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Curso de Desenvolvimento Econômico Comparado Prof. Paulo Tigre

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Apresentação em tema: "Curso de Desenvolvimento Econômico Comparado Prof. Paulo Tigre"— Transcrição da apresentação:

1 Curso de Desenvolvimento Econômico Comparado Prof. Paulo Tigre
4A Papéis e Setores Curso de Desenvolvimento Econômico Comparado Prof. Paulo Tigre Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

2 Papéis do Estado A legitimidade do Estado desenvolvimentista e de seus dirigentes depende do efetivo desenvolvimento industrial. Desenvolvimento econômico e liberdade política. O Estado pode desempenhar diferentes papéis que podem ser mais ou menos eficiente em função do setor da atividade econômica, das capacitações do setor privado e do estágio de desenvolvimento industrial do país. Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

3 Papéis do Estado, segundo Evans
Custodio – Estado regulador. Papel clássico Demiurgo – representa o papel de produtor. Papel geralmente assumido na infra-estrutura, como estradas e obras de caráter publico ou coletivo. Presume limitações do K privado. Parteiro – Em vez de substituir o K privado (como faz o demiurgo), o Estado tenta promover o aparecimento de novos grupos empresariais ou induzir grupos já existentes a entrarem em áreas mais complexas da industria. Instrumentos - Políticas protecionistas, barreiras tarifarias. Subsídios e incentivos Pastoreio – Ajudar grupos empresariais privados a vencer desafios competitivos e tecnológicos. Financiamento a P&D. Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

4 O papel do Custódio Estado regulador . Atua por meio do protecionismo, políticas públicas e prevenção de comportamentos ilegais. Papel clássico do Estado: regras podem ser mais intervencionistas ou liberais, de implementação rígida ou flexível. O papel do custódio não é a única forma de política industrial. “Chicote” mais que “Cenoura”. Ex: restringir importações afeta o capital estrangeiro, criando proteção ao capital local. Papel custodial constitui uma ferramenta de transformação promissora? Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

5 O Papel do Demiurgo Estado produtor: Assume diretamente a produção de determinados bens e serviços, muitas vezes em competição com o capital privado. Representar o demiurgo implica assumir a inadequação do capital privado para desenvolver a produção. O capital transnacional é considerado desinteressado no desenvolvimento local. Papel geralmente assumido em áreas que requerem grandes investimentos, de retorno a longo prazo e incerto: infra-estrutura (transportes e energia) e obras de caráter publico ou coletivo. Em que setores isto ocorreu ou que ainda ocorre no Brasil? Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

6 O papel do Parteiro Em vez de substituir produtores privados, visa promover o aparecimento de novos grupos empresariais ou induzir grupos já existentes a entrarem em áreas mais complexas da industria. Albert Hirschman: maximizar a indução da tomada de decisão. Depende mais do setor privado: capacidade de lidar com maiores exigências tecnológicas e econômicas, desenvolvimento da classe produtiva local,. Políticas: redução do risco e da incerteza vinculadas a entrada em novos setores ou tipos de empreendimentos. Pode combinar instrumentos custodiais como Políticas protecionistas, barreiras tarifarias com políticas de “parto” como financiamentos, subsídios e incentivos temporários. Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

7 O papel do Parteiro (continuação)
O capital transnacional é geralmente incluído na política, mas a preferência é geralmente para o empresariado local. O investimento estrangeiro é estimulado quando o capital local não pode realizar o trabalho sozinho: Política do tripé. Em que setores e atividades o trabalho do parteiro foi adotado no Brasil? Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

8 O papel do Pastor Uma vez que os empresários se envolvem em novos empreendimentos, elas precisam reagir continuamente às mudanças mundiais em tecnologias e mercados. O pastoreio pode assumir diferentes formas, desde a sinalização de áreas consideradas prioritárias, até a montagem de empreendimentos estatais para assumir atividades de maior risco (como P&D). Visa ajudar grupos empresariais privados a vencer desafios competitivos e tecnológicos. Instrumentos: Financiamento ao investimento, a P&D Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

9 Variações setoriais Os setores de atividades econômicas são diferentes quanto a técnicas de produção, formas de organização industrial, necessidade de capital e barreiras a entrada. Cada setor apresenta dificuldades e oportunidades diferentes para o envolvimento do Estado. Jones e Mason (1982): Vantagens institucionais reveladas - “falhas de mercado” estão associadas as altas barreiras a entrada e consequente falta de competição. Já as “falhas organizacionais” do Estado ocorrem quando há necessidade de descentralizar decisões. Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

10 Vantagens institucionais
Empresas estatais usufruem de uma “vantagem institucional” quando as firmas de um setor são grandes em relação ao mercado; quando são intensivas em capital; quando produz produtos padronizados ou exportações baseados em recursos naturais. Ex: indústria de extração mineral Setor privado tem vantagens institucionais quando a estrutura de mercado é mais competitiva, quando há necessidade de decisões rápidas e flexíveis. Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

11 Taxonomia Setorial (Ferraz e al)
produtores de commodities, setores tradicionais, produtores de bens duráveis e seus fornecedores difusores do progresso técnico. Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

12 Produtores de commodities
As commodities são caracterizadas pela relativa homogeneidade dos produtos e pelas altas escalas de produção. São produzidas em processos produtivos altamente integrados em fluxos contínuos a exemplo dos produtos petroquímicos, siderúrgicos e da celulose. Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

13 Produtores de commodities
Oligopólio homogêneo: Plantas intensivas em capital e operando grandes volumes, gerando economias de escala e elevada concentração industrial em função das economias de escala. Grandes investimentos iniciais na construção da planta e infra-estrutura precisam de um prazo longo para ser integralmente amortizados. Necessidade de apoio financeiro estatal Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

14 Papel do Estado na industria de commodities industriais no Brasil
Demiurgo Vale e CSN (anos 40), Petrobrás (1952), Usiminas, Cosipa (anos 60) Parteiro Aliança com capital privado: Petroquímica (modelo do terço), celulose, alumínio (investimentos em energia) Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

15 Fatores de competitividade nos setores tradicionais
Marca e preço: Quanto maior a renda, menor o peso relativo do atributo preço e maior a importância da marca e da qualidade. A variedade de produtos e de procedimentos produtivos está associada à segmentação da demanda e ao nível de renda dos consumidores. Coexistem processos produtivos e níveis tecnológicos diferenciados, segundo a escala produtiva e variedade de produtos. Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

16 Inovação em setores tradicionais
Ao contrário do que ocorre no setor produtor de commodities industriais, onde o processo produtivo é altamente integrado, novas máquinas e equipamentos podem ser incorporados a uma planta de forma discreta. Na indústria têxtil é comum um novo tear automatizado operar ao lado de equipamentos mais antigos na fabricação de um mesmo produto. Paulo Tigre. Gestão da Inovação Ed.Elsevier

17 Papel do Estado em Setores Tradicionais
Pouco intensivos em tecnologia: Alimentos e bebidas, têxtil, madeira, produtos de metal e moveis apresentam gastos médios em P&D iguais ou inferiores a 0,5% do faturamento. Inovações em produtos, importância da marca e qualidade. Intensidade de capital: relativamente baixa, investimentos graduais na compra de maquinas e equipamentos, marketing. Papel do Estado: demiurgo (até os anos 80). Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

18 Papel do Estado em produtores de bens duráveis e seus fornecedores
Empresas tipicamente de grande porte que inovam constantemente. Necessidade de tecnologia e capital Os produtores de bens eletrônicos de consumo aplicam mundialmente mais de 5% de seu faturamento em atividades de P&D enquanto que o setor automobilístico investe 2,2%. Papel do Estado: custódio (alta proteção inicial para atrair investimentos estrangeiros); pastor (políticas de competitividade). Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ

19 Inovações em grandes empresas produtoras de bens duráveis
Produto: relativamente intensivo em P&D Processo: pioneiros na manufatura Inovações organizacionais Melhoramentos em Logística Aplicação de novos materiais Desenvolvimento de novos mercados Paulo Tigre. Gestão da Inovação Ed.Elsevier

20 Trajetórias de inovações em bens de consumo duráveis
Renovação do design Aumento do conforto, da segurança e da facilidade de uso Miniaturização e incorporação de materiais mais leves Redução do consumo de energia e dos impactos ambientais Digitalização de funções e controles Paulo Tigre. Gestão da Inovação Ed.Elsevier

21 Setores Difusores do Progresso Técnico
Suprem tecnologia para os demais setores da economia por meio de máquinas, equipamentos, componentes e insumos estratégicos. Em geral apresentam um alto grau de endogenização dos esforços tecnológicos e contam com centros próprios de P&D. Está entre os mais intensivos em tecnologia da indústria de transformação. Os custos de P&D, o aprendizado tácito cumulativo, e a proteção à propriedade intelectual por meio de patentes e segredo industrial levantam fortes barreiras à entrada a novos concorrentes. Papel do Estado: de demiurgo/parteiro (Embraer, Cobra Computadores, CPqD) para pastor. Paulo Tigre. Gestão da Inovação Ed.Elsevier

22 Inovações em Serviços Os serviços são: Intangíveis
Não podem ser estocados Dependem de uma interação com os clientes A produção do serviço é concomitante ao consumo. Paulo Tigre. Gestão da Inovação Ed.Elsevier

23 As inovações em serviços visam
Obter maior flexibilidade de forma a atender as necessidades individuais dos clientes. Facilitar a interação usuário-fornecedor. Aumentar a confiabilidade do serviço e torná-lo mais disponível temporalmente (24 horas, 7 dias por semana). Aumentar a velocidade de produção e entrega do serviço, aproximando-se do tempo real. Cumprimento de normas, padrões e atendimento a normas de segurança. Aumentar a produtividade na prestação do serviço. Paulo Tigre. Gestão da Inovação Ed.Elsevier

24 Emprego por setor (EUA): a parcela do trabalho identificado como “serviço” na atividade produtiva estar crescendo mais rapidamente do que o emprego na produção Paulo Tigre. Gestão da Inovação Ed.Elsevier

25 Implicações da variação estatal
A transformação setorial depende da interação do Estado e das firmas locais. Papel que cada um pode exercer varia de acordo com o setor e com o período histórico analisado. Casos das tecnologias da informação Paulo Tigre Desenvolvimento Economico UFRJ


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