Seminário Sociologia da Educação Professor: Dr. José Carlos Da Silva
Equipe: Valter Cardoso Junior Gilberto Batista Notargiacomo Antonio Marcos Trintini Ricardo de Oliveira
IMPASSES E DILEMAS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS velhice, analfabetismo e política educacional Marcos Augusto de Castro Peres
Introdução Relação entre velhice e educação. Idade Média: criança, “adulto em miniatura”. - Philippe Ariès (1981) Educação pedagógica adotada: - formar e disciplinar o futuro trabalhador da indústria. Lógica de não investir na educação na velhice: - ponto de vista do capitalismo, desperdício.
LDB (Lei 9394/96) - EJA – educação de jovens e adultos. - não tratam da diversidade. - não diferencia a idade adulta da velhice. Analfabetismo . - ex. grave de exclusão educacional e social. - negação de acesso a “cultura superior”. - idosos, mulheres, negros, indígenas, residentes na zona rural. IBGE (censo 2000).
Fundação Perseu Abramo (2007) Perfil sócio-demográfico dos idosos brasileiros. - analfabetismo funcional (urbano) – 49% (13% entre não idosos). - não sabe ler e escrever – 23% (2% de não idosos). - só sabe ler e escrever o próprio nome – 4%. - leitura e escrita atividade penosa – 22% (8% de não idosos). Deficiência de aprendizado, saúde. - não passaram da 8ª série, ens. fund. – 89% (18% nenhuma educação formal, 4% chegaram ao 3º grau, completo ou incompleto. Constituição de 1988.
O capitalismo industrial e a funcionalidade da educação. Escola e educação conceito de formação. Sociedade capitalista. Rituais de passagem. Revolução Industrial, Revolução Francesa. - declaração dos direitos do homem. - movimento socialista. - trabalho da criança se torna ilegal. - termo “pedagogia”. - mercado de trabalho. - conceito de “formação”. - lógica da formação educacional/profissional.
teoria do capital humano (EUA 1960). - “economia da educação”. Visão economicista e funcionalista da educação. - “final da cadeia” a formação para o mercado de trabalho. - teoria da reprodução. - aparelho ideológico a serviço do Estado. (ALTHUSSER, 1992). Formação para o trabalho. - “produção em série”. - currículos e conteúdos, com caráter tecnicista ideológico. (FRIGOTTO, 1984)
A velhice e os sistemas produtivo e educativo na sociedade capitalista. - idéia de educação (pedagógica)associada à: criança, trabalho, formação profissional, .... - relega os idosos ao esquecimento. - “realidade incômoda”. (Simone de Beauvoir (1990), Ecléa Bosi (1994). - a aposentadoria (simbolicamente). - moderna sociedade industrial. - o discurso: “educação para a cidadania”. - Qual o lugar da velhice na relação entre educação, trabalho e formação profissional?
O analfabetismo entre idosos, a andragogia e as universidade da terceira idade. “educação andragógica”. Universidade abertas a terceira idade – UNATI (SESC 1970). -educação formal e não formal. aposentado da classe média e da alta, maioria mulheres. - valores relativos a terceira idade. envelhecimento ativo, negação da velhice, rejuvenescimento, etc. (CACHIONI, 1999). - “mercantilização da velhice”. (Debert, 2004). - caráter elitista dessas faculdades.
Velhice, educação popular e educação de adultos. Falar de educação popular: - acesso a educação formal na “idade própria”. - insuficiência educacional nas regiões rurais. - exclusão ao “conhecimentos superiores”. Cidadãos na Grécia Antiga. (ARANHA, 2006). Relação entre educação e meio rural. - maioria de analfabetos são do meio rural. (Fundação Perseu Abramo).
MOBRAL (1970). - “alfabetização em massa”. - orientação político –ideológico, legitimação da ordem social instituída, fundada na “ditadura do grande capital”. (Otávio Ianni, 1981). Paiva (2003). - responsabilização pelo sucesso ou fracasso. - analfabetismo estigmatizado. - sentimento de culpa e vergonha. - governo militar incita o “amor à pátria”. Educadores que atuam no EJA. - na maioria não capacitados. - inadequação metodológica.
Velhice, analfabetismo e política educacional. relação entre velhice e política educacional. é a da ausência: não existe. LDB – nem sequer cita a velhice em seus 92 art. nem considera como um grave problema social. Estado brasileiro, condição de Estado capitalista. - interesses das elites econômicas e políticas. - investimentos no ensino superior e técnico. Ensino fundamental. - responsável pela alfabetização, e pela educação. - analfabetismo miséria social. (VIEIRA, 1987). -governo esquiva-se da miséria social.
Era Vargas (1930). - “Estado social”. - fins demagógicos e clientelistas. Importância dos programas EJA. - para muitos idosos, é a única oportunidade de acesso à educação formal. Não há política educacional voltada a população idosa. - que leve a condição especial desse sujeito.