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Agentes Tóxicos Contaminantes Diretos de Alimentos Metais

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Apresentação em tema: "Agentes Tóxicos Contaminantes Diretos de Alimentos Metais"— Transcrição da apresentação:

1 Agentes Tóxicos Contaminantes Diretos de Alimentos Metais
Toxicologia de Alimentos Curso de pós-graduação em Segurança Alimentar e Qualidade Nutricional CEFET QUÍMICA DE NILÓPOLIS-RJ Lourdes Masson

2 Contaminantes Químicos Diretos de Alimentos
São considerados toda substância que: não seja um dos seus componentes naturais; possa se tornar parte do alimento durante sua produção, processamento e/ou armazenamento e apresente risco de provocar dano à saúde de quem o consome. Miller, 1991 Lourdes Masson

3 Metais tóxicos “A maior parte dos metais encontrados no organismo humano (essenciais ou não essenciais) apresentam alta reatividade química e atividade biológica, na forma de íons, radicais ou complexos. Assim, podem ser potencialmente de alto risco, dependendo da quantidade ingerida e das outras condições associadas à exposição (tempo e freqüência da exposição e susceptibilidade do organismo exposto).” Midio & Martins, 2000. Lourdes Masson

4 Metais tóxicos “Metal tóxico é todo aquele que pertence a um grupo de elementos que não possui características benéficas e nem essenciais para o organismo, produzindo efeitos danosos para as funções metabólicas normais, mesmo quando presentes em quantidades traços.” Pargmiagiani & Midio, 1995 “Metais essenciais, por sua vez, podem tornar-se nocivos ao organismo quando ingeridos em quantidades muito acima das nutricionalmente desejáveis, ou quando a exposição ocorra por outras vias que não a oral.” Midio & Martins, 2000. Lourdes Masson

5 Metais tóxicos Os metais não essenciais e tóxicos, com configuração eletrônica e propriedades similares aos essenciais, são facilmente absorvidos, distribuídos e eliminados. Assim, os metais tóxicos competem com os essenciais, possibilitando a ocorrência de inibição de suas funções. Lourdes Masson

6 Alguns metais essenciais e não essenciais presentes no organismo humano.
Metal Ingestão (mg/dia) Excreção urina Excreção suor Deposição (μg/dia) Essenciais Cromo (Cr) Manganês (Mn) Ferro (Fe) Cobalto (Co) Selênio (Se) Molibidênio (Mo) Níquel (Ni) 0,05-0,1 2,2-8,8 15 0,3 0,068 0,4 0,008 0,225 0,25 0,26 0,04 0,15 0,011 0,059 0,097 0,5 0,017 0,34 0,061 0,083 0,69-0,96 1,00 130 0,17-0,28 0,3-13 - Não-essenciais Cádmio (Cd) Chumbo (Pb) Mercúrio (Hg) Arsênio (As) 0,215 0,45 0,02 1,0 0,03 0,015 0,195 0,256 0,0009 2,8-4,8 18-19 Fonte: Midio & Martins,2000 Lourdes Masson

7 Metais veiculados pela dieta
As quantidades absorvidas e retidas pelo animal dependem: das características físico-químicas da substância; da composição dos alimentos; do estado nutricional e de fatores genéticos do organismo exposto. Lourdes Masson

8 Concentrações de alguns metais em alguns alimentos
Metal Teores (mg/kg) Origem marinha Zinco (Zn) 5-1000 Arroz não beneficiado Cromo (Cr) 0,16 Arroz beneficiado 0,04 Carne bovina Níquel (Ni) 0-4,5 Fonte: Midio & Martins, 2000 Lourdes Masson

9 fatores relacionados ao solo (pH e [matéria orgânica] do solo);
Acúmulo de metais em tecidos vegetais e animais produtores de alimentos Depende de: natureza do vegetal (concentram-se 1o nas raízes das plantas, sistema solo-planta de proteção da cadeia alimentar, ex.: grãos de milho e soja s/ metais tóxicos); fatores relacionados ao solo (pH e [matéria orgânica] do solo); fatores externos (temperatura, luz e umidade, além de fertilizantes) e rações, água e pastagens contaminadas. Lourdes Masson

10 Principais usos industriais
Chumbo- Pb Conhecido desde os tempos remotos, sendo obtido por vários métodos a partir do mineral GALENA, PbS Principais usos industriais fabricação de baterias; indústria extrativa, petrolífera, cerâmica, gráfica e bélica; chumbo tetraetila (C2H5)4Pb (aditivo antidetonante da gasolina); tintas (zarcão); pigmento corante em pinturas (alvaiade de chumbo). Lourdes Masson

11 Fontes de exposição ao Chumbo – PB1
A contaminação dos alimentos produzidos próximos às regiões industrializadas é afetada pelas características das indústrias. Os organismos que vivem no ambiente aquático captam e acumulam o Pb existente na água e no sedimento (maiores teores). Exemplos: Peixes acumulam Pb nas brânquias, fígado, rins e ossos. Mariscos apresentam concentrações mais elevadas de Pb na carapaça do que nos tecidos moles. Lourdes Masson

12 Fontes de exposição ao Chumbo – PB2
Nos vegetais a captação do metal se dá pelas raízes e pela deposição de matéria finamente particulada. Exemplos: Gramíneas, espinafre e cenoura podem contribuir na ordem de 73-95% dos teores de Pb encontrados. Chumbo tetraetila (aditivo da gasolina) provoca aumento dos níveis de Pb no ar e, conseqüentemente, nos alimentos. Lourdes Masson

13 Fontes de exposição ao Chumbo – PB3
Nos animais de corte há uma correlação positiva entre [Pb] nos tecidos e nos alimentos. Exemplo: Níveis variáveis de Pb- nos ossos observa-se as maiores [Pb] ~ 350μg/kg. Processos de industrialização ou preparo doméstico podem incorporar Pb aos alimentos quando usados utensílios de cerâmica, chumbo-cristal ou metálicos. Lourdes Masson

14 Fontes de exposição ao Chumbo – PB4
os elevados níveis de Pb no sangue estão associados a ingestão de bebidas alcoólicas desde a Idade Média. Exemplos: Cervejas produzidas em latas, garrafas e em barris contêm níveis de Pb que variam de 10 a 100μg/L. Além da contaminação das uvas durante o cultivo, os vinhos engarrafados podem receber uma proteção de chumbo que cobre as rolhas, e que liberam o metal durante a transferência da bebida. Lourdes Masson

15 Teores de Pb encontrados em suínos e bovinos entre 1984-1988 por pesquisadores suecos
Espécies Teores (mg Pb/kg) Suínos Carne Fígado Rim < 0,005 0,019 0,016 Bovinos 0,047 0,097 Fonte: Oga, 2003. Lourdes Masson

16 Gêneros alimentícios que mais contribuem para o total de Pb ingerido
Toxicocinética Gêneros alimentícios que mais contribuem para o total de Pb ingerido Água potável, Bebidas, Cereais, Frutas e Vegetais. Lourdes Masson

17 Toxicocinética ABSORÇÃO DE Pb Influenciada pela(s):
solubilidade de seus sais e complexos; condições de plenitude gástrica; presença de proteínas, Ca, Fe, Mg e P; condições de pH ácido do estômago; passagem para o intestino delgado; secreções gastrintestinais e enzimas digestivas (convertem o metal a sua forma disponível para absorção). Lourdes Masson

18 Toxicocinética Diferenças na absorção de Pb entre crianças e adultos
Absorção de Pb pelo TGI (%) Adultos sadios 4-11 Crianças 45-50 Fonte: Oga, 2003 Lourdes Masson

19 Toxicocinética A quantidade de Pb que permanece disponível no organismo pode estar contida em 3 compartimentos diferentes: tecido ósseo – 90% do total, tecidos moles (rins, sistema nervoso e fígado) – 0,3 a 0,9 mg, sangue – 2mg (ñ expos. ocup). Lourdes Masson

20 Toxicocinética DISTRIBUIÇÃO
Depende da velocidade de sua liberação do sangue para os vários órgãos, independente da via de introdução no organismo. Plumbemia é função da absorção, armazenamento e excreção do metal no organismo. [Pb-sangue] = [Pb absorvido – (Pb armazenado + Pb excretado)] Lourdes Masson

21 Toxicocinética No tecido ósseo
acúmulo como fosfato de chumbo insolúvel em torno de 90% do total disponível no organismo. ½ vida do Pb 2-10 anos. segue o movimento do Ca podendo ser liberado dos ossos p/ o sangue durante a descalcificação de ossos, gravidez e amamentação. Obs.: Estima-se que o leite humano contenha [Pb] variando de 5-12mg/L. Lourdes Masson

22 rins, sistema nervoso e fígado
Toxicocinética Tecidos moles: rins, sistema nervoso e fígado Pb não tem caráter cumulativo, mas apresenta ação tóxica importante como agente neurotóxico e nefrotóxico. ½ vida do Pb de 40 dias. [Pb] elevadas nos rins e fígado podem estar relacionadas à função excretora desses órgãos. Lourdes Masson

23 Toxicocinética No sangue: ½ vida de 36 dias. Pb apresenta-se:
em uma forma não difusível, ligada aos eritrócitos e, (>16 x) em outra forma difusível no plasma, ligado à albumina (ação + ativa do metal = aparecimento de efeitos tóxicos nos ≠s órgãos e sistemas). Lourdes Masson

24 Toxicocinética (Baloh, IN: Cezard & Maguenoer, Toxicologie du plomb chez l'homme,1992.) Lourdes Masson

25 Excreção ocorre em 3 fases: rápida, lenta e muito lenta.
Toxicocinética Excreção ocorre em 3 fases: rápida, lenta e muito lenta. urina, fezes, suor, leite, saliva, cabelos e unhas. Fonte: Leite, 2003 Lourdes Masson

26 12,6 μg Pb/kg de peso corpóreo/dia
Ingestão Diária de Pb No Brasil, foi estimada a ingestão diária de Pb, considerando-se níveis do metal em alguns alimentos consumidos: frutas, vegetais, carnes, peixes e pescados e leite. Os cálculos indicaram 12,6 μg Pb/kg de peso corpóreo/dia Segundo o GEMS/Food (Global Environmental Monitoring Programme, UNEP/FAO/WHO) a estimativa de introdução de Pb, considerando uma dieta hipotética global, é de 29 μg/kg de peso corpóreo/semana Lourdes Masson

27 Níveis de exposição e relação dose-efeito
Fatores de conversão e níveis de ingestão de Pb, que proporcionam níveis de LOAEL População Nível de efeito para Pb – S (μg/dL) Fator de conversão Nível de efeito derivado (μg Pb/dia) Crianças 10 0,16 60 Mulheres grávidas 0,04 250 Adultos 30 750 Fonte: Oga, 2003 Lourdes Masson

28 Níveis de exposição e relação dose-efeito
Crianças com idade acima de 7 anos necessitam de ingestão maior ( μg/dia) para produzir plumbemia da ordem de 10 μg/dL. Como o NOAEL não pode ser estabelecido, estima-se o LOAEL. Nos adultos, 30 μg de Pb/dL de sangue é considerado LOAEL e está associado com disfunções nervosas periféricas, elevação dos níveis de protoporfirina e pressão sangüínea. Lourdes Masson

29 Níveis de exposição e relação dose-efeito
Ingestão Total Diária Tolerável (TTDI, tolerable total dietary intake) TTDI = nível de efeito derivado (μg Pb/dia) FS (10) Assim, Crianças (0-6 anos) – 6 μg Pb/dia Crianças (>7 anos) – 15 μg Pb/dia Mulheres grávidas - 25 μg Pb/dia Adultos – 75 μg Pb/dia Lourdes Masson

30 Mecanismo de ação tóxica do Pb
Na forma difusível plasmática - pode ocorrer simultaneamente em vários órgãos e sistemas, levando ao aparecimento de efeitos mais notáveis nos sistemas renal e nervosos central e periférico. Encefalopatia satúrnica – associada à ingestão de água, bebidas e alimentos contaminados com altas [Pb]. Sintomas: edema cerebral, problemas de memória e psíquicos. Efeitos nefrotóxicos – lesão tubular e nefropatia inespecífica e satúrnica podendo evoluir para insuficiência renal. Lourdes Masson

31 Mecanismo de ação tóxica do Pb
Efeitos hematológicos Interferência na biossíntese do heme Pb atua em várias reações enzimáticas nos eritoblastos da medula óssea durante a formação da hemoglobina [precursores do heme] na urina e no sangue ANEMIA conseqüência do aumento de velocidade de destruição das hemáceas Lourdes Masson

32 Esquema da ação do Pb sobre a biossíntese do HEME na medula óssea
Fonte: Leite, 2003 Lourdes Masson

33 Interações entre Pb e nutrientes
Principais interações observadas em experimentos com animais [Proteínas na dieta] [Pb] nos tecidos [Ca] absorção, deposição e excreção urinária de Pb [P] absorção e retenção de Pb agindo de forma aditiva à deficiência de Ca. [Fe] deposição de Pb em todo o organismo. [Zn] [Pb] nos tecidos Ausência de Mg na dieta absorção de Pb Deficiência de vitamina E agrava efeitos provocados pelo Pb Lourdes Masson

34 Prevenção A Ingestão Diária Tolerável provisória (pTDI) é de 3,6 μg de Pb/kg de peso corpóreo (FAO/WHO, 1988). A Ingestão Semanal Tolerável provisória (PTWI) é de 25 μg Pb/kg de peso corpóreo (FAO/WHO, 1987). Lourdes Masson

35 Cádmio- Cd Sua identificação data de 1817 e sua toxicidade foi logo reconhecida e os sintomas descritos. Sais de Cd foram usados como anti-helmínticos, anti-sépticos, acaricidas e nematicidas, tendo sido citados em várias farmacopéias do início do século XX. É um elemento altamente tóxico e um dos mais perigosos de todos os metais contaminantes presentes nos alimentos e no ambiente, não apenas pelos altos níveis de toxicidade, mas também devido a sua ampla distribuição e aplicações industriais. Lourdes Masson

36 Cádmio- Cd As principais vias de exposição podem ser identificadas como: exposição envolvendo principalmente inalação de poeira e fumaça; exposição incluindo a entrada oral ou a exposição a este elemento; exposição crônica observada através dos alimentos, ar e água. Lourdes Masson

37 A produção industrial de cádmio
34%- revestimentos metálicos para as indústrias automobilística, espacial e de telecomunicação. 23%- produção de pigmentos para tintas, vernizes e plásticos. 15%- empregado como estabilizador (inibe a degradação do PVC). Outros usos: componente de acumuladores alcalinos, constituintes de soldas e ligas de baixa fusão, produção de cabos de alta condutividade, como endurecedor para o cobre, na cura da borracha, na indústria do vidro, na fotografia, na litografia e, em processos de gravura. E ainda, como constituinte de amálgama e como anti-helmíntico para aves e suínos. Lourdes Masson

38 Fontes de exposição ao Cádmio
produção de aço incineração de lixo deposição e precipitação no solo agrícola elevados níveis próximos às fundições (>>100mgCd/kg de solo) resíduo de fabricação de cimento cinzas da queima de combustíveis fósseis utilização de fertilizantes fosfatados ([Cd] varia amplamente e depende da origem das rochas de fosfato) processos de galvanoplastia fabricação de baterias Ni–Cd fabricação de pigmentos fumo de tabaco (1 cigarro ~ 1,4 mg de cádmio) Lourdes Masson

39 Cádmio- Cd Do ponto de vista alimentar, os casos de contaminação por Cd estão diretamente relacionados com a capacidade cumulativa do metal no organismo. Os principais alimentos que contribuem como veículo deste metal para o homem são: vegetais, cereais, peixes e pescados. Lourdes Masson

40 Cádmio- Cd Níveis de Cd encontrados em alguns alimentos vegetais:
Cereais e raízes cultivados no Japão – 25 µg/kg de peso fresco. Cebola, batata, feijão e milho cultivados em solo vulcânico no Chile - 0,2 a 40 µg/ g de peso fresco. Lourdes Masson

41 Cádmio - Cd Pode ocorrer a redução do nível de Cd presente durante o preparo de alimentos. Exemplos: Moagem do trigo resulta em farinha com redução de ~ 50% de Cd. Procedimentos de lavagem, descascamento e cozimento. Pode ocorrer a elevação do nível de Cd devido a contaminação durante o preparo do alimento. Utilização de recipientes de cerâmica para armazenar alimentos líquidos ácidos. A água pode ser uma fonte de contaminação devido ao seu uso no preparo de alimentos e fabricação de bebidas. Lourdes Masson

42 Cádmio - Cd Cd2+ é a forma mais comum para os organismos aquáticos, os complexos inorgânicos parecem não ser absorvidos pelos peixes. Os xantatos e ditiocarbamatos atravessam com facilidade as membranas biológicas. A absorção de Cd pelos organismos aquáticos é influenciada pela dureza (Ca2+ e Mg2+) da água. O aumento da [Ca] na água reduz a captação de Cd pelos peixes. Ostras são conhecidas acumuladoras de Cd e níveis de 8 mg/kg de peso úmido foram observados na Nova Zelândia. Caranguejos e lagostas contêm elevadas [Cd], principalmente, na “carne escura”. Lourdes Masson

43 Cádmio - Cd Classes de alimentos Teor de Cd (µg Cd/Kg peso fresco)
mariscos 50-100 carnes 5-10 peixes frutas Fonte: Oga, 2003 Lourdes Masson

44 Teores de Cd encontrados em suínos e bovinos entre 1984-1988 por pesquisadores suecos
Espécies Teores (µg Cd/kg) Suínos Carne Fígado Rim 1-19 11 Bovinos - 70 30 Lourdes Masson

45 Cádmio- Cd A absorção ocorre por via respiratória (25-50%) e por via digestiva (<10%). Acumula nos rins, fígado, sistema nervoso, intestinos, ossos, pulmões, pele, e testículos. A excreção é lenta por via renal e intestinal. Possui t½ de 30 anos nos rins e de 10 a 14 anos em outros compartimentos. Efeitos causados por intoxicação crônica: a descalcificação óssea, lesão renal, hepática, enfisema pulmonar, teratogênicos e carcinogênicos. Lourdes Masson

46 Ingestão e Absorção de cádmio
A absorção gastrintestinal de Cd pelo homem é, em média, 5% do total ingerido (valores variam de 1-20%). Fatores que interferem na absorção do Cd pelo TGI. Espécie de animal estudado. Tipo de composto. Dose. Freqüência de administração. Idade do animal. Gravidez e lactação. Uso ou não de drogas. Interações com vários nutrientes. Lourdes Masson

47 Ingestão e Absorção de cádmio
A absorção no organismo humano ocorre inicialmente, com o cádmio atravessando as células da mucosa intestinal. A seguir, o metal passa à circulação sangüínea através dos enterócitos, Sendo transportado pelo sangue até o fígado onde induz a síntese da metalotioneína (proteína quelante de metais pesados, seqüestra o cádmio nas células hepáticas, proporcionando pequena liberação do complexo cádmio-metalotioneína no sangue). Cd-metalotioneína é filtrado pelos glomérulos e reabsorvido pelos túbulos proximais, podendo ser degradado por enzimas lisossomais das células tubulares renais. Lourdes Masson

48 Metalotioneína A MT apresenta propriedades antioxidantes em uma diversidade de condições tais como exposição à radiação, drogas e metais tóxicos. A MT inibe reações de propagação de radicais livres através da ligação seletiva de íons de metais pró-oxidantes como ferro e cobre, e dos potencialmente tóxicos como cádmio e mercúrio. Lourdes Masson

49 Cádmio-Cd Ingestão máxima semanal tolerável
PTWI 7 µg de Cd/Kg de peso corpóreo Obs.: Instituições participantes do GEMS/Food estimaram que o total de cádmio ingerido pelas populações estudadas era inferior ao PTWI, ou seja, em torno de 3µg Cd/kg de peso corpóreo. Lourdes Masson

50 Síndrome tóxica provocada pela ingestão de alimentos contaminados pelo Cd
Doença de Itai-itai – doença óssea endêmica observada no Japão. Até 1966 ocorreram + de 100 mortes. Em 1989, 150 casos da doença foram oficialmente reconhecidos como doença associada à poluição. Síndrome renal – observou-se a glicosúria e a proteinúria (30-80% ) nos indivíduos expostos, em comparação com habitantes de áreas não contaminadas no Japão. Lourdes Masson

51 Síndrome tóxica provocada pela ingestão de alimentos contaminados pelo Cd
Síndrome associada ao sistema ósseo e metabolismo do cálcio – a doença Itai-itai apresenta como características principais a osteomalácia e osteoporose. Osteomalácia - ocorre mineralização inadequada da matriz óssea com resultante aumento de tecido osteóide. Osteoporose – excessiva redução da quantidade das fases mineral e matriz óssea. O indivíduo acometido por esta doença apresenta elevada incidência de fraturas, dores severas e disfunção tubular renal. A exposição ao Cd pode ainda causar osteopenia, principalmente em mulheres, pela diminuição da densidade óssea. Lourdes Masson

52 Relação dose-efeito Intoxicação aguda
– vários casos observados devido à ingestão de alimentos contaminados pelo Cd liberado de utensílios e recipientes folheados com o metal. Os níveis de exposição eram maiores com alimentos e bebidas ácidas ([Cd] ~ 16mg/L). Sintomatologia: náuseas,vômitos e fortes dores abdominais. Lourdes Masson

53 Relação dose-efeito Intoxicação crônica
Ingestão de alimentos contaminados com Cd por longo tempo, observam-se alterações renais, com disfunção renal tubular, proteinúria, glicosúria e aminoacidúria. Os teores de Cd observados em alimentos ingeridos, diariamente, foi de μg/dia, por mais de 50 anos. Considera-se que a [Cd] crítica no córtex renal seja de 200 mg/Kg de peso corpóreo. Estima-se que as [Cd] que causam a osteomalácia e osteoporose sejam superiores às que promovem os efeitos renais. Lourdes Masson

54 Interações entre Cd e nutrientes
Os efeitos tóxicos observados em experimentos com animais são dependentes de fatores: genético, idade e estado nutricional do animal. Zn tem efeito protetor aos efeitos tóxicos do Cd. Em animais expostos ao Cd é inibida a enzima leucina-aminopeptidase renal, que requer Zn para a sua atividade. Compostos de Se previnem eficientemente dos efeitos tóxicos do Cd na reprodução, teratogenicidade e letalidade de ratos e camundongos. A toxicidade crônica de Cd em algumas espécies de animais lembra as deficiências de Zn e/ou Cu, podendo ser prevenida pela administração de pequenas doses desses elementos. Ácido Ascórbico pode prevenir a anemia causada pelo Cd. Lourdes Masson

55 Legislação Brasileira
1. Portaria nº 685, de 27 de agosto de Regulamento Técnico: "Princípios Gerais para o Estabelecimento de Níveis Máximos de Contaminantes Químicos em Alimentos" e seu Anexo: "Limites máximos de tolerância para contaminantes inorgânicos". SVS/MS - alcance do ato: federal - Brasil área de atuação: Alimentos   Mercosul  Limites máximos de tolerância para contaminantes inorgânicos CHUMBO  Óleos, gorduras e emulsões refinadas  0,1 mg/kg Caramelos e balas ,0 mg/kg Cacau (exceto manteiga de cacau e chocolate adoçado)...2,0 mg/kg   Chocolate adoçado ,0 mg/kg   Dextrose (glucose) ,0 mg/kg   Sucos de frutas cítricas ,3 mg/kg Leite fluído, pronto para consumo  0,05 mg/kg Peixes e produtos de pesca ,0 mg/kg Alimentos para fins especiais, preparados especialmente para lactentes e crianças até três anos) ,2 mg/kg Partes comestíveis cefalópodes  2,0 mg/kg CÁDMIO  Peixes e produtos da pesca  1,0 mg/kg     Lourdes Masson

56 Legislação Brasileira
2.Resolução nº 310, de 16 de julho de Aprova o Regulamento Técnico referente a Padrões de Identidade e Qualidade para ÁGUA MINERAL NATURAL e ÁGUA NATURAL. Diário Oficial da União; Poder Executivo, de 19 de julho de 1999 ANVISA CONTAMINANTES  6.1. Não deve conter concentrações acima dos limites máximos permitidos das substâncias relacionadas a seguir: Chumbo ,01 mg/L Cádmio ,003mg/L  3.Resolução nº 13 de maio de Estabelece características mínimas de identidade e qualidade para as hortaliças em conserva. Hortaliça em Conserva Tolerância máxima de Chumbo.....0,50mg/kg Cádmio ,20mg/Kg Lourdes Masson

57 Portaria nº 518, de 25 de março de 2004
Portaria nº 518, de 25 de março de Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade - DOU; Poder Executivo, de 26/3/ 2004. Lourdes Masson

58 Bibliografia: ALBERTINI, S., CARMO, L. F., PRADO FILHO, L. G. ISOTERMAS DE ADSORÇÃO DE CÁDMIO POR Saccharomyces cerevisiae. Ciênc. Tecnol. Aliment. [online]. maio/ago. 2001, vol.21,no.2p Disponível: < MIDIO, A. F. & MARTINS, D. I. Toxicologia de Alimentos. São Paulo: Livraria Varela, 2000. WONG, D.W.S. Mechanism and Theory in Food Chemistry. AVI SEIZI OGA. Fundamentos de Toxicologia. 2ed. São Paulo. Atheneu Editora, 2003. RUSSEL, J.B. Química Geral. Ed. Ms Graw Hill. São Paulo LEITE,E.M.A. Exposição Ocupacional ao Chumbo e seus compostos. UFMG/Faculdade de Farmácia/disciplina de Análises Toxicológicas. Apostila 21 pág Lourdes Masson


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