Diabete Gestacional DMG

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Transcrição da apresentação:

Diabete Gestacional DMG Saúde da Mulher e do RN 7º Enfermagem Acadêmicas: Ana Karla Claudianny Daniele Karoline Dayane Evelyn Fernanda Iandra Ribeiro

1. Diabete Gestacional (DMG) O diabetes gestacional é uma condição caracterizada por hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue) que é reconhecida pela primeira vez durante a gravidez. A condição ocorre em aproximadamente 4% de todas as gestações.

1.1 Pâncreas O pâncreas é um órgão localizado atrás do estômago que produz alguns hormônios importantes para nosso sistema digestivo. Em condições rotineiras, quando o nível de glicose no sangue sobe, células especiais, chamadas células beta, produzem insulina. Assim, de acordo com as necessidades do organismo no momento, é possível determinar se essa glicose vai ser utilizada como combustível para as atividades do corpo ou será armazenada como reserva, em forma de gordura. Isso faz com que o nível de glicose (ou taxa de glicemia) no sangue volte ao normal.

Glicose Insulina

Dmg O Termo diabete gestacional implica que esta doença é induzida pela gestação, talvez a alterações fisiológicas exageradas no metabolismo da glicose. Não se sabem ao certo por que o diabete gestacional se desenvolve. Durante a gestação, a placenta produz altos níveis de vários hormônios. Quase todos eles prejudicam a ação da insulina nas células, aumentando o nível de açúcar no sangue. Conforme o feto se desenvolve, a placenta produz mais hormônios que atuam no bloqueio de insulina. No diabetes gestacional, os hormônios placentários provocam um aumento do açúcar no sangue em um nível que pode afetar o crescimento e o bem-estar do bebê. O diabete gestacional geralmente se desenvolve durante a segunda metade da gravidez, entre a 24ª e 28ª semana de gestação.

classificação 90% das gestações complicadas por diabete deve-se ao diabete gestacional. Glicemia em jejum < 105 mg/dL = Diabete Gestacional A¹ Glicemia em jejum > 105 mg/dL = Diabete Gestacional A²

Esquema ilustrando a relação entre a secreção e as necessidades de insulina. A. Na gestação normal. B. No diabete gestacional. (Resende. Obstetrícia Fundamental)

2. Fatores de risco Idade superior a 25 anos;   Obesidade ou ganho excessivo de gordura na gravidez atual; História familiar de diabetes em parentes de 1º grau;   Mulheres de baixa estatura (<1,50cm);   Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual;   Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal, de macrossomia ou de diabetes gestacional.

3. Sinais e Sintomas O diabete gestacional raramente causa sintomas. Dessa forma, é preciso fazer exames periódicos durante toda a gestação, principalmente entre as semanas 24 e 28. Urinar muito (poliúria);  Ter sede exagerada (polidipsia); Comer muito (polifagia);  Alteração exagerada de peso (perda ou ganho);  Cansaço;  Fraqueza;  Desânimo;  Visão turva;  Náuseas ou vômitos.

4. Diagnóstico clínico

5. Exames diagnósticos 5.1 Glicemia de jejum A glicemia de jejum é um exame que mede o nível de açúcar sangue naquele momento, servindo para monitorização do tratamento do diabetes. Os valores de referência ficam entre 65 a 92 miligramas de glicose por decilitro de sangue (mg/dL). O que significam resultados anormais: Resultados entre 92 mg/dL e 100 mg/dL são considerados anormais próximos ao limite e devem ser repetidos em uma outra ocasião Valores acima de 100 mg/dL já são bastante suspeitos de diabetes, mas também devendo ser repetido em uma outra ocasião. A glicemia de jejum é um exame feito para confirmar os resultados da curva glicêmica e para acompanhar os níveis de glicose no sangue durante o dia ou após as refeições.

Outros exames: Verificar PA em todas as consultas. USG fetal Monitoramento dos batimentos cardíacos do feto Hemoglobina glicada Monitorização cardíaca fetal Testes de açúcar no sangue são feitos regularmente Depois do nascimento do RN, o nível de açúcar no sangue da parturiente será verificado várias vezes no dia e nas semanas após o nascimento.

6. Tratamento e cuidados Dieta A terapia nutricional é a primeira opção de tratamento para a maioria das gestantes com diabetes gestacional. Essa terapia evita o ganho excessivo de peso pelas gestantes, além de gerar menor taxa de macrossomia fetal e de complicações perinatais. O cálculo de calorias da dieta e do ganho de peso durante a gestação é baseado no peso ideal pré-gestacional das mulheres. A dieta prescrita deve conter 30 kcal por kg de peso ideal, com adição de 340/450 kcal no terceiro trimestre.

Atividade Física A prática de exercícios na gestação tem como benefício: A redução da glicemia; A redução do ganho excessivo de peso materno; A diminuição da incidência de macrossomia fetal. Dessa forma, deve ser recomendada para todas as gestantes diabéticas, na ausência de contraindicações. As pacientes que realizavam exercícios previamente à gestação podem continuar ativas. Nos casos de diabetes gestacional, recomenda-se realizar 15 a 30 minutos de atividade diária, em cicloergômetro, ou caminhadas em 50% da capacidade aeróbica da paciente. Exercícios não devem ser realizados se a movimentação fetal for menor que dez vezes em 24 h e se a glicemia capilar estiver abaixo de 60 mg/dL ou acima de 250 mg/dL.

Tratamento Medicamentoso Pacientes com dieta e exercício que não atingirem os níveis recomendados de glicose devem receber insulina. A dose de insulina é prescrita pelo médico e deve-se levar em conta o peso da grávida. A maioria das mulheres com DMG responde à dieta e ao exercício. Apenas 10-20% necessitam de agentes hipoglicemizantes ou de insulina para controlar a glicemia.

7. Complicações 7.1 Complicações para a Grávida Perigo de hiper e hipoglicemias; Toxemia gravídica (hipertensão); Infecções Urinárias de Repetição (IUR); Pielonefrite; Polihidramnios ; Alterações vasculares (Retinopatias e Nefropatias); Aborto espontâneo; Parto traumático; Parto prematuro; Maior número de cesarianas; Maior morbilidade e mortalidade; Maior incidência de diabetes no futuro.

7.2 Complicações para o Feto Atrasos no crescimento intra-uterino e anomalias congênitas (1º Trimestre); Alterações de crescimento fetal; Macrossomia; Desenvolvimento de obesidade, alterações na tolerância à glicose e diabetes mellitus, quando adulto; Atraso na Maturação Pulmonar; Óbito Intra-uterino; Hiperbilirrubinemia (icterícia neonatal).

7.3 Complicações no Parto Fetos chegam no Trabalho de Parto com estado de hipoxemia crônica: Risco de Sofrimento Fetal Intra-Parto; Macrossômico: Risco de Distócia de Bisacromial; Taxa de Cesáreas.

8. Prevenção Não há garantias quando se trata de prevenir o diabetes gestacional – mas toda gestante pode adotar hábitos saudáveis durante a gestação para tentar prevenir o problema principalmente se está no grupo de risco: A boa alimentação é fundamental. Alimentos ricos em fibras e pobres em gordura e calorias, maior quantidade de frutas, legumes e grãos integrais; Exercício antes e durante a gravidez pode ajudar a proteger contra o desenvolvimento de diabetes gestacional. 30 minutos de atividade moderada na maioria dos dias da semana trás inúmeros benefícios; Perder os quilos em excesso antes da gravidez.

9. Assistência de enfermagem O enfermeiro deve estar capacitado para atender mulheres com gravidez de risco pois uma grande parte é portadora de diabete, desenvolvem a doença ou recebem este diagnóstico durante o atendimento de pré-natal, pelo endocrinologista. Sendo assim, toda gestante com a suspeita ou diagnóstico comprovado de DMG é encaminhada ao enfermeiro para a realização da consulta de enfermagem. Nesta consulta as pacientes com diagnóstico de diabetes gestacional ou em monitorização da glicemia capilar recebem orientações quanto à:

Utilização do aparelho de glicemia. Registro dos valores obtidos na verificação da glicemia capilar. Insulina o Mecanismos de ação. Locais de aplicação no corpo. Conservação, manipulação e armazenamento. Outras dúvidas sobre o assunto. Manipulação dos materiais necessários para controle e tratamento do diabetes. Outras dúvidas relacionadas ao diabetes gestacional: controle, causas, diagnóstico, tratamento e prevenção. Outras orientações associadas à melhoria da qualidade de vida com diabetes.

Caso Clínico Trata-se de uma paciente, 28 anos, de cor parda, sexo feminino, união estável, um filho, natural do município de Manaus-AM, ensino fundamental incompleto, religião evangélica, mora em residência própria, com saneamento básico, onde convive com sua família, com renda mensal de um salário mínimo. Deu entrada no I.M.D.L no serviço de internamento no dia 16/05/2016 às 09:19, com 31 semanas de gestação, encaminhada da UBS com glicemia capilar (180 mg/dl), após a realização de exames na unidade hospitalar considerou-se hipótese diagnóstica (HD) de diabetes mellitus gestacional (DMG). Ao exame físico geral apresenta-se consciente, orientada em tempo e espaço, eupneica em ar ambiente, comunicativa, colaborativa e hidratada. SSVV: Hipotenso (PA = 100x60 mmHg), febril (T = 36,9ºC), taquipneico (FR = 32 rpm), Taquicardíco (FC = 106 bpm), Glicemia capilar (220 mg/dl). Segue sobre os cuidados de enfermagem.

Diagnósticos de Enfermagem Risco de nutrição desequilibrada evidenciada por disfunção dos padrões alimentares relacionado a comer em resposta a estímulos internos que não é a fome; Fadiga evidenciada por falta de energia relacionada a estados de doença; Intolerância a atividade evidenciada por relato verbal de fadiga relacionada a estilo de vida sedentário;

Cuidados de enfermagem Monitorar os níveis de glicose no sangue; Identificar a possível causa da hiperglicemia no sangue; Encorajar o alto monitoramento dos níveis de glicose no sangue; Orientar quanto aos testes de cetona na urina, quando adequado; Encorajar ingesta alimentar de ferro, quando apropriado; Oferecer alimentos selecionados.

Obrigada!