BC0101 AULA 6 (cont.) O PROBLEMA DA INDUÇÃO
PROBLEMA FILOSÓFICO DA INDUÇÃO PODE SER ASSIM FORMULADO: “QUAL É A JUSTIFICAÇÃO PARA A CRENÇA QUE O FUTURO SERÁ COMO O PASSADO? Isto é, qual a justificação para a inferência indutiva?”
A RESPOSTA DO SENSO COMUM É QUE: Nós acreditamos em certas regularidades e elas são justificadas por observações repetidas. Isto significa que, acreditamos nas regularidades porque as observamos e as observamos porque acreditamos.
David Hume apresentou duas soluções para o problema da indução: 1. Não há justificação para raciocinar partindo de instâncias das quais temos experiências para outras instâncias das quais não temos experiências. 2. Entretanto, as pessoas acreditam, por força de hábito, que as instâncias das quais elas não têm experiências se conformarão àquelas das quais elas têm experiências.
As soluções do Senso Comum e de Hume transformam o nosso conhecimento em crença irracional.
A SOLUÇÃO PROPOSTA POR K. POPPER 1. Não há justificação para alegação que uma teoria explanatória universal é verdadeira por razões empíricas, pois nenhum número de sentenças verdadeiras de teste poderia justificar essa conclusão; 2. A alegação que uma teoria explanatória universal é verdadeira ou falsa por razões empíricas pode ser justificada, pois a verdade de uma sentença de teste pode nos levar à conclusão que uma teoria explanatória universal é falsa.
3. A preferência, com respeito à verdade ou falsidade, por alguma das teorias explanatórias universais em competição pode ser justificada por razões empíricas, pois pode acontecer de nossas proposições de teste refutarem algumas das teorias em competição e poderemos escolher aquelas cuja falsidade não foi demonstrada.
CONCLUSÃO A solução de Popper enfatiza a importância das base empírica da Ciência. A experiência é um instrumento do método geral da Ciência, que é o método crítico. É através da experiência que testamos as teorias e eliminamos aquelas que estão em desacordo com a realidade.