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DINHEIRO, AMOR E VIRTUDE A Caminho de um Ideal Imaginado 3.ª Conversa Amor e Virtude Lisboa, 24 Novembro 2015 Maria José Pereira Culturgest.

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1 DINHEIRO, AMOR E VIRTUDE A Caminho de um Ideal Imaginado 3.ª Conversa Amor e Virtude Lisboa, 24 Novembro 2015 Maria José Pereira Culturgest

2 Ditado grego “ A amizade é a coroa da vida e a escola de virtude.”

3 Expressões de Amor Empatia “Entrar no mundo perceptual e privado do outro e sentir-se completamente em casa nele... mover-se por dentro sem julgar” (Carl Rogers) “A cola que torna possível a vida em sociedade” (Martin Hofmann) Compaixão Compartilhar o sofrimento do outro Amor Não simplesmente emoção Força motriz da vida Impele à unidade > harmonia/felicidade

4 Perspectivas sobre o Amor Ego amans: Jean-Luc Marion O ego pensa... e ama Através do sentimento, mas não egoisticamente nem possessivamente “Há só uma prova de amor – dar sem possibilidade de retorno… Mas o amor nunca se perde, porque se realiza através da perda.” Novo humanismo: Luc Ferry Nova ordem moral, pela recuperação de sabedoria > amor Manifestado em amor fraterno Permeando interacções Dando substância à acção cívica e política

5 Ontologia de Amor Paul Tillich nega a visão polarizada, muito comum O amor sendo brando e fraco: abdicação do poder O poder sendo forte e impositivo: recusa do amor Martin Luther King “O poder sem amor é precipitado e abusivo e o amor sem poder é anémico e sentimental. O poder no seu melhor é o amor a implementar a justiça, e a justiça no seu melhor é o poder a corrigir tudo o que se opõe ao amor.” Justiça = Poder com Amor Corrupção = Poder sem Amor

6 Agape: amor divino Santo Agostinho: Deus é amor A sua filosofia está para além do mundo (divino) Portanto, também é do mundo Comungando com o divino, empenhamo-nos totalmente com o mundo Amando Deus, amamos o outro Amor é o fundamento das relações humanas.

7 J.S. Mill: Felicidade e Amor A felicidade provém sobretudo de amor Não por procurar maximizar a sua própria felicidade Mas por Fixar um objectivo fora de si A felicidade suprema vem de sentir a felicidade de outrem Amor = Amizade

8 Pitirim Sorokin: A Evolução Cultural e o Ethos de Amor Não há regra fixa em termos da evolução cultural; as pessoas definem o ethos prevalecente e o sistema de valores Fases culturais: 1) espiritual ou ideacional: transformação moral através do amor – até ao século XIII 2) sensata ou material: orientação mundana, focando-se nas ciências, tecnologia, e consumo – fase actual 3) idealista: integrando o espiritual e o intuitivo no material, permitindo então uma visão completa da realidade humana – o futuro

9 Amor Tribal vs. Universal Amor Tribal “Um ladrão ama a sua família e não as outras; por isso, rouba as outras famílias para beneficiar a sua… As causas de todas as perturbações provêm disto… É sempre devido ao amor desigual a todos.” (Mo-tzu) Amor Universal Alargar o amor não requer a distribuição pessoal de amor a toda humanidade, mas exige 3 condições; que todos: Amem a sua própria família e os seus amigos Se abstenham de acções prejudiciais De acordo com as suas possibilidades, ajudem aqueles que precisam, mesmo fora do seu grupo de interesse; e então Criar uma “rede de amor” (Pitirim Sorokin)

10 Amor, Recurso Infinito O que economizam os economistas? Amor... pois é a coisa mais preciosa do mundo, o recurso mais raro. (Sir Dennis Robertson) Mas o amor é o recurso infinito! “Há só uma prova de amor – dar sem possibilidade de retorno… Mas o amor nunca se perde, porque se realiza na perda.” (Jean-Luc Marion) O amor gera alegria e a alegria volta a preencher o amor, permitindo assim a virtude O amor é o recurso infinito

11 Neurociência: António Damásio O cérebro está ligado ao corpo através do sentimento O ser primordial sente dor e prazer O ser nuclear (core) impele à acção O ser autobiográfico é o ser social e espiritual A mente reflexiva e consciente Afeiçoada pelo sentimento Guiada pela memória Procura o bem-estar Do indivíduo Da sociedade > regras morais e leis e sistema justo

12 Relatividade na Moral Num mundo focado no progresso material, os princípios morais deixaram de ser considerados fundamentais no ser humano Valores morais são relativos, diferindo de cultura para cultura A moralidade é restritiva e hipócrita Evitamos julgar o carácter Em vez disso, falamos de personalidade

13 Abordagem Matemática da Virtude Construímos valores em projecção das preferências Atribuindo probabilidades subjectivas aos resultados possíveis Atribuindo utilidades às preferências Teoria da escolha racional Definir acção a partir dos custos e benefícios esperados A escolha racional é aquela que maximiza as unidades de bens materiais Hilary Putnam: “as verdadeiras questões éticas… envolvem uma mistura complexa de conceitos filosóficos, religiosos, e também factuais”

14 Recuperar a Virtude Na Grécia clássica, o material não ultrapassou a virtude O principal bem do homem é a “actividade da alma conforme com a virtude... porque nem uma andorinha, nem um dia faz a primavera; do mesmo modo, nem um dia, nem um tempo breve torna o homem abençoado e feliz.” (Aristóteles) Enquanto a moralidade implica um sistema de princípios ou regras imposto da fora, a virtude é um estado de ser que vem de dentro.

15 Arthur Schopenhauer (1788-1860) Teoria moral: a compaixão leva à acção moral Rejeita a ética baseada simplesmente nas obrigações e na lei Adopta a ética de ser – ética de virtude – inspirada pela compaixão, a fonte das virtudes cardeais: Justiça Atenção carinhosa (loving kindness) Baseia a sua ética numa metafísica abrangente Interligação de tudo – seres humanos e o mundo natural Toda a acção tem impacto sobre outros

16 Quatro tipos de acção humana por ordem ascendente de excelência: Desejo de ganho Padrão habitual de resposta Seguimento de regras Ver o outro através de si (extensão) – comportamento ético verdadeiro A inteligência induz acção de acordo com a situação e não só com as regras Requer-se discernimento (awareness) e sabedoria Uma pessoa virtuosa é sábia e ética Mencius (372-289 a.C.)

17 Dalai Lama Crises social, económica e ecológica devidas a: Grande falha na ética moral e falta de valores “Em última análise, qualquer sistema, qualquer lei… são tão efectivos como as pessoas responsáveis pela sua implementação. Se, devido à falha na integridade pessoal, um bom sistema é mal utilizado, torna-se fonte de dano em vez de fonte de benefício.” A visão de um mundo melhor requer só 2 princípios: Humanidade partilhada e aspiração partilhada de felicidade e ausência de sofrimento Compreensão da interdependência como ponto principal da nossa humanidade

18 Papa Franciso Evangelii Gaudium "... ditadura duma economia sem rosto e sem um objectivo verdadeiramente humano”, deixando a pessoa reduzida ao consumo” - falta do amor “… a injustiça tende a expandir a sua força nociva e a minar, silenciosamente, as bases de qualquer sistema politico e social, por mais sólido que pareça”, levando ao risco da sua eventual desintegração - falta da virtude Apela ao retorno a um codigo ético para “criar um equilíbrio e uma ordem social mais humana”, com o dinheiro a servir e não a mandar Pede confiança contra o derrotismo e fé no potencial humano

19 Papa Franciso Laudato Sí Desenvolvimento humano autêntico tem carácter moral: Respeito pelos humanos Preocupação para com o mundo Sentido de interligação (humanidade-ecologia-economia… ) Soluções não só em tecnologia, mas “em transformação da humanidade”, trocando Consumo por sacrifício Ganância por generosidade Desperdício por partilha “É uma maneira de amar.”

20 Visto que os seres humanos estão interligados, o passo necessário para chegar à ética e à colaboração é: comprender o outro como uma imagem de espelho de nós mesmos, e a responsibilidade como uma resposta às necessidades do outro, bem como uma reafirmação da nossa estatura humana A acção justa é uma resposta à súplica do fragilizado A vida ética é profundamente relacional “A lei moral manda-nos fazer do bem comum do mundo o objectivo final do nosso comportamento.” Paul Ricoeur

21 Alasdair MacIntyre Deliberação sobre a virtude não é suficiente A virtude requer mais que qualidades intelectuais Não há esquema, nem declaração filosófica ou teorética que possa determinar o curso de acção exacto Requer-se acção considerada em diálogo, e com sentido partilhado: uma “iniciação e participação particular numa prática moral e política.” MacIntyre sugere que Encorporemos os preceitos da lei moral numa concepção de uma ordem social e política

22 M. Sandel: 3 Abordagens da Justiça Rawls: instituições perfeitas e a lei (liberdade) Justiça: um fim Bens primários distribuídos através de incentivos: processo Sen: como fortalecer a justiça e remover a injustiça (bem- estar) Capacidade individual: oportunidade organizacional Não-procura de vantagens: reciprocidade e benefício mútuo Democracia participativa: acção cívica Aristóteles (virtude e a vida boa) A vida reflectida A virtude promovida: a realização do potencial

23 M. Sandel: Limites Morais dos Mercados O nosso dilema moral é devido não só à ganância, mas à extensão dos princípios do mercado a esferas a que não pertencem Apela ao debate público sobre o papel dos mercados e os limites morais dos incentivos monetários As suas razões são duplas: Desigualdade pode minar o consentimento válido Corrupção: pôr um preço nas transacções relacionais corrompe-as e degrada-as Alguns bens não podem ter preço monetário, porque representam valores que merecem ser defendidos

24 O Segundo Iluminismo Repensar o Iluminismo no contexto de um mundo diferente Martha Nussbaum 3 critérios importantes de hoje: Pensamento crítico: reflexão O que represento eu? Aristotéles Sentido de cidadania global: acção cívica Curiosidade genuína sobre a pluralidade do mundo, combinada com respeito pela dignidade humana Empatia Capacidade de pensar no lugar do outro

25 Humanismo e o Bem Comum O [a] humanista é “alguém aberto à inovação, apreciador da liberdade e orgulhoso das suas virtudes civis… [combinando] acção e reflexão, arte e contas, religião e política, teoria e prática para criar um mundo com espaço para a liberdade.” (Stefano Zamagni) O humanismo é civil e implica o bem comum: O bem comum não é só um sistema de vantagens e utilidades, mas algo de mais profundo Cada pessoa, atenta à virtude, contribui para o bem-estar do grupo total (amor) Humanismo inspira confiança, porque é baseado na justiça e no respeito O humanismo implica a vida bem vivida, ou eudaimonia

26 Repensar o Presente Construir o futuro Educação Reflexão Virtude nascida dentro de si De amor Não simplesmente de regras Comunidade humana

27 Dinheiro, Amor e Virtude Amor Dinheiro Virtude (ou falta dela)

28 Dinheiro, Amor e Virtude Amor Dinheiro Virtude Amor Dinheiro Virtude “Exemplo heróico... apela a mimese e catarse... mais importante do que a publicação de milhares de livros.” (Pitirim Sorokin)

29 O que esperamos do futuro? Crises repetidas? Soluções criativas? Um mundo novo e melhor? SOMOS OS ACTORES!

30 Próxima Conversa 4.ª Conversa – 4 Dezembro 2015 Painel: Filomena Molder João Lobo Antunes Rui Vilar

31 DINHEIRO, AMOR E VIRTUDE A Caminho de um Ideal Imaginado 3.ª Conversa Amor e Virtude Lisboa, 24 Novembro 2015 Maria José Pereira Culturgest


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