programas sociais, após terem cedido na questão dos impostos aos mais ricos. Na política monetária, Federal Reserve sinalizou que programa de compra de ativos (QE) pode ser encerrado neste ano, embora o assunto seja motivo de controvérsia entre os dirigentes da instituição.

6 66 China Fonte: Bloomberg (elaboração Tendências) Desempenho econômico no último trimestre de 2012 reforça expectativa de “pouso suave” da atividade. Crescimento de 7,9% no 4T levou à expansão de 7,8% da economia no ano de 2012. Apesar do menor ritmo em relação ao padrão recente, desaceleração já era esperada e resultado superou objetivo do governo (7,5%). Para 2013, expectativa é de comportamento semelhante. Meta segue em 7,5% e governo deve alcançá-la novamente, mantendo a política de incentivo ao consumo doméstico.

7 7 Source: FMI (projections: Tendências) PIB Mundial

8 Cenário Doméstico

9 O tripé de política econômica que permitiu a estabilidade monetária cedeu lugar ao que o governo denomina de “Nova Matriz Econômica” Último pilar derrubado do antigo tripé consiste no aspecto fiscal. Manobras contábeis atingiram seu ápice em dezembro, ofuscando resultado primário efetivo. Porém, os desequilíbrios estão se acentuando. Inflação elevada é efeito colateral dos múltiplos objetivos assumidos pela política econômica. Política Econômica Elaboração: Tendências Câmbio Flutuante Metas de Inflação Superávit Primário Política cambial pode ser forçadamente alterada no curto prazo, para contribuir com controle de preços Política monetária com foco em crescimento. Teto da meta de inflação entra como restrição, não como objetivo. Último pilar a ser abandonado. Contabilidade criativa para esconder aumento de expansionismo fiscal. Σ CONOMIЛ

10 10 PIB Fonte: IBGE e Tendências (projeção Tendências) Dinâmica de recuperação, especialmente da atividade industrial, não está clara apesar de incentivos do governo. Para o 4º. Trimestre de 2012 projetamos crescimento abaixo do terceiro trimestre, de 0,5%. Se confirmado, crescimento em 2012 terá sido de apenas 0,9%. Para 2013, projeção de 3,2% deve ser revisada para baixo. Retomada dos investimentos e da indústria deve ser menos intensa do que a esperada inicialmente.

11 A estimativa é que FBCF encerre 2012 com queda de 4,6%. Para 2013, é crucial a recuperação da indústria. Adicionalmente está embutida em nossa projeção agilização de certas obras tendo-se em vista a proximidade dos eventos e algum impacto, ainda marginal, da concessão de serviços públicos. No entanto, as incertezas sobre a ritmo da retomada estão ligadas à dinâmica instável da indústria e à atual política de intervenção em diversos setores da economia, que postergam ou reduzem os investimentos. Fonte: IBGE (projeção Tendências) Investimentos

12 Comparação do Brasil com países da América Latina que tem mantido um ambiente institucional favorável e estabilidade macroeconômica mostram diferença de desempenho. Ou seja, queda dos investimentos não pode ser integralmente relacionada a ambiente internacional negativo. Fonte: IBGE (projeção Tendências)

13 13 Produção industrial teve recuo de 2,7% em 2012. Todas as categorias avaliadas sofreram queda da produção, mas destaque absoluto ficou para o setor de bens de capital (-11,8%), em linha com o cenário adverso para os investimentos. O início de 2013 deve trazer um resultado positivo em janeiro. Com base nos antecedentes divulgados, projeção é de alta de 1,6% na margem. Porém, não é possível afirmar que melhora seja tendência. Índice de confiança da indústria (ICI) voltou a recuar na prévia de fevereiro. A projeção de 3,2% para o crescimento da indústria será revisado para baixo. Produção Industrial Fonte: FGV e IBGE (elaboração Tendências)

14 14 Dados mais recentes do mercado de trabalho têm evidenciado perda de ímpeto de geração de postos de trabalho. Ainda assim, exercícios realizados sugerem que elevação do desemprego médio é pouco provável em 2013. No ano passado, taxa média ficou em 5,5%, e para este ano projetamos 5,2%. Com desemprego em patamar reduzido, cenário é de continuidade dos ganhos reais de renda e massa salarial. Porém, expectativa é de desaceleração em relação a 2012. Condicionantes do consumo: Mercado de trabalho Fonte: IBGE (projeção Tendências)

15 15 Crédito Fonte: Banco Central Inadimplência PF tem permanecido em alto patamar, fechando o ano de 2012 em 7,9%. Perspectiva de queda continua, com projeção de 6,9% para o final de 2013. Atrasos entre 15 e 90 dias estão em 6,1%, o que reforça esta expectativa. Comprometimento da renda das famílias segue em nível elevado. No último dado disponível (novembro) estava em 21,26%, ainda que cedendo marginalmente em relação aos últimos meses. Spreads recuaram nos últimos meses, mas espaço para novas quedas é reduzido.

16 16 Vendas no varejo (PMC) em dezembro recuaram 0,5% na margem, em desempenho inferior ao previsto. Resultado do ano foi forte para o comércio (8,4%), mas perda de força na parte final do ano merece ser avaliada. Na comparação com dezembro de 2011, crescimento foi de 5,0%, também em desaceleração ante comportamento recente do ritmo anual. Com moderação da expectativa de expansão da renda real, crédito menos exuberante, inadimplência ainda elevada e consumidores mais cautelosos, projeção para 2013 aponta crescimento mais contido (5,2%). Consumo Fonte: IBGE (projeção Tendências)

17 Após encerrar o ano de 2012 com alta de 5,84%, IPCA manteve sinais preocupantes no início de 2013. Alta de 0,86% em janeiro foi a mais forte desde abril de 2005. Índice de difusão de 75% reforça sinais de aumentos generalizados nos preços. Em fevereiro, inflação irá ceder com queda pontual da tarifa de energia elétrica. Mas dinâmica os próximos meses segue adversa. Em meados do ano, variação do IPCA em 12 meses deve oscilar em torno do teto da meta, de 6,5%. Embora estouro do teto não seja cenário mais provável, mercado e o próprio BC não trabalham com convergência para a meta nos próximos anos. Inflação Fonte: IBGE e Banco Central

18 Apesar de não sugerir mudanças na condução da política monetária, ata da última reunião do Copom trouxe informações importantes. De mais relevante, o fato de assumir explicitamente que a política monetária não é capaz de contribuir adicionalmente com o crescimento, por conta das limitações se concentrarem do lado da oferta da economia. Com isso, novas reduções da Selic tornam-se fora de questão. Porém, o combate às crescentes pressões inflacionárias deve ser feito com o uso de outros instrumentos, como desonerações tributárias e, eventualmente, o câmbio. Política Monetária Fonte: Banco Central (projeção Tendências)

19 Volatilidade cambial aumentou, diante dos sinais confusos emitidos pelo governo. A partir de dezembro, BC passou a atuar na ponta vendedora, forçando uma baixa do dólar. Maior preocupação inflacionária seria motivação. Com isso, piso de R$ 2,00/US$ foi rompido. Porém, quando taxa se aproximou de R$ 1,95/US$, BC voltou a atuar com leilões de swap reverso e Ministro Mantega retomou discurso de que governo não permitirá valorização excessiva do real. Fluxo cambial segue contido, o que também limita a força de valorização do real. Por outro lado, ameaça do teto da meta de inflação impede intenção de parte do governo de contar com um dólar mais alto para ajudar o setor industrial. Política Cambial Fonte: Banco Central

20 Política Fiscal Fonte: Banco Central (projeção Tendências) Uso de artifícios contábeis ofuscou desempenho fiscal. Resultado anunciado de 2,38% do PIB (R$ 104,9 bilhões) para o primário de 2013 contém R$ 40,4 bilhões de manobras como antecipações de dividendos e resgate do Fundo Soberano. Ou seja, o governo voltou a praticar a contabilidade criativa, o que nos levou a retomar o cálculo de um primário efetivo (PET), descontando tais maquiagens. Neste caso, o superávit primário em 2012 foi de apenas 1,61% do PIB. Para 2013 e 2014, primário deve seguir abaixo da meta. Para conter pressões inflacionárias, governo deverá continuar com desonerações tributárias que tenham impacto no IPCA, reduzindo ainda mais o esforço fiscal.

21 Cenário de instabilidade externa permanece, mas incertezas recuaram de maneira importante nos últimos meses. Risco de ruptura na Europa foi estancado. China consolidou cenário de soft-landing. EUA segue em expansão moderada, tendo a questão fiscal como um risco a ser considerado. No Brasil, a recuperação da atividade econômica está aquém do esperado. Comportamento da indústria segue instável e dependente de estímulos. Política econômica claramente mudou no país. Câmbio tem oscilado em cima de sinais contraditórios, embora governo insista em citar que há regime flutuante. Nos juros, Copom deve manter taxa Selic por longo período em 7,25%. No âmbito fiscal, sinais também são piores, com descumprimento da meta e retorno da contabilidade criativa. Consumo doméstico deve seguir em expansão, com baixo desemprego e gradual melhora das condições de crédito, ainda que em menor ritmo em relação ao passado recente. Ritmo de retomada dos investimentos ainda é incerto. Ambiente externo ainda frágil e menor previsibilidade macroeconômica prejudicam decisões das firmas. Resumo

22 Rua Estados Unidos, 498, 01427-000, São Paulo, SP Tel 55-11 3052-3311, Fax 55-11-3884-9022 tendencias@tendencias.com.br www.tendencias.com.br


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