Didáctica da Matemática 1º Ciclo – PONTE e SERRAZINA Prof. Dr. Manoel Oriosvaldo de Moura

Introdução  “A avaliação é um processo regulador da aprendizagem que envolve planejamento, recolha de informação, interpretação de resultados e tomada de decisões” Estabelecer objetivos Planejar a avaliação Estabelecer objetivos Planejar a avaliação Interpretar a evidência fazendo inferências Interpretar a evidência fazendo inferências Recolher evidência usando diversos métodos Tomar Decisões Agir Tomar Decisões Agir

Introdução  Vertente essencial do sistema educativo ( mudanças nas últimas décadas ) - classificativo e seletivo (função social) - regulador e formativo (função pedagógica)  Avaliação dos objetivos do currículo de Matemática do 1º ciclo ○ Conhecimento, compreensão e capacidade de utilização dos conceitos e processos matemáticos dos alunos e modo como encaram a Matemática e se relacionam com esta área disciplinar.

Introdução  Propósitos da avaliação (de acordo com os destinatários): Professores: planejar a sua atividade (conjunto da classe / aluno individualmente) Alunos: saber se estão no caminho certo Famílias: saber como suas crianças estão progredindo na escola Autoridades educativas e opinião pública: conhecer o desempenho dos alunos

Introdução  Finalidades da avaliação no Ensino Básico português: a) Determinar as diversas componentes do processo de ensino e de aprendizagem, nomeadamente a seleção dos métodos e dos recursos educativos, as adaptações curriculares e as respostas às necessidades educativas especiais dos alunos; b) Orientar a intervenção do professor na sua relação com os alunos, com os outros professores e com os encarregados de educação; c) Auxiliar os alunos a formular, ou reformular, decisões que possam influir, positivamente, na promoção e consolidação do seu próprio processo educativo; d) Melhorar a qualidade do sistema educativo, através da introdução de alterações curriculares ou de procedimentos que se afigurem necessários. Despacho Normativo nº 98-A/92, de 20 de junho

Conceitos Fundamentais  Tipos de Avaliação Diagnóstica: em geral, no início do estudo, verifica os pré-requisitos. Formativa: realizada de maneira contínua ao longo do processo de ensino-aprendizagem, verifica progresso dos alunos. Sumativa: no final de um período ou ciclo, verifica se o aluno pode prosseguir estudos. Aferida: fornecer informações aos responsáveis sobre o desempenho do aluno. Especializada: analisar alunos com necessidades educativas especiais

Conceitos Fundamentais  Avaliação ≠ Classificação  Principal avaliação portuguesa: formativa  “O seu propósito fundamental é ajudar os alunos a aprender, não compará-los” Interpretação sobre o alcance dos objetivos Medição

Princípios sobre Avaliação  Princípios relativos à avaliação dos alunos do 1º ciclo do ensino básico: 1. Congruência curricular, cobrir de modo equilibrado todos os objetivos curriculares; 2. Integração no processo de ensino-aprendizagem (ensino e avaliação componentes de um mesmo sistema); 3. Diversificação de formas e instrumentos, não limitando a uma ou duas formas; 4. Predominância do propósito formativo da avaliação, objetivando melhorar a aprendizagem; 5. Natureza construtiva, dando-se em um clima de construção e confiança 6. Transparência, os critérios e objetivos de aprendizagem devem estar claros para alunos e responsáveis

Práticas a evitar  Correção sem feedback Reduzir a avaliação à atribuição de uma nota é ignorar o que há de mais importante neste processo...  Avaliação como ameaça Os alunos são levados a identificar a avaliação com a nota e a considerar que só vale a pena aprender um assunto se isso trouxer a perspectiva de uma boa nota... “Na verdade, a avaliação não deve assumir um peso de tal modo esmagador que atrapalhe o processo de planificação e condução da prática educativa nem deve ser encarada como um elemento dispensável do trabalho do professor.”

Formas e Instrumentos  Fichas de Trabalho Essencialmente individuais, podem conter exercícios, questões de resposta aberta, frases para completar, problemas e tarefas de investigação.  Composições, relatórios e outras produções escritas Individuais ou em grupo, avaliam a aquisição de conhecimento e sua aplicação em novas situações.  Apresentações e desempenhos orais Individuais ou em grupo, explicitam um trabalho, por eles, preparado previamente.

Formas e Instrumentos  Observação Um bom meio de avaliar a aquisição de conhecimentos pelos alunos, competências no cálculo, processos de raciocínio e de resolução de problemas.  Portfólios Individual, se configuram como as coleções de trabalhos dos alunos. Podem conter fichas de trabalho, composições, relatórios e outras produções.

Planejamento e registros  Avaliação no 1º ciclo deve respeitar a natureza essencialmente interdisciplinar do currículo. ○ Uma parte pode estar relacionada especificamente com a Matemática (fichas de trabalho, desempenhos orais) ○ Outra parte relacionada ao mesmo tempo com objetivos de aprendizagem de outras áreas (composições escritas, portfolios)  Estabelecer objetivos de aprendizagem específicos no planejamento diário e semanal ○ Incluir tanto quanto possível aspectos de conhecimentos, capacidades, atitudes e valores

Planejamento e registros  Manter um registro atualizado sobre os conhecimentos, capacidades, atitudes e valores dos alunos ○ Estes registros – sistematizados num dossier do aluno – formam a base para uma revisão periódica relativa à evolução de cada aluno e para a avaliação a ser realizada no final do ano e do ciclo escolar (informação necessária para conhecer o progresso individual de cada aluno)

Concluindo... resumindo...  A avaliação deve ser um aspecto natural do trabalho na aula.  O professor deve comunicar o seu feedback aos alunos sobre o trabalho por eles desenvolvido.  A avaliação deve estar integrada no processo de ensino-aprendizagem, recorrendo a uma diversidade de instrumentos e proporcionando ao professor, ao aluno e à família a informação relativa ao progresso da aprendizagem.  A avaliação deve merecer a atenção necessária para proporcionar a informação suficiente para a tomada de decisões (mas a sua preparação e execução não deve prejudicar o tempo dedicado à preparação e realização dos outros aspectos relativos ao ensino-aprendizagem)