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PublicouTheodoro Lima Corte-Real Alterado mais de 8 anos atrás
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METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO POPULAR/TRABALHO POPULAR
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EDUCAÇÃO POPULAR NO TRABALHO POPULAR
Trabalha-se com as pessoas e não pelas pessoas. “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”. (Paulo Freire em Pedagogia do Oprimido)
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O QUE É O TRABALHO POPULAR?
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O que é o trabalho popular?
O trabalho popular é um jeito, uma forma de trabalhar com as pessoas que vivem em condição de exclusão. Esse trabalho segue os princípios da Educação Popular. A metodologia do trabalho popular compreende um jeito de fazer o trabalho em que as pessoas, através da conscientização e organização, constroem uma nova forma de viver.
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Este jeito de trabalhar com o povo envolve:
Agitação/movimento/ animação; Mobilização; Organização; Articulação; Combinar lutas/várias estratégias Firmar alianças/parcerias Formar Preparar lideranças Partir/desmamar
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O que é o trabalho popular?
Essa nova forma de fazer e viver está relacionada não apenas à melhoria das condições materiais de vida, mas também na construção de relações e vivências que acabem com a opressão/dominação/autoritarismo
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PRINCÍPIOS DO TRABALHO POPULAR
r Todos têm sabedoria: não há quem sabe mais e quem sabe menos; todos tem conhecimento. Os saberes são diferentes e se complementam. O trabalho popular deve garantir a troca de saberes. r Acesso ao saber sistematizado: o saber empírico/popular por si só não basta. Os educandos devem buscar e dominar conhecimentos científicos.
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r A formação se dá a partir da ação: a ação é essencial no processo de formação. O papel da teoria é ajudar a aprofundar a prática e o processo de transformação da sociedade. r O trabalho popular é um processo: longo e difícil, de avanços e recuos, que é construído cotidianamente pelas pessoas. Pressupõe a formação das pessoas e não treinamento (Pedagogia da Autonomia). r É coletivo: ninguém pode se sentir excluído e é feito com a ajuda de todos. Todos os envolvidos devem se sentir parte interessada.
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r É conflitivo: entre os próprios educandos, existem interesses e aspirações contrárias. Nem todos têm os mesmos objetivos imediatos. r Canaliza esforços: incentiva as pessoas a caminharem na mesma direção. r As pessoas são sujeitos/atores sociais ativos: os educandos constroem a sua própria caminhada; tomam as decisões; assumem riscos; são os protagonistas.
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O TRABALHO POPULAR NÃO É:
Cupulismo: não leva em conta o que as pessoas (educandos) pensam; não respeita seus saberes, valores, idéias, opiniões. Essa é uma postura autoritária. Basismo: tudo o que o grupo sabe, diz e pensa é bom. Visão romântica das pessoas (educandos). Essa é uma postura paternalista. Vanguardismo: os intelectuais dirigem o processo, em nome dos educandos. Corporativismo: quando o interesse centra-se apenas em resolver problemas pessoais, buscando soluções imediatas. Não existe relação dos interesses individuais com os coletivos (do grupo). Dependência: os educandos criam relação de dependência em relação aos educadores ou à liderança.
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Quem é o educador popular?
Um sonhador, tranformador da realidade; Não se preocupa em dar respostas , mas em formular perguntas que levem à reflexão crítica dos conhecimentos e realidade; É alguém que, com seus conhecimentos e experiência de vida e educativa, contribui para a leitura e transformação do cotidiano; é um animador e militante na contrução de novos homens e novas mulheres; Eterno pesquisador e estudioso do mundo e da realidade; Um sujeito incomodado com as injutiças sociais e que se rebela contra elas.
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POSTURA PEDAGÓGICA DO EDUCADOR
Exige ação reflexiva, participação e diálogo de todos os envolvidos. O educador contribui muito mais pelo seu jeito de ser e de fazer, do que pelo seu discurso. Não vale o ditado “Faça o que digo mas não faça o que eu faço”. Deve haver uma unidade/coerência entre o dizer, o fazer e o ser.
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POSTURA/PREMISSAS CONFRONTADAS PELO TRABALHO POPULAR:
(Paulo Freire – Pedagogia do Oprimido) Educador educa; educando é educado; Educador sabe; educando não sabe; Educador pensa; educando é pensado; Educador diz a palavra; educando escuta; Educador disciplina; educando é disciplinado; Educador opta e prescreve a opção/decisão; educando segue a prescrição; Educador atua; educando tem a ilusão de que atua, na atuação do educador; Educador escolhe o conteúdo a ser trabalhado; educando jamais é ouvido nesta escolha e se acomoda ao conteúdo; Educador é a autoridade do saber, pois tem autoridade funcional; educado se adapta a essa situação; Educador é o sujeito do processo; educando é o objeto
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(Cadernos de Formação – CONCRAB)
ALGUMAS HABILIDADES/CAPACIDADES/ATITUDES/CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS PARA O EDUCADOR (Cadernos de Formação – CONCRAB) r Ter humildade; r Ser responsável/disciplinado; r Ter bom relacionamento; r Buscar se superar; aceitar desafios; r Ter consciência crítica/organizativa; r Estar informado/entender a realidade; r Estudar permanentemente/buscar conhecimento; r Saber exercer a autoridade; r Ser coerente; r Ser corajoso; r Respeitar as instâncias;
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r Ter espírito de cooperação;
r Ser competente (saber fazer); r Ser sensível (respeito à dignidade humana); r Ter persistência; r Saber ouvir; r Boa apresentação; r Ser educado (ter boas maneiras); r Ter ânimo/alegria/ternura; r Ser claro nas colocações/utilizar termos adequados e compreensíveis; r Assumir-se enquanto agente coletivo (trocar o eu por nós) Conhecer as próprias limitações....
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AÇÃO REFLEXIVA: (Conceição Paludo)
Compreende o cotidiano das pessoas e novas possibilidades de superação das situações-limite. Deve possibilitar a construção de um ser humano emancipado, crítico, criativo, ético e estético (ser mais inteiro e feliz). Tem que haver um envolvimento objetivo e subjetivo dos participantes do processo. Sem isso não há emancipação. Desenvolve-se a ação reflexiva através de questionamentos. A tarefa central do educador popular é criar condições que despertem a curiosidade do educando, transitando de uma curiosidade ingênua para uma curiosidade epistemológica. Isso se faz através da problematização/reflexão das situações-limite vivenciadas no cotidiano, assim, o educador parte do contexto concreto do educando. COMO FAZEMOS ISSO?
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(Conceição Paulo e Paulo Freire)
DIÁLOGO (Conceição Paulo e Paulo Freire) Essência do processo educativo e da educação político-cultural. Envolve ação/reflexão em que existe a troca de significados/percepções entre educador e educando, construindo significados comuns, aprofundando a solidariedade e elaborando possibilidades de alternativas de situações-limite. Pressupõe: r Amor à vida e às pessoas; r Humildade; r Escuta; r Abertura à contribuição dos outros; r Consciência do inacabamento; r Fé nos pessoas; r Esperança.
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PARTICIPAÇÃO r É tomar parte em alguma coisa; ter parte em alguma coisa; é fazer parte de algo. r É uma necessidade de auto-expressão; de valorização de si mesmo e da sociedade. r O ser humano pode ser autor do seu destino; r É uma questão de luta, de conquista, para ter voz e vez;
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AUTONOMIA Capacidade na tomada de decisão e ação. As pessoas devem decidir sobre as suas próprias vidas.
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Não existe dicotomia entre Teoria e Prática.
Educador e educando estão em contínuo processo de ensinar e aprender. O conhecimento não é algo que o educador doe ao educando, mas é algo que se constrói e reconstrói permanentemente, através de uma relação dialógica estabelecida entre ambos. No processo de troca há a superação da dicotomia conhecimento científico/conhecimento popular. Cruzam-se saberes, viabilizando-se a construção de um saber diferenciado, um novo saber, tanto para o educando como para o educador. Não existe dicotomia entre Teoria e Prática.
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