Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 1/24 Avaliação do Capital de Giro Padovese, Clóvis Luís. Introdução à Administração Financeira. 2ª.

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Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 1/24 Avaliação do Capital de Giro Padovese, Clóvis Luís. Introdução à Administração Financeira. 2ª. edição. São Paulo: Cengage Learning, Abreu Filho, José Carlos Franco de, et alli Finanças corporativas. 9ª. edição revista. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 2/24 Por meio da análise das demonstrações contábeis e do fluxo de caixa, identificam-se a saúde, a capacidade de sobrevivência, o crescimento ou a insolvência de uma empresa. Existem várias formas de analisar a situação financeira da empresa. Elas são divididas geralmente em análise estática e análise dinâmica. Análise financeira estática ou tradicional A análise fundamentalista tem por objetivo básico diminuir o risco nos processos de tomada de decisão de investimentos em títulos das empresas. Nessa análise podem-se focalizar o nível de risco da empresa e o valor econômico que está vinculado à geração de caixa da empresa. A análise financeira tradicional pode ser observada sob os seguintes aspectos: Corresponde ao estudo comparativo, em períodos consecutivos, da evolução das contas que compõem as demonstrações contábeis. Análise horizontal

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 3/24 É feita sobre o passivo mais o patrimônio líquido e corresponde ao estudo comparativo, ao longo do tempo, da composição percentual dos principais conjuntos de contas. Análise vertical Corresponde à análise da capacidade da empresa de pagar pontualmente seus compromissos de curto prazo mediante a realização de seus ativos circulantes. Análise de liquidez Corresponde à verificação da saúde da empresa por meio de indicadores de rentabilidade. Análise econômic a

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 4/24 Liquidez corrente Dado pela relação entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante. Indica a capacidade da empresa de liquidar seus compromissos de curto prazo. Liquidez seca Excluem-se os estoques do Ativo Circulante. Liquidez imediata Relaciona as disponibilidades com o Passivo Circulante. Rentabilidade do capital próprio Compara o lucro líquido com o Patrimônio Líquido. Rentabilidade do Ativo Total Compara o lucro líquido com o Ativo Total. Margem Operacional Relaciona o lucro operacional com a Receita Operacional Líquida. Índices

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 5/24 Análise financeira dinâmica ou moderna Essa análise considera a empresa funcionando normalmente, sendo sua capacidade financeira função de diversos fatores de ordem operacional e das decisões estratégicas tomadas pela administração. Aborda o risco financeiro das empresas. É um modelo integrado de análise que procura explicar as causas das modificações ocorridas na situação financeira de uma companhia. Trabalha em três níveis: Análise financeira dinâmica ou moderna Nível operacional, relacionado com o negócio da empresa Nível tático, relacionado com o curto prazo Nível estratégico, relacionado com a alta administração

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 6/24 Análise dinâmica ou moderna Prazos médios PMRVPMPF PMEPMOF

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 7/24 Representa quanto tempo, em média, a empresa leva para receber suas vendas. É resultado da relação Duplicatas a Receber Volume médio de vendas diárias Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) Mostra quanto tempo, em média, o estoque fica parado na empresa, aguardando até ser vendido Estoque Custo dos Produtos Vendidos Prazo Médio de Estoques (PME)

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 8/24 Mostra quanto tempo, em média, a empresa tem para pagar seus tributos referentes às vendas efetuadas Obrigações Fiscais Impostos sobre Vendas Prazo Médio de Recolhimento de Obrigações Fiscais (PMOF) Representa quanto tempo, em média, a empresa leva para pagar seus fornecedores Fornecedores Compras Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF)

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 9/24 Ciclo operacional e ciclo financeiro Compra de matéria- prima Pagamento aos fornecedores Venda dos produtos Recebimento das vendas Tempo PMEPMRV PMPF Ciclo financeiro Ciclo operacional

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 10/24 Análise dinâmica ou moderna 1 Necessidade de capital de giro (NCG) 1 Resulta do descompasso entre contas a receber e contas a pagar. Uma empresa precisa dimensionar um valor que deve ficar apartado dos demais negócios operacionais para ser utilizado em movimentações financeiras nos períodos em que ela tiver de fazer pagamentos sem ter recebido os valores resultantes de suas vendas. Esse valor chama-se capital de giro. Os dois fatores mais relevantes a serem considerados na administração do capital de giro são: prazos e estoques.

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 11/24 Análise dinâmica ou moderna 2 Necessidade de capital de giro (NCG) 2 A necessidade de capital de giro (NCG), também conhecida como investimento operacional em giro (IOG) ou working investment (WI), é função da atividade da empresa e varia com as vendas e com o ciclo financeiro. A NCG resulta do descompasso entre contas a pagar e contas a receber. Pode ser determinada pela diferença entre os ativos circulantes operacionais (clientes, estoques, despesas antecipadas e outros) e os passivos circulantes operacionais (fornecedores, salários a pagar, impostos operacionais, duplicatas a pagar e outros), tal que NCG = ACO (-) PCO

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 12/24 Capital Circulante Líquido (CCL) É dado pela diferença entre o ativo circulante (ou ativo corrente) e o passivo circulante (ou passivo corrente). Também é conhecido por Capital de Giro Líquido (CGL). CCL POSITIVO CCL Ativo corrente Passivo corrente Passivo não corrente Ativo não corrente CCL NEGATIVO Ativo corrente Passivo corrente Passivo não corrente Ativo não corrente CCL NULO Ativo corrente Passivo corrente Passivo não corrente Ativo não corrente CCL

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 13/24 Repre- senta o investi- mento total em giro Estoques Duplicatas a Receber Outros ativos circulantes Fornecedores ATIVOPASSIVO Financiamento automático do giro Financiamentos que a empresa precisa obter. É a NCG. Como localizar a NCG no balanço

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 14/24 Análise dinâmica ou moderna 3 Necessidade de capital de giro (NCG) 3 Exemplos de transações que aumentam o capital de giro: Lucro líquido no exercício; Tomada de empréstimo a longo prazo; Integralização do capital pelos acionistas; Transformação de realizável a longo prazo em ativo circulante; Venda de bens do ativo permanente

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 15/24 Análise dinâmica ou moderna 4 Necessidade de capital de giro (NCG) 4 Exemplos de transações que reduzem o capital de giro: Prejuízo no exercício; Aquisição de bens para o ativo não circulante; Fornecimento de empréstimo a longo prazo; Resgate de dívida a longo prazo; Pagamentos de dividendos; Aplicação de recursos no ativo diferido.

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 16/24 Análise dinâmica ou moderna 5 Necessidade de capital de giro (NCG) 5 Exemplos de transações que não alteram o capital de giro: Compra de mercadorias a vista ou a curto prazo; Conversão de uma dívida de longo prazo em outra de longo prazo; Recebimento de duplicatas a receber a curto prazo; Venda de bens do ativo permanente recebível a longo prazo; Conversão de empréstimos de longo prazo em capital; Integralização de capital em bens do ativo permanente; Aquisição de bens do ativo permanente, pagáveis a longo prazo; Venda de estoques de produtos acabados a vista ou a curto prazo.

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 17/24 Análise dinâmica ou moderna 6 Saldo de tesouraria 1 O saldo de tesouraria (ST) é dado pela diferença entre os ativos e os passivos circulantes de origem estritamente financeira, ou seja, contas erráticas do ativo (caixa, bancos e títulos) menos contas erráticas do passivo (empréstimos e financiamentos bancários, duplicatas descontadas, adiantamentos de contratos de câmbio, imposto de renda a recolher, dividendos a pagar). É dado pela diferença entre o capital de giro (CdG) e a necessidade de capital de giro (NCG), tal que ST = CdG – NCG Quando ST é positivo, significa que a empresa dispõe de fundos de curto prazo que podem ser aplicados tanto no mercado financeiro como no próprio negócio.

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 18/24 Análise dinâmica ou moderna 7 Tomando-se o CdG, a NCG e a ST pode-se definir o perfil conjuntural e estrutural das empresas, observando a política financeira adotada e o próprio negócio da empresa. Por exemplo, a relação entre NCG e volume de vendas. Se o resultado dessa relação está subindo com o passar do tempo, isso deve servir de alerta ao administrador para que examine onde poderá efetuar mudanças para evitar estrangulamentos futuros de caixa. É importante realizar tal análise ao longo do tempo, identificando a tendência da NCG e também o chamado efeito tesoura, situação na qual a NCG aumenta proporcionalmente mais que a própria disponibilidade do capital de giro, sinal de que é preciso interferir urgentemente no processo de gestão do negócio.

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 19/24 Política financeira de curto prazo 1 A magnitude dos investimentos no ativo circulante e as políticas de financiamento desse ativo circulante constituem a política financeira de curto prazo de uma empresa. O primeiro desses componentes é medido em relação ao nível de receitas operacionais da empresa. Uma política financeira flexível mantém uma alta proporção entre ativo circulante e vendas, enquanto uma política restritiva reduz essa proporção. São indicadores de uma política financeira flexível: a)Manutenção de saldo de caixa e de títulos de liquidez imediata em nível elevado; b)Elevados investimentos em Estoques; c)Ampla concessão de créditos, aumentando o Contas a Receber Uma política financeira restritiva de curto prazo envolve: a)Manutenção de saldo de caixa e de títulos de liquidez imediata em níveis reduzidos; b)Maior controle nos investimentos em estoques, gerenciando sua redução; c)Concessão de créditos bem restrita.

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 20/24 Política financeira de curto prazo 2 A gestão dos ativos circulantes envolve uma conciliação entre custos que aumentam com o nível do investimento (custos de carregamento) e custos que diminuem com o nível de investimento (custo de falta). Os custos de carregamento referem-se principalmente a custos de oportunidade, por estocar ativos circulantes que em geral possuem menor rentabilidade que os ativos de longo prazo. Consistem também em custos de carregamento a manutenção do valor em estoque. Os custos de falta são de dois tipos: custo de pedido, decorrentes de emissão de pedidos, corretagens, fretes, programação de estoques etc., e custos relacionados a reservas de segurança, como vendas perdidas, deterioração do relacionamento com clientes, interrupção da atividade produtiva e outros. Em geral, esses custos estão relacionados com um baixo nível de estoques ou de caixa, o que pode implicar em empréstimos de curto prazo onerosos ou provocar atrasos na entrega de mercadorias, prejudicando a confiabilidade da clientela.

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 21/24 Custos R$ Volume de Ativos Circulantes (AC) Custo de Carregamento Custo de falta Custo total do AC AC* O volume ótimo de ativos circulantes. Esse ponto minimiza os custos. Ponto mínimo Política de financiamento – Caso geral

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 22/24 Custos R$ Volume de Ativos Circulantes (AC) Custo de Carregamento Custo de falta Custo total do AC AC* Ponto mínimo Política de financiamento flexível

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 23/24 Custos R$ Volume de Ativos Circulantes (AC) Custo de Carregamento Custo de falta Custo total do AC AC* Ponto mínimo Política de financiamento restritiva

Tópicos Especiais de Administração – ênfase Finanças 24/24 Critérios para Análise de Projetos Padovese, Clóvis Luís. Introdução à Administração Financeira. 2ª. edição. São Paulo: Cengage Learning, Abreu Filho, José Carlos Franco de, et alli Finanças corporativas. 9ª. edição revista. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007.