GERAÇÃO DE RIQUEZA: Inserção Externa de Empresas 3 a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Relator: Mario Sergio Salerno (EPUSP; ABDI)

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Transcrição da apresentação:

GERAÇÃO DE RIQUEZA: Inserção Externa de Empresas 3 a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação Relator: Mario Sergio Salerno (EPUSP; ABDI) 17 de novembro de 2005

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Abordagem da Problema Tema “internacionalização de empresas brasileiras” costuma gerar polêmica: Exportação de capitais? Importação de emprego? Apoiar a internacionalização x “ralo”de dólares Mercado interno x mercado externo Há muitos a prioris e poucos estudos empíricos sobre o tema Contribuições apresentadas nos seminários preparatórios e nos regionais: Análise do desempenho exportador (Luiz Awazu P. Silva et al.) Globalização x centralização de P&D de multinacionais (Cassiolato e Lastres) Análise comparativa do desempenho das firmas industriais brasileiras com ativos produtivos no exterior (Salerno e DeNegri) Conferências regionais não abordaram o tema

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Inserção Externa: Exportações Análises de exportações produção no Brasil não aborda internacionalização da produção Aumento da corrente de comércio a partir de 2001: passou 30% do PIB em 2004 entre 20 e 25 no final dos anos 40 e de 15 a 20 nos 70s Explosão das exportações – Brasil mais ativo (Apex, MDIC, MRE) Inserção externa “obriga nossas empresas a ter maior capacitação tecnológica para competir” Necessidade de desenvolver marcas

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Estrutura comparada das exportações brasileiras por intensidade tecnológica Brasil = 2003; mundo = 2002

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Pesquisa do Ipea É o maior estudo já realizado sobre a indústria firmas industriais de trabalhadores 95% do valor adicionado na indústria brasileira Período máximo da abrangência dos dados: 1996 – 2002 Participação de 32 especialistas Equipe mista IPEA / UFMG, UFRJ, Unb, UNICAMP, USP  Economia, engenharia, desenvolvimento regional, sociologia, estatística

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Abordagem da Pesquisa Ineditismo Firmas classificadas por estratégia competitiva  Normalmente, o corte inicial é por tamanho, setor, região  Diferenciação entre concorrência por inovação e por custo / preço Baseada em microdados das maiores bases nacionais PIA / IBGE (Pesquisa Industrial Anual, ) PINTEC / IBGE (Pesquisa de Inovação Tecnológica na Indústria, ) SECEX /MDIC (Exportação / importação por firma) RAIS / MTE (Relação Anual de Informações Sociais) Censo do capital estrangeiro no Brasil (Bacen) Registro administrativo de capitais brasileiros no exterior (Bacen) Banco de dados de compras governamentais (MPOG)

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Classificação por estratégica competitiva e desempenho A.Firmas que inovam e diferenciam produto Devem ter lançado produto novo para o mercado Obtiveram preço-prêmio mínimo de 30% com relação aos concorrentes Para o mesmo produto (class. NCM), ponderado por participação mercado Classificação por produto (mais fina que por setor) B.Firmas especializadas em produtos padronizados Exportadoras não incluídas no grupo acima Não exportadoras com produtividade maior ou igual às exportadoras C.Firmas que não diferenciam produto e têm produtividade menor Não classificadas em A ou B

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Temas Abordados (por categoria) Visão geral das estratégias das firmas Aspectos gerais da inovação Transbordamento de P&D de estrangeiras para nacionais Efeitos da inovação sobre salá- rios, qualificação Internacionalização de empresas brasileiras Questões regionais Distribuição espacial dos diversos tipos de firma / transbordamentos espaciais Tecnologia e inovação Espacialização das estrangeiras Crescimento das firmas Análises por setor Inovação tecnológica na agro- indústria / alimentação Perfil competitivo das empresas “C” ( não diferenciam, produtividade menor) Cooperação Conteúdo tecnológico das exportações Compras governamentais Produtividade Análises por origem do capital Comparações internacionais (CIS3)

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Visão geral dos dados Total BrasileirasEstrangeirasMistas A) Inovam e diferenciam produto (1,7%) B) Especializadas em produtos padronizados (21,3%) C) Não diferenciam e têm produtividade menor (77,1%) Total

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Visão geral dos dados EmpregoFatura- mento (R$ 1.000) Valor adicionado (R$ 1.000) Eficiência de escala (índice) A) Inovam e diferenciam produto 545,9135,551,10,77 B) Especializadas em produtos padronizados 158,125,710,60,70 C) Não diferenciam e têm produtividade menor 34,21,30,450,48

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Visão geral dos dados Produtivi- dade (R$1.000/Td) Eficiência Técnica Participa- ção no mercado Gastos de P&D (% faturamento) A) Inovam e diferenciam produto 74,10,300,023,06 B) Especializadas em produtos padronizados 44,30,180,0040,99 C) Não diferenciam e têm produtividade menor 10,00,110,000280,39 Valor adicionado por trabalhador Indicado de De Negri (fat. Firma) / (faturamento setor CNAE) Gastos P&D / faturamento

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Esforço inovativo é maior nas empresas nacionais O esforço inovativo das nacionais tende a ser 80,8% maior do que o das TNCs Esforço inovativo = gastos internos de P&D /faturamento  Dado bruto médio por empresa  Nacionais: 0,75%; TNCs: 0,62% Análise probabilística a partir de consolidação firma a firma, controlando cerca de 200 variáveis  esforço nacionais 80,8% maior  faturamento, setor, pessoal, coeficientes de exportação e importação etc. TNCs apresentam menos gastos internos e mais aquisições externas TNCs têm impacto positivo sobre o esforço inovativo das nacionais + 1% de part. mercado das TNCs = + 9% gasto total de P&D das nacionais + 1% de gasto de P&D num setor = + 4% gasto P&D das nacionais 79% das TNCs não inovam e diferenciam produto Esforço tecnológico concentrado nas matrizes Subsidiárias brasileiras estabelecidas para o mercado interno

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Inovar e diferenciar é bom para os salários Remune- ração (R$/mês) Escola ridade (anos) Tempo de emprego (meses) Maior tempo de casa (meses) Prêmio Sala- rial* (%) A) Inovam e diferenciam produto ,1354,09250,3023 B) Especializadas em produtos padronizados 7497,6443,90191,5511 C) Não diferenciam e têm produtividade menor 4316,8935,41130,960 (*) isola o efeito da inovação e diferenciação sobre os salários, via controle de 200 variáveis, como faturamento, número de trabalhadores, setor, localização, coef.. exportação etc. (estudo de Luiz Bahia) Média aritmética de 2.000

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Comércio exterior Exporta- ções (US$ milhões) Importa- ções (US$milhões) A) Inovam e diferenciam produto 11,412,01 B) Especializadas em produtos padronizados 2,11,8 C) Não diferenciam e têm produtividade menor 0,00,0024 Média aritmética de 2.000

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Investimento direto brasileiro no exterior Média aritmética de Participação no total da indústria (%) Tipos de firmasNúmero de firmas Pessoal Ocupa- do Fatura- mento Exporta- ções Brasileiras sem ID (97,4%) 75,942,225,6 Brasileiras com ID297 (0,4%) 9,0225,1 36,5 Transnacionais1.556 (2,2%) 15,132,737,9 Total (100%) 100 [MSS1]

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Fonte: Pintec/IBGE, PIA/IBGE, Secex/MDIC, CBE/BACEN, CEB/BACEN e Rais/MTE. Elaboração: IPEA/DISET. FirmasPessoal Ocupado (número) Faturamento (R$ milhões) Brasileiras sem ID 53,93,80 Brasileiras com ID 1.509,9533,2 Transnacionais 463,9128,2 Escala de produção (média de 2.000)

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Características das firmas internacionalizadas Escala de produção das firmas brasileiras com ID é maior do que a das demais firmas (TNCs, brasileiras sem ID) A internacionalização se dá em segmentos onde a escala é importante Pode estar ligada a uma questão financeira (financiamento) ID das firmas brasileiras não explica a probabilidade da firma ser exportadora com preço-prêmio ID se dá principalmente em segmentos de produtos mais padronizados Inovação tecnológica de produto (“novo para o mercado”) é positiva e fortemente correlacionada com a condição de internacionalização As firmas brasileiras com ID nos mercados dos Estados Unidos e Europa têm respectivamente 17,63% e 14,24% a mais de chances de exportarem com preço-prêmio exposição a mercado mais exigentes induz à inovação e diferenciação de produto

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Inovar e diferenciar ajuda a exportar Firmas que inovam têm probabilidade 16% maior de serem exportadoras Entre as exportadoras, as que inovam exportam mais Inovação de produto e preço-prêmio (diferenciação) são altamente correlacionados A inovação de processo contribui para ampliar as exportações de produtos de alta intensidade tecnológica Ao lado do balanço das “A”, indica que, de forma geral, os produtos de alta intensidade são projetados no exterior, e que há lacuna na produção local de componentes A inovação de produto contribui tanto quanto a de processo para ampliar as exportações de média intensidade tecnológica Exportadoras para CE e EUA: correlação positiva entre preço- prêmio e informações para inovação provenientes de clientes

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Características do processo inovativo Só 4,1% das firmas lançaram produto novo para o mercado 2,8% introduziram processo novo para o mercado Firmas que inovam e diferenciam produto 71% são também inovadoras de processo  35,6% introduziram processo novo para o mercado Alta % de desenvolvimento interno de processo 23% declararam que a inovação é muito importante para adequação aos padrões do mercado internacional (x 13% das espec. produtos padronizados) Padrão das demais firmas (B&C): inovação por difusão tecnológica Firmas especializadas em produtos padronizados:  26% introduziram inovação de produto, 36% de processo Firmas que não diferenciam produto e têm produtividade menor  13% introduziram inovação de produto, 21% de processo

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Financiamento do processo inovativo Gastos de P&D: recursos próprios são 2 vezes mais importantes do que públicos + 10% de $ próprio  +2,8% de probabilidade da firma realizar inovação tecnológica +10% de $ público  1,4% Mas isso é retrato da situação atual, herança histórica Há $ público para inovação de processo (compra de máquinas) Não há praticamente $ público para inovação de produto Portanto, há necessidade de programas de apoio à atividade inovativa e de internacionalização  Redução de risco, redução de custo, demanda  Funtec/BNDES, Diversos Finep, esquemas de capital empreendedor  Financiamento para internacionalização: tangíveis e intagíveis

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Implicações Inovar e diferenciar produto é uma boa estratégia para a indústria e a economia brasileiras Efeito positivo sobre salários, exportações, faturamento Internacionalização faz bem para as empresas e para o país Deve ser apoiada As empresas de capital nacional realizam esforço inovativo maior do que as filiais das TNCs Há possibilidades de criação de grupos mais robustos TNCs desenvolvem pouco no Brasil Articular política para atração de centros de P&D, projeto de produto Desenvolver instrumentos para alavancar a atividade inovativa Redução de custo, redução de risco, estímulo à demanda

Mario Sergio Salerno 3 a CNCTI – 17/11/2005 Maiores detalhes – outros textos Diretrizes e programas da PITCE: SALERNO, Mario S. A política industrial, tecnológica e de compercio exterior do governo federal. Revista Parcerias Estratégicas, CGEE, n.19, p.13-36, dez.2004 (disponível em Sobre a pesquisa Ipea : DE NEGRI, João A.; SALERNO, Mario S., eds. Inovações, padrões tecnológicos e desempenho das firmas industriais brasileiras. Brasília, Ipea, ARBIX, G.; SALERNO, M.S; DE NEGRI, J. O impacto da internacionalização com foco na inovação tecnológica sobre as exporta- ções das firmas brasileiras. Dados, Rio de Janeiro, Iuperj, v.48, n.2, p , 2005.