Carregar apresentação
A apresentação está carregando. Por favor, espere
PublicouKléber Paixão Paranhos Alterado mais de 8 anos atrás
1
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Projectos em Animação Sociocultural
2
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Observações prévias A animação sociocultural (e o seu planeamento) foram conceptualizados a partir da prática ou a partir duma reflexão centrada na acção (Sempere, 2004); A intervenção sociocultural, muito centrada na acção e intervenção activista, descurou, de alguma forma, a programação e planificação prévia;
3
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Observações prévias Torna-se necessário conciliar a resposta pontual e próxima com a programação e planificação, que permita trabalhar com uma determinada perspectiva (Sempere, 2004); É preciso encontrar alguns referentes que permitam edificar uma metodologia de elaboração de projectos de animação sociocultural (Sempere, 2004);
4
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Observações prévias Será possível estabelecer uma metodologia própria (Sempere, 2004)? Os campos de acção, os destinatários, os territórios, as organizações são muito diversas; As características individuais e grupais dos recursos humanos dum projecto, nos seus diferentes níveis, têm um peso significativo; As diferentes características das organizações (forma jurídica, finalidade social, etc.) condicionam os elementos de constituição duma metodologia e uma forma específica de concretizar as acções;
5
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Observações prévias A elaboração de projectos está condicionada pelos seguintes níveis (Sempere, 2004): Pessoal-Profissional (contribuições individuais das pessoas e características diferenciadas dos profissionais); Grupal-Equipa (aspectos criativos e ideológicos, critérios e características da equipa); Institucional-Organizacional (cultura organizativa, opções e objectivos das organizações); Formal-Legal (adequação às normas administrativas e às formas jurídicas).
6
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Observações prévias Não existe uma metodologia própria aplicável, em termos gerais, a todos os campos e possibilidades da animação sociocultural (Sempere, 2004); Há, porém, esforços de sistematização (linhas argumentais de elaboração); Os profissionais, as equipas e as organizações têm de edificar as suas próprias formas de acção e de decidir quais as opções metodológicas a tomar (Sempere, 2004);
7
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Observações prévias O projecto de animação sociocultural (Sempere, 2004): É uma forma de exteriorização de ideias, capacidades e interpretações duma situação determinada; É o resultado formalizado dum processo de reflexão que permite conhecer e apresentar as opções de intervenção; Demonstra uma capacidade de previsão e de antecipação a uma situação analisada; É uma ferramenta de gestão e um instrumento de trabalho em equipa que permite organizar a execução e realizar um processo de avaliação completo.
8
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Fases iniciais/bases contextuais/diagnóstico Ponto de partida, antecedentes, aspectos contextuais e situação interna da organização: O ponto de partida refere-se às condições encontradas no início da elaboração do projecto; É preciso estudar em pormenor o conjunto de situações que motivaram e influíram na tomada de consciência da necessidade duma intervenção; Devem analisar-se os condicionalismos positivos e negativos do ambiente envolvente;
9
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Fases iniciais/bases contextuais/diagnóstico Ponto de partida, antecedentes, aspectos contextuais e situação interna da organização: O projecto não se pode conceber à margem da realidade da organização que o vai desenvolver; é necessário detectar os limites e as possibilidades desta para adequar o projecto à sua realidade e ponderar os conteúdos, os objectivos e as prioridades da intervenção; O processo de análise interna da organização permite-nos definir os pontos fortes e fracos dessa organização, e a tê-los em conta na elaboração, gestão e avaliação do projecto.
10
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Diagnóstico
11
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Bases contextuais do projecto (Sempere, 2004): Finalidades sociais: Finalidades sociais, valores dominantes, estados de opinião que fundamentam o projecto; Dinâmica territorial: Características do ambiente territorial (bairro, cidade, região, país); Dados demográficos, económicos, sociais com interesse para o projecto; Função do projecto no âmbito territorial; Relações entre o território e a finalidade do projecto;
12
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Bases contextuais do projecto (Sempere, 2004): Dinâmica sectorial: Descrição geral do âmbito de intervenção do projecto (infância, juventude, terceira idade, etc.); Aspectos gerais do âmbito da intervenção que têm importância para o projecto; Função do projecto no sector de incidência; Políticas sociais, educativas e culturais: Políticas dos diferentes agentes relacionadas com os conteúdos e objectivos do projecto; orientações gerais e modelos predominantes; competências das diferentes administrações públicas; Relações e papel do projecto com as políticas;
13
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Bases contextuais do projecto (Sempere, 2004): Necessidades e pedidos problemáticos: Estudo das necessidades sociais e culturais a que o projecto pretende dar resposta; Diagnóstico sobre a problemática a intervir; Tipos e níveis de procura social em que o projecto se baseia.
14
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise interna da organização que assume o projecto Trajectória e objectivos passados: História, experiência anterior, actividades realizadas, imagem e prestígio, implantação territorial, relações institucionais, etc.; Estrutura formal: Forma jurídica, estrutura, organigrama, pessoas, funções, capacidades, etc.;
15
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise interna da organização que assume o projecto Funcionamento interno: Funcionamento da organização em termos de comunicação, tomada de decisões, gestão e coordenação, sistemas de planificação e controlo, etc.; Recursos disponíveis: Disponibilidade de recursos humanos (sua qualificação e experiência), económicos e financeiros, infra-estruturais, de coordenação, de informação e conhecimento, de comunicação, etc.; Outros elementos internos a ter em conta;
16
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Importância do diagnóstico: "Quanto melhor conhecermos um território, melhor seremos capazes de realizar um projecto de desenvolvimento bem adaptado. Uma boa identificação dos pontos fortes e fracos da zona (trunfos, vectores de inovação, principais carências, "trancas" ao desenvolvimento, etc.) vai facilitar a construção de uma dinâmica de desenvolvimento duradouro. Este conhecimento vai também permitir uma melhor avaliação dos efeitos do processo de desenvolvimento em curso" (Campagne et al, 1994: 13).
17
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
O diagnóstico deve indicar claramente (Cristovão e Silva, 2003): As tendências de fundo observáveis no espaço de intervenção no que diz respeito à demografia, economia, alojamento, vida social e cultural, etc.; estruturas demográficas e sociais (idade, sexo e distribuição física da população; taxas de dependência, escolaridade; taxas de nascimento e de mortalidade; emigração); economia local (estrutura de produção e emprego/desemprego); infra-estruturas físicas e sociais (transportes, telecomunicações, alojamento, de saneamento e saúde pública, hospitais, instituições de ensino, facilidades recreativas e culturais, etc.);
18
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
O diagnóstico deve indicar claramente (Cristovão e Silva, 2003): As categorias da população mais atingidas pelos problemas sociais, económicos e culturais; As iniciativas e os projectos que sejam desde já portadores de inovação; Os "obstáculos" que é preciso ultrapassar e, consequentemente, as acções que será necessário realizar nos domínios social, económico, cultural;
19
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
O diagnóstico deve indicar claramente (Cristovão e Silva, 2003): A envolvente institucional (os organismos intervenientes formal e informalmente constituídos); Os recursos (internos e externos) que será necessário mobilizar para as diferentes acções; As forças e as fraquezas do conjunto e das diferentes zonas do espaço de intervenção;
20
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
O que se faz (etapas) no diagnóstico: O diagnóstico de um território visa estabelecer o que é preciso saber para agir sobre o espaço de intervenção e reunir as informações necessárias para esse fim; Identificam-se os problemas (assume-se que há necessidades e aspectos a melhorar na realidade sociocultural pelo projecto); Analisa-se a evolução prognóstica dos problemas, prevendo-se as repercussões que eles possam vir a ter (Cristovão e Silva, 2003);
21
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
O que se faz (etapas) no diagnóstico: Determinam-se as causas dos problemas, os factores de risco associados e as inter-relações que existem entre eles; Determinam-se as necessidades reais ou sentidas pelos grupos alvo;
22
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Fases do diagnóstico: Pré-diagnóstico (fase exploratória); Diagnóstico (recolha e análise da informação); Estabelecimento de prioridades para a intervenção.
23
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Características do diagnóstico: Deve ser (Cristovão e Silva, 2003): Suficientemente alargado; Suficientemente aprofundado; Sucinto; Suficientemente rápido; Suficientemente claro; Corresponder às necessidades do próprio processo de planeamento.
24
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Características do diagnóstico: Deve ter como requisitos importantes (Cristovão e Silva, 2003): A descrição preferencialmente quantitativa da situação; O conhecimento dos factores que a determinam; A análise da sua evolução e perspectivas; A avaliação — se é ou não satisfatória.
25
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Como operacionalizar o diagnóstico (Campagne et al. (1994): Identificar o que é preciso saber para agir sobre uma realidade sociocultural; Decidir quais são as metodologias mais bem adaptadas para reunir as informações correspondentes; Realizar o processo concreto de recolha da informação; Efectuar um tratamento e análise dos dados recolhidos; Traduzir estas conclusões – ou seja o diagnóstico - em componentes básicas de uma estratégia de intervenção.
26
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Porquê o diagnóstico participado (Cristovão e Silva, 2003): Para tirar pleno partido dos conhecimentos, competências, dinâmicas e recursos existentes a nível local; Para obter a adesão e o apoio dos actores locais nos esforços conduzidos para a abordagem dos problemas essenciais e soluções possíveis; Para encorajar a "apropriação" local dos projectos de modo a que o desenvolvimento possa ser duradouro.
27
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Quem deve ser incluído no diagnóstico participado (Cristovão e Silva, 2003): Os grupos específicos a envolver são determinados pelo contexto social e cultural: Os responsáveis políticos, económicos e associativos locais; Os membros dos grupos de interesses económicos, sociais e culturais locais: associações de agricultores, de jovens, de idosos, grupos profissionais, etc.; A população no seu conjunto: no trabalho, em casa, na aldeia, no bairro, etc.
28
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Técnicas quantitativas e qualitativas de diagnóstico: Pesquisa documental Inquéritos por questionário Entrevistas Pesquisa de Consenso: Brainstorming (produção de ideias, sem crítica e avaliação); Técnica de grupo nominal (agregar julgamentos com base na racionalidade/criatividade) Técnica de Delphi (consenso sobre um tópico, conduzido através de via postal) Aproximação a informantes-chave (entrevista pessoal a experts);
29
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Técnicas quantitativas e qualitativas de diagnóstico: Análise de problemas Análise de stakeholders Análise do grupo alvo Análise de parcerias Análise de enquadramento institucional Análise SWOT
30
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise SWOT: Para facilitar a compreensão e a utilização da informação obtida, ela pode organizar-se na matriz SWOT; É uma técnica sintetizadora e simplificadora do diagnóstico; Na análise SWOT (strenghts, weaknesses, opportunities and threats) explicitam-se quais os pontos fortes e fracos duma realidade social específica e as oportunidades e ameaças do meio envolvente a essa realidade;
31
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise SWOT: As oportunidades e os pontos fortes correspondem aos aspectos positivos da realidade a melhorar; As ameaças e os pontos fracos correspondem aos aspectos negativos da realidade a melhorar (constrangimentos políticos e sociais, deficiências estruturais e na dotação de recursos, etc.); Depende de juízos de valor por parte do analista, que representa mais ou menos explicitamente os interesses específicos locais e/ou extra-locais.
32
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise SWOT: Aspectos positivos Aspectos negativos S Strenghts W Weaknesses Interno O Opportunities T Threats Externo
33
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise SWOT: Exemplos de Forças (elementos internos)? Número satisfatório de equipamentos para a prática desportiva; Política municipal de apoio ao fomento da actividade desportiva; População jovem; Abundância de recursos hídricos; Concelho atractivo em termos culturais e de lazer;
34
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise SWOT: Exemplos de Forças (elementos internos)? Actividades económicas com forte probabilidade de expansão; Disponibilidade por parte do município em garantir a rede de transportes fora do horários do período escolar; Dinâmica já existente do apoio domiciliário; Número razoável de colectividades no concelho, particularmente direccionadas para a actividade desportiva das camadas mais jovens (Santos et al, 2007).
35
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise SWOT: Exemplos de Potencialidades (elementos exógenos)? Existência de fundos nacionais disponíveis para apoio a projectos de qualificação em novas tecnologias; Legislação favorável ao fomento do associativismo; Programas do INH para recuperação e construção habitacional;
36
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise SWOT: Exemplos de Potencialidades (elementos exógenos)? Incentivo ao Arrendamento Jovem (IAJ); Plano Regional de Emprego; Programas Agro-Agris, Ruris; Leader+; Programas nacionais de apoio à Educação e Formação ao longo da vida para adultos (Santos et al, 2007).
37
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise SWOT: Exemplos de Debilidades (elementos internos)? Número significativo de habitações degradadas; Fraco espírito empresarial; População pouco qualificada; Diminuição da taxa de natalidade; Dependência física, psicológica e financeira da população idosa; Elevado desemprego feminino;
38
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise SWOT: Exemplos de Debilidades (elementos internos)? Inexistência de Centros de Noite; Falta de Apoio Domiciliário adequado aos vários níveis de dependência; Falta de iniciativa por parte da quase totalidade das associações do concelho; Falta de actividades para os jovens e idosos; Ausência de respostas para desempregados e potenciais desempregados (Santos et al, 2007).
39
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise SWOT: Exemplos de Ameaças (elementos exógenos)? Diminuição de fundos disponíveis para apoio a projectos de inclusão social; Legislação restritiva sobre contratação de pessoal; Vantagens de localização para empresas oferecidas por municípios adjacentes; Conjuntura económico-social desfavorável; Política de Imigração pouco favorável à integração de estrangeiros;
40
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise SWOT: Exemplos de Ameaças (elementos exógenos)? Falta de Incentivos Fiscais ou à Criação de Emprego; Falta de medidas nacionais de incentivo ao desenvolvimento do associativismo; Fracos apoios à fixação de empresas no interior; Capacidade de atracção de população activa local pelo litoral e grandes centros urbanos (Santos et al, 2007).
41
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise SWOT: Por vezes, um facto ou fenómeno social pode ter, simultaneamente, aspectos positivos e aspectos negativos (dualismo estrutural); Uma infra-estrutura como uma auto-estrada origina efeitos positivos e negativos, normalmente.
42
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise SWOT: A SWOT não deve ser preenchida de forma aleatória; deve-se começar pelo quadrante das fraquezas, seguindo-se o quadrante das forças, das oportunidades e das ameaças; Os quadrantes não devem ser preenchidos apenas como listagens de informações sem relação directa; a cada ponto fraco deve-se associar um ou mais pontos fortes que o enfrentem (Schiefer et al, 2006); pode-se também ter a mesma força ligada a mais do que uma fraqueza;
43
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise/diagnóstico de problemas: Apresentação da situação do projecto: Questão central e ideia original do projecto; Identificação de todos os problemas individuais; Validação ou hierarquização dos problemas expostos; Agrupamentos dos problemas por áreas problemáticas; Identificação das relações causa-efeito entre esses problemas; Resulta uma listagem completa dos problemas relevantes e a sua hierarquização;
44
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise/diagnóstico de problemas: Levantamento e organização dos problemas em clusters ou “nuvens”: Relacionar os problemas uns com os outros e organizá- los em grupos apropriados com titulações específicas; Construção de árvores de problemas; É uma representação gráfica da relação de causalidade entre situações a melhorar, problemas e necessidades encontradas, de forma a que seja possível perceber o impacto da resolução de determinadas situações problemáticas noutras situações problemáticas (Pena, 2002).
45
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise/diagnóstico de problemas: Levantamento e organização dos problemas em clusters ou “nuvens”: Obter uma listagem o mais exaustiva possível de situações a melhorar/problemas do sistema em que a intervenção vai decorrer; Envolver os detentores de conhecimento sobre essa realidade, maximizar a participação e o envolvimento no levantamento de problemas (Pena, 2002); “Problema é toda a situação actual da qual se perspectiva uma situação desejada, uma melhoria possível” (Pena, 2002: 10); são todas as situações que não estão como o desejado pelos elementos do campo de intervenção (Pena, 2002);
46
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise/diagnóstico de problemas: Levantamento e organização dos problemas em clusters ou “nuvens”: As ferramentas a usar envolvem: reuniões formais e estruturadas “brainstorming”; outras reuniões estruturadas; reuniões informais; entrevistas estruturadas; entrevistas informais e inquéritos (Pena, 2002).
47
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise/diagnóstico de problemas: Levantamento e organização dos problemas em clusters ou “nuvens”: Os problemas levantados de forma exaustiva devem ser filtrados antes de ser incluídos na listagem: relativizar e suprimir os que não têm significado real; Os problemas têm de ser concretos e reais e não relacionados com juízos de valor, suposições ou personalizações da realidade (Pena, 2002); Os problemas têm de ser sustentados e ter relevância e impacto (Pena, 2002);
48
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise/diagnóstico de problemas: Levantamento e organização dos problemas em clusters ou “nuvens”: Os problemas devem ser formulados pela negativa (Pena, 2002); por exemplo, excesso de desemprego é melhor do que apenas desemprego; há sempre desemprego; o problema é se ele é considerado, em termos comparativos, excessivo ou não; Os problemas devem ser enunciados de forma sintética evitando situações como: a formulação de dois problemas numa só formulação ou a formulação do problema com a medida já incluída (Pena, 2002); por exemplo, excesso de erros na utilização duma máquina por falta de formação; o melhor é retirar da formulação por falta de formação;
49
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise/diagnóstico de problemas: Construção de árvores de problemas; Identificação do problema central em cada uma dos clusters de problemas (tronco da árvore de problemas); Organização dos restantes problemas da nuvem em relação ao problema central; saber se são causas ou efeitos do problema central (raízes e ramos da árvore de problemas); Os problemas que estão na parte superior da árvore resultam directamente dos que estão imediatamente abaixo; resolvendo os problemas abaixo podemos esperar um impacto na resolução dos que estão acima.
50
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Árvore de problemas Efeitos Problema central Causas
51
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Árvore de problemas Problema central
52
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise/diagnóstico de problemas: Como construir a árvore de problemas: Procurar e colocar em destaque um problema que resulta da existência de todos os outros (problema central); Procurar e colocar, entre os restantes problemas, os que contribuem directamente para a existência do problema central (os que estão no nível imediatamente abaixo – de primeiro nível); Procurar e colocar os problemas que contribuem directamente para a existência dos problemas do primeiro nível (problemas de segundo nível);
53
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise/diagnóstico de problemas: Como construir a árvore de problemas: Procurar e colocar todos os problemas que contribuem directamente para os já colocados, até esgotar todos os problemas da lista; Os problemas terminais são aqueles que não têm nenhum problema a contribuir para a sua existência; são os que resolvidos e atenuados contribuem para a resolução dos que estão nos níveis acima; Pode haver problemas que não constam da lista inicial, mas que ligam a árvore e que devem ser acrescentados.
54
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise/diagnóstico de problemas: Como construir a árvore de problemas: As bifurcações devem existir no sentido descendente e nunca no sentido ascendente (no caso de haver uma situação problemática a contribuir para a existência de dois problemas, essa contribuição deve ser reduzida a uma relação causa-efeito); Ter apenas um problema a contribuir para a existência dum outro problema é uma situação que requer uma análise mais aprofundada (podem ter-se formulado falsos problemas, pode haver problemas que não foram considerados na lista inicial, pode haver duas formulações distintas do mesmo problema); Aparecer um grande número de problemas a contribuir para a existência dum só (pode haver problemas que não sejam importantes e que possam ser retirados).
55
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Árvore de problemas Serviço prestado aquém do possível Baixa produtividade Deficiente rentabilização do serviço prestado Reduzida motivação para o trabalho Má organização dos recursos humanos Falta de informação de apoio à venda Dificuldade em implementar a disciplina no trabalho Carências no perfil da chefia
56
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise de stakeholders: Pessoa ou grupo que possui relações com o projecto ou é afectado por ele – grupos alvo, organizações parceiras, entidades financiadoras, etc. (Schiefer et al, 2006); Consiste na apreciação de quem será afectado pelo projecto e de que forma (Schiefer et al, 2006): Apreciação preliminar ex-ante por parte do promotor do projecto e da equipa de planeamento; Procurar, de forma participada, quais os stakeholders relevantes e envolvê-los no processo de planeamento;
57
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise de stakeholders: Consiste na apreciação de quem será afectado pelo projecto e de que forma (Schiefer et al, 2006): As suas perspectivas devem ser cuidadosamente consideradas na formulação preliminar dos objectivos do projecto; Deve ser um sumário, para cada um dos stakeholders identificado: do seu maior ou menor interesse na concretização do projecto; do seu contributo (positivo ou negativo) provável; da sua importância para o sucesso do projecto; do seu grau de influência no projecto; dos efeitos prováveis do projecto para os seus interesses.
58
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise de stakeholders: Consiste na apreciação de quem será afectado pelo projecto e de que forma (Schiefer et al, 2006): Conhecer os processos de tomada de decisão dos stakeholders; Determinar a estratégia de participação e envolvimento dos stakeholders no processo de planeamento e avaliação – plano de comunicação com os stakeholders: Desde a partilha de informação até à sua capacitação e emancipação; Desde a realização de reuniões de informação, passando por sessões de trabalho e workshops e até à publicação de boletins, newsletters, etc.
59
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise de stakeholders (Schiefer et al, 2006): Grupos de stakeholders Interesses em jogo Efeito do projecto sobre os seus interesses Sua importância para o projecto Sua influência no projecto D ++ a – (muito significativo a muito pouco significativo); 5 a D (muito importante/ grande influência a desconhecida)
60
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Matriz de análise de stakeholders (Schiefer et al, 2006): Fases do projecto/ Tipo de participação e envolvimento Partilha de informação Consulta Colaboração (partilha do controlo) Capacitação (transferência do controlo) Identificação Diagnóstico Planeamento Implementação e monitorização Avaliação (inserir os stakeholders nas células apropriadas)
61
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise de grupos alvo: Análise necessária em especial em projectos de intervenção social(Schiefer et al, 2006): Como é que os grupos alvo percepcionam os seus problemas, que mudanças desejam e o seu raio de acção; Como é que a estratégia pensada para o projecto se adequa às necessidades sentidas e aos pontos fortes dos grupos alvo; Quais as diferenças sociais dentro da população e o grau de variação da capacidade dos diferentes grupos sociais para avançar;
62
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise de grupos alvo: Análise necessária em especial em projectos de intervenção social(Schiefer et al, 2006): Quais as percepções do grupo alvo e as suas atitudes face aos outros stakeholders; Quais os riscos e impactes duma estratégia ou ideia de projecto.
63
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise do enquadramento institucional: Todos os projectos têm um ambiente institucional que os envolve; há outras organizações que trabalham na mesma área de intervenção, que têm um impacte no projecto e que são afectados por este (Schiefer et al, 2006): Pode ser realizada com o modelo do “arco-íris”: Consiste num número de semi-círculos concêntricos (níveis), começando com a unidade de análise mais pequena no centro;
64
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise do enquadramento institucional: Pode ser realizada com o modelo do “arco-íris”: Incluem-se depois as unidades (instituições e grupos relevantes), atendendo à sua proximidade geográfica do grupo alvo; são colocadas nos semi-círculos apropriados para mostrar essa maior ou menor proximidade; O modelo mostra ainda a posição da organização/unidade de análise em relação às instituições estatais e privadas; estas são separadas e colocadas em cada um dos lados dos semi-círculos (Estado no lado esquerdo e privados no lado direito).
65
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Análise do enquadramento institucional: Depois de construída a estrutura e localizadas as organizações analisam-se as ligações que existem entre elas (Schiefer et al, 2006): Identificam-se os fluxos de recursos, informação e autoridade; Quem comunica com quem; Quem troca informações com quem; Quem dá directrizes a quem; Quem oferece/recebe recursos e de quem;
66
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Conteúdos, Orientação e Objectivos do Projecto
67
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Conteúdos, orientação e objectivos do projecto: Conteúdos e descrição (Sempere, 2004): Descrição e título do projecto; Definição geral e finalidade; Conteúdos e acções principais, complementares e derivadas a realizar ; Esquema geral do projecto.
68
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Conteúdos, orientação e objectivos do projecto: Orientação e âmbito conceptual (Sempere, 2004): Referentes teóricos relacionados com o conteúdo do projecto; investigações e estudos de referência; Orientação e critérios pedagógicos, sociais, culturais, psicológicos, etc.; Incidência de âmbito conceptual em aspectos metodológicos e organizativos; Grau de inovação ou carácter experimental do projecto.
69
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Conteúdos, orientação e objectivos do projecto: Objectivos (Sempere, 2004): Descrição dos objectivos gerais e específicos; Resultados e mudanças pretendidas por estes objectivos; Análise do conteúdo dos objectivos a um princípio de realidade; Grau de adaptação em função das variáveis de gestão.
70
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Conteúdos, orientação e objectivos do projecto: Previsão da avaliação (Sempere, 2004): Objectivos da avaliação; Previsão de métodos de avaliação; Tipos de avaliação e agentes avaliadores; Indicadores de avaliação do processo e do impacto dos resultados.
71
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Planeamento de projectos orientado para objectivos (P.P.O.O.): Grupos envolvidos Análise Problemas Objectivos Alternativas Objectivos/actividades Construção Indicadores da matriz Meios de verificação (MEL ou MQL Pressupostos ou MPP)
72
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Planeamento de projectos orientado para objectivos (P.P.O.O.): Análise (etapa de identificação): Usar, por exemplo, as árvores de problemas e de objectivos; A árvore de objectivos é uma árvore sombra (simétrica) da árvore de problemas; nela estão representadas as situações desejadas (objectivos) relativas a cada uma das situações problemáticas indicadas na árvore de problemas; Tem também um objectivo central, objectivos terminais e níveis de objectivos;
73
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Árvore de objectivos Melhorar o serviço prestado Aumentar a produtividade Melhorar a rentabilização do serviço prestado Aumentar a motivação para o trabalho Melhorar a organização dos recursos humanos Aumentar a informação de apoio à venda Reduzir as dificuldades em implementar a disciplina no trabalho Desenvolver o perfil da chefia
74
Uma árvore de problemas complexa
Desemprego Diminuição dos rendimentos per capita Baixo nível de actividade económica Setores tradicionais da economia local em reconversão Apoio insuficiente à criação de novas empresas Programa DelNet - CIF/OIT / A.Vidal
75
Sectores tradicionais
Árvore de objectivos Criação líquida de emprego Aumento dos rendimentos per capita Aumento da actividade económica Sectores tradicionais da economia local reconvertidos Apoio à criação de novas empresas Programa DelNet - CIF/OIT / A.Vidal
76
Árvore de objectivos (após a priorização e definição da estratégia)
Criação líquida de emprego Aumento da atividade económica Apoio à criação de novas empresas Programa DelNet - CIF/OIT / A.Vidal
77
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Planeamento de projectos orientado para objectivos (PPOO): Uma vez concluída com sucesso a fase de diagnóstico, com o desenvolvimento de objectivos gerais e específicos, a utilização da matriz do enquadramento lógico assegura um plano coerente e transparente que já incorpora os indicadores para a monitorização e a avaliação, tendo também em consideração o ambiente externo do projecto. È também uma visualização conveniente da estrutura interna do projecto (Schiefer et al, 2006).
78
A matriz do quadro lógico ou matriz de planeamento de projectos
Meios de Hipóteses Descrição Indicadores Verificação Riscos Objectivo geral (desenvolvimento ou global) Objectivo(s) específico(s) (imediatos) Resultados Actividades Orçamentos Recursos Programa DelNet - CIF/OIT / A.Vidal
79
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Planeamento de projectos orientado para objectivos (PPOO): Matriz de enquadramento/quadro lógico (MEL/MQL): OBJECTIVO GERAL OU FINALIDADE (de desenvolvimento ou global): o objectivo a longo prazo para o qual o projecto vai contribuir; OBJECTIVOS ESPECÍFICOS (imediatos): a alteração ou as alterações que o projecto vai promover se for implementado com êxito; Devem ser específicos, mensuráveis, precisos, realistas e alcançáveis no tempo; Formulam-se usando verbos claros e concludentes, no infinito: “Aumentar a capacidade técnica das estruturas de apoio à criação de PME’s” (Programa DelNet - CIF/OIT / A.Vidal).
80
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Planeamento de projectos orientado para objectivos (PPOO): Matriz de enquadramento/quadro lógico (MEL/MQL): RESULTADOS OU METAS: são o produto directo, tangível e específico das actividades do programa ou projecto; não se deve confundir resultados com objectivos: Formulação aconselhada: “Uma rede descentralizada de ninhos de empresas estabelecida e plenamente operacional” (Programa DelNet - CIF/OIT / A.Vidal). ACTIVIDADES: Tarefas que, passo a passo, há que efectuar para produzir os resultados; não se deve confundir actividades com resultados: Formulação aconselhada: “Efectuar os estudos de viabilidade” (Programa DelNet - CIF/OIT / A.Vidal).
81
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Planeamento de projectos orientado para objectivos (PPOO): Matriz de enquadramento/quadro lógico (MEL/MQL): RECURSOS: Meios necessários e suficientes para implementar as actividades do programa ou projecto; Incluem recursos humanos e institucionais, equipamento, materiais, fundos de investimento, etc.; Não se deve confundir com o orçamento. INDICADORES: critérios de êxito (realísticos e mensuráveis) que permitirão a monitorização e avaliação dos resultados do projecto: Formulação aconselhada: “Pelo menos 30% de desempregados encontraram trabalho nas PME’s criadas” (Programa DelNet - CIF/OIT / A.Vidal).
82
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Planeamento de projectos orientado para objectivos (PPOO): Matriz de enquadramento/quadro lógico (MEL/MQL): INDICADORES: DE OUTPUT (BENS E SERVIÇOS IMEDIATOS CRIADOS PELO PROJECTO); DE RESULTADOS (MUDANÇAS ESPERADAS DENTRO DO GRUPO ALVO); DE IMPACTE (INFLUÊNCIA SUSTENTÁVEL QUE SE ESPERA DO PROJECTO SOBRE O AMBIENTE); DE PROCESSO; DE INPUT (RECURSOS USADOS PELO PROJECTO) .
83
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Planeamento de projectos orientado para objectivos (PPOO): Matriz de enquadramento/quadro lógico (MEL/MQL): MEIOS DE VERIFICAÇÃO: fontes de informação/ métodos para verificar os indicadores: “Estudo do Censo de desempregados do município e da delegação local do Ministério do Trabalho” (Programa DelNet - CIF/OIT / A.Vidal). FACTORES EXTERNOS (PRESSUPOSTOS / HIPÓTESES/ RISCOS): situações, acontecimentos, condições, decisões, etc. que é necessário que ocorram para que o projecto tenha êxito, mas que estão fora do controle do próprio projecto. “A tendência para a estabilização das taxas de juro confirma-se durante o período de implementação do programa ou projecto” (Programa DelNet - CIF/OIT / A.Vidal).
84
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Planeamento de projectos orientado para objectivos (PPOO): Matriz de enquadramento/quadro lógico (MEL/MQL): DOIS MODOS DE LEITURA: LÓGICA VERTICAL (DE INTERVENÇÃO DO PROJECTO): explica o projecto (a sua concepção básica) e as razões porque é efectuado; objectivo geral e específicos, resultados, actividades e recursos; LÓGICA HORIZONTAL: avalia o grau de sucesso do projecto com uma série de provas objectivas e analíticas; indicadores (quanto?, quando?, o quê?), meios de verificação e factores externos (pressupostos).
85
Estrutura lógica de um projecto (I)
Objectivo geral (de desenvolvimento ou global) Objectivo(s) específico(s) ou imediato(s) Objectivo geral do projecto a longo prazo O projecto contribuirá para... Reflecte a(s) mudança(s) que o projecto espera alcançar O projecto conseguirá… Programa DelNet - CIF/OIT / A.Vidal
86
Estrutura lógica de um projecto (II)
Resultados Actividades Recursos Produtos gerados pelas actividades do projecto Produzir Acções a serem realizadas para alcançar os resultados Fazer Recursos humanos, técnicos e materiais necessários e suficientes para executar as actividades Disponibilizar Programa DelNet - CIF/OIT / A.Vidal
87
A matriz do quadro lógico ou matriz de planeamento de projectos
Hipóteses Descrição Riscos Objectivo geral (desenvolvimento ou global) Objectivo(s) específico(s) (pressupostos para a concretização do objectivo geral) (imediatos) Resultados (pressupostos para a concretização dos objectivos) Actividades (pressupostos para a concretização dos resultados) Recursos Adaptado de Schiefer et al, 2006
88
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Planeamento de projectos orientado para objectivos (PPOO): Matriz de enquadramento/quadro lógico (MEL/MQL): Relação entre pressupostos, objectivos, resultados e actividades: As actividades apenas irão conduzir aos resultados pretendidos se o permitirem os pressupostos; as actividades somadas aos pressupostos dos resultados satisfeitos (de nível superior) conduzem aos resultados; Os resultados somados aos pressupostos satisfeitos conduzem à concretização dos objectivos específicos; O objectivo específico do projecto somado aos pressupostos satisfeitos contribui para o objectivo geral.
89
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Objectivos: Correspondem aos resultados visados em termos de estado que se pretende atingir pela implementação do projecto; Estrutura de um Objectivo (Cristovão e Silva, 2003): Pertinente, adequando-se às situações que suscitaram a intervenção; Preciso, contendo em si a exactidão do percurso a efectuar e definindo o novo estado pretendido; Realizável, não sendo um objectivo demasiadamente ambicioso, sem hipóteses de ser alcançado: Mensurável, fornecendo a possibilidade de uma correcta avaliação posterior.
90
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Objectivos: Estrutura de um Objectivo (Cristovão e Silva, 2003): A natureza da situação desejada; Os critérios de sucesso ou de fracasso; A população alvo do projecto; A zona de aplicação do projecto; O tempo em que deverá ser atingido. Exemplo: Reduzir a taxa de mortalidade específica por acidentes por veículos a motor (elemento 1) para 15 por (elemento 2), no grupo etário dos 0 a 25 anos (elemento 3), no Distrito de Beja (elemento 4), até ao ano 2010 (elemento 5).
91
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Objectivos: Os objectivos devem ser interdependentes e sequenciais (hierarquizados). Uma boa hierarquização dos objectivos integra a formulação de objectivos gerais e de objectivos específicos (Cristovão e Silva, 2003); Exemplo de Objectivo Geral (Cristovão e Silva, 2003): Reduzir em 50% a taxa de mortalidade específica por acidentes por veículos a motor, na população com menos de 25 anos, no Distrito de Beja, até 2010.
92
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Objectivos: Exemplo de Objectivos Específicos associados: 1.- Até 2010, 100% dos automobilistas do Distrito de Beja com menos de 25 anos, deverão ter sido submetidos a uma acção de formação sobre a prevenção rodoviária; 2.- Até 2007, 100% dos pontos negros das estradas do Distrito de Beja deverão estar providos de sinalização adequada, referenciando a existência de perigo; 3.- Até 2005, 50% dos pais dos jovens com menos de 18 anos, deverão ter sido submetidos a acções de educação sobre a necessidade de instruírem os filhos sobre normas de segurança rodoviária.
93
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Objectivos e Indicadores: Natureza dos objectivos e indicadores: Input: tudo o que se refere a recursos; Output: tudo o que se refere a produtos e serviços; Impacte: tudo o que identifica impactes (influência sustentável sobre o ambiente) da intervenção; Deve procurar-se sempre definir objectivos de impacte; se tal não for possível deve-se então definir objectivos de output; se tal também for impossível os objectivos a definir serão de input.
94
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Estabelecimento de prioridades: Modelo Eisenhower (Schiefer et al, 2006): Técnica de hierarquização das prioridades de intervenção; é um método de grande simplicidade e utilidade em termos de visualização, fundamentando-se em dois critérios de qualificação e priorização de problemas ou necessidade de intervenção: importância e urgência; É uma forma possível de dar um passo intermédio na transformação de problemas em objectivos; Os problemas que necessitam de atenção imediata (os que são importantes e urgentes) são colocados no quadrante superior direito (prioridade I);
95
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Estabelecimento de prioridades: Modelo Eisenhower (Schiefer et al, 2006): Os problemas que são importantes mas não urgentes são colocados no quadrante superior esquerdo (prioridade II); Nos quadrantes inferiores colocam-se os problemas menos importantes e que não afectam nem põem em causa o projecto; estes problemas podem ser deixados de lado na formulação de objectivos gerais e específicos.
96
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Estabelecimento de prioridades (outros métodos): Modelo Eisenhower (Schiefer et al, 2006): Elevada Prioridade II Prioridade I Importância A negligenciar Prioridade III Reduzida Urgência Elevada
97
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Estabelecimento de prioridades: Grelha de priorização (Schiefer et al, 2006): Tabela de dupla entrada onde os problemas são hierarquizados de acordo com alguns critérios seleccionados; Esses critérios incluem a importância e a urgência e outros como os recursos disponíveis, a sensibilidade dos técnicos e dirigentes à sua erradicação ou a importância que eles têm para o grupo alvo; Começa-se por seleccionar os critérios de priorização e estabelecer a relevância de cada um deles (factor de ponderação); em seguida, cada um dos problemas identificados é classificado numa escala de 1 a 5; Os problemas mais pontuados são aqueles que são prioritários para o projecto.
98
Concepção, Gestão e Avaliação de Projectos
Grelha de priorização (Schiefer et al, 2006): Problemas Critérios de priorização Importância (40%) Urgência (40%) Recursos existentes (20%) Média ponderada Problema 1 0,4 0,2 Problema 2 Problema 3 Problema n
Apresentações semelhantes
© 2024 SlidePlayer.com.br Inc.
All rights reserved.