Políticas Públicas de Rastreamento do Câncer do Intestino Dra. Angelita Habr Gama Prof. Titular Emérita da Fac. Med. da Universidade de São Paulo ABRAPRECI.

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Transcrição da apresentação:

Políticas Públicas de Rastreamento do Câncer do Intestino Dra. Angelita Habr Gama Prof. Titular Emérita da Fac. Med. da Universidade de São Paulo ABRAPRECI - Associação Brasileira de Prevenção do Câncer do Intestino 04 de Dezembro de 2014

Políticas Públicas de Rastreamento Câncer Colorretal Estimativa Brasil 2014 (INCA) 1 pessoa em 20 terá câncer de Intestino durante sua vida 90% dos casos são diagnosticados em pessoas ≥ 50 anos casos novos /ano mortes /ano Terceiro Câncer mais Frequente 3º

Políticas Públicas de Rastreamento Biologia que permite Rastreamento e Prevenção >10 anos Proc R Soc Med 67 (1974) PNAS (2007) ~ 25% da população geral tem pólipos após 50 anos Carcinoma Adenoma Normal

Políticas Públicas de Rastreamento Rastreamento no Mundo União Européia Alemanha Reino Unido França Espanha Portugal Itália Áustria EUA Austrália Canada Bolívia Israel Japão Coréia do Sul

Políticas Públicas de Rastreamento Política do Brasil Ministério da Saúde 2010

Rastreamento REDUZ a Incidência ≈ 65 % da população é Rastreada! Políticas Públicas de Rastreamento Porque adotar Políticas Públicas de Rastreamento? casos a menos entre 2002 e 2006 (redução > 20%) Incidencia nos EUA por habitantes Ano 2006

60 % da população é Rastreada! Políticas Públicas de Rastreamento Porque adotar Políticas Públicas de Rastreamento? >50% da Redução em Mortalidade é atribuído ao Rastreamento Mortalidade nos EUA por habitantes Ano Grau Máximo de Evidência: A ou I 2006

Redução na INCIDÊNCIA Políticas Públicas de Rastreamento Porque adotar Políticas Públicas de Rastreamento? Redução na MORTALIDADE Economia para o Sistema de Saúde (a médio prazo) + Qualidade de Vida para o Cidadão (Imediato) + =

Políticas Públicas de Rastreamento O que foi feito Livro: Detecção e Prevenção de Câncer – 1980 Rastreamento do Câncer Colorretal pela prova do guaiaco modificada: estudo multicêntrico no Brasil Angelita Habr-Gama, Hélio Moreira, Ivanil Marques de Freitas, Joaquim Gama-Rodrigues, José Figueiredo Penteado, José Murilo Zeitune, Olival Ronald Leitão, Paulo R Arruda Alves, Renato A Bonardi, Sérgio Brenner GED,1983 Número de doentes3.000 Aceitação73,1% Resultados positivos5,9% Falsos positivos23,5% Detecção de câncer0,3% Detecção de adenoma0,43% Rastreamento na Indústria Automobilística

ABRAPRECI - fundada em 2004 Intestino Gigante Iniciativas Locais e Regionais Iniciativa Maio Laranja Políticas Públicas de Rastreamento Ações no Brasil Instituto Angelita & Joaquim Gama

Políticas Públicas de Rastreamento Ações no Brasil Piloto - Santa Cruz das Palmeiras (ABRAPRECI, Instituto AJGama) EntrevistasTSOFi NegativoTSOFI Positivo *Somente Pacientes sem fatores de risco e assintomático 80% Adesão ao TSOFi 10,7% positividade 4% Câncer 28% Adenomas 2008

Políticas Públicas de Rastreamento Ações no Brasil Piloto – Mooca (Ministério da Saúde, HAOC, ABRAPRECI, Instituto AJGama) EntrevistasTSOFi NegativoTSOFI PositivoAntecedentesSintomas % Adesão ao TSOFi 8,7% positividade 85% Adesão a Colonoscopia 14,8% Câncer nos pcts com Sintomas destes 62% com doença Avançada (Estadio III ou IV) 1,8% Câncer nos pcts TSOF+ 37% Adenomas nos pcts TSOF+ 1% Câncer nos pcts com Antecedentes

Políticas Públicas de Rastreamento O que fazer ? 1.Solicitar ao Ministério da Saúde que Reavalie a Diretriz do Caderno 29 2.Criar grupo de trabalho para avaliação e planejamento de implantação de Política de Rastreamento, Estudar inclusão do Rastreamento no Programa Saúde da Família 3.Permitir que projetos pilotos de rastreamento sejam objeto do programa PRONON 4.Apoiar as iniciativas de Prevenção - ABRAPRECI, Maio Laranja, Iniciativas Municipais e Regionais

Obrigada