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CURSO DEFESA NACIONAL 1998 GLOBALIZAÇÃO, CRISES FINANCEIRAS E REFORMA DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS INTERNACIONAIS Abel M. Mateus Professor Universidade.

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1 CURSO DEFESA NACIONAL 1998 GLOBALIZAÇÃO, CRISES FINANCEIRAS E REFORMA DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS INTERNACIONAIS Abel M. Mateus Professor Universidade Nova Lisboa Consultor Banco de Portugal Copyright, Abel Mateus

2 Apresentação e sumário n Mitos e realidades sobre a globalização? n PIB e Comércio Internacional n Fluxos de capitais: IDE e portfolio investment n As crises financeiras: crise da dívida externa dos PVD em 1982-89, crise do México (1994-97), crise asiática (1997- 99) n As instituições financeiras internacionais: papel e reforma Copyright, Abel Mateus

3 O que é a globalização? n Elevado crescimento do comércio internacional e abertura das economias n Importância das Empresas Trans-nacionais n Forte expansão do Investimento Directo Estrangeiro n Forte expansão dos fluxos internacionais de capitais e a diversificação das carteiras internacionais n Os mercados financeiros emergentes n Agrupamentos regionais de integração económica e monetária Copyright, Abel Mateus

4 A dimensão da globalização Em 1997, o volume da produção internacional, atribuída a cerca de 53 000 Trans-nacionais (TNC) e as suas 450 000 afiliadas, era de $3,5 triliões medida pelo stock de capital de IDE acumulado As vendas destas TNC atingiam $9,5 triliões As exportações globais das afiliadas foram de $2 triliões, e os seus activos atingiam $13 triliões, gerando um valor acrescentado de $2 triliões Copyright, Abel Mateus

5 A dimensão da globalização Internacionalização - processo de extensão das actividades económicas para além das fronteiras nacionais Globalização - para além da internacionalização envolve a integração funcional das actividades dispersas por diversos Copyright, Abel Mateus

6 A dimensão da globalização (cont.) O stock de IDE de fluxos in e out representa já 21% do PIB global As exportações das afiliadas são já 1/3 das exportações mundiais O PIB das afiliadas representa 7% do PIB global O rácio do volume de IDE in e out em relação ao PIB mundial cresceu em 80-96 a um ritmo que é o dobro do que cresceu as importações mais exportações sobre o PIB, o que revela que a produção internacionalizada está a acentuar a interdependência em termos de comércio Dados da UNCTAD, World Investment Report, 1998 Copyright, Abel Mateus

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8 Grandes alterações estruturais na economia mundial n Como será o mapa económico mundial no início do próximo milénio? n Como estão a evoluir os fluxos comerciais por grandes regiões? n Quais serão os países mais pobres e mais ricos do globo? Copyright, Abel Mateus

9 Grandes alterações estruturais na economia mundial UE perde peso no PIB mundial (21,2% em 1990 para 16,5% em 2010) EUA também perdem peso (21% para 16%) Emergência da China como uma potência económica: passa de 2,7% do PIB mundial em 1980 para 20% em 2010 Rússia continuará a sua longa transição (2,6% em 1990 para 1,9% em 2010) Projecções do Banco Mundial Copyright, Abel Mateus

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16 Peso da UE em relação aos 3 blocos Indicadores Económicos Copyright, Abel Mateus

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18 A aceleração do comércio internacional O comércio de bens, medido pelas exportações mundiais, cresceu a um ritmo de 6% entre 1990-96, contra 1,5% da produção mundial. Mantém-se assim a tendência de uma maior internacionalização das actividades económicas. Entre 1950 e 1994 as exportações mundiais cresceram 14 vezes, enquanto que a produção mundial cresceu pouco mais de 5 vezes. (Dados da OMC) Copyright, Abel Mateus

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20 Fluxos financeiros globais n Fluxos globais de capitais n Fluxos privados n Fluxos oficiais: multilaterais e bilaterais Copyright, Abel Mateus

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26 As tendências dos fluxos internacionais capitais Nos fluxos de IDE mais de metade (55% em 1997) dirige-se para os Países Desenvolvidos, em especial EUA, Reino Unido e França (39% do total em 1996). Os principais países originários são EUA, Alemanha, Reino Unido e Japão (58% do total em 1996) Em 1997 os PVD que receberam maiores volumes de IDE foram a China ($45 bn), Brazil (16) e México (12) A Ásia continua a atrair mais de metade do IDE para os PVD. Segue-se a América Latina e depois a Europa de Leste que tem crescido muito rapidamente. Copyright, Abel Mateus

27 As tendências dos fluxos internacionais capitais Os fluxos de capitais para investimento em carteira atingem actualmente cerca de $1 trilião de dólares Os principais países originários são EUA, Japão, Reino Unido, Benelux e França Os principais países receptores de investimentos de carteira são os EUA ($400bn), Alemanha, Reino Unido e Japão (em conjunto 70% em 1996) Em 1997 os PVD receberam cerca de $115bn de investimento em acções e obrigações: América Latina ($40bn) e Ásia ($36bn) Como veremos, a crise asiática e posteriormente da Rússia provocaram uma forte diminuição nestas entradas Copyright, Abel Mateus

28 As tendências dos fluxos internacionais capitais Nos fluxos globais de capitais para os PVD nota-se uma forte retracção dos capitais oficiais, sobretudo devido à quebra dos bilaterais, (a ajuda oficial ao desenvolvimento atingiu, em percentagem do PIB o valor mais baixo desde a década de 50), porquanto os multilaterais mantiveram o seu volume, embora diminuíssem em proporção Deu-se um forte aumento dos fluxos privados: o IDE desde 1997 e os investimentos de portfolio desde 1992, em substituição dos empréstimos bancários, afectados pela crise da dívida dos PVD da década de 80 O IDE tem-se revelado mais estável do que o investimento de carteira Copyright, Abel Mateus

29 As crises financeiras globais n Crise da dívida externa dos PVD em 1982-90 n Crise do México em 1994-96 n Crise da Ásia do SE e da Russia em 1997-99 Copyright, Abel Mateus

30 Semelhanças entre as crises dos mercados emergentes As crises foram precedidas por um forte aumento dos influxos de capitais para um grande número de países e, pelo menos nos anos 90, por uma forte melhoria nas condições em que os mercados emergentes acediam aos mercados financeiros globais ($165bil. Em 173-82; $1040 bil. Em 1990-96) Os prestatários assumiram largas posições não cobertas de risco em relação a movimentos de taxas de juro e de taxa de câmbio: é notável que apesar da explosão dos derivados nos anos 90, a falta de cobertura do risco pelos prestatários foi um dos elos cruciais na virulência da crise Comportamento de “moral hazard” dos prestatários: governos nos anos 70-80, empresas não financeiras nos anos 90 - no fim não teriam que pagar Falta de transparência no funcionamento dos sistemas financeiros e dos regimes regulatórios: os bancos emprestadores e os fundos não avaliaram correctamente o risco (bail-out) Copyright, Abel Mateus

31 Continuação n Bolhas especulativas nas bolsas e no imobiliário n Taxas de juro a subir, moedas em depreciação, preços das acções e do imobiliário em colapso, e a situação precária em que se encontravam muitas empresas levou à deterioração da qualidade dos activos, causando grande stress nos sistemas bancários n Colapso dos sistemas bancários, e incapacidade de combater os movimentos especulativos contra as respectivas moedas n Liberalização de balança de capitais em condições de sérias falhas nos sistemas de regulação internos Copyright, Abel Mateus

32 Continuação n Efeitos de contágio n Fortes desvalorizações das moedas e ataques especulativos nos mercados cambiais n A crise da dívida externa de 82-87 deu-se em condições de fundamentais claramente em deterioração (largos déficits de BTCs e públicos) n Também no caso do México se deu uma deterioração da BTC e do déficit orçamental n No caso da crise asiática deu-se um rápido crescimento do crédito bancário, sobrevaliações das taxas de câmbio e mercados de acções em quebra Copyright, Abel Mateus

33 Continuação Em todos os casos houve uma intensa fuga de capitais dos privados nacionais antes e durante a crise (na Argentina em 82-84 chegava para pagar a dívida externa, no México em 95 atingia cerca de 30 biliões de dólars, na Asia só em 97 30 biliões, nos países afectados pela crise) Houve fortes saídas de capitais da Ásia a seguir à crise, dos fundos mobiliários, que atingiram cerca de 30 biliões de dólares em 1997 Houve fortes deteriorações no rating destes países. A Koreia teve a maior quebra histórica Houve um corte brutal no acesso aos mercados financeiros e bancários internacionais Copyright, Abel Mateus

34 Diferenças Já vimos importantes diferenças nos fundamentais A crise da dívida externa aconteceu no meio de uma recessão no mundo desenvolvido A crise asiática dá-se num período de expansão económica do mundo desenvolvido, com baixa inflação e taxas de juro, mas com mercados de acções sobreavaliados A crise asiática dá-se no contexto de uma forte globalização: só entre 90-94 afluiram aos mercados emergentes cerca de 1 trilião de USD Copyright, Abel Mateus

35 As quatro regras de ouro para evitar uma crise Primeira: Respeitar a eficiência económica na afectação de recursos.  Em todas as crises houve enormes quantidades de recursos públicos e/ou privados que foram aplicados em projectos de baixa rentabilidade económica ex-ante ou ex.-post. Como base da ineficiência pode estar o abandono da análise económica  caso de projectos públicos que são feitos por razões políticas ou de prestígio (white elefants)  comportamento de moral hazard pelos privados ou empresas públicas (haverá sempre o bail-out)  relações entre Estado/empresas ou banca/empresas que não se baseiam na relação de “arms-length” e disciplina económica  governos endividam-se fortemente no Exterior para sustentar consumo público ou privado imediato Copyright, Abel Mateus

36 As quatro regras de ouro para evitar uma crise Segunda: Tem que se respeitar o equilíbrio entre bens internacionalmente transaccionáveis e não transaccionáveis.  Ao importarem-se recursos em bens internacionalmente transaccionáveis (p.ex. Importações de bens ou de capitais), é necessário aplicar directa ou indirectamente esses bens em sectores que gerem um acréscimo de fluxos futuros também de bens transaccionáveis. Exemplos:  Crise asiática: pediu-se emprestado no estrangeiro capitais para aplicar fortemente em imobiliário  O governo do México nos anos 70 endividou-se fortemente no Exterior para construir infraestruturas ou sustentar consumo público (sem que as exportações crescessem) Copyright, Abel Mateus

37 As quatro regras de ouro para evitar uma crise Terceira: A sustentabilidade da dívida pública depende da capacidade de captação de receitas pelo Estado.  Uma dívida pública em que o rácio sobre o PIB está a crescer pode tornar-se insustentável. O principal sinal de alerta surge quando se começa a duvidar que o Estado consiga através dos impostos (incluindo o inflacionário) captar os recursos necessários para o serviço da dívida. Na crise de 80 foi para servir a dívida pública, na crise asiática foi para fazer o bail-out do sistema financeiro. (O Japão não teve graves problemas externos porque ainda não se pôs em causa esta regra). Copyright, Abel Mateus

38 As quatro regras de ouro para evitar uma crise Quarta: (financeira) Deve-se respeitar o matching entre deve e haver quanto a risco de crédito, risco de câmbio, e taxa de juro (para todos os agentes económicos).  Em todas as crises houve um sério mismatch destas responsabilidades. Endividamento em dólares e receitas do agente em moeda nacional (México e Ásia). Endividamento no curto prazo para investimentos no longo prazo (Coreia). Pedir emprestado a taxas de juro voláteis e emprestar a taxas de juro fixas (crise imobiliário nórdica). Este mismatch é agravado quando não se faz a cobertura com derivados das posições (ignorância das instituições financeiras - caso asiático). Copyright, Abel Mateus

39 Quanto tempo levou a resolver a crise? No caso da crise da dívida externa dos PVDs levou de 5 a 7 anos a restaurar o nível do PIB anterior e a reentrada de capitais privados No caso da crise mexicana depois de 1 ano já havia uma reversão dos fluxos de capitais e o PIB atingia o nível de pré-crise depois de 3 anos No caso da Ásia a OCDE só prevê restauração do crescimento económico nos finais de 1999, pelo que os níveis de pré-crise podem levar 4 a 5 anos a restaurar Copyright, Abel Mateus

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50 Impacto sobre a UE e EUA n União Europeia n EUA Copyright, Abel Mateus

51 Factores positivos n Apesar de cerca de um terço da economia mundial estar em recessão, as economias dos EUA e da UE continuam a mostrar sinais favoráveis: o PIB e a produção industrial continuam a crescer. n A confiança dos consumidores e as perspectivas de produção na indústria permanecem favoráveis n As taxas de juro de longo prazo estão ao nível mais baixo dos últimos anos n A inflação está a níveis reduzidos Copyright, Abel Mateus

52 Factores negativos As cotações bolsistas encontram-se a níveis muito elevados, em termos de comparações históricas. Por exemplo comparando o PIB real com o índice de preços das acções deflacionado Os PEs estão a níveis históricamente elevados: estamos perante uma bolha especulativa Aumentou muito a volatilidade do mercado As perspectivas de lucros nas empresas nos EUA estão a deteriorar-se rapidamente Nos últimos meses a produção industrial nos EUA e na UE começou a desecelarar Copyright, Abel Mateus

53 Efeitos das crises financeiras passadas sobre o PIB dos EUA e UE A crise dos PVD teve importantes efeitos sobre a solvabilidade dos grandes bancos americanos, mas o crescimento da procura doméstica nos EUA e a recuperação após 1982 não trouxeram grande impacto tanto sobre os EUA como sobre a Europa A crise mexicana foi prontamente atacada com um pacote financeiro de ajuda internacional de cerca de $50 bn e apenas terá tido um impacto de 0,5 pontos percentuais no PIB dos EUA e da América Latina em 1994-95 A crise asiática estima-se que tenha um impacto directo de cerca de 1 a 1,5 p.p. nos EUA e UE entre 1998-99, embora tenha sido largamente subavaliada. Pacotes financeiros de ajuda de $120 bn a vários países asiáticos e agora ao Brasil mais $25 bn. “flight to quality” e impacto nos mercados financeiros dos PDs. Abaixamento de taxas e subida adicional de cotações em 97-98 (ef. Sobre países da OCDE com mercados emergentes). Em 94-95 subida das taxas juro longo prazo por receio de impacto inflacionista do acresc. Liquidez. Em 82-87 grandes déficits dos PDs. Copyright, Abel Mateus

54 Conclusões n As projecções publicadas recentemente pela OCDE mostram uma desaceleração do crescimento do PIB nos EUA de 3,5 no 2ºS de 1998 para 1,3% no 1ºS de 1999 n O Japão vai continuar mergulhado numa crise económica profunda n A Alemanha vai registar uma desaceleração do crescimento de 4,6 para 0,9 do 1º para o 2ºS deste ano n Tanto nos EUA como na Alemanha se prevê uma recuperação posterior Copyright, Abel Mateus

55 A instabilidade dos mercados financeiros n Nos mercados bolsistas dos EUA e UE, os rácios de valorização (preços/dividendos: 1,9% em 1997 - média histórica: 4,73% para o S&P500, preços/rendimentos: 20 no início de 97 quando o estudo foi feito, 30 em média de 97 - média histórica:14,2) estão a níveis extremos. O que irá acontecer às cotações? (Estes valores extremos só são comparáveis a 1929) n Imprevisibilidade dos rendimentos das acções (fundamentals mais variável aleatória). n Validade da teoria da eficiência dos mercados (sob a forma fraca). n A taxa de rentabilidade das acções não pode manter-se em valores extremos por muito tempo - terá que reverter para a média. n Shiller e Campbell: quando os rácios de valorização (p.ex. P/E) estão elevados, a bolsa cai nos dez anos seguintes (sobreavaliação em cerca de 40% de NY em 1997). R2 de 37%. Note-se que esta relação é de longo prazo. No curto prazo a relação é fraca. John Campbell e Robert Shiller, Valuation Ratios and the Long-Run Stock Market Outlook, 7/30/97, processed Copyright, Abel Mateus

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63 OECD, Economic Outlook, November 1998 USA The economy appears to have reached a cyclical high point in 1998. The year-on-year growth rate peaked at 4.2 per cent in the first quarter. Following a deterioration in corporate profits linked to a strong dollar, accelerating labour costs and lower external demand in Asia and Latin America, economic growth is projected to slacken progressively to not much more than one per cent in the middle of 1999. The slowdown should ease tensions in the labour market and help stabilise wage increases. Nevertheless, with labour costs running ahead of prices, the fall in profits could accelerate, raising the risk of a drop in equity prices and a significant fall in investment. In the current situation distinguished by slowing demand growth, low inflation and financial turbulence some further reduction in interest rates seems appropriate. The projections are indeed based on the federal funds rate being lowered to 4.50 per cent during 1999 from its current level of 5 per cent. However, were the downside risks to the projections to materialise, larger cuts might be necessary, especially if the current instability in financial markets were to persist. As to fiscal policy, a continued reduction in debt over the medium-term would help prepare public finances for the ageing of the population. Copyright, Abel Mateus

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65 GERMANY GDP accelerated strongly in the first half of the year to over 3 per cent, as the expansion broadened to include domestic demand. Employment started to increase after several years of marked decline. Business sentiment has since deteriorated markedly, as export orders weakened. While consumer sentiment has been resistant to international financial-market disturbances and domestic orders have been picking up gradually, GDP growth is projected to slow in 1999, as weakening international activity reduces the hitherto strong contribution from real net exports and investment. But monetary conditions are projected to underpin a gradual expansion of domestic demand. The labour market is projected to recover slowly with unemployment remaining high. With inflation falling, and interest rate convergence in the Euro area expected to occur at rates prevailing in low interest countries, the authorities might not need to shift monetary stance prior to handing over responsibility for monetary policy to the European Central Bank. The slowing pace of fiscal consolidation may be viewed as appropriate from a short-term perspective in view of the current level of uncertainty, but the structural budget deficit is projected to remain high. Further consolidation measures will thus be required to achieve medium term fiscal sustainability. In the key area of labour market reform, the favourable outcomes which have been negotiated by the social partners need to be underpinned by further structural reform of the social-security and wage-bargaining systems while tax reform remains important to underpin investment and growth. Copyright, Abel Mateus

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68 Polémica (1) “As elevadas taxas de juro prescritas pelo FMI para limitar a depreciação das moedas asiáticas aprofundou a crise… devia ter sido uma política de moeda fácil e baixas taxas de juro”  O grande dilema aqui é: taxas juro elevadas para defender a moeda, mas isso agrava os custos das empresas e agrava o crédito mal-parado u CA: Uma política monetária laxista nos primeiros estádios de ataques especulativos contribuem para exarcebar a depreciação, aumentando o peso dos passivos denominados em moeda estrangeira (que foram a causa do problema) “As fortes reduções dos déficits orçamentais levaram a que a crise se transformasse em recessão profunda  É verdade que os custos fiscais do “bail out” dos sistemas financeiros requer elevados recursos (20 a 30% do PIB) u CA: Porém, uma política orçamental laxista (como a Indonésia prosseguiu já depois da crise instalada) levanta dúvidas sobre o comprometimento das autoridades em reduzirem os déficits externos (OFMI acabou por aceitar ajustamentos fiscais mais graduais, incorporando os custos do “bail-out”) Copyright, Abel Mateus

69 Polémica (2) “As medidas requeridas pelo FMI extravasaram o seu domínio tradicional, e representaram uma intromissão na soberania nacional” (Feldstein)  É sempre difícil admitir políticas ditadas por OITs, e tradicionalmente o FMI só intervem nos instrumentos macro u CA: A catástrofe asiática teve origens estruturais em vez dos desequilíbrios macro tradicionais - desde supervisão bancária deficiente, e relações obscuras entre governos, bancos e empresas. Papel fundamental da “good governance” e evitar “crony capitalism” “A exigência pelo FMI de encerrar alguns bancos insolventes provocou uma corrida aos bancos” (Sachs)  O problema de fecho de instituições insolventes tem de ser atacado com o maior segredo e rapidez, por causa do perigo de contágio ao sistema financeiro u CA: Aconteceu na Indonésia e não na Tailândia ou Coreia. Razão é que aquele país tomou medidas tímidas, quando havia rumores de muitos mais bancos insolventes. Copyright, Abel Mateus

70 Polémica: o problema dos controles de capitais “Os controles à entrada de capitais de curto prazo poderiam ter evitado a crise”  Um dos problemas fundamentais foi o crédito a curto prazo às empresas ou bancos asiáticos que o emprestavam para investimentos de longo prazo (mismatch of maturities). Mas este é um problema de supervisão do sistema financeiro.  As restrições reduzem os capitais altamente voláteis, que podem sair em qualquer altura  A regra de solvabilidade de Basileia fomenta os empréstimos a curto em detrimento do longo prazo (Reforma necessária)  Problema: empréstimos a grandes sociedades (70 bn no caso da Indonésia) não é coberto por supervisão bancária u CA: Contoles têm de ser sempre temporários e só no caso de não haver outros instrumentos disponíveis Copyright, Abel Mateus

71 Polémica: o problema dos controles de capitais “O controle sobre a saída de capitais no caso da erupção da crise reduz a sua virulência” (Krugman)  Controles permitem quebrar a ligação entre taxas de juro e taxas de câmbio, pelo que as taxas de juro se podem baixar sem que isso provoque desvalorização u CA: Não há evidência que países que tenham adoptado controles tenham tido mais sucesso. É sempre fácil com a globalização dos pagamentos fugir facilmente aos controles. As distorções que pode causar e a repressão financeira associada podem ser altamente prejudiciais. O anúncio de controles pode precipitar a crise ou “assustar os investidores” (A Malásia que adoptou esta via em grande parte por sugestão de econ. Amer. Não teve sucesso) “Não se devem liberalizar os movimentos de capitais sem condições estritas” (problema da sequência da liberalização)  Liberalizar movimentos de capitais com distorções no comércio internacional, com fraca supervisão, ou com desequilíbrios macro é um perigo u CA: Os benefícios da liberdade de capitais são muitos. Impõe disciplina aos agentes de política económica. Copyright, Abel Mateus

72 Polémica (4) “Os pacotes financeiros de “bail-out” do FMI e países industrializados aumentam o perigo de moral hazard” (Barro: o FMI transformou-se no bombeiro do mundo e a administração de Clinton assegura que existe água suficiente para combater os fogos - Business Week, Dez. 1998)  As expectativas de bail-out levam os investidores internacionais e credores a não monitorarem com cuidado os seus investimentos ou a capacidade creditíciados devedores. Este é um dos pontos mais sérios de crítica à actuação das OITs - é necessário envolver mais so privados nos pacotes de “bail-out” u CA: O moral hazard talvez seja o mal menor. Muito pior alternativa de os países serem abandonados a si próprios, com consequências muito mais dramáticas e distorções mais sérias. Os custos dum ajustamento rápido teriam de ser muito maiores (p.ex. Ruptura de toda a espécie de crédito internacional). Para além do perigo de contágio. Copyright, Abel Mateus

73 Principais organizações financeiras internacionais n Banco Mundial n Fundo Monetário Internacional n Bancos Desenvolvimento Regionais, BPI n OCDE Copyright, Abel Mateus

74 Grupo Banco Mundial Engloba:  Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (IBRD),  Agência para Assistência ao Desenvolvimento (IDA)  Sociedade Financeira Internacional (IFC)  Agência de Garantia Multilateral de Investimentos (MIGA) e o ICSID Fundado em 1945. Tem 181 membros. O capital do BM é derivado das subscrições de quotas dos seus membros. Era de 182 Bil USD (Junho 97), do qual realizado 11Bil, o resto está sujeito a ser chamado se necessário Copyright, Abel Mateus

75 Grupo Banco Mundial (cont.) A maioria dos fundos emprestáveis vem de emissão de obrigações nos mercados financeiros internacionais, em termos comerciais, dos lucros que realiza, e da amortização dos seus empréstimos. O IBRD empresta a 15 anos ou menos, com um período de graça de 5 anos, a taxas próximas das do mercado. Os empréstimos são feitos a governos, com a garantia deste, e normalmente para projectos com taxas de rentabilidade que asseguram o seu pagamento. A IDA empresta aos países mais pobres até 40 anos, sem juro, apenas com uma comissão de 0,75%. Copyright, Abel Mateus

76 Grupo Banco Mundial (cont.) O IBRD e a IDA fizeram no ano orçamental terminado em30Jun97 241 novos empréstimos no montante de $19bn (4,5 para Europa e Asia Central, 4,4 para América Latina e Caraíbas, 4,9 Asia Leste, 2 Asia Sul, 0,8 Africa e Médio Oriente) A IDA é financiada por donativos dos países membros (36), e lucros do BM, todos os 4-5 anos. A IDA-12 que acabou de ser negociada foi de $20bn. IFC dá apoio financeiro e aconselhamento a projectos e realizações do sector privado, e assiste os governos a desenvolverem o sector empresarial. Participa no capital de empresas. Em 1996/7 o financiamento de projectos totalizou $6,7bn. Copyright, Abel Mateus

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78 Fundo Monetário Internacional O FMI foi estabelecido em 1945, depois da Conf. Bretton-Woods, para promover a cooperação monetária internacional, facilitar a expansão e crescimento equilibrado do comércio internacional e promover a estabilidade das taxas de câmbio Tem 182 membros. O capital é constituído pela subscrição de quotas pelos membros. Em 1 Agosto 1997 as quotas totais eram de SDR 145 bn (EUA 26, Alem 8,2; Jap 8,2; Fra 7,4; RU 7,4; SaudiA 5,1). Todos os 5 anos são revistas para aumento. Recursos adicionais provêm de empréstimos de governos. GAB do G-10 com SDR 17 bn. Copyright, Abel Mateus

79 FMI: Articles of Agreement Promover a cooperação monetária internacional Facilitar a expansão e crescimento equilibrado do comércio internacional e contribuir para a promoção de elevados níveis de emprego e rendimento bem como o desenvolvimento dos recursos produtivos dos seus membros promover a estabilidade dos câmbios, mantendo relações ordeiras de câmbios entre os membros, e evitar desvalorizações competitivas assistir no estabelecimento de um sistema multilateral de pagamentos com respeito das transacções correntes entre os membros e na eliminação das restrições cambiais que dificultem a expansão do comércio dar confiança aos membros oferecendo-lhes assistência temporária, sob condições adequadas respeitando as condições anteriores, encurtar e reduzir o grau de desequilíbrio nas balanças de pagamentos dos membros Copyright, Abel Mateus

80 Assistência financeira Em 1994/95 os commitments do FMI totalizaram SDR 19,6bn. Em 96/97 SDR 5,3. É feita normalmente sob as seguintes formas (for a da quota, em tranches de 25% da quota)  “stand-by arrangement” -duraçao de 1 a 2 anos - sujeito a “performance criteria”, recompra dentro de 3-4 anos.  “extended arrangement” - 3 anos - submissão de programa de ajustamento e relatórios de progresso anuais, recompra dentro de 4,5-10 anos.  “temporary facilities” - arranjos de curto prazo Copyright, Abel Mateus

81 A nova arquitectura do sistema financeiro internacional Três grandes blocos monetários: dólar, euro e yen Resto Mundo: “pegs” a uma ou várias daquelas moedas; ou regime de câmbios flutuantes. A orientação mais recente da teoria parece ser: pequenos países devem ter “currency boards” ou ter um “peg”. Zonas com elevadas trocas comerciais entre si (optimum currency areas) devem procurar integração monetária. O “peg” deve ter sempre como base o “cabaz de moedas dominantes nas relações externas”. O “peg” não é substituto para disciplina macro. É necessário credibilidade e reservas mínimas para o sustentar Em caso de desequilíbrio externo (sobre ou subavaliação) é preferível ajustamento imediato do que o seu adiamento Copyright, Abel Mateus

82 A nova arquitectura do sistema financeiro internacional e a supervisão Os efeitos de contágio mostra necessidade de maior cooperação internacional entre organismos de supervisão A internacionalização dos mercados de capitais, mostra que falhas no país credor podem implicar problemas sérios no devedor Problema da supervisão  Na zona do euro não está resolvida (problema do “lender of last resort”)  Nos EUA dispersão das autoridades  No Japão mostra grandes deficiências  Nos PVD bastante fraca A necessidade de organismos mais integrados de supervisão (problema dos conglomerados financeiros) Copyright, Abel Mateus

83 A nova arquitectura do sistema financeiro internacional e a supervisão (cont.) Problema das “bolhas especulativas” nos mercados títulos, imobiliários, etc. Como preveni-las? Necessidade de melhorar os sistemas de supervisão integrados Apertar contas margens e restringir condições de empréstimos pela banca quando há sintomas que uma bolsa se está a formar? Os bancos centrais devem guiar a sua política monetária por um Índice de Inflação que é uma média ponderada dos preços de bens e serviços + preços de activos? Copyright, Abel Mateus

84 A nova arquitectura do sistema financeiro internacional (cont.) Em caso de desequilíbrio externo (sobre ou subavaliação) é preferível ajustamento imediato do que procastrinar. Reduzir a procura interna até atingir equilíbrio externo provoca uma recessão evitável Se o desequilíbrio é resultado de déficit orçamental excessivo ou endividamento excessivo dos agentes privados é essencial que o programa de estabilização ataque estes problemas prioritariamente A desvalorização tem sempre de ser acompanhada por medidas de contenção da procura agregada, e em particular do racionamento do crédito e/ou políticas de taxas de juro coerentes Copyright, Abel Mateus

85 A nova arquitectura do sistema financeiro internacional (cont.) Reforço das instituições de Bretton Woods  FMI  facilitador do processo de ajustamento dos desequilíbrios das balanças externas e  promotor da liberdade dos movimentos de capitais  aconselhamento sobre os “fundamentais” correctos das economias  Banco Mundial  promotor do desenvolvimento sustentado dos PVD  com prioridade ao alívio da pobreza extrema  Organização Mundial do Comércio  promotor da liberdade do comércio internacional Copyright, Abel Mateus

86 A globalização requer uma nova ordem internacional? A globalização assenta na liberdade dos movimentos de bens, serviços e capitais Deve-se exigir aos PVD salários mínimos ou leis laborais e sociais mínimas?  Não. Impor estes requisitos é interferir em assuntos domésticos. Impor pode levar a perdas importantes de competitividade. Afinal a competitividade dos PVD assenta no baixo custo da mão-de-obra. È necessário que haja uma correcta valorização dos factores produtivos.  Apenas respeito dos direitos humanos Copyright, Abel Mateus

87 A globalização requer uma nova ordem internacional? (cont.) Deve-se restringir as importações dos PVD porque deprimem os salários dos trabalhadores não qualificados ou aumentam o desemprego nos PD?  Não. O desenvolvimento dos PVD faz-se sobretudo pelo comércio externo. É necessário manter um clima favorável às importações dos PVD para que estes se possam desenvolver. Necessidade de códigos de conduta e “good governance”. A concorrência entre PD nos projectos dos PVD não deve facilitar a corrupção. Cooperação e relações empresariais.  O primeiro estabelece o enquadramento (sobretudo orientadas para a “boa política económica e alívio da pobreza”. As empresas fazem o comércio e investimento. Copyright, Abel Mateus

88 Papel do FMI Muitas críticas são infundadas e são consequência de que “ o médico é a causa da doença”. Os Governos só chamam o Fundo quando estão em situação de desequilíbrio desesperado. É necessário que o modelo central do FMI: modelo monetarista de ajustamento da balança de pagamentos seja cada vez mais complementado por medidas estruturais As medidas estruturais são centrais em muitos prgramas de ajustamento:  Rússia - construção das instituições de mercado e desenvolvimento classe empresarial  Ásia  reforço das supervisões bancárias;  relações entreEstado e empresas “at arms-length”  independência entre banca e indústria (chaebols na Coreia e kairutsu no Japão) Copyright, Abel Mateus

89 Papel do Banco Mundial Só faz sentido dar ajuda ao desenvolvimento a países que tem políticas económicas apropriadas A “good governance” é fundamental para o desenvolvimento. De outra forma a corrupção e o “rent seeking” destroiem a capacidade de desenvolvimento do país e minam o tecido social dos países É importante canalizar recursos para projectos mais eficientes, enquadrados em políticas macro e sectoriais apropriadas Os “targets” para montantes de empréstimos não devem ser a prioridade, mas sim os projectos eficientes e o cresciemento económico dos países Maior peso dos programas de alívio da pobreza (crescimento não é sinónimo de menor pobreza, embora seja a condição sine-qua-none para o ataque à pobreza no longo prazo) Dar mais importância ao trabalho com as ONGs e a projectos que permitam maior desenvolvimento “local” e “democratização/participação” dos beneficiários Copyright, Abel Mateus

90 Todas as Instituições Internacionais Maior transparência dos seus programas e da sua performance (já se estão a fazer grandes progressos neste sentido) Menor influência das pressões políticas externas dos grandes accionistas Necessidade de dar maior “voice” aos PVD (por exemplo, reuniões periódicas G-7 com G-20) Definição de critérios de performance claros pelos accionistas aos dirigentes das OITs. Copyright, Abel Mateus

91 Referencias n Banco Mundial: Global Economic Prospects and the Developing Countries n Banco Mundial: Global Development Finance n Banco Mundial: World Atlas n Banco Mundial: World Development Report n FMI: World Economic Outlook n FMI: International Capital Markets n OCDE: Eonomic Outlook n Comissao: European Economy Copyright, Abel Mateus

92 Sites da internet n Instituições internacionais u www.imf.org www.imf.org u www.worldbank.org www.worldbank.org u www.imf.org www.imf.org u www.europa.org www.europa.org u www.oecd.org www.oecd.org n Sobre a crise asiática: u Stern School, New York University (N. Roubini) Copyright, Abel Mateus


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