Objetivos e Motivação Quando estudei a área de Tradução Audiovisual com ênfase em Legendagem para surdos e ensurdecidos (LSE), a presente pesquisadora.

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Objetivos e Motivação Quando estudei a área de Tradução Audiovisual com ênfase em Legendagem para surdos e ensurdecidos (LSE), a presente pesquisadora deparou-se com inúmeros termos para ‘pessoas com déficit de audição’. A partir daí, surgiu a minha pesquisa com intuito de perceber como os termos surdo e deficiente auditivo são utilizados: se há diferença prática entre eles; e se haveria termo mais apropriado. Fundamentação Teórica / Revisão da Literatura Os Estudos Surdos são uma vertente dos Estudos Culturais e lutam contra a visão dos surdos como deficientes e doentes (SÁ, 2006). Davis e Silverman (1966, apud CARMOZINE E NORONHA, 2012) entendem que são os níveis de perda auditiva que vão diferenciar a pessoa com surdez e a pessoa com déficit auditivo. “A cultura surda abrange a língua, as ideias, as crenças, os costumes e os hábitos do povo surdo”. Dentro do povo surdo, não há distinção entre graus de surdez, pois é o pertencimento ao grupo que caracteriza suas identidades. (STROBEL, 2008). Metodologia e Desenvolvimento A metodologia que utilizei é a Linguística de Corpus, pois foi feita uma análise eletrônica de um corpus de estudo coletado na web, através da Ferramenta BootCat. Com o Software WordSmith Tools foram feitos os seguintes procedimentos: 1) Lista de Palavras por ordem de frequência; 2) Linhas de concordância de termos mais frequentes; 3) Linhas de concordância de Clusters encontrados; Os dados extraídos do programa, foram, então, interpretados levando em consideração os Estudos Surdos, bem como o contexto (e cotextos) em questão. Resultados e Discussões Nosso estudo constata que as palavras surdo, surdos, surda, surdas são mais frequentes no corpus de estudo que as palavras deficientes e deficiente (gráfico). Além disso, o primeiro grupo de palavras está ligado a situações de reconhecimento de identidade, apresentando clusters como cultura surda, comunidade surda, identidade surda e dia do surdo. Além da valorização da LIBRAS. O uso de ‘deficiente auditivo’ é frequente em textos que falam de aparelhos auditivos. Além disso, destacamos também os desafios e dificuldades de entrosamento social e de aprendizagem ( por conta de técnicas de ensino erradas) que essas pessoas vivenciaram ou vivenciam até hoje. Apesar da pesquisa ter se iniciado com apenas os termos surdo e deficiente auditivo, outros termos foram encontrados no decorrer do estudo: Pessoa com Deficiência (auditiva), muito utilizado na Legislação Brasileira. Portador de deficiência (auditiva) que, apesar de ser rejeitado, foi encontrado no corpus; Pessoa Surda, cujo uso foi encontrado nas mesmas condições que surdo. SURDO OU DEFICIENTE AUDITIVO: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DA LINGUÍSTICA DE CORPUS Autora: Ana Katarinna Pessoa do Nascimento Instituição: USP Palavras-chave: Surdez; deficiência auditiva; Linguística de Corpus Para além das diferenças, foi possível perceber com o corpus que todos os termos são permeados pela busca da valorização do sujeito com nenhuma ou pouca audição, por meio de leis que os auxiliem e de uma sociedade mais inclusiva*. Agradecimentos CAPES. Referências Bibliográficas CARMOZINE, S.C.C; CARMOZINE, M.M. Surdez e Libras: conhecimento em suas mãos. São Paulo: Hub Editorial, SÁ, N.L Cultura, poder e educação de surdos. São Paulo: Paulinas, 2006 STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Editora da UFSC, Conclusões Apesar da predominância do uso de ‘surdo’, não é possível falarmos em homogeneidade nesse sentido. Muitos textos do corpus afirmam que essa questão depende do próprio sujeito e de como ele prefere ser chamado. Os Estudos Surdos também apontam nessa direção, sendo muito importante respeitar a vontade e a individualidade do sujeito. Símbolo Internacional da Surdez