Projeto de Pesquisa em Psicologia Social – PPPS MÉTODOS DE COLETA DE DADOS na Pesquisa Qualitativa 09/05/2011 2º bimestre.

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Transcrição da apresentação:

Projeto de Pesquisa em Psicologia Social – PPPS MÉTODOS DE COLETA DE DADOS na Pesquisa Qualitativa 09/05/2011 2º bimestre

Pesquisa- Ação/Pesquisa- Participante Origem na Psicologia Social de Kurt Lewin (década de 40): “A pesquisa-ação de Lewin pode ser definida como uma pesquisa psicológica de campo, que tem por objetivo uma mudança de ordem psicossocial” (Barbier, 1985 apud HAGUETTE, p. 112)

Pesq.-Ação/Pesq.- Part. Para Haguette: Pesquisa-Ação: práticas de origem européia Pesquisa-Participante: práticas que tem a América Latina como locus de investigação. Relaciona-se com o descrédito por parte dos cientistas sociais pela Ciência Positivista haver se mostrado incapaz de resolver os problemas das desigualdades de poder/saber/ econômico/social.

1. Crítica à metodologia da pesquisa tradicional das Ciências Sociais. 2. Recusa em aceitar o postulado de distanciamento entre sujeito e objeto de pesquisa. 3. Concepção do conhecimento como um processo de educação coletiva. 4. Princípio ético: A ciência deve ser socializada, não só pelos processos de produção como de seus usos, no intuito de minimizar as desigualdades sociais em suas mais variadas manifestações (desigualdades de poder, de saber, etc). Pesq.-Ação/Pesq.- Part. Pontos comuns

5. “Pesquisa Libertadora”: Europa – foco nas instituições sociais – concebidas como portadoras de uma “violência simbólica” – e nos movimentos sociais de libertação (ecológicos, estudantis, de minorias). América Latina – foco naqueles que estão na base da estrutura social (assume a vertente educativa de Paulo Freire) Pesq.-Ação/Pesq.- Part. Cont. Pontos comuns:

Lewin criou a dinâmica de grupo como técnica de suporte para sua action research e deu corpo ao conceito de intervenção na vida social com o intuito de transformá-la. “[...] tem por finalidade contribuir simultaneamente para o alívio das preocupações de ordem prática das pessoas que estão em situação problemática, e para o desenvolvimento das ciências sociais, através de colaboração que as reúne de acordo com um esquema ético mutuamente aceitável” (idem). A Pesquisa-Ação

Grupos/Tipos de pesquisa-ação: 1.Pesquisa-ação de diagnóstico: Objetiva elaborar planos de ação solicitados. Estabelecimento do diagnóstico e recomendação de medidas para sanar o problema. 2.Pesquisa-ação participante: Envolve na pesquisa os membros da comunidade ameaçada (ex. auto-exame das atitudes discriminatórias de uma comunidade). 3.Pesquisa-ação empírica: Acumula dados de experiências de trabalho diário em grupos sociais semelhantes. Leva de maneira gradual ao desenvolvimento de princípios mais gerais. 4.Pesquisa-ação experimental: Estudo controlado da eficácia de técnicas diferentes em situações praticamente idênticas.

A Pesquisa-Ação A dinâmica de grupo é a técnica por excelência da pesquisa-ação Exigência de um alto nível de qualificação no seu papel de “analisador”, “moderador”, “intérprete”, “animador” (NR 92, p.115). Não importa a temática, a P.A. deverá sempre levar ao desvelamento dos mecanismos de exploração, à consciência libertadora e à luta pela transformação. A principal característica da P.A. é a intervenção

A Pesquisa-Participante Envolve um processo de investigação, de educação e de ação. Refere-se a uma pesquisa da ação voltada para as necessidades básicas do indivíduo – levando em conta suas aspirações e potencialidades de conhecer e agir. Procura incentivar o desenvolvimento autônomo a partir das bases e uma relativa independência do exterior. A comunidade participa na análise de sua própria realidade, com vistas à transformação social.

A Pesquisa-Participante É uma atividade educacional voltada para a ação (vide Paulo Freire) que não aceita a distância tradicional entre sujeito e objeto de pesquisa (portanto, participação ativa da comunidade em todo o processo da investigação). A pesquisa-participante surge como experiência educativa que serve para determinar as NECESSIDADES da comunidade e aumentar sua CONSCIÊNCIA. Pedagogia do Oprimido, p NR 02

A Pesquisa-Participante O saber popular (acumulado das experiências vividas pelas comunidades) deve servir de base para a investigação. Adotando uma dupla postura de observador crítico e de participante ativo, o objetivo do pesquisador será colocar as ferramentas científicas de que dispõe a serviço do movimento social” (Oliveira e Oliveira, 1983 apud p. 147).

Gênero, saúde reprodutiva e vida cotidiana em uma experiência de pesquisa-ação com jovens da Maré, Rio de Janeiro. O artigo apresenta uma conceituação da pesquisa-ação que articula a pedagogia de Paulo Freire e a proposta reflexiva e prática do movimento de mulheres. Pretende contribuir para ampliar a compreensão dos problemas que afetam a juventude brasileira com base nas questões de vida e saúde vivenciadas por jovens – rapazes e moças – moradores de uma área favelada da cidade do Rio de Janeiro. Estas questões foram captadas por meio de um projeto de pesquisa-ação que aglutinou jovens em grupos de reflexão-ação que adotavam, como temas geradores, a identidade de gênero, a sexualidade e a saúde reprodutiva. Esses temas iam gradativamente se conectando a outras questões significativas que emergiram das dimensões socioculturais e políticas mais amplas que afetam a vida dos jovens, particularmente daqueles que vivem em contextos de pobreza, violência e exclusão de direitos. Buscou- se consolidar, conceitual e empiricamente, o enfoque que transversaliza gênero na classe social e o paradigma de conhecimento que legitima um novo sujeito de conhecimento engajado na ação transformadora.

Referências Bibliográficas BARBOSA, R.S.; GIFFIN, K. Gênero, saúde reprodutiva e vida cotidiana em uma experiência de pesquisa-ação com jovens da Maré, Rio de Janeiro. Interface - Comunic., Saúde, Educ., v.11, n.23, p , set/dez HAGUETTE, M.T., op. cit., P ;