1 Modelos de Governança e Gestão Universitária Júlio Pedrosa de Jesus CICECO, Universidade de Aveiro Conselho Geral da Universidade do Minho, 10 de Fevereiro.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Faculdade Estudos Sociais do
Advertisements

Profª Simone Cabral Marinho dos Santos
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
Encontro de Gestores da Inspetoria Salesiana de São Paulo
Ms. Edimar Roberto de Lima Sartoro. .
A Investigação Educacional em Portugal
PAPG-IFES Programa de Apoio a Pós- Graduação das IFES (Ações propostas – em discussão)
Diretrizes para o Plano Quadrienal da ENSP 2005 – 2008 Em Busca de Maior Direcionalidade e Mais Responsabilidade.
Desmistificando o ensino de odontologia na sua relação com o SUS
E, o que é Didática? A didática é o principal ramo da Pedagogia que investiga os fundamentos, as condições e os modos de realizar a educação mediante o.
APRESENTAÇÃO À CONGREGAÇÃO RESULTADOS OBTIDOS NO POLI 2015
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA COORDENAÇÃO GERAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE: FORMAÇÃO PARA A CIDADANIA.
ENCONTRO COM A COORDENAÇÃO MBA SEGUROS
O Sinaes na perspectiva das Instituições Públicas e Privadas
Lideranças nas organizações educativas
Apresentação dos Conteúdos Programáticos
Albufeira, 11 de Novembro de 2006
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ENFERMEIROS DE MOÇAMBIQUE (ANEMO)
DESAFIOS COLOCADOS À ESCOLA PORTUGUESA
SEMINARIO DE EDUCAÇÃO APLB – SINDICATO
PROPOSTAS PARA O FUTURO DO ENSINO SUPERIOR POLITÉCNICO PORTUGUÊS CNE | 24 de abril de 2013.
COMPETE ES A proposta para a construção do Espírito Santo Competitivo – COMPETE-ES - tem como fulcro principal o conceito de COMPETITIVIDADE SISTÊMICA,
IST- MeGT Políticas de Ciência,Tecnologia e Inovação Avaliação dos Laboratórios do Estado (Ministério da Ciência e da Tecnologia XIII Governo Constitucional)
Estoril, 21 de Setembro de º Congresso Lusófono sobre Ambiente e Energia Rede das ONG de Ambiente da CPLP.
Políticas Públicas para a Educação Profissional e Tecnológica
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
Sistema ECTS - European Credit Transfer System Universidade do Minho, 2003.
Congresso Internacional de Investigação Científica em Enfermagem IV Terceira, 5, 6 dez
Legislação Estrutura organizacional Objectivos. FERSAP – Federação Regional de Setúbal das Associações de Pais Lei das Associações de Pais e Encarregados.
Inovação Tecnologia Intelligence Empreendedorismo Associativismo Internacionalização Formação Qualificação Portugal Pólo de Competitividade Engineering.
CONAE 2014 Eixos Estratégicos.
Pós Graduação em Docência do Ensino Superior
Novos Públicos e Novas Oportunidades de Certificação: Ensino Superior Pedro Lourtie Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa Debate Nacional.
OS DESAFIOS DO FINANCIAMENTO DA INVESTIGAÇÃO E DE DESENVOLVIMENTO DOS BENS INTANGÍVEIS DA PI Ana Comoane Nampula, de Fevereiro de 2006.
Rede de Incubação e Empreendedorismo da Região Centro RIERC
A formação de professores e o Processo de Bolonha
Governo e governação do ensino superior A reconfiguração da gestão universitária em Portugal António M. Magalhães e Amélia Veiga Reitoria da Universidade.
Desenvolvimento Rural : um novo quadro de oportunidades
Novembro 2006 Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base Fábio Aidar IV OFICINA DE EDUCAÇÃO CORPORATIVA EDUCAÇÃO CORPORATIVA – FUNDAMENTO.
CULTURA, IDENTIDADES E PATRIMÓNIO CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS NO HORIZONTE 2013 RELATIVAS AO TEMA CULTURA, IDENTIDADES E PATRIMÓNIO.
Planos Acadêmicos dos Departamentos Procedimentos para sua elaboração Vice-Reitoria Acadêmica PUC-SP.
MODELOS DE URBANISMO E MOBILIDADE
ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA Educação a Distância Fundação Oswaldo Cruz Lucia Dupret Coordenação Geral Programa de Educação a Distância Escola Nacional.
17 e 18 de novembro de 2011 II Seminário Institucional de Avaliação e Planejamento da Pós-graduação da UFSM Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências.
Seminário - MESTRADO PROFISSIONAL DIRETRIZES PARA O MESTRADO PROFISSIONAL na ENSP e PORTARIA NORMATIVA MEC No. 17, DE 28/12/2009. VDPG/ADE.
Universidade de São Paulo - Campus “Luiz de Queiroz” Plano Diretor Socioambiental Participativo do Campus LQ GT Educação e Percepção Ambiental Programa.
1 Encontro Nacional das Escolas de Governo Sejam Bem-vindos ao Brasília,
A Escola nasce em 1954, hoje conta com o trabalho de cerca de 1000 profissionais na maior escola de saúde pública da América do Sul, única escola de âmbito.
Os CET no Instituto Politécnico de Santarém Conferência Internacional “O Ensino Superior de Curta Duração: Os CET e o Futuro” Leiria, 17 de Junho de 2011.
Área TIC no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa contributo para uma visão estratégica Área TIC no Instituto de Educação da Universidade de.
Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa Maria Manuel Vieira A ESCOLARIZAÇÃO.
PLANO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO PNPG
Universidade de Brasília. CDT Criação do CDT Ato da Reitoria nº 011/86 de 24 de Fevereiro de 1986, assinado pelo Reitor Cristovam Buarque. Regimento Interno.
PERÍODO DE PROGRAMAÇÃO ESTRATÉGIA E PRIORIDADES Lisboa 20 Fevereiro 2006 NUNO VITORINO Coordenador Grupo de Trabalho QREN.
8 anos depois Eduardo Pereira Membro do Conselho Directivo – 2003 a 2007 Presidente do Conselho Pedagógico – 2008 a março 2014Instituto Superior.
UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE
Módulo 4 – Legislação desportiva
X Encontro Nacional do Fórum de Extensão das IES Particulares

3ª Conferência FORGES Política e Gestão da Educação Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa Universidade Federal de Pernambuco, BRASIL | 4,
Margarida Mano | “Ensino Superior Português – Desafios à Governação” “Ensino Superior Português – Desafios à Governação ” Fórum da Gestão do Ensino Superior.
Definição e priorização das ações de internacionalização a partir do modelo de referência Agosto de 2008 Tubarão/SC. Silvete Helena Heerdt Beatriz Peçanha.
Integração do Ensino Médio com a Educação Profissional Jul/2015.
AUDIÊNCIA PÚBLICA SENADO FEDERAL Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência PIBID.
Avaliação de Operacionalização Cursos Especialização Tecnológica - CET Rede Avaliação QREN 3 Novembro 2011.
A PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO Ana Paula Palheta PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO.
Evolução do Sistema de Avaliação da Educação Superior Brasília - maio de 2014 João Carlos Pereira da Silva Presidente da CONAES.
Relatório de Avaliação do Sistema de Educação de Santa Catarina promovido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE Governo.
COMBATER O DESEMPREGO Eurodeputada Sofia Ribeiro EURODEPUTADA SOFIA RIBEIRO.
03/06/2016 PDU – Câmpus de Rosana. PROGRAMAÇÃO 8h30 – Início das atividades Retrospectiva do Planejamento do Câmpus de Rosana 8h45 – O PDI (2009) e a.
Transcrição da apresentação:

1 Modelos de Governança e Gestão Universitária Júlio Pedrosa de Jesus CICECO, Universidade de Aveiro Conselho Geral da Universidade do Minho, 10 de Fevereiro de 2011

2 SUMÁRIO 1.Experiência de governo e gestão da Universidade de Aveiro 2.Contextos de mudança na governança universitária 3.O Projecto da FCG “Governar a Universidade Pública” 4.Educação Superior – tendências na Europa 5.Educação Superior em Portugal Síntese

3 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro Ideias de universidade e modos de governação universitária

4 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro Órgãos de Governo, Lei nº 108/88, de 24 Set, LAU Assembleia da Universidade ( 230 membros ) Reitor Senado Universitário ( 63 membros ) Conselho Administrativo (Reitor, Vice-reitor, Administrador, Presidente da AA …)

5 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro Assembleia da Universidade (Composição) –Professores: 90 (39 %) –Outros docentes: 26 (11%) –Funcionários não docentes: 33 (14 %) –Estudantes: 81 (35 %)

6 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro Assembleia da Universidade (Competências) Discutir e aprovar,..., os Estatutos e as suas revisões; Eleger o Reitor ; Apreciar o Plano de Desenvolvimento, proposto pelo Reitor para o período do seu mandato.... ; Aprovar a criação, integração, modificação ou extinção de (unidades)

7 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro Assembleia da Universidade (Competências) Decidir... recursos e reclamações... ; Apreciar... relatório dos Serviços de Acção Social... ; Aprovar... propostas de carácter cultural, desportivo e associativo.... ;

8 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro Senado universitário (composição) –Professores: 33 (52%) –Outros docentes: 5 (8%) –Funcionários não docentes: 9 (14%) –Estudantes: 14 (22%) –Personalidades externas: 2 (3%)

9 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro Senado universitário - organização ( O principal órgão colegial de governo) Secções permanentes –Secção de planeamento e gestão –Secção científica e de desenvolvimento – Secção pedagógica e académica –Secção disciplinar

10 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro Senado (competências) As secções permanentes - sedes fundamentais para a governação colegial sectorial e a gestão de conflitos A Secção de Planeamento e Gestão - sede de concertação das políticas e estratégias institucionais com as unidades orgânicas e serviços (contratos-programa) A Secção Científica e de Desenvolvimento - sede de governança dos assuntos académicos e científicos (conflitos de competências com o Conselho Científico, via ECDU)

11 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro Orientações adoptadas Definir onde se quer estar quando já não se estiver cá (visão) Definir o que se pretende realizar (missão) Estabelecer metas, promover a sua apropriação e mobilizar os meios para as cumprir (estratégia) Construir o ambiente em que o projecto e os valores da instituição se vivem no dia a dia (liderança e participação)

12 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro Linhas mestras na acção i. Considerar que a capacidade de governança interna é um factor decisivo para se realizar um projecto institucional –Governança entendida como o processo de fixação de metas, de definição de estratégias e de mobilização dos meios para a sua concretização –Governança como capacidade para criar o ambiente interno em que prevalecem os princípios e valores de uma instituição de serviço público

13 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro ii. Fidelidade a uma visão fundadora, sempre presente - Ser uma universidade aberta à sociedade, internacionalmente reconhecida, enraizada na Região e no País que serve, que promove educação superior, estudo erudito e investigação

14 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro ii. Fidelidade a uma visão fundadora, sempre presente -“Esta inserção temporal e espacial definida segundo o momento histórico em que vivemos e as necessidades e problemas regionais e nacionais que mais urge solucionar, constitui uma primeira característica a dar semblante à nova Universidade de Aveiro” - “ O leque de futuros cursos ministrados por esta Universidade, mormente no domínio das ciências do espírito, revela-nos uma segunda característica desta instituição de ensino e investigação: a dimensão internacional” - “... a Universidade de Aveiro distingue-se, desde o início, pela democraticidade dos seus processos... Este é o terceiro aspecto caracterizador do rosto desta instituição nascente” Boletim Informativo da Universidade de Aveiro, nº1, Ano 1, Julho de 1974

15 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro iii. Relevo à estratégia Investigação científica e cooperação com a Região Aposta em nichos e na inovação Internacionalização Atenção à organização e estruturas internas (institutos) Aposta na qualidade e formação das pessoas

16 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro iv. Apostas de reitores e de órgãos colegiais –Cumprir a missão escolhida –Assegurar a continuidade das estratégias –Órgãos colegiais como reguladores internos da visão –Assegurar a coesão e cidadania institucional –Associar governança colegial e gestão

17 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro v. Um caminho e várias fases O entusiasmo visionário As dúvidas sobre a ideia de ter uma universidade em Aveiro e a “resistência” A consolidação das escolhas A expansão e a construção do campus As mudanças na missão e o reconhecimento nacional e internacional

18 1. Experiência de Governo e Gestão da Universidade de Aveiro vii. Desenvolvimento e reforço da missão Ensino politécnico (Escola Superior de Ciência e Tecnologia de Águeda, integração do ISCA - Aveiro, Escola Superior de Saúde de Aveiro, Escola Superior de Design e Tecnologias da Produção de Oliveira de Azeméis) Cursos de Especialização Tecnológica - CETs (acreditados e creditados) nas escolas politécnicas Cooperação com a Sociedade –Interacção cultural (Fundação João Jacinto de Magalhães) –Formação permanente (Unave) –Ligação ao tecido empresarial (GrupUnave)

19 2. Contextos da governança universitária O caminho feito nos últimos 30 anos -Longo e continuado aumento da procura (aumento da diversidade dos públicos) -Expansão, dispersão e diversificação da rede -Valorização e desenvolvimento da investigação científica -Sinais de reconhecimento da função de interacção com a sociedade

20 2. Contextos da governança universitária Outras dimensões do processo -Penalização da capacidade estratégica e da boa gestão -A valorização social dos cursos e os poderes invisíveis -Desperdícios, repetições, abandono - -Transparência e sistemas de garantia de qualidade -Declaração de Bolonha e seus desenvolvimentos

21 2. Contextos da governança universitária Alguns Ganhos -Rede de Educação Superior cobrindo todo o território -Centros de Investigação, produção científica, doutoramentos … -Alargamento do acesso e do número de diplomados -Avaliação da investigação e dos cursos -Experiência de financiamento transparente, por fórmula negociada (abandonada prematuramente)

22 2. Contextos da governança universitária Os próximos anos -Contextos e exigências distintos -Importância da prospectiva, estratégia e planeamento -Necessidade de reforçar capacidade de gestão -Valorização da transparência, regulação e prestação de contas -Governança com indicadores e referenciais internacionais -Presença de rivalidades, competição e autonomia

23 3. O Projecto da FCG “Governar a Universidade Pública”, Orientações gerais -Olhar para o desenvolvimento da Educação Superior -Analisar experiências variadas de governança da ES -Ouvir entidades diversas -Propor um modelo de governança que se inspirasse em boas práticas

24 3. O Projecto da FCG “Governar a Universidade Pública”, Os Seminários -“A missão e os Usos da Universidade”, Maurice Kogan (4 Abril 2003) -“Organização do poder universitário, exercício do poder, repartição dos poderes e análise de um caso norte-americano”, Judith Eaton (9 Maio 2003) -“Autonomia universitária, processos de governação, condicionalismos à governação e a questão dos recursos humanos e financeiros”, Joseph Bricall (27 de Junho 2003) -Reunião do Observatório da Magna Carta Universitária (22 e 23 de Abril 2003)

25 3. O Projecto da FCG “Governar a Universidade Pública”, i.Questões críticas identificadas -A Rede de Educação Superior e os seus fins -A autonomia e as missões das instituições daquela rede -As condições para a rede e cada instituição cumprirem as suas missões -A regulação e a garantia de qualidade -A gestão das mudanças

26 3. O Projecto da FCG “Governar a Universidade Pública”, i.As Propostas - Acções a nível da Rede a)Clarificar o que se quer fazer com a Rede b)Estabelecer orientações e modelos de financiamento (regras de jogo) c)Garantir a supervisão e a regulação e) Avaliar para garantir qualidade (transparência, prestação de contas, referenciais)

27 3. O Projecto da FCG “Governar a Universidade Pública”, ii.As Propostas - Acções a nível da Rede (conclusão) Criação de uma “Alta Autoridade para o Ensino Superior” ou “Entidade Reguladora e de Supervisão do Ensino Superior”;

28 3. O Projecto da FCG “Governar a Universidade Pública”, ii.As Propostas - Acções a nível das instituições a)Clarificar, para consolidar, a ideia de Autonomia b)Clarificar, para consolidar, os fins das instituições c)Rever o modelo de organização e governança interna d)Reforçar a capacidade de governança estratégica e de gestão e)Construir ambientes e relações de confiança (trust)

3. O Projecto da FCG “Governar a Universidade Pública”, iii.As Propostas - a nível da governança institucional Órgãos de Governo a)Reitor – Académico, Executivo máximo b)Junta de Governo (RJIES – Conselho Geral) c)Senado (RJIES: opcional!) d)Assembleia (RJIES: não considerado).

3. O Projecto da FCG “Governar a Universidade Pública”, Outras questões a considerar -Opções institucionais diversas (escolha de Reitor, número de elementos dos vários órgãos) -Modelo de gestão das unidades constituintes de matriz idêntica à adoptada para a instituição -Académicos em funções de gestão -O ECDU e o enquadramento do restante pessoal.

3. O Projecto da FCG “Governar a Universidade Pública”, O Livro “Governar a Universidade Portuguesa – Missão, Organização, Financiamento e Autonomia”, Júlio Pedrosa e João Filipe Queiró, FCG, Lisboa, 2005 –Revisão de publicações sobre “autonomia universitária”

32 4. Educação Superior – Tendências na Europa Declaração de Glion (1998) – desafios para o novo milénio –o ambiente em mudança –as missões –os estudantes e o ensino –a profissão académica – o financiamento do ensino superior –a governança –a comparação EUA versus Europa

33 4. Educação Superior – Tendências na Europa Impactos da declaração de Bolonha (1999) Bergen (2005) – preparando 2010 –AEES baseada em princípios de qualidade e transparência –Princípio da responsabilidade pública pela E. Superior –Educação Superior no cruzamento da investigação com a educação e a inovação – chave para a competitividade –Garantir às instituições a autonomia e os financiamentos sustentáveis para aplicarem as reformas

34 4. Educação Superior – Tendências na Europa Massificação da educação de nível secundário e abertura da educação superior a todos os que terminam os estudos secundários Educação superior com assumida diferenciação de funções das instituições é associada ao desenvolvimento económico de vários países e muito especialmente dos EUA

35 4. Educação Superior – Tendências na Europa Especialistas da Educação Superior defendem que a massificação será seguida por mudanças que darão lugar a sistemas de conhecimento pós-secundário, que irão assegurar um diversificado leque de serviços a públicos muito diferenciados

36 4. Educação Superior – Tendências na Europa –Educação pós-secundária de curta duração, não conferindo grau, dirigida a jovens que terminam o secundário e a adultos de muito variadas idades –Educação pós-secundária conduzindo a um grau (bacharel), com diversas e diferenciadas vocações – Educação e formação pós-graduada “profissional”, dirigida a graduados (bacharéis), não conducente a grau

37 4. Educação Superior – Tendências na Europa –Educação e formação pós-graduada de nível mestrado –Educação e formação pós-graduada de nível doutoral –Investigação fundamental e aplicada –Estudo erudito, preservação e aprofundamento da cultura e das identidades

38 4. Educação Superior – Tendências na Europa –Contribuição para o desenvolvimento económico, através de intervenções para a definição de estratégias de desenvolvimento regional e nacional, de programas de transferência de conhecimento (tecnologia) e de inovação

39 4. Educação Superior – Tendências na Europa Desenvolvimentos nos sistemas –Finlândia (1990, criação do sector politécnico) –Áustria (1993, criação do sector politécnico ) –Holanda (2004, Plano Sectorial para as Universidades Técnicas) –Alemanha ( “Iniciativa Excelência”, investigação, escolas doutorais, financiamento) –Dinamarca ( , fusões, autonomia, natureza das instituições, financiamento, estatuto dos docentes, sistema)

40 5. Educação Superior em Portugal Questões Actuais O tipo de sistema de Educação Superior (Rede) A autonomia e o enquadramento da governança das instituições O acesso e o ingresso (diversidade de públicos) O equilíbrio de missões em cada instituição e na Rede

41 5. Educação Superior em Portugal Questões Actuais O interesse pelos resultados da investigação por parte das empresas e da administração pública A mudança demográfica (grupo etário anos a passar de indivíduos, em 1995, para , em diminuição de ) A crescente exigência de recursos - diversificação das fontes de financiamento

42 5. Educação Superior em Portugal Questões Actuais A estrutura da oferta de formação inicial e pós-graduada e as novas exigências pedagógicas (Bolonha) A educação para as profissões, nomeadamente para as profissões académicas A baixa qualificação da população adulta (24-65 anos) Impacto da mudança na oferta de educação secundária

43 5. Educação Superior em Portugal Acções necessárias, a nível da Rede Valorizar a ideia de interesse público Reestruturar a Rede e a oferta de formações - rede de conhecimento pós-secundário que sirva o País Consolidar sistema de garantia de qualidade

5. Educação Superior em Portugal Acções necessárias, a nível da Rede Cuidar do acompanhamento e da regulação Instituir modelo contratual de metas e de financiamento Corrigir insuficiências e distorções 44

45 5. Educação Superior em Portugal Acções necessárias, a nível das instituições Desenvolver relações de confiança (trust) entre as instituições e a Administração Clarificar quadro de referência para o exercício da autonomia Clarificar as ideias de autonomia institucional e do professor

5. Educação Superior em Portugal Acções necessárias, a nível das instituições Negociar e contratualizar missões Afastar a presença dominante da questão financeira Desenvolver uma solidária intervenção externa na governação das instituições: –(Conselhos Gerais – estratégias, financiamento, capacidade de gestão, organização interna, autonomia, boa governança) 46

47 Governar a Educação Superior - Síntese –Diferenciação e diversidade institucional, em rede –Missões, metas e recursos (contratos) –Administrar a política, exercendo a autoridade legítima, regulando –Governança descentralizada, em parceria (governo, sociedade, instituição), comprometida com a autonomia das instituições