LARINGE Prof. Raphael Cyrillo.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Exames complementares e relatórios médicos
Advertisements

Fraturas do Colo do Fêmur
Tumores cutâneos.
NEOPLASIAS MALIGNAS DOS QUERATINÓCITOS
Laringite, laringotraqueobronquite, epiglotite e traqueomalácea
Assistência de Enfermagem ao Portador de Traqueostomia
CÂNCER DE PELE.
LARINGITES Prof. Lucio A. Castagno Otorrinolaringologia
LARINGITES Prof. Lucio A. Castagno Otorrinolaringologia
Esofagites Infecciosas
SISTEMA NERVOSO MENINGITES.
SITEMA GENITAL FEMININO
ANAMNESE DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Afecções Cirúrgicas da Região Cervical
Universidade Federal de Goiás
PNEUMONIAS CLASSIFICAÇÃO FISIOPATOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Disciplina de Traumato-Ortopedia e Reumatologia
Câncer Da Tireóide Apresentador: Luis Fernando C. Barros
SAÚDE DA MULHER Tais Braga Rodrigues
Prof. Dr. Sergio Albertino otoneurologia.uerj.br
Cancro :.
Lombalgia e Lombociatalgia
ATUAÇÃO DA FONOAUDIOLOGIA NO CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO
Expressão Vocal Morfologia da voz
Condutas em nódulos de Tireoide
BIOLOGIA DO TUMOR.
MD FABIANO J BEDIN DA COSTA CIRURGIÃO DE CABEÇA E PESCOÇO.
VII Sessão Conjunta UERJ-UFRJ Abril
Principais causas infecciosas de obstrução das vias aéreas superioes e Desobstrução de vias aéreas por corpo estranho Suzanne Carri Farias Residente Pediatria.
Carcinoma Basocelular
ASPIRAÇÃO DE CORPO ESTRANHO
Laringites agudas Residente Luciana S. Machado
Hiperplasia Endometrial
Nódulos tireoidianos Prof. Liza Negreiros
Hospital Central de Maputo 1ª Jornadas Científicas
Câncer de Cabeça e Pescoço
Osteoartrose Disciplina Fisioterapia em Reumatologia
Laringotraqueobronquite (CRUPE)
OVAS.
“GRIPE” A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. Classicamente,
DISFONIA Aluno: Carlos Eduardo Bobroff da Rocha Medicina- 6º ano
Patologia Geral.
Obstrução Respiratória Alta
Medicina do adolescente
Megaesôfago.
Câncer.
Pediatria e Oftalmologia Hospital Regional da Asa Sul
Estridor Ellen de Souza Siqueira Orientadora: Dra Lisliê Capoulade
cervicalgia e cervicobraquialgia Nayara Pereira
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS CEFALÉIAS
Cardiopatias Congênitas
TUMORES MEDIASTINAIS Marina Gaburro Da Silveira – MR3.
DISCIPLINA DE ORL PUCSP
Infecções das vias aéreas superiores CRUPE
Rinossinusites Crônicas
Aluno: Manoel Ricardo Costa Souza Orientador: Dr. Leonardo Kruschewsky
HEMIPLEGIA LARINGEANA
CASOS CLÍNICOS LARINGE. Nome: L.F.A Sexo: F Idade: 3m Menor trazida pela mãe ao ambulatório de Pediatria com queixa de ruído respiratório, o qual foi.
Tumores da Próstata Sociedade Brasileira de Urologia
AFECÇÕES CIRÚRGICAS DO PERICÁRDIO
Reunião Clinica Disfonia Infantil Apresentadora:Ana Julia Rizatto
PATOLOGIA CLINICA HUMANA
TUMORES RENAIS BENIGNOS
CÂNCER DE MAMA Mamas são glândulas cuja principal função é a produção do leite, que se forma nos lóbulos e é conduzido até os mamilos por pequenos.
Clínica Cirúrgica II - Urologia Câncer de bexiga Prof. Cálide S. Gomes
Transcrição da apresentação:

LARINGE Prof. Raphael Cyrillo

A. ANATOMIA DA LARINGE

-Região Supraglótica: epitélio pseudo-estratificado colunar ciliado (respiratório). - Região Glótica: epitélio estratificado escamoso ou pavimentoso. (Adaptação fonatória) - Região Subglótica: epitélio pseudo-estratificado colunar ciliado (respiratório). SUPRAGLOTE GLOTE SUBGLOTE

Músculos intrínsecos da Laringe: Adutores (cricoaritenóideos laterais e ariaritenóideos) Tensores (tireoaritenóideos, cricotireóideos) Abdutores (cricoaritenóideos posteriores) Inervação: Laríngeo inferior, exceto cricotireóideo (L.Superior) Vascularização: Artérias laríngeas (superior, média e inferior) ramos da tireóideas

SEMIOLOGIA Funções da Laringe: Respiratória Esfincteriana (deglutição) Fonatória. Fases da fonação: F. abertura, Aberta, F. fechamento, Fechada. (Bernoulli)

B. SEMIOLOGIA LARÍNGEA 1. SINTOMAS LARÍNGEOS a) Supraglote: Odinofagia, sensação de corpo estranho, pigarro, disfagia, disfonia, dispnéia, ruído respiratório b) Glote: disfonia, dispnéia c) Subglote: dispnéia.

Anamnese na criança - adolescente Ordem de aparecimento dos sintomas         Tipo de Dispnéia         Modificações da voz         Alterações do choro         Tipo de Estridor Sintomas Prévios : astenia, inapetência, febre, etc Aspecto atual, Fatores que aliviam ou pioram o quadro

2. EXAME DA LARINGE: Laringoscopia indireta

Videolaringoscopia

Laringoscopia Direta

3. EXAMES COMPLEMENTARES Radiologia Rx simples Partes moles do pescoço TC RNM Biopsia incisional.

C. PATOLOGIAS LARÍNGEAS Congênitas: Laringomalacia, membrana congênita, fendas, cistos. Inflamatórias: Supraglotite aguda, laringotraqueíte aguda, tuberculose, blastomicose. Doenças Mucosas Benignas Tumores Laríngeos. Paralisias Laríngeas Corpo estranho Trauma

1. PATOLOGIAS CONGÊNITAS   LARINGOMALÁCIA         Etiologia desconhecida         È a causa mais comum de estridor inspiratório em lactante    Choro com volume e timbre normais         Piora com o choro ou esforço         Melhora no decúbito ventral         Não causa alterações no crescimento e alimentação         Confirmação diagnóstica com Endoscopia Laríngea

MEMBRANAS CONGÊNITAS  Causam alterações do choro ou sua ausência   MEMBRANAS CONGÊNITAS         Causam alterações do choro ou sua ausência         Pode-se associar com estridor ou angústia respiratória         As membranas glóticas são as mais freqüentes         Confirmação diagnóstica com Endoscopia Laríngea         Pode associar-se a estenose sub-glótica         Tratamento cirúrgico quando necessário

  FENDAS LARÍNGEAS         Anomalias do fechamento da Linha média posterior laríngea         São muito raras         Pode estender-se pela parede esôfago-traqueal         Sintomas: estridor, tosse, cianose, aspiração laringotraqueal, choro anormal, dispnéia durante a alimentação.         Diagnóstico: anamnese, Laringo-traqueoscopia sob anestesia geral.         Tratamento cirúrgico

CISTOS DA LARINGE         Mais freqüentes na Supra-glote         Choro ‘abafado’         Disfagia         Estridor inspiratório discreto         Tratamento cirúrgico

2. PATOLOGIAS INFLAMATÓRIAS a) Laringotraqueíte aguda Etiologia viral > M:F 6-3 anos Tosse ruidosa-metálica Estridor bifásico Agitação, cianose, dispnéia. Tratamento: Ambulatorial Criança eupnéica, bom estado geral. - Internado Dispnéia, estridor permanente.

b) Supraglotite Aguda (Epiglotite) H. influenza Idade: 2-4 anos Evolução rápida. Odinofagia intensa, febre, voz abafada ou normal, estridor, dispnéia. Internação, oxigenoterapia, antibioticoterapia, suporte respiratório, Corticóides, hidratação.

c) Infecções crônicas Tuberculose Laríngea: acomete laringe posterior, disfonia, odinofagia, pigarro. Blastomicose: Acomete supraglote, causa odinofagia intensa, voz abafada, sensação de corpo estranho. Hanseníase. Sífilis.

3. Doenças Mucosas Benignas a) Papiloma - HPV Freqüente em lactentes e <15anos Etiologia viral (6,11) Disfonia progressiva, dispnéia evolutiva Prognóstico bom após a puberdade. Remoção cirúrgica de alívio, interferon, laser, Cidofovir

b) Nódulos em pregas vocais Relacionado com abuso vocal Mulher jovem, crianças meninos. Lesão bilateral Bom prognóstico Indicada fonoterapia x cirurgia.

c) Hemangioma subglótico

d) Cisto de prega vocal. e) Edema de Reinke

F) Pólipo G) Granuloma

Estenose subglótica Sinéquia entre PVs

5. PARALISIAS DE LARINGE Unilateral Bilateral Mais freqüente por lesão do NLR esquerdo. Voz soprosa, disfagia, tosse. Criança com choro fraco, estridor e dispnéia ao nascimento. Tireoplastias Bilateral Menos freqüente, origem metabólica, central, traumática. Estridor, dispnéia, voz pode ser normal, disfagia. TQT

4. CÂNCER DE LARINGE 25% dos tumores de cabeça e pescoço. 2% todos os tumores malignos. Fatores de risco: Tabagismo, etilismo, marceneiros, gases irritantes, pó de ferro, vapores de ácido, História familiar. Lesões pre-malignas: leucoplasia, hiperceratose. Edema de Reinke. Tipo histopatológico mais freqüente: Espinocelular.

Classificação segundo sua localização: T. Glótico: 75% dos T. Laríngeos. Crescimento lento e metástase tardia. T. Supra-glótico: Cresce superiormente, volumosos ao diagnóstico, metástase freqüente. T. Sub-glótico: Raros, Metástase paratraqueal (50%) e mediastino. Disfonia Odinofagia, Sensação corpo estranho, pigarro, massa cervical. Dispnéia, ruído respiratório.

Diagnóstico: História clínica Laringoscopia Indireta: lesão infiltrante, ulcero-infiltrante, com ou sem paralisia da laringe. Massa cervical Laringoscopia Direta para biopsia. Estadiamento TNM

Sintômas Disfonia

Tratamento. Cirurgia: Laringectomia parcial, laringectomia total com esvaziamento cervical conservador ou radical. Terapia complementar: Radioterapia. Reabilitação. Quimioterapia