O “boom” da indústria da construção e os acidentes de trabalho – oportunidades para a prevenção Vilma Santana Andrea Gouveia Maria Claudia Moura Gisel Fattore Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva Programa Integrado em Saúde Ambiental e do Trabalhador - PISAT
Introdução A Indústria da Construção (IC) é um grande segmento da economia por que: Grande geradora de riquezas Grande geradora de ofertas de emprego PAC em 2007 2,6 milhões de trabalhadores formais = 7,1% do emprego formal no País (CAGED, 2010).
Introdução... nos próximos anos Continuidade do PAC Copa do Mundo em 2014 Olimpíadas em 2016
Os trabalhadores da CONSTRUÇÃO 1,1% analfabetos; 44,6% não concluíram o ensino fundamental; 4,2% ensino superior; 66,6% recebendo até três salários mínimo; 16,1% - < 25 anos; 51,0% trabalham em micro e pequenas empresas.
SITUAÇÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO
Acidentes de trabalho fatais na IC: Mortalidade caiu de 32,7x para 18,6 x trabalhadores Queda de 43% entre 2000 a 2006 Nos EUA foi 9,7x
Ano Todos os ramos de atividade econômicaIndústria da construção, IC Letalidade % Razão de letalidadeLetalidade % Razão de letalidade Razão letalidade IC/Geral Referente4.94Referente , , , , , , , , , , , , , , Tabela 1. Letalidade dos AT em geral e na Indústria da Construção. Brasil.
Ano Todos os ramos de atividade econômica Indústria da construção, IC No. de acidentes de trabalho não-fatais Coeficiente de incidência anual X1.000 No. de acidentes de trabalho não- fatais Coeficiente de incidência anual X1.000 Razão de risco Proporção IC/total % , ,6 1,378, , ,0 1,468, , ,2 1,548, , ,2 1,718, , ,0 1,637, , ,8 1,708, , ,2 1,888, , ,4 1,728,7 Tabela 2. Coeficiente de incidência annual de AT não- fatal, geral e na IC.
Acidentes de trabalho não-fatais na IC Pequena oscilação da incidência entre ; Circunstâncias: contato com forças mecânicas, quedas, acidente com veículo e choques;
Situação de segurança e saúde na IC Acidentes de trabalho não-fatais na IC:
Situação de segurança e saúde na IC Acidentes de trabalho não-fatais na IC:
5 dias de afastamento/AT em média 10% dos AT com afastamento > 15 dias.
Ano Dias de trabalho perdidos por afastamentos temporários por acidente de trabalho em trabalhadores segurados Todos os demais ramos de atividade econômica Indústria da construção, IC Proporç ão IC/Total % No.Mediana No.Mediana % , , , , ,0 2005* , , ,3 Tabela 3. Número de dias perdidos de trabalho por AT em geral e na IC, entre 2000 e 2008 no Brasil
Ano Gastos com benefícios por AT temporários e permanentes Todos os demais ramos de atividade econômica Indústria da construção, IC Proporçã o IC/Total % Valor em Reais ($) Mediana Valor em Reais ($) Mediana ,00563, ,00600,007, ,00584, ,008, ,00604, ,00630,008,5 Tabela 4. Gastos com benefícios por AT para afastamentos temporários e para incapacidade permanente, em geral e na IC, entre 2000 e 2008 no Brasil
Impacto na produtividade: Em um ano: 1 milhão de dias pedidos de trabalho por AT graves = 9,3% do total no País, dentre os que receberam benefício; A média de dias perdidos é maior que nos demais ramos de atividade;
Impacto na produtividade: Estima-se com dados de pesquisas que em um ano, para cada trabalhadores/ano: dias perdidos de trabalho por AT não- fatal mais de R$ 5 milhões em benefícios/ano por AT não-fatal + despesas administrativas + custos diretos.
Recomendações Informação do trabalhador e dos empregadores Intensificar a Vigilância em empresas da construção Treinamento formal que inclui conteúdos de SST e prevenção no treinamento Formação especializada técnica de três anos em construção (nível médio) com período de estágio de 2 anos e meio (Suécia)
Recomendações Planejamento da obra com incorporação de SST Desenvolvimento de tecnologias de SST Criação de incentivos para a substituição de equipamentos obsoletos e inseguros Ver Matriz de Haddon