Posse Instituições de direito. Direito das coisas FATO DIREITO PROPRIEDADE POSSE DETENÇÃO TENÇA.

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Transcrição da apresentação:

Posse Instituições de direito

Direito das coisas FATO DIREITO PROPRIEDADE POSSE DETENÇÃO TENÇA

Posse  “É o poder de fato exercido por uma pessoa sobre uma coisa, normalmente alheia ou pertencente a dono ignorado, ou que não tem dono – relação tutelada pela lei e em que se revela a intenção de exercer um direito por quem não é titular dele, embora esse direito não exista, nem tenha de ser demonstrado”. (Luiz da Cunha Gonçalves)

Posse  Poderes inerentes à propriedade: U-F-D-R  Posse direta: domínio material sobre a coisa (Ex: locatário)  Posse indireta: possibilidade de exercício de direitos sobre a coisa (Ex: locador). CC, art : “Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade”.

Posse como direito  Situação de fato que gera direitos:  Direito de zelar pela coisa e ser ressarcido (benfeitorias)  Direito de defender a coisa, ou tê-la restituída para si:  Ameaça à posse (interdito proibitório);  Turbação (manutenção da posse)  Esbulho (reintegração de posse)  Função social da posse: otimiza o aproveitamento socialmente eficiente dos bens imóveis para fins humanos (moradia), econômicos e sociais, independentemente da propriedade. Ações possessórias

Posse, detenção, tença CC, art : “Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade”. CC, art : “Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas. Não pode invocar ações possesórias, mas pode defender a posse alheia (“autotutela” – CC, art , § 1º) “Tença” – simples situação material de apreensão física do bem, sem qualquer consequência jurídica protetiva (Luciano Camargo Penteado)

Posse e vícios (defeitos)  Posse justa: não obtida mediante violência, clandestinidade ou precariedade (“posse limpa”).  Posse injusta:  Violenta: obtida por meio de esbulho, força física ou coação moral;  Clandestina: obtida às escondidas, burlando a vigilância habitual do legítimo possuidor;  Precária: obtida com abuso de confiança ou direito (“esbulho pacífico”.  Posse injusta não pode ser defendida contra proprietário, mas pode sê- lo contra terceiros.  Posse injusta pode ser convalidada, tornando-se justa  1a + 1d da violência ou clandestinidade, animus domini

Posse de boa-fé  Posse de boa-fé: o possuidor ignora defeitos / obstáculos impeditivos à aquisição da coisa, ou tem justo título que fundamente sua posse.  Posse de má-fé: mesmo sabendo do vício na posse, pretende exercer o domínio fático sobre ela.  Diferenças quanto a frutos e benfeitorias  Posse de boa-fé  direito aos frutos (CC, art ), direito de indenização e retenção por benfeitorias necessárias (sempre) e úteis (autorizadas);  Responde subjetivamente por danos à coisa;  Posse de má-fé:  indenizar os frutos colhidos (CC., art ), direito de indenização sem retenção apenas pelas benfeitorias necessárias;  Responde objetivamente por danos à coisa.

Usucapião  “É a aquisição da propriedade pela posse prolongada e ininterrupta durante o prazo exigido pela lei para se dar prescrição aquisitiva” (José Naufel).  Requisitos gerais:  Posse mansa, pacífica e ininterrupta;  Cumprimento do prazo legal;  Animus domini;

Modalidades de usucapião Usucapião ordinária (CC, art ) - 10 anos, justo título e boa-fé - se adquirido onerosamente, com registro em cartório posteriormente anulado, desde que sirva de moradia ou tenha sido objeto de investimentos de interesse social: 5 anos Usucapião extraordinária (CC, art ) - 15 anos, sem título ou boa-fé - se moradia habitual ou objeto de obras / serviços de caráter produtivo: 10 anos. Usucapião constitucional/especial rural CF 1988, art. 191; CC, art ) - 5 anos, propriedade rural produtiva e moradia, até 50 h.a., não sendo proprietário de outro Usucapião constitucional/especial urbana CF 1988, art. 183, CC, art ) - 5 anos, propriedade urbana para moradia, não superior a 250 m2, não sendo proprietário de outro. Usucapião urbana coletiva Estatuto das Cidades (L /2001), art anos, propriedade urbana coletivamente ocupada para moradia de baixa renda, não inferior a 250 m2, não sendo proprietário de outro.

Usucapião de áreas públicas? CF 1988, § 3º; 191 p.u. “Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião” Terras devolutas: terras que não são privadas, mas não são aplicadas a algum uso público federal, estadual ou municipal TJSP admite usucapião de terras devolutas (AC ).

Usucapião de áreas de proteção (APP)?  Áreas de proteção públicas x privadas  Nas públicas, como regra, impossível (controverso);  Nas privadas, possível.  Deveres adicionais ao proprietário / possuidor  Responsabilidade civil, administrativa, criminal CF 1988, art. 225, § 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.