Gestão pela qualidade em organizações públicas Santana do Livramento.

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Gestão pela qualidade em organizações públicas Santana do Livramento

O que é qualidade? David Garvin reuniu diversas abordagens para contextualizar o conceito de qualidade A qualidade é universalmente reconhecida, seu reconhecimento se dá pela excelência Transcendental Oriunda da Economia a qualidade passa a ser mensurável Baseada no produto Incorpora elementos subjetivos pautados na satisfação do usuário. Baseada no Usuário Baseada na conformidade ao requisitos Baseada na fabricação Proporciona desempenho a um preço aceitável Baseada no Valor Garvin, 1984 apud Shiozawa 1993

Gestão da Qualidade ”É um conjunto de regras mínimas, com o objetivo de orientar (tecnologia gerencial¹) cada parte da organização para que ela execute corretamente e no tempo devido (foco no controle²), suas tarefas, em harmonia com as outras, estando todas direcionadas para o objetivo comum da organização: a satisfação do cliente.” Azevedo (2007)Bergue (2011) Carapeto e Fonseca (2006)Oliveira Rocha (2011)

Origem da Gestão da Qualidade A gênese da GQ inicia na década de 20 nos EUA no Ministério da Agricultura através da inclusão de métodos estatísticos. Na década de 40 foi “exportada” para o Japão no pós-guerra, sendo absorvida pela Gestão Japonesa. Em 1988 a Gestão pela Qualidade Total fez parte do programa de eleitoral do Presidente Bush como forma de reformar a Adm. Pública Americana. Foi absorvida pelo New Public Management, manifestando-se na “Cartas da Qualidade” em primeiro lugar na Inglaterra (1991) e, posteriormente, noutros países europeus. Azevedo (2007, p.22) Bergue (2011, p.380)

Fases do processo de evolução da Gestão da Qualidade Loffler cita três fase: Qualidade no sentido de respeitar normas e procedimentos Qualidade no sentido de eficácia Qualidade no sentido de satisfação dos consumidores Loffler, 1995 apud Oliveira Rocha 2011, p.93 Carapeto e Fonseca (2006, p. 45)

Pilares da Gestão da Qualidade Aumento da satisfação dos clientesAbordagem diferente da tradicional de recursos humanosUso de análise quantitativaMelhoria contínua da organização Todas as necessidades dos cidadãos /clientes bem como sua satisfação devem ser continuamente analisadas de forma a melhorar os produtos e a forma como os serviços são prestados. Azevedo (2007, p.22)

Elementos contidos na Carta da Qualidade Iniciativas de melhorar a transparência e a acessibilidade dos serviços Simplificação dos processos administrativosDesburocratização Desenvolvimento de novas medidas de performance e melhorias de mecanismos de soluções das queixas e reclamações dos cidadãos/clientes Azevedo (2007, p.23)

Modelo de Carta da Qualidade

Gestão da Qualidade e a adaptação ao Setor Público Princípios da GQ clássica O consumidor é o último determinante da qualidade A qualidade tem que ser construída principalmente na produção, de preferência a ser a preocupação terminal A Chave da produção com qualidade consiste em evitar a variabilidade A qualidade exige melhoria contínua em termos de outputs e processos A melhoria da qualidade exige participação dos trabalhadores A qualidade exige compromisso organizacional Setor público Os cidadão tem um conjunto de direitos e deveres, os interesses divergentes têm que ser negociados No caso dos serviços em muitas situações, a produção e consumo coincidem A padronização é impossível no caso de serviços públicos A falta de recursos limita a subida da qualidade do output de acordo com a procura do consumidor, a eficácia organizacional leva a diminuição das despesas A comunhão duma definição de qualidade é difícil em organizações onde trabalhadores têm diferentes lealdades e padrões de excelência A cultura organizacional é mais aberta a forças exteriores. Azevedo (2007, p. 24)

Problemas da transposição da Qualidade para as organizações públicas É difícil definir qual é o consumidor da AP, levando a conflitos entre os consumidores em geral, os quais pagam os serviços sob forma de taxas. Tradicionalmente o Governo preocupa-se mais com os tributos/orçamento do que com outputs. A cultura da AP é pouco aberta para a gestão da qualidade e aos consumidores, pois os serviços fornecidos tem caráter monopolístico. Falta de uma definição ampla do significado de qualidade para a organização.Falta de planejamento estratégico.Ausência de liderança.Falta de motivação e formação dos servidores.Falta de consciência do tempo necessário à melhoria. Cultura organizacional obsoleta (falta de valores comuns, confiança e empowerment). Dificuldade de atribuir recompensas a resultados e da falta de recursos. Swiss, 1992 apud Bergue, 2011 p. 389 Carapeto e Fonseca (2006,p. 47)

Bibliografia: BERGUE, S. T. Modelos de Gestão em Organizações Públicas: teorias e tecnologias para análise e transformação organizacional. Caxias do Sul: EDUCS, AZEVEDO, A. Administração Pública: Modernização Administrativa e Gestão por processos CAF e SIADAD. Porto: Vida Económica, CAPARETO, C; FONSECA, F. Administração Pública: Modernização, Qualidade e Inovação. 2ªed. Lisboa: Silabo,2006 OLIVEIRA Rocha, J. A. Gestão Pública: Teorias, modelos e prática. Lisboa: Escola, SHIOZAWA, R. S. C. Qualidade no atendimento e tecnologia de informação. São Paulo: Atlas, 1993.